25/10/2018

Três tragédias atuais e simultâneas



Estou acompanhando, como muito interesse e preocupação, três crises ou tragédias atuais. A primeira, mais próxima, é a eleição no Brasil e o prospecto da fraude no segundo turno. A perspectiva da fraude das urnas é absolutamente aterradora, pois nos lançará numa situação de caos político cujo desfecho ninguém tem sequer a coragem de imaginar.

A segunda é a situação americana das "mid-terms elections", eleições de meio de mandato presidencial. É tradição americana que a Câmara e o Senado seja renovado dois anos depois de eleito o presidente. É também tradição americana que esta renovação se dê com integrantes do partido oposto ao do presidente. Seria então a vez do Partido Democrata assumir a maioria em ambas as instâncias legislativas. Ocorre que dado o sucesso do Presidente Trump e sua agenda conservadora, o Partido Democrata, que é simplesmente o partido comunista de lá, está desesperado. Lá como aqui, o discurso é o mesmo: Trump é fascista, violento, destruidor da pátria, contra as mulheres e os homossexuais, etc. Lá como aqui, a central da mentira (hoje chamada fake news) está em seu funcionamento máximo. Assassinato de reputações, perseguições de personalidades políticas em suas casas e em lugares públicos, cusparadas, ameaças e tudo o mais. Lá como aqui, os comunistas do Partido Democrata querem e vão fazer o diabo para ganhar as eleições. E agora, com recursos que só Deus sabe de onde veem, organizam uma invasão da fronteira dos EUA com milhares de pessoas vindas da América Central e de várias partes do mundo, para forçar Trump a reagir à invasão e, sabe Deus como, evitar a passagem dessa multidão. Querem forçar Trump a usar a força militar. Seria uma tragédia de grandes proporções, justo antes das "mid-terms elections".

A terceira grande crise ou tragédia é o Sínodo de Roma, que provavelmente irá "normalizar" a ideia da homossexualidade na doutrina católica. Digo normalizar porque penso que não haverá alteração da doutrina da Igreja, mas apenas a liberação dos bispos e padres da Igreja a encararem a agenda LGBT como uma agenda aceitável no corpo da Igreja. Casamento gay, comunhão para os LGBT's, etc, serão coisas normais no futuro. Isso tudo acontecerá, a menos que alguma interferência direta de Nosso Senhor Jesus Cristo não acontecer. Estaremos vivendo então no reino do Anticristo. 

Assisto tudo isso com apreensão e me apego ao meu Terço, arma mortal contra o demônio, que Nossa Senhora nos ensinou a usar. Que Ela olhe para nós e tenha pena do povo de Seu Filho.

22/10/2018

Uma marca modesta, mas significativa!

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Este blog foi criado em 11/08/2005. Nasceu sem a menor pretenção e tem me dado muito prazer. Ocorre que ele atingiu esta semana a marca de 1 milhão de visualizações. Registro o fato para agradecer aos leitores que ainda parecem se interessar pelo trabalho do blog.

O deslocamento da função magisterial depois do Concílio Vaticano II, por Romano Amerio - Parte IV



IV – O Papa, com a nova ideia que ele faz de sua função, não é mais o princípio de unidade da fé da Igreja

12. Nos últimos trinta anos, centenas e centenas de bispos, de superiores religiosos de ordens as mais diversas, de prelados e, finalmente, o Pontífice Supremo, enfraqueceram progressivamente esse fundamento doutrinal que dissolve a fé e sua raiz sobrenatural numa miríade de opiniões privadas e pessoais. Isso provém do fato de que o princípio do Pontificado romano é o verdadeiro princípio da Igreja; se o Papa se demite, a Igreja se demite e se o Papa é abatido, a Igreja é abatida. Há um só princípio de autoridade, o Pontífice Supremo, o Vigário de Cristo que recebeu de Cristo o mandato de confirmar seus irmãos na fé: “Confirmar” significa “tornar forte”, “tornar firme”.

13. Assim, da crise do Concílio, uma parte importante provém das tentativas de partilhar o Magistério infalível do Papa e dos bispos. No seu conjunto, o movimento antipapal tem prevalecido, apesar da Nota previa, porque esse espírito antipapal, anti-romano, anti-autoritário é muito difundido. Mesmo os cristãos estão convencidos que a infalibilidade deve ser interpretada de uma maneira nova. Por outro lado, como já vimos, o próprio Pontífice João Paulo II faz declarações antipapais: “...e quando ouço a solicitação que me é dirigida para encontrar uma forma de exercício do primado que, sem renunciar de modo algum ao que é essencial da sua missão, se abra a uma situação nova.”, escreve ele no § 95 da Ut Unum Sint . O que é o mesmo que dizer: não se pode renunciar mas, ao mesmo tempo, se pode renunciar. É um princípio absoluto, mas não é um princípio absoluto. A infalibilidade do Papa é uma rocha imutável “mas”... E quando se diz “mas”, o abrandamento já se operou.

14. A nova fórmula será uma alteração da verdade que se define inabalável. De fato, as proposições dos teólogos luteranos, sustentadas pelos teólogos católicos, já circulam, afirmando que os protestantes poderiam admitir a infalibilidade, admitindo que ela permaneça um costume e uma crença particular, característica da Igreja romana. E o Santo Padre, pelas palavras citadas acima, parece aceitar essa ideia. Ele se mostraria então prestes a limitar a infalibilidade, de tal modo que não sendo mais universal, ela não seria mais um dogma de fé. Desnecessário dizer que, com isso, a própria natureza da Igreja seria violada, pois se certas dioceses creem e outras não, a natureza está comprometida. A Igreja e a fé são uma só e mesma coisa e, portanto, com tal fórmula, a fé e a Igreja seriam uma em Roma e outra em Berlin.

15. Nos últimos trinta anos, essa supremacia pontifícia tem recebido golpes mais sórdidos ainda que durante o Concílio. De fato, esta grave ferida no cume do Santuário divino é ocultada pelo fato de hoje, no mundo, a autoridade moral do Pontífice cresceu. Mas o crescimento que assistimos não tem nenhum significado religioso, nenhuma forma sobrenatural. O Papa é reverenciado na medida em que representa a ideia humanitária que deve constituir o fundamento do mundo futuro, esta mesma ideia humanitária condenada com tanta força pelo Syllabus, na proposição LV: “A Igreja deve estar separada do Estado, e o Estado da Igreja”; e na proposição LXXX: “O Romano Pontífice pode e deve reconciliar-se e tornar-se amigo do progresso, do liberalismo e da civilização moderna”. Apesar disso, o Santo Padre parece sustentar essa ideia, pois fala sempre de um “mundo novo”, de um mundo guiado pela justiça, de um mundo no qual os povos se amam e reverenciam suas tradições boas e distintas, de um mundo fraternal e pacífico em que a paz e o bem-estar reinam sobre todos os povos. Mas o Santo Padre, diante os chefes das Nações, jamais fala da autoridade de Cristo por meio de seu representante na terra, jamais fala de Cristo-Rei, jamais. O discurso pronunciado na ONU é um discurso inteiramente humanitário; em certos trechos se faz, somente por obrigação, alusão a Cristo. Mas são, por assim dizer, apenas alusões formais, de polidez: o discurso é imbuído de humanitarismo, encharcado de humanitarismo, pois seu fim é humanitário.

16. O Santo Padre fala ainda de “nova evangelização”: mas tal “nova evangelização”, ou bem é a lembrança da Boa Nova, ou bem é o anúncio de certa novidade. A novidade consiste no anúncio humanitário, que faz abstração da ideia religiosa católica à qual se refere, em contrapartida, a carta de São Paulo aos Efésios (Ef. 2,4): “Uma só fé e um só batismo”. Em contraste, a novidade sanciona a religiosidade humana, pela qual todas as religiões merecem respeito, pois todas concorrem para o bem comum.

17. Mas se nossa religião se dissolve no sentimento religioso universal, nossa religião não existe; se nossa religião não é um primum, ela não é nada e, se ela não é a luz, então ela é a sombra.

18. O único conflito com o mundo se situa sobre os aspectos da moral; como a indissolubilidade do matrimônio, o aborto, as Tábuas da lei moral em geral. Sobre esses pontos, o Santo Padre tem perseverado na realização de seu dever[1], mas, como vimos acima, em todas as outras posições, ou seja, as posições dogmáticas, a dissolução da doutrina em opiniões pessoais do Papa é crescente.

19. Os sucessos do Santo Padre no mundo são, de fato, grandiosos: ele se movimenta entre milhares de jornalistas, participa de encontros com os grandes da terra; e o Papa participa também, de igual para igual, de reuniões ecumênicas. Tudo isso é importante, pois, de certo modo, João Paulo II conquistou o mundo; e o mundo hoje está imbuído de suas ideias sobre o ecumenismo, sobre a bondade geral, intrínseca e igualmente existente em todas as religiões, pois todas ex sese (por si mesmas) conduzem a Cristo, sobre a necessidade da fraternização dos povos, todos permanecendo com suas práticas tradicionais, com suas próprias convicções culturais; e outras coisas mais. O Santo Padre é acolhido com entusiasmo, não enquanto Pontífice romano, mas porque é considerado como o mais alto representante dessa mentalidade geral “de um mundo bom”.

20. O Papa manifesta sua especificidade, sua particularidade de soberano, unicamente sobre os pontos complexos da moral negada pelo mundo. Que ele nega, contudo, sem se dar conta, pois ninguém lembra a ele que a negação de pontos morais inclui a negação de pontos dogmáticos, pois a lei moral é a manifestação do Verbo, isto é, da Razão divina, que se encarnou e seu nome é Cristo. A lei moral se refere diretamente ao Verbo. Então, a negação da lei moral é uma negação implícita, mas não menos real, do Verbo. O princípio da Igreja e o princípio de tudo se chama Cristo, que é o Verbo encarnado, a Razão divina, que exprime a lei moral natural. A lei moral é uma lei racional e é a expressão da Razão divina: a lei moral é soberanamente razoável.


[1] [Hoje, infelizmente, com Francisco, este não é mais o caso; mas mesmo que Amerio não pudesse ainda perceber, ele já tinha visto que tal relativização moral já estava inscrita na relativização dogmática].

17/10/2018

Show de manifestos pró-Haddad de ex-reitores e "intelectuais".

Isso tudo me lembra os manifestos dos anos 1990 que apareceram contra a crítica corrosiva que Olavo de Carvalho fazia ao Imbecil Coletivo. Essa corja responde a argumentos com abaixo-assinados. A turminha se sente mais confortável quando junta, mas não apresenta nenhum argumento racional.

Entre os "intelectuais" deste atual manifesto, encontramos Caetano Veloso, Gilberto Gil, Preta Gil, Dráuzio Varella, Casagrande, Juca Kfouri e quejandos. Com essa intelectualidade, não surpreende que a ignorância no Brasil esteja atingido níveis catastróficos. 

Ocorre que o Brasil foi salvo por um intelectual, este mesmo que foi alvos dos antigos manifestos. É um caso único no mundo. Um sujeito sozinho, perdido num amontoado gigantesco de livros, preocupado com assuntos aparentemente alheios à agitação do mundo, com sua obra de formiguinha, em vinte anos, constroi um ambiente em que é possível expulsar o PT da vida nacional. O PT comunista, abortista e ladrão. O Brasil de hoje é obra de um estudioso, que ainda vivo, poderá contemplar os resultados práticos de sua vasta erudição.

Sim, os "intelectuais" e ex-reitores terão a sua hora. Estamos hoje ocupados em vencer o PT no cenário nacional. A luta na academia, embora já tenha começado, aumentará muito de nível. Esperem e verão. Essa gangue será varrida das cátedras e dos púlpitos. Atenção também padres e bispos hereges, vocês serão também varridos da história.

Manifesto dos "intelectuais" - clique aqui.

Manifesto dos ex-reitores - clique aqui.

ATUALIZADO EM 19/10/2018

11/10/2018

A provável falsidade de autoria do decálogo de Lenin

Um leitor chama a atenção do blogueiro para o fato de que o decálogo de Lenin seja falso. Ou seja, que não tenha havido, na obra do indigitado, tal decálogo. O prof. Francisco Castro, de uma maneira delicada, tenta atrair a atenção do blogueiro para este fato dizendo: "Olá Professor, poderia citar o livro ou a fonte onde ele escreveu este decálogo? Obrigado." Veja que o professor não disse que o decálogo era falso, só pediu a referência. Talvez ele soubesse que era falso e só foi gentil. Talvez ele genuinamente quisesse saber a referência. De qualquer modo, agradeço-lhe o comentário.

Não me lembro onde, em 2005, encontrei o decálogo. Mas com a pergunta do prof. Castro, fui lá procurar a fonte. Encontrei uma tonelada de referências ao decálogo e também uma suspeita, bem fundamentada de que o decálogo surgiu da pena de outra pessoa. Assim, não encontrei a fonte e, por hora, tenho de admitir uma grande probabilidade de falsidade da autoria de tal texto.

Mas penso que Lenin subscreveria tal decálogo e ficaria satisfeito de que dele só soubéssemos tal decálogo. Pois que o comunismo é muito mais feio, muito mais cruel, muito mais mortífero do que o que está dito nesses dez mandamentos. 

Esses dez mandamentos são todos verdadeiramente comunistas. Mas há centenas de outros mandamentos, muito mais terríveis.

Considere este decreto: "A partir de 1o. de março de 1919, o direito de possuir mulheres entre 17 e 32 anos está abolido (...). Pelo presente contrato, nenhuma mulher pode ser doravante considerada como propriedade particular e todas as mulheres se tornam propriedade da nação".

Mas há mais. Comentando sobre os objetivos do comunismo, W. Cleon Skousen os classifica em 45 categorias ou itens, dos quais separei alguns poucos relacionados ao decálogo de autor desconhecido. Os números dos itens são os originais.

17. Assuma o controle as escolas. Use-as como correias transmissoras para o socialimso e para a propaganda do comunismo. Suavise o currículo. Assuma o controle das associações dos professores. Coloque a doutrina do partido nos livros-textos

18. Assuma o controle dos jornais dos estudantes.

19. Use as greves dos estudantes para fomentar protestos públicos contra programas e organizações que estão sob ataque comunista. (Nota: O sucesso desses objetivos, da perspectiva comunista, é óbvio. Há alguma dúvida sobre isso?)

20. Infliltrem-se na imprensa. Assuma o controle da crítica literária, da editoria, de posições de elaboração de políticas editoriais.

21. Assuma o controle de posições chave no rádio, TV e indústria cinematográfica.

22. Continue a campanha de descrédito da cultura americana pela degradação de todas as formas de expressão artística. Um comunista americano recebeu a ordem de "eliminar todas as belas esculturas de parques e edifícios", substituindo-as por estruturas desformes, feias e sem sentido.

23. Controle a crítica artística e os diretores de museus. "Nosso plano é promover a arte feia, repulsiva e sem sentido".

24. Elimine todas as leis contra a obscenidade chamando-as de "censura" e uma violação da liberdade de expressão e da liberadade da imprensa.

25. Derrube os padrões culturais de moralidade pela promoção da pornografia e da obscenidade em livros, revistas, cinema, rádio e TV. (Nota: Esta é a agenda granmsciana da "longa marcha através das instituições" explicitamente declarada: tomada gradual dos "meios de comunicação" e o uso desses veículos para corrempor a cultura e enfraquecer a capacidade de resistência do indivíduo)

26. Apresente a homossexualidade, a degenerecência e a promiscuidade como "normal, natural e saudável". (Nota: Hoje, aqueles poucos que ainda tem a coragem de defender a moralidade pública são denunciados e viceralmente atacados.)

27. Infiltre-se nas igrejas e substitua a religião revelada pela religião "social". Desacredite a Bíblia e enfatize a necessidade da maturidade intelectual, que não necessita de uma muleta religiosa. (Nota: Isso tem sido realizado amplamente por meio da infiltração comunista do Conselho Nacional das Igrejas, no Judaísmo Reforma e Conservador e nos seminários católicos.)

28. Elimine a oração ou qualquer expressão religiosa nas escolas com a desculpa de que isso viola o princípio da "separação entre estado e igreja".

40. Desacredite a família como instituição. Encorage a promiscuidade e o divórcio fácil.

41. Enfatize a necessidade de educar as crianças longe da influência negativa dos pais. Atribua à influência supressora dos pais os preconceitos, os bloqueios mentais e o retardamento das crianças.

42. Crie a impressão de que a violência e a insurreição são aspectos legítimos da tradição americana; estudantes e grupos de interesse especial devem se levantar e usar sua "força unida" para resolver os problemas econômicos, políticos e sociais.

Para o bem de todos, devo dar a fonte de tais citações: Naked Comunism, de W. Cleon Skousen.

Assim, penso que Lenin preferiria que ficássemos com o decálogo. A coisa é muito mais feia, se aprofundarmos um pouco mais. O livro de Skousen é uma boa referência.

Repito o que disse no post anterior: Diga-me qual dos dois candidatos à presidência está completamente em acordo com o que vai acima.

10/10/2018

Recordar é viver: decálogo de Lenin, 1913

Em 29 de agosto de 2005, publiquei o decálo de Lenin. Reproduzo abaixo o texto. Diga-me qual dos dois candidatos à presidência está completamente em acordo com o que vai abaixo.


Decálogo de Lenin, 1913


1.. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;

2.. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;

3.. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;

4.. Destrua a confiança do povo em seus líderes;

5.. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;

6.. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;

7.. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;

8.. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;

9.. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista;

10.. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.

04/10/2018

Como votarei em Minas Gerais

Caros, alguns leitores me perguntam como votarei aqui em Minas. Será assim:

17600 Caio Bellote
1760 Coronel Felício
777 Dinis Pinheiro
310 Carlos Viana
30 Zema
17 Bolsonaro

A situação para o Senado é a mais importante em Minas. Temos de evitar que Dilma ganhe a vaga. Carlos Viana é o segundo colocado nas pesquisas e Dinis Pinheiro é apoiado pelo Bolsonaro.

São Francisco de Assis, rogai por nós!

03/10/2018

Recordar é viver: Candidatos, meu voto está à venda!

Em 22 de agosto de 2008, publiquei um post sobre minhas considerações sobre candidatos a cargos públicos. Republico-o agora, por razões óbvias.

Candidatos, meu voto está à venda!


Como todos sabem, época de eleição é um bom momento para vendermos o voto. Tentando dar um bom exemplo a meus filhos, estou eu aqui a anunciar que meu voto está à venda.

Acautelem-se, contudo, os candidatos afoitos. Meu voto é muito caro. Eu disse muito caro. Não é qualquer depósito em conta no exterior que vai levando meu voto. Não é qualquer mensalão que vai me enganar.

Meu voto irá para o candidato que depositar na Caixa .... de correio lá de casa, uma declaração assinada e com firma reconhecida, com as seguintes afirmações (que devem também constar da propaganda do candidato no rádio e na televisão):

1. O fundamento moral de minhas ações de candidato eleito serão os Dez Mandamentos da Lei de Deus.

2. Caridade é virtude individual. Quando o governo se mete a fazer caridade com o dinheiro público é sinal de vagabundo pondo a mão no salário do trabalhador.

3. Todo cidadão tem o direito de defender a si e a sua família de criminosos e assassinos, inclusive com arma em punho. Porte de arma para o cidadão comum é fundamento da democracia.

4. Todo cidadão tem o direito a educar seus filhos segundo seus próprios valores. Educar o filho em casa é um direito básico da cidadania.

5. A escola, pública ou privada, não tem o direito de doutrinar nossos filhos. Eles têm o direito de receber uma educação baseada na verdade e nos valores da Civilização Ocidental.

6. Lugar de criminoso é na cadeia e cadeia não é colônia de férias.

7. Crimes hediondos devem ser punidos com a pena de morte.

8. ONG significa Organização Não Governamental, portanto nada de dinheiro público financiando esse tipo de organização.

9. Sou a favor de “programas de redução da mortalidade infantil”, por isso sou contra o aborto.

10. Sou favorável à “preservação das espécies em extinção”, por isso sou contra a matança generalizada de cristãos em países comunistas e islâmicos.

Esse é o preço mínimo que estou cobrando dos candidatos que desejarem o meu voto. Se quiserem pagar mais, podem adicionar itens ao decálogo acima. Por exemplo, quem afirmar que existem verdades absolutas, pois ninguém consegue negar isso sem uma afirmação autocontraditória, ganha muitos pontos no meu conceito. Quem fizer algum comentário a respeito da prova tomista, em cinco vias, da existência de Deus, ganha minha mais profunda admiração. Mas basta o decálogo, para ser um candidato de minha predileção.

01/10/2018

O deslocamento da função magisterial depois do Concílio Vaticano II, por Romano Amerio - Parte III


III – O Papa abdica de sua função magisterial na medida em que não prega mais a fé sobrenatural 

7. Na época do Concílio, estava-se consciente de que a virtude didática lembrada aqui estava em vias de se dissolver na incerteza, como demonstra a declaração autorizada do Cardeal Heenan, Primaz da Igreja da Inglaterra, que numa das primeiras sessões do Concílio se exprimia assim: “Hoje, na Igreja, não há mais o ensinamento dos bispos; estes não são mais a referência na Igreja. O único ponto sobre o qual se atualiza a função magisterial da Igreja é o Soberano Pontífice”. Isto é, onde não há mais pessoas ensinando, todos ensinam; e onde não há mais uma verdade ensinada, ensina-se uma multidão de opiniões. 

8. Mas essa declaração do Primaz da Inglaterra, há trinta anos de distância, parece bem otimista, pois hoje, a função magisterial não se exerce nem mais pelo Pontificado. Se, como vimos, o Magistério é a manifestação da Palavra divina depositada na Igreja, que a Igreja tem por missão e dever de ensinar e pregar, essa manifestação da Palavra divina no Pontificado atual tem estado ausente ou, ao menos, em declínio: eu não teria escrito 57 glosas sobre o documento Tertio Millenio Adveniente se o Santo Padre tivesse sempre ensinado e manifestado a Palavra divina que é, ela, o verdadeiro “Magistério vivo” na Igreja, e se ele não tivesse, de boa vontade, deixado de exprimir diretamente e claramente a verdade da maneira explícita. 

9. Mas eu redigi justamente essas glosas porque o Santo Padre não prega aos fiéis, no exercício pleno de seu magistério, auxílio que eles esperam do Magistério Supremo; ele fala, mas não manifesta aquilo que deveria manifestar. Assim, é preciso dizer, mesmo nos documentos mais importantes, cada palavra do Papa não é mais o Magistério, mas, doravante e muito frequentemente, ela não é mais que a expressão de visões, de pensamento, de considerações difundidas na Igreja: o que quero dizer precisamente é que o Papa, em suas alocuções, reflete todo um sistema de pensamento que é aquele em que o homem de hoje se compraz. 

10. Uma doutrina privada é a elaboração própria de um indivíduo, mas não se trata disso aqui: trata-se de doutrinas que são difundidas e que se tornaram preponderantes numa grande parte da teologia. Lê-se assim na Tertio Millenio: “Cristo é o cumprimento do anelo de todas as religiões do mundo, constituindo por isso mesmo o seu único e definitivo ponto de chegada.” (N. 6); e ainda ...o encontro do cristianismo com aquelas antiquíssimas formas de religiosidade, que significativamente são caracterizadas por uma orientação monoteísta.” (N. 38), e ainda, “[Para o diálogo inter-religioso] deverão ter lugar proeminente os hebreus e os muçulmanos” (N. 53).  E na Ut Unum Sint: “... a infalibilidade do Papa é uma verdade da Igreja à qual não se pode renunciar. Mas deverá se conceber uma nova forma de interpretá-la.1 Então, mesmo as manifestações do Papa assumiram um caráter estranho à função magisterial suprema. Quando o Papa não manifesta a Palavra divina que lhe é confiada e que ele tem a obrigação de manifestar, ele exprime suas visões pessoais na acepção mais elevada; mas ele não exprime a Palavra de Deus. Nos encontramos assim diante da manifestação da decadência do Magistério ordinário da Igreja. O Papa deve guardar e manifestar o Depósito da Fé, da Revelação divina, mas ele não o manifesta senão escassamente. Desde o instante em que o Papa abdica da realização de seu principal dever, uma grande crise ocorre na Igreja, pois é o seu centro que é atingido. Mas não existe nenhum órgão corretor superior ao Pontífice: de fato, o Primado do Pontífice romano é um dos dogmas fundamentais, pode-se dizer, da Igreja. 


CONTINUA...

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1 Não encontrei tal trecho nem na versão em português nem na versão em francês. (N. do T.)