Hilaire Belloc
A luta começa
Quando a luta começou, ficou claro que ela teria de ser algo como uma conquista do sul – ou melhor, do sudeste da França, entre o Ródano e as montanhas, com Toulouse como sua capital – pelos barões do norte.
Ainda assim a cruzada hesitava. A virada do século passara antes que Raimundo, conde de Toulouse (Raimundo VI), temendo a ameaça do norte, prometesse mudar e retirar a proteção ao movimento subversivo. Ele prometeu ainda exilar os líderes da agora vigorosa e organizada anti-igreja herética. Mas não foi sincero. Suas simpatias pendiam para sua gente do sul, para a massa de homens lutadores, seus apoiadores, para os pequenos senhores do Langue d’Oc, que estavam encharcados das novas doutrinas. São Domingos, vindo da Espanha, se tornou, pela força de seu caráter e a firmeza de suas intenções, a alma da reação que se aproximava. Em 1207 o papa pediu ao rei da França, como soberano e senhor de Toulouse, o uso da força. Quase todas as cidades do sudeste estavam já afetadas. Muitas estavam completamente controladas pelos hereges, e quando o legado papal, Castelnou, foi assassinado – presumivelmente com a cumplicidade do conde de Toulouse – a demanda por uma cruzada foi repetida e enfatizada. Pouco depois do assassinato a luta começou.
O homem que sobressai como o maior líder da campanha foi um sujeito não muito importante, senhor muito pobre de um lugar pequeno, mas fortificado, chamado Monfort, distante um dia de marcha de Paris, na direção da Normandia.
Você pode ver ainda as ruínas do lugar, num campo densamente arborizado. Elas ficam ao norte da principal estrada de Paris a Chartres: sobre uma pequena e isolada colina. Dessa pequena, isolada e fortificada colina veio o nome “colina forte” ou “mont fort”, e Simon teve seu nome associado a essa ancestral propriedade.
Raimundo de Toulouse ficou perplexo quando a luta começou. O rei da França estava se tornando mais poderoso do que sempre tinha sido. Ele confiscara recentemente as propriedades de todos os Plantagenetas no norte da França. João, o plantageneta rei da Inglaterra, falava francês, como toda a classe dominante inglesa daquele tempo, e era também, sob o rei da França, Lorde da Normandia, do Maine e de Anjou, e por herança de sua mãe – de metade da região do sul do Loire: Aquitane. Toda a parte norte dessa vasta possessão, de Channel até as montanhas centrais passou ao rei da França quando os nobres ligados ao João da Inglaterra acusou-o de confisco. Raimundo de Toulouse temia o mesmo destino. Mas ele ainda se mostrava indiferente. Apesar de ele marchar com os cruzados contras algumas de suas próprias cidades em rebelião contra a Igreja, ele intimamente desejava a derrota dos nortistas. Ele tinha sido excomungado uma vez. Foi excomungado de novo em Avignon em 1209, o primeiro ano da grande luta.
A luta foi muito violenta. Houve brutal carnificina e grandes saques de cidades e já surgia a coisa que o papa mais temia: o perigo de um motivo financeiro para amargurar a já terrível situação. Os lordes do norte demandariam naturalmente que as terras dos heréticos fossem divididas entre eles. Houve ainda um esforço de reconciliação, mas Raimundo de Toulouse, provavelmente desesperado com a perspectiva de ser deixado sozinho, preparava para resistir. Em 1207, ele foi declarado fora da Igreja, e como John, suas propriedades foram confiscadas de acordo com a Lei Feudal.
30/07/2008
Capítulo 4 - O ataque albigense: Parte IV
28/07/2008
Nota sobre uma nota a respeito da santidade
Leio na recém lançada Dicta&Contradicta uma edição das últimas três aulas de Bruno Tolentino, poeta falecido em 2007. Bem no início, encontro o seguinte. “Como complemento, há também umas palavras de Giussani, que dizia simplesmente: ‘Os homens levam a sério o trabalho, o amor, a família, os filhos, vai ver até a santidade. Levam mil coisas a sério, mas não parecem ter tempo livre para levar a sério a vida.’ Levar a sério a vida é uma coisa muito curiosa: significa que você não pode jogar fora um só segundo dela, pois é um tesouro que lhe foi dado, que lhe é dado e que volta a lhe ser dado todo santo dia.” Continuando, Tolentino diz: “Estas duas coisas completam-se: a visita da santidade e a pergunta ‘mas será que levo a vida a sério?’ Foi em torno delas que se criou toda uma coisa extraordinária, que foi a cultura Ocidental. Construímos toda a assim chamada civilização em torno deste problema do ser.”
Há aqui uma nota do editor que diz: “Classicamente, entende-se a santidade como a plenitude do ser, do ser-homem.”
A cultura Ocidental foi criada pela cristandade católica. A Igreja foi a mãe da civilização Ocidental, que vem descendo uma ladeira desde o nominalismo de Occam e da Reforma. A civilização em que vivemos ainda conserva alguns valores daquela civilização, mas apenas de uma forma degradada. Chesterton dizia que, na modernidade, as virtudes cristãs enlouqueceram. Cito aqui apenas duas obras que podem nos convencer disso: Religion and the Rise of Western Culture, de Chistopher Dawson e Dois Amores, Duas Cidades, de Gustavo Corção. A cultura Ocidental foi, portanto, criada pela Teologia e não por uma ontologia.
A nota do editor é intrigante: a santidade é a plenitude do ser, do ser-homem. Que significa isso? Talvez que o santo seja um homem pleno, o que é verdade. Mas, santidade tem muito mais a ver com Deus do que com o homem. De qualquer forma, de santidade entende a Igreja, pois só existe santo na Igreja Católica. Então, recorro à Enciclopédia Católica e procuro a palavra santidade. O que ela diz? Vejamos (traduzo livremente do inglês partes do texto da enciclopédia. Quem quiser ler o original clique aqui.)
“Sanctitas na Vulgata do Novo Testamento é tradução de duas palavras distintas, hagiosine (1 Tess., III:13) e hosiotes (Luc., 1:75; Ef., 4:24) Essas duas palavras gregas expressam respectivamente as duas idéias conotadas por santidade: aquela referente a separação, como em hagios, que vem de hagos, que denota ‘qualquer coisa sagrada, venerável’ (do latim sacer); e aquela referente a sancionado (sancitus), aquele que é hosios recebeu o selo de Deus.
“Santidade, diz o Doutor Angélico, é o termo usado para tudo o que é dedicado ao serviço Divino, seja pessoa ou coisa. O santo deve ser puro e separado do mundo, pois a mente tem de ser retirada da contemplação das coisas inferiores para que ela possa considerar a verdade suprema, e isso deve ser feito com firmeza e estabilidade. Santo Tomás define santidade como aquela virtude pela qual o homem aplica sua mente e todos os seus atos em direção de Deus; ele coloca a santidade entre as virtudes morais infusas, na qual fazemos todas as coisas subservientes a Deus. (...) Assim, santidade é o resultado da santificação, aquele ato divino pelo qual Deus livremente nos justifica, e pelo qual Ele nos adota; por nossa santidade resultante, tanto nos atos quanto nos hábitos, nós os consideramos o Começo e o Fim para o qual tendemos. Portanto, na ordem moral, a santidade é uma asserção dos supremos direitos de Deus; sua manifestação é a obediência aos Mandamentos.”
Por essa definição de santidade, dizer que ela apenas nos visita seria impróprio, apesar de poético. Sendo virtude, nós a alcançamos por meio nossos próprios esforços, de nossa vontade firme e estável. Sendo virtude infusa, nós precisamos da graça de Deus para que nos tornemos santos. Nesse aspecto o poeta tem certa razão. Precisamos que algo nos visite: a graça de Deus, que sopra onde quer. Mas a visita tem de ser querida, almejada, solicitada, desejada em seu mais alto grau.
Para terminar, é preciso sempre lembrar que a santidade não é escolha, é obrigação: “Sede perfeitos, como meu Pai é perfeito”. E a perfeição é a santidade suprema.
Há aqui uma nota do editor que diz: “Classicamente, entende-se a santidade como a plenitude do ser, do ser-homem.”
A cultura Ocidental foi criada pela cristandade católica. A Igreja foi a mãe da civilização Ocidental, que vem descendo uma ladeira desde o nominalismo de Occam e da Reforma. A civilização em que vivemos ainda conserva alguns valores daquela civilização, mas apenas de uma forma degradada. Chesterton dizia que, na modernidade, as virtudes cristãs enlouqueceram. Cito aqui apenas duas obras que podem nos convencer disso: Religion and the Rise of Western Culture, de Chistopher Dawson e Dois Amores, Duas Cidades, de Gustavo Corção. A cultura Ocidental foi, portanto, criada pela Teologia e não por uma ontologia.
A nota do editor é intrigante: a santidade é a plenitude do ser, do ser-homem. Que significa isso? Talvez que o santo seja um homem pleno, o que é verdade. Mas, santidade tem muito mais a ver com Deus do que com o homem. De qualquer forma, de santidade entende a Igreja, pois só existe santo na Igreja Católica. Então, recorro à Enciclopédia Católica e procuro a palavra santidade. O que ela diz? Vejamos (traduzo livremente do inglês partes do texto da enciclopédia. Quem quiser ler o original clique aqui.)
“Sanctitas na Vulgata do Novo Testamento é tradução de duas palavras distintas, hagiosine (1 Tess., III:13) e hosiotes (Luc., 1:75; Ef., 4:24) Essas duas palavras gregas expressam respectivamente as duas idéias conotadas por santidade: aquela referente a separação, como em hagios, que vem de hagos, que denota ‘qualquer coisa sagrada, venerável’ (do latim sacer); e aquela referente a sancionado (sancitus), aquele que é hosios recebeu o selo de Deus.
“Santidade, diz o Doutor Angélico, é o termo usado para tudo o que é dedicado ao serviço Divino, seja pessoa ou coisa. O santo deve ser puro e separado do mundo, pois a mente tem de ser retirada da contemplação das coisas inferiores para que ela possa considerar a verdade suprema, e isso deve ser feito com firmeza e estabilidade. Santo Tomás define santidade como aquela virtude pela qual o homem aplica sua mente e todos os seus atos em direção de Deus; ele coloca a santidade entre as virtudes morais infusas, na qual fazemos todas as coisas subservientes a Deus. (...) Assim, santidade é o resultado da santificação, aquele ato divino pelo qual Deus livremente nos justifica, e pelo qual Ele nos adota; por nossa santidade resultante, tanto nos atos quanto nos hábitos, nós os consideramos o Começo e o Fim para o qual tendemos. Portanto, na ordem moral, a santidade é uma asserção dos supremos direitos de Deus; sua manifestação é a obediência aos Mandamentos.”
Por essa definição de santidade, dizer que ela apenas nos visita seria impróprio, apesar de poético. Sendo virtude, nós a alcançamos por meio nossos próprios esforços, de nossa vontade firme e estável. Sendo virtude infusa, nós precisamos da graça de Deus para que nos tornemos santos. Nesse aspecto o poeta tem certa razão. Precisamos que algo nos visite: a graça de Deus, que sopra onde quer. Mas a visita tem de ser querida, almejada, solicitada, desejada em seu mais alto grau.
Para terminar, é preciso sempre lembrar que a santidade não é escolha, é obrigação: “Sede perfeitos, como meu Pai é perfeito”. E a perfeição é a santidade suprema.
25/07/2008
A Teologia da Deformação e "Didaqué: Instrução dos Doze Apóstolos"
A coleção Patrística da Editora Paulus é extraordinária. As traduções dos documentos e Padres antigos são primorosas. São já quase trinta livros, se não me engano, traduzidos e que valem cada centavo de seu preço.
Dito isso, a nota negativa vai para a introdução (às vezes) e as notas explicativas (quase sempre) que os editores adicionam às obras. Aí se encontra todo o modo de pensar modernista que invadiu a Igreja depois do Concílio Vaticano II. É muito triste ler textos tão importantes para a nossa fé, tingidos de comentários tão demoníacos. É a Teologia da Libertação tentando reinterpretar toda a Tradição da Igreja.
Para se ter uma primeira idéia do que estou falando, reproduzo abaixo um texto da Apresentação, texto comum a todos os livros da coleção.
“Na tentativa de eliminar as ambigüidades em torno da expressão [Padre da Igreja], os estudiosos convencionaram em receber como ‘Padre da Igreja’ quem tivesse estas qualificações: ortodoxia de doutrina, santidade de vida, aprovação eclesiástica e antiguidade. Mas, os próprios conceitos de ortodoxia, santidade e antiguidade são ambíguos.” [Negritos são meus.]
Vocês entenderam, não é? Pelo que é dito acima, a Igreja não sabe bem o que é santidade, ortodoxia e antiguidade. Veja se isso não beira a heresia. Quem não sabe o significado desses termos é a Igreja do Vaticano II. A Igreja de sempre, nunca teve dúvidas de que Santo Tomás de Aquino é santo. De que o Catecismo Romano do Concílio de Trento é ortodoxo e que São Paulo viveu na antiguidade. Ora bolas!
Para dar exemplos das notas explicativas que causam tanto desprazer ao leitor, separei algumas dessas notas no texto “Didaqué: Instrução dos Doze Apóstolos” que pode ser considerado o primeiro Catecismo católico. Supõe-se que esse documento tenha sido escrito ainda no primeiro século da era cristã e, portanto, enquanto ainda viviam os apóstolos. O autor é desconhecido. O texto é muito interessante e a simplicidade de sua redação não trai a profundidade de sua doutrina. É um pequeno texto que vale a pena ser lido.
Escolhi três notas específicas que dão o sabor modernista de todos os comentários.
No que se segue, o texto do Didaqué aparece em negrito, o texto dos comentários dos editores aparece na fonte normal e os meus comentários aparecem em itálico.
5Dê a quem pede a você e não peça para devolver, pois o Pai quer que os seus bens sejam dados a todos. Feliz aquele que dá conforme o mandamento, porque será considerado inocente. Ai de quem recebe: se recebe por estar necessitado, será considerado inocente; mas se recebe sem ter necessidade, deverá prestar contas do motivo e da finalidade pelos quais recebeu. Será posto na prisão e interrogado sobre o que fez; e daí não sairá até que tenha devolvido o último centavo. 6 A esse respeito, também foi dito: Que a sua esmola fique suando nas mãos, até que você saiba para quem a está dando. (1:5-6)
Sobre o versículo 6: Não basta ajudar materialmente o necessitado para desencargo de consciência. É preciso entrar em comunhão, participando de toda a situação do pobre, porque nem sempre a ajuda material é o aspecto mais importante. O grande desafio é acabar com a pobreza, e não simplesmente conservar os pobres como ocasião de fazer caridade.
Primeiramente, observemos a sabedoria do Didaqué. O texto anuncia o preceito: dar a quem te pede sem pedir de volta. Depois o texto admoesta quem pede, para que se peça quando se precisa: “ai de quem recebe ...”. E finalmente, anuncia a responsabilidade de quem dá: “que sua esmola fique suando em suas mãos” antes de dá-la a qualquer um. Ou seja, tanto quem dá, quando quem recebe, tem responsabilidades no ato. Quem recebe, tem de ser necessitado e quem dá tem de se certificar de que está dando a que necessita.
Agora, vamos aos lamentáveis comentários da edição da Paulus. O que salta aos olhos no comentário é: “o grande desafio é acabar com a pobreza”. Ora, desde que o mundo é mundo apenas um tipo de indivíduo prometeu acabar com a pobreza. Foi o comunista que, em nome do extermínio da pobreza, exterminou muito mais de 100 milhões de pessoas. Lembremos aqui as palavras do próprio Cristo: “Pobres sempre os terei entre vós, porém a Mim nem sempre tereis”(Jo. 12:1-9).
11Quanto a vocês, servos, sejam submissos aos seus senhores, com respeito e reverência, como à imagem de Deus. (4:11)
O versículo 11 mostra que as comunidades nascentes ainda não tinham consciência de que o Evangelho exige transformações estruturais para acabar com a desigualdade e a exploração.
Percebam a malícia desse comentário. O que o comentador quer dizer é que o autor do Didaqué era um ingênuo. Ele não sabia que devemos mudar as estruturas sociais e políticas, desrespeitando quem quer que seja para isso. Ele não sabia também que o Evangelho demanda tal coisa. Ora, o comentador não leu, ou não entendeu, São Paulo, que disse: “Servos, obedecei aos vossos senhores temporais, com temor e tremor, de coração sincero, como se fosse a Cristo; não servindo só quando sois vistos, como para agradar aos homens, mas fazei-o como servidores de Cristo”(Ef. 6:5)
O Catecismo Romano (mandado publicar pelo Concílio de Trento) determina, quando fala sobre o quarto mandamento da lei de Deus, que: “Devemos, no entanto, honrar não só aqueles que nos deram a vida, mas também os que merecem o nome de pais, como são os Bispos, sacerdotes, reis, príncipes, magistrados, tutores, curadores, mestres, educadores, anciãos e outras pessoas de igual condição”.(III V 13)
Qual é o limite dessa obediência? Bem, o limite está nas Escrituras: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens”(At. 5:29). Assim, se qualquer um dos que merecem nossa obediência nos ordenar coisas contrárias à lei de Deus, devemos desobedecer.
Para o comentador revolucionário, o autor desconhecido do Didaqué, São Paulo e os Bispos do Concílio de Trento eram todos uns ingênuos. O esperto mesmo é o comentador modernista e malicioso da edição da Paulus.
1Reúnam-se no dia do Senhor para partir o pão e agradecer, depois de ter confessado os pecados, para que o sacrifício de vocês seja puro. 2Aquele que está de briga com seu companheiro não poderá juntar-se a vocês antes de se ter reconciliado, para que o sacrifício que vocês oferecem não seja profanado. (14:1-2)
A Eucaristia é a celebração da fraternidade. Para que ela não seja profanada no seu significado profundo, exige-se reconciliação, não só no momento do culto, mas na vida concreta.
O comentador, depois de se mostrar comunista e modernista, agora se revela blasfemador. Afirmar que a Eucaristia é a celebração da fraternidade é blasfêmia! Vejamos o que o Catecismo Romano nos diz da Eucaristia. “Entre todos os Sagrados Mistérios que Nosso Senhor e Salvador nos confiou, como meios infalíveis para conferir a divina graça, não há nenhum que possa comparar-se como o Santíssimo Sacramento da Eucaristia. (...) Além disso, essas palavras [da consagração do vinho] exprimem certos efeitos admiráveis do Sangue derramado na Paixão de Nosso Senhor, efeitos que estão na mais íntima relação com este Sacramento. O primeiro é o acesso à eterna partilha, cujo direito nos advém da ‘nova e eterna aliança’. O segundo é o acesso à justiça pelo ‘Mistério da fé’; porquanto Deus nos propôs Jesus como vítima propiciatória, mediante a fé em Seu Sangue, para que ele mesmo seja justo e justifique a quem acredita em Jesus Cristo. O terceiro é a remissão dos pecados.”
O Catecismo Romano, que o comentador parece não conhecer, devota 40 páginas ao Sacramento da Eucaristia. E o nosso comentador diz simplesmente que é a “celebração da fraternidade”. Ora essa! Isso é ou não é blasfêmia? Celebração de fraternidade é quando eu convido amigos para saborear comigo um churrasco em minha casa! Tenha mais respeito com o sacrifício de cruz que o Filho de Deus sofreu por nós!!
O que eu posso dizer como conclusão é: leiam a coleção Patrística da Editora Paulus, mas não leiam nem a Introdução a cada uma das obras, nem as notas explicativas
Dito isso, a nota negativa vai para a introdução (às vezes) e as notas explicativas (quase sempre) que os editores adicionam às obras. Aí se encontra todo o modo de pensar modernista que invadiu a Igreja depois do Concílio Vaticano II. É muito triste ler textos tão importantes para a nossa fé, tingidos de comentários tão demoníacos. É a Teologia da Libertação tentando reinterpretar toda a Tradição da Igreja.
Para se ter uma primeira idéia do que estou falando, reproduzo abaixo um texto da Apresentação, texto comum a todos os livros da coleção.
“Na tentativa de eliminar as ambigüidades em torno da expressão [Padre da Igreja], os estudiosos convencionaram em receber como ‘Padre da Igreja’ quem tivesse estas qualificações: ortodoxia de doutrina, santidade de vida, aprovação eclesiástica e antiguidade. Mas, os próprios conceitos de ortodoxia, santidade e antiguidade são ambíguos.” [Negritos são meus.]
Vocês entenderam, não é? Pelo que é dito acima, a Igreja não sabe bem o que é santidade, ortodoxia e antiguidade. Veja se isso não beira a heresia. Quem não sabe o significado desses termos é a Igreja do Vaticano II. A Igreja de sempre, nunca teve dúvidas de que Santo Tomás de Aquino é santo. De que o Catecismo Romano do Concílio de Trento é ortodoxo e que São Paulo viveu na antiguidade. Ora bolas!
Para dar exemplos das notas explicativas que causam tanto desprazer ao leitor, separei algumas dessas notas no texto “Didaqué: Instrução dos Doze Apóstolos” que pode ser considerado o primeiro Catecismo católico. Supõe-se que esse documento tenha sido escrito ainda no primeiro século da era cristã e, portanto, enquanto ainda viviam os apóstolos. O autor é desconhecido. O texto é muito interessante e a simplicidade de sua redação não trai a profundidade de sua doutrina. É um pequeno texto que vale a pena ser lido.
Escolhi três notas específicas que dão o sabor modernista de todos os comentários.
No que se segue, o texto do Didaqué aparece em negrito, o texto dos comentários dos editores aparece na fonte normal e os meus comentários aparecem em itálico.
5Dê a quem pede a você e não peça para devolver, pois o Pai quer que os seus bens sejam dados a todos. Feliz aquele que dá conforme o mandamento, porque será considerado inocente. Ai de quem recebe: se recebe por estar necessitado, será considerado inocente; mas se recebe sem ter necessidade, deverá prestar contas do motivo e da finalidade pelos quais recebeu. Será posto na prisão e interrogado sobre o que fez; e daí não sairá até que tenha devolvido o último centavo. 6 A esse respeito, também foi dito: Que a sua esmola fique suando nas mãos, até que você saiba para quem a está dando. (1:5-6)
Sobre o versículo 6: Não basta ajudar materialmente o necessitado para desencargo de consciência. É preciso entrar em comunhão, participando de toda a situação do pobre, porque nem sempre a ajuda material é o aspecto mais importante. O grande desafio é acabar com a pobreza, e não simplesmente conservar os pobres como ocasião de fazer caridade.
Primeiramente, observemos a sabedoria do Didaqué. O texto anuncia o preceito: dar a quem te pede sem pedir de volta. Depois o texto admoesta quem pede, para que se peça quando se precisa: “ai de quem recebe ...”. E finalmente, anuncia a responsabilidade de quem dá: “que sua esmola fique suando em suas mãos” antes de dá-la a qualquer um. Ou seja, tanto quem dá, quando quem recebe, tem responsabilidades no ato. Quem recebe, tem de ser necessitado e quem dá tem de se certificar de que está dando a que necessita.
Agora, vamos aos lamentáveis comentários da edição da Paulus. O que salta aos olhos no comentário é: “o grande desafio é acabar com a pobreza”. Ora, desde que o mundo é mundo apenas um tipo de indivíduo prometeu acabar com a pobreza. Foi o comunista que, em nome do extermínio da pobreza, exterminou muito mais de 100 milhões de pessoas. Lembremos aqui as palavras do próprio Cristo: “Pobres sempre os terei entre vós, porém a Mim nem sempre tereis”(Jo. 12:1-9).
11Quanto a vocês, servos, sejam submissos aos seus senhores, com respeito e reverência, como à imagem de Deus. (4:11)
O versículo 11 mostra que as comunidades nascentes ainda não tinham consciência de que o Evangelho exige transformações estruturais para acabar com a desigualdade e a exploração.
Percebam a malícia desse comentário. O que o comentador quer dizer é que o autor do Didaqué era um ingênuo. Ele não sabia que devemos mudar as estruturas sociais e políticas, desrespeitando quem quer que seja para isso. Ele não sabia também que o Evangelho demanda tal coisa. Ora, o comentador não leu, ou não entendeu, São Paulo, que disse: “Servos, obedecei aos vossos senhores temporais, com temor e tremor, de coração sincero, como se fosse a Cristo; não servindo só quando sois vistos, como para agradar aos homens, mas fazei-o como servidores de Cristo”(Ef. 6:5)
O Catecismo Romano (mandado publicar pelo Concílio de Trento) determina, quando fala sobre o quarto mandamento da lei de Deus, que: “Devemos, no entanto, honrar não só aqueles que nos deram a vida, mas também os que merecem o nome de pais, como são os Bispos, sacerdotes, reis, príncipes, magistrados, tutores, curadores, mestres, educadores, anciãos e outras pessoas de igual condição”.(III V 13)
Qual é o limite dessa obediência? Bem, o limite está nas Escrituras: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens”(At. 5:29). Assim, se qualquer um dos que merecem nossa obediência nos ordenar coisas contrárias à lei de Deus, devemos desobedecer.
Para o comentador revolucionário, o autor desconhecido do Didaqué, São Paulo e os Bispos do Concílio de Trento eram todos uns ingênuos. O esperto mesmo é o comentador modernista e malicioso da edição da Paulus.
1Reúnam-se no dia do Senhor para partir o pão e agradecer, depois de ter confessado os pecados, para que o sacrifício de vocês seja puro. 2Aquele que está de briga com seu companheiro não poderá juntar-se a vocês antes de se ter reconciliado, para que o sacrifício que vocês oferecem não seja profanado. (14:1-2)
A Eucaristia é a celebração da fraternidade. Para que ela não seja profanada no seu significado profundo, exige-se reconciliação, não só no momento do culto, mas na vida concreta.
O comentador, depois de se mostrar comunista e modernista, agora se revela blasfemador. Afirmar que a Eucaristia é a celebração da fraternidade é blasfêmia! Vejamos o que o Catecismo Romano nos diz da Eucaristia. “Entre todos os Sagrados Mistérios que Nosso Senhor e Salvador nos confiou, como meios infalíveis para conferir a divina graça, não há nenhum que possa comparar-se como o Santíssimo Sacramento da Eucaristia. (...) Além disso, essas palavras [da consagração do vinho] exprimem certos efeitos admiráveis do Sangue derramado na Paixão de Nosso Senhor, efeitos que estão na mais íntima relação com este Sacramento. O primeiro é o acesso à eterna partilha, cujo direito nos advém da ‘nova e eterna aliança’. O segundo é o acesso à justiça pelo ‘Mistério da fé’; porquanto Deus nos propôs Jesus como vítima propiciatória, mediante a fé em Seu Sangue, para que ele mesmo seja justo e justifique a quem acredita em Jesus Cristo. O terceiro é a remissão dos pecados.”
O Catecismo Romano, que o comentador parece não conhecer, devota 40 páginas ao Sacramento da Eucaristia. E o nosso comentador diz simplesmente que é a “celebração da fraternidade”. Ora essa! Isso é ou não é blasfêmia? Celebração de fraternidade é quando eu convido amigos para saborear comigo um churrasco em minha casa! Tenha mais respeito com o sacrifício de cruz que o Filho de Deus sofreu por nós!!
O que eu posso dizer como conclusão é: leiam a coleção Patrística da Editora Paulus, mas não leiam nem a Introdução a cada uma das obras, nem as notas explicativas
13/07/2008
Lições das Missas dominicais pós-Vaticano II – Parte VII
“Exáudi, Deus, oratiónem meam, et ne despéxeris deprecatiónem meam: inténde nihi et exáudi me.”
O sr. Carlos Francisco Segnorelli, presidente do CNL, nos brinda com um texto, n’O Domigo – Semanário Litúrgico-Catequético, de 15/06/2008, sobre “O papel dos cristãos na construção da nova sociedade”.
O slogan preferido dos marxistas modernos é “um novo mundo é possível”, ou “um outro mundo é possível”. É dentro dessa perspectiva que se encaixa essa tal nova sociedade cristã. Já se disse que um slogan pode fazer um povo parar de pensar por décadas.
Vamos ao texto. Citando o fatídico Documento de Aparecida, o sr. Signorelli nos diz: “Frente a esta forma de globalização, sentimos um forte chamado para promover uma globalização diferente, que seja marcada pela solidariedade, pela justiça e pelo respeito aos direitos humanos, fazendo da América Latina e do Caribe não somente um continente da esperança, mas também um continente do amor.”
Conhecendo outros textos do sr. Signorelli, a expressão “esta forma de globalização” é sinônimo de capitalismo e a “globalização diferente” é o socialismo. Mas não percamos tempo com isso, pois não há solução para o caso do sr. Signorelli.
Bem, agora o sr. Signorelli cita nosso Senhor Jesus Cristo: “Meu reino não é deste mundo”. E dá sua interpretação para o ensinamento de Jesus: “Essa afirmação de Jesus quer dizer simplesmente que os valores do seu reino não são os valores norteadores das práticas dos poderosos que dominam os reinos deste mundo”. Viram só? O sr. Signorelli não acredita em outro mundo. Ele acredita neste, modificado. Ele acha que o reino dos céus é só uma questão de valores. Se mudarmos os valores, já estamos noutro mundo, aqui mesmo. Para esse tipo de gente, que ainda insistem em se considerar católicos, o reino de Deus é imanente.
Ele diz mais. Diz que existem por aí cristãos que ficam “presos a atitudes contínuas relacionadas a uma religiosidade sem efeitos práticos, recitando sentenças e chavões e rezando orações desligadas da vida, sem que o esforço por justiça, amor, solidariedade e partilha esteja em seu horizonte. Em outras palavras, as práticas desses cristãos nada mais constroem do que vazios de sentido e buscas de salvação eterna”. Viram só? Se você é desses que ficam rezando o terço, rezando as lindas ladainhas católicas, pedindo perdão de seus pecados, saiba que você está por fora. O negócio é seu esforço por justiça, solidariedade e partilha. Isso tudo sem a ajuda de Deus, mas com a contribuição de Marx, Mao, Stalin, Fidel etc. Se você está buscando a salvação eterna, você está “preso a atitudes contínuas relacionadas a uma religiosidade sem efeitos práticos”. Efeitos práticos têm o marxismo.
Alguém já disse que quando você se afasta de Deus, sua inteligência diminui. Claro, pois a razão humana é um instrumento de aproximação de Deus. O sr. Signorelli é um exemplo vivo disso, pois, logo após ele nos dizer que a busca da salvação eterna é uma bobagem, ele fecha a frase assim: “a única coisa que devemos buscar é o reino, porque tudo o mais nos vem por acréscimo”. Ou seja, para ele o reino e a salvação eterna são duas coisas completamente diferente. E nós compreendemos que assim seja, pois o reino do sr. Signorelli é aqui neste mundo, não num outro mundo.
Querem ver a última prova da imanência do reino do sr. Signorelli? A frase de fechamento do lamentável artigo é: “Façamos da nossa vida uma revelação clara de nossa fé em Jesus Cristo, não nos fechando em nosso ‘mundinho’ de crenças solitárias, mas – como diz o Documento de Aparecida – abrindo-nos ao mundo da política, da economia, da família, dos meios de comunicação social, da educação ... Ou seja, àquele onde vivemos”.
Vamos resumir. O sr. Signorelli nos exorta a “buscar o reino”, como única coisa a ser feita. Depois fecha o artigo com outra exortação, que por suposto, deve conter a busca do reino. Ou seja, “que nos abramos para o mundo da política, da economia, da família, dos meios de comunicação social, da educação ... Ou seja, àquele onde vivemos.” Bingo! O reino do sr. Signorelli é este em que vivemos. Santa imanência!
Domingo passado, o padre Bortolini começou uma série de 35 artigos sobre São Paulo, em referência ao Ano Paulino. Acompanharemos nos próximos comentários suas observações. Vamos ver o que os modernistas têm a dizer de São Paulo.
Para ver outros comentários, clique: Parte I, Parte II, Parte III, Parte IV, Parte V, Parte VI
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O sr. Carlos Francisco Segnorelli, presidente do CNL, nos brinda com um texto, n’O Domigo – Semanário Litúrgico-Catequético, de 15/06/2008, sobre “O papel dos cristãos na construção da nova sociedade”.
O slogan preferido dos marxistas modernos é “um novo mundo é possível”, ou “um outro mundo é possível”. É dentro dessa perspectiva que se encaixa essa tal nova sociedade cristã. Já se disse que um slogan pode fazer um povo parar de pensar por décadas.
Vamos ao texto. Citando o fatídico Documento de Aparecida, o sr. Signorelli nos diz: “Frente a esta forma de globalização, sentimos um forte chamado para promover uma globalização diferente, que seja marcada pela solidariedade, pela justiça e pelo respeito aos direitos humanos, fazendo da América Latina e do Caribe não somente um continente da esperança, mas também um continente do amor.”
Conhecendo outros textos do sr. Signorelli, a expressão “esta forma de globalização” é sinônimo de capitalismo e a “globalização diferente” é o socialismo. Mas não percamos tempo com isso, pois não há solução para o caso do sr. Signorelli.
Bem, agora o sr. Signorelli cita nosso Senhor Jesus Cristo: “Meu reino não é deste mundo”. E dá sua interpretação para o ensinamento de Jesus: “Essa afirmação de Jesus quer dizer simplesmente que os valores do seu reino não são os valores norteadores das práticas dos poderosos que dominam os reinos deste mundo”. Viram só? O sr. Signorelli não acredita em outro mundo. Ele acredita neste, modificado. Ele acha que o reino dos céus é só uma questão de valores. Se mudarmos os valores, já estamos noutro mundo, aqui mesmo. Para esse tipo de gente, que ainda insistem em se considerar católicos, o reino de Deus é imanente.
Ele diz mais. Diz que existem por aí cristãos que ficam “presos a atitudes contínuas relacionadas a uma religiosidade sem efeitos práticos, recitando sentenças e chavões e rezando orações desligadas da vida, sem que o esforço por justiça, amor, solidariedade e partilha esteja em seu horizonte. Em outras palavras, as práticas desses cristãos nada mais constroem do que vazios de sentido e buscas de salvação eterna”. Viram só? Se você é desses que ficam rezando o terço, rezando as lindas ladainhas católicas, pedindo perdão de seus pecados, saiba que você está por fora. O negócio é seu esforço por justiça, solidariedade e partilha. Isso tudo sem a ajuda de Deus, mas com a contribuição de Marx, Mao, Stalin, Fidel etc. Se você está buscando a salvação eterna, você está “preso a atitudes contínuas relacionadas a uma religiosidade sem efeitos práticos”. Efeitos práticos têm o marxismo.
Alguém já disse que quando você se afasta de Deus, sua inteligência diminui. Claro, pois a razão humana é um instrumento de aproximação de Deus. O sr. Signorelli é um exemplo vivo disso, pois, logo após ele nos dizer que a busca da salvação eterna é uma bobagem, ele fecha a frase assim: “a única coisa que devemos buscar é o reino, porque tudo o mais nos vem por acréscimo”. Ou seja, para ele o reino e a salvação eterna são duas coisas completamente diferente. E nós compreendemos que assim seja, pois o reino do sr. Signorelli é aqui neste mundo, não num outro mundo.
Querem ver a última prova da imanência do reino do sr. Signorelli? A frase de fechamento do lamentável artigo é: “Façamos da nossa vida uma revelação clara de nossa fé em Jesus Cristo, não nos fechando em nosso ‘mundinho’ de crenças solitárias, mas – como diz o Documento de Aparecida – abrindo-nos ao mundo da política, da economia, da família, dos meios de comunicação social, da educação ... Ou seja, àquele onde vivemos”.
Vamos resumir. O sr. Signorelli nos exorta a “buscar o reino”, como única coisa a ser feita. Depois fecha o artigo com outra exortação, que por suposto, deve conter a busca do reino. Ou seja, “que nos abramos para o mundo da política, da economia, da família, dos meios de comunicação social, da educação ... Ou seja, àquele onde vivemos.” Bingo! O reino do sr. Signorelli é este em que vivemos. Santa imanência!
Domingo passado, o padre Bortolini começou uma série de 35 artigos sobre São Paulo, em referência ao Ano Paulino. Acompanharemos nos próximos comentários suas observações. Vamos ver o que os modernistas têm a dizer de São Paulo.
Para ver outros comentários, clique: Parte I, Parte II, Parte III, Parte IV, Parte V, Parte VI
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07/07/2008
Gustavo Corção e Bento XVI
Há trinta anos, ontem, morria Gustavo Corção. Não sei se alguém mais se lembrou da data. Não sei nem quantos brasileiros conhecem a obra de Corção. Mas, para quem não conhece, e mesmo para quem conhece, vale a pena ler o texto de D. Lourenço Fleishman, no site Permanência (aqui).
Só vim conhecer a obra de Corção há poucos anos. Quando ele morreu, eu cursava engenharia e era, como todos os alunos da universidade (de então e de agora), esquerdista. Achava lindo ser esquerdista. Se o tivesse lido na época teria odiado o velho mestre.
E o que o papa tem a ver com tudo isso? Bem, por uma dessas coincidências, o prof. Orlando Fedeli escreve hoje no site Montfort um artigo dando conta de que as fontes murmurantes de Roma anunciam coisas muito importantes para a Igreja. Coisas que talvez alegrassem Gustavo Corção e que serão postas em andamento, proximamente, pelo papa Bento XVI.
Esta noite rezarei pela alma de Gustavo Corção, pedindo a Deus que sua obra não desapareça da memória dos brasileiros, que seus livros (todos eles) sejam reeditados e que seus ensinamentos voltem a aproximar da Igreja de Cristo todos os seus leitores.
Só vim conhecer a obra de Corção há poucos anos. Quando ele morreu, eu cursava engenharia e era, como todos os alunos da universidade (de então e de agora), esquerdista. Achava lindo ser esquerdista. Se o tivesse lido na época teria odiado o velho mestre.
E o que o papa tem a ver com tudo isso? Bem, por uma dessas coincidências, o prof. Orlando Fedeli escreve hoje no site Montfort um artigo dando conta de que as fontes murmurantes de Roma anunciam coisas muito importantes para a Igreja. Coisas que talvez alegrassem Gustavo Corção e que serão postas em andamento, proximamente, pelo papa Bento XVI.
Esta noite rezarei pela alma de Gustavo Corção, pedindo a Deus que sua obra não desapareça da memória dos brasileiros, que seus livros (todos eles) sejam reeditados e que seus ensinamentos voltem a aproximar da Igreja de Cristo todos os seus leitores.
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