31/07/2011

Surge, pela graça de Deus, mais um tradutor de Chesterton

Estou em falta com os leitores do blog, e com o prof. Carlos Ramalhete, o mais novo tradutor de Chesterton; mais novo é modo de dizer, pois em termos de competência o bebê sou eu. Em meados de julho, recebi a auspiciosa notícia, que fiquei de repercutir aqui neste modesto espaço. Diz o prof. Carlos:

Então segue o aviso: a Sandra Katzman, que é quem toma conta da casa em www.hsjonline.com , já recebeu a versão preliminar dos dois primeiros artigos da Superstition of Divorce, e vai postá-los na página só para as traduções do Chesterton que ela abriu no blogue, em http://www.hsjonline.com/p/lingua-e-literatura.html . Pelo que eu vi, já está lá o primeiro artigo, em http://www.hsjonline.com/2011/07/i-supersticao-do-divorcio-1.html ; imagino que talvez ela vá colocar o segundo artigo do livro amanhã ou depois, quando conseguir se organizar no meio da tralha toda que enviei.

O projeto do prof. Carlos é traduzir Supertition of Divorce e Outline of Sanity. Que Deus lhe pague, prof. Carlos, pela iniciativa.

26/07/2011

Livros, ensaios e artigos; ao todo, 393 documentos da mais alta importância!

Vejam abaixo apenas uma pequena amostra do que vocês podem encontrar no Resposta Católica. São livros e documentos sobre a Igreja, sua história, sua doutrina, sua teologia e filosofia, seus santos e santas, sua crise, sobre Nossa Mãe Santíssima, e muito mais. E notem: tudo para download imediato do 4Shared. O construtor do site, que prefere permanecer anônimo, presta um inestimável serviço a todos nós católicos. Que Deus lhe abençoe por isso!


Arte e Cultura






Bíblia










22/07/2011

Chesterton e as Cruzadas

Chesterton foi, em certo sentido, um cruzado moderno, lutando contra os infiéis, pagãos, hereges do seu tempo. Eis algumas poucas idéias suas sobre este movimento extraordinário da cristandade.

Leia a respeito do projeto do blog de lengendar mais vídeos de Chesterton. Veja aqui outros vídeos legendados.


20/07/2011

Em breve, mais dois livros de Chesterton em português.

Assinei, semana passada, um contrato de tradução de dois livros de Chesterton. O que deve ser publicado primeiro é uma coletânea de ensaios escritos logo após a conversão do escritor, em 1922. O título provisório é "Aonde Levam Todos os Caminhos". Seguem dois pequenos trechos dele para o deleite dos leitores do blog.

"Quanto às razões fundamentais para um homem fazê-lo [se converter], há apenas duas que são realmente fundamentais. Uma é que ele acredite que a Igreja seja a verdade sólida e irremovível ― que é verdade, quer ele queira, quer ele não queira; a outra, que ele busque o perdão de seus pecados. Se houver um homem para quem estes não sejam os principais motivos, é ocioso investigar quais foram suas razões filosóficas, históricas ou emocionais para ingressar na antiga religião; pois ele nela não ingressou em absoluto."

"E, enquanto isso, qualquer camponês católico, ao segurar uma pequena conta do Rosário em seus dedos, pode estar consciente, não de uma eternidade, mas de um complexo, quase um conflito, de eternidades; como, por exemplo, nas relações de Nosso Senhor e Nossa Senhora, da paternidade e da infância de Deus, da maternidade e da infância de Maria. Pensamentos desse tipo têm, num sentido sobrenatural, algo análogo ao sexo; eles dão cria. São férteis e se multiplicam; e não há fim para eles."

O segundo é "A Coisa", que de acordo com Hilaire Belloc é um dos livros mais importantes de Chesterton. A tal Coisa é a Igreja que, por ser católica, tem relação com todas as outras coisas. Este livro será publicado ano que vem, segundo me informaram.

Peço a oração de todos, para o bom andamento do trabalho.

15/07/2011

Chesterton e o Concílio Vaticano II

Leio e, até certo ponto, me divirto com uma afirmação de Andrew Greeley – na Introdução à nova edição de Gilbert Keith Chesterton, de Maise Ward, Rowman & Littlefield Publishers, Inc., 2006 – que diz: “G.K.C. teria amado as energias repletas de esperança geradas pelo Vaticano II, embora tivesse se chocado pelo irrefletido entusiasmo de alguns daqueles cuja imaturidade foi liberada por excessivos goles do inebriante vinho da mudança.” De certo, o Sr. Greely pensa que os problemas do Vaticano II estão na excessiva sede com que se foi ao pote. Aparentemente, não há problemas com o pote em si.

Concedo que Chesterton inicialmente pudesse ter ficado um pouco aturdido. Conheço três exemplos de proeminentes católicos que não conseguiram de pronto ter a dimensão do desastre. Michael Davies conta no Pope John’s Council, que ainda em 1972, “eu, como Dr. Von Hildebrand, mantinha a opinião de que os documentos do Concílio eram impecáveis e que o caos atual era o resultado de eles estarem sendo negados ou ignorados”. Davies candidamente admite que só depois de ter lido O Reno se lança no Tibre, isto em 1973, é que “um claro padrão começou a emergir” em sua mente. Ou seja, depois de quase 10 anos de promulgado o Concílio dois grandes católicos ainda estavam iludidos sobre o Concílio.

O terceiro exemplo é Gustavo Corção, que em Dois Amores, Duas Cidades, de 1967, diz: “Não creio, sinceramente, que o principal desse Concílio foi a renovação que trouxe, e que a Igreja sempre procura de tempos em tempos; creio antes que a magnífica, a principal mensagem do Concílio foi a da continuidade, da afirmação da identidade da Igreja consigo mesma, ou da maior consciência dessa identidade que resiste a todos os solavancos do século.”

Davies, von Hildebrand e Corção se recuperaram do torpor inicial e viram a verdadeira face do Concílio e o desastre que ele semeou na Igreja. Numa carta a Michael Davies, em 1976, von Hildebrand, por exemplo, já com as idéias no lugar diz: “Enfatizo sempre em minhas conferências e artigos que felizmente nenhuma palavra do Concílio – a menos que seja uma repetição de definições de fide anteriores – nos obriga de fide. Não precisamos aprovar – ao contrário, devemos desaprovar.”

Assim também Chesterton, se vivo fosse, talvez se enganasse inicialmente também. Mas depois ...

Fico pensando qual teria sido a reação de Chesterton, um tomista de quatro costados, com a atitude quase anti-metafísica e humanista do Concílio. Fico pensando o que o grande escritor inglês teria a dizer sobre as seguintes palavras:

“... A Igreja do Concílio [Vaticano II] se ocupou bastante do homem, do homem tal qual ele se apresenta em nossa época, o homem vivo, o homem todo ocupado consigo mesmo, o homem que se faz centro de tudo aquilo que o interessa, mas que ousa ser o princípio e a razão última de toda a realidade... O humanismo laico e profano, enfim, apareceu na sua terrível estatura, e, em certo sentido, desafiou o Concílio. A religião de Deus que se fez homem encontrou-se com a religião do homem que se fez Deus. Que aconteceu? Um choque, uma luta, um anátema? Isso poderia ter acontecido, mas isso não aconteceu. A antiga história do samaritano foi o modelo da espiritualidade do Concílio. Uma imensa simpatia o [o Concílio] investiu inteiramente. A descoberta das necessidades humanas absorveu a atenção deste Concílio. Reconhecei-lhe ao menos este mérito, ó vós humanistas modernos, que haveis renunciado à transcendência das coisas supremas, que saibais reconhecer o nosso novo humanismo: também nós, Nós, mais que qualquer outro, nós temos o culto do homem.” (Paulo VI, Discurso de Encerramento do Vaticano II, 7 de Dezembro de 1965).

Fico pensando o que Chesterton diria e penso que sei o que ele teria dito exatamente; teria dito o que disse em seu ensaio Será o humanismo uma religião?, do livro “A Coisa”, que ele escreveu depois de sua conversão. Aqui ele diz: a questão “é se o que ele (Norman Foerster) chama de humanismo pode satisfazer a humanidade. (...) Temo que respondê-la seriamente deva significar respondê-la pessoalmente. A questão é realmente se o humanismo pode desempenhar todas as funções da religião; e não posso evitar considerá-la em relação à minha própria religião. (...) Todavia, minha primeira obrigação é responder à questão a mim colocada; e eu a devo responder negativamente.”

O que dizer da reação do escritor ao ato de devolução, aos turcos, das bandeiras gloriosamente conquistadas por combatentes católicos em Lepanto, sob a proteção de Nossa Senhora, invocada na oração do Rosário pelo grande Papa São Pio V. Lepanto, não por coincidência, é o título de um poema de Chesterton, que Belloc considerava um dos mais belos jamais escritos.

Entretenho ainda o pensamento do grande escritor tendo a notícia acerca da Teologia da Libertação, filha dileta do Vaticano II. Diriam a ele que hordas de bispos e padres consideravam Cristo um Marx avant la lettre; que finalmente havia um sistema político-econômico-religioso que implementava todas as virtudes pregadas por Cristo: era o comunismo tornado doutrina religiosa. Como ficaria o pequeno coração do imenso Chesterton? Como ele ficaria ao saber do famigerado acordo de Metz, em que Papa Paulo VI se comprometeu a não condenar o comunismo para que a União Soviética permitisse a presença, no Concílio, de uns poucos ortodoxos russos?

Lamento informar, mas não concordo nem um pouco com o Sr. Greely. Penso que Chesterton deploraria os acontecimentos, as energias e grande parte dos documentos do Vaticano II. Penso que ele escreveria um livro da espécie que Michael Davies escreveu: Apologia Pro Marcel Lefebvre. Penso que ele faria a mesma comparação que Michael Davies faz, no prefácio de seu Saint Athanasius: Defender of the Faith, entre Dom Lefebvre e Santo Atanásio: “Ambos, o santo e o arcebispo, agiram do lado de fora das estruturas hierárquicas normais a fim de sustentar o que afirmavam ser a tradição católica verdadeira, ambos encontraram apoio em fiéis leigos remanescentes, ambos fossem repudiados por quase todos os seus companheiros bispos, e ambos sofressem a agonia de terem sido excomungados pelo papa de seus dias.”

Penso que ele concordaria com a análise de von Hildebrand sobre o Concílio. Penso que ele concordaria com Marcel de Corte em seu “A Inteligência em Perigo de Morte”: “Jamais se poderão medir as conseqüências para a Igreja e a humanidade dessa catástrofe provocada por uma gangue de Padres conciliares que tinham uma inteligência sem bússola.”

Penso que ele concordaria com Gustavo Corção: “Bem sei que nesse período conturbado continua a existir, na terra, a Igreja Católica dita militante. Ora, minha sofrida e firme convicção, tantas vezes sustentada aqui, ali e acolá é que existe, entre a Religião Católica professada em todo o mundo católico até poucos anos atrás e a religião ostensivamente apresentada como "nova", "progressista", "evoluída", uma diferença de espécie ou diferença por alteridade. São portanto duas as Igrejas atualmente governadas e servidas pela mesma hierarquia: a Igreja Católica de sempre, e a Outra.”

Lembro, para finalizar, uma frase de Chesterton que mostra um aspecto às vezes oculto da crise da Igreja: “Muitos são os convertidos que chegaram a um estágio em que nenhuma palavra vinda de protestantes ou pagãos pode contê-los mais. Somente a palavra de um católico pode afastá-los do catolicismo. Uma única palavra estúpida vinda desde dentro pode causar mais dano do que centenas de milhares vindas desde fora.”

Não, Chesterton não cerraria fileiras com os modernistas!

12/07/2011

50 anos de Vaticano II: teologia escrita em gelatina.

Stanford Nutting nos ensina o que é a teologia moderna, ele que foi seminarista nos anos 1970. Os mandamentos modernos são escritos em gelatina, não na pedra, como os Mandamentos de Lei de Deus. E em gelatina ainda líquida, para nos dar mais liberdade de fazer "não importa o quê". Divirtam-se!





09/07/2011

A Virgem Santíssima: a dúvida (?) de um leitor.

Wendy, um dos leitores mais assíduos do blog, colocou um comentário – não postado lá, mas comentado aqui – ao post Atenção: a devoção a Nossa Senhora não é opcional! Bastante curto foi o comentário: “Angueth, isso é tradicional ou bíblico?” Eis aí todo o espírito protestante! 

Ora, é bíblico que a Revelação não está toda na Bíblia; por isso, a importância da Tradição. Vemos isto em pelo menos três passagens do Novo Testamento. 

Muitas coisas, porém, há ainda, que fez Jesus, as quais se se escrevessem uma por uma, creio que nem no mundo todo poderiam caber os livros que delas se houvessem de escrever. (Jo XXI, 25)  

Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas vós não as podeis compreender agora. Quando vier, porém, o Espírito de verdade, ele vos guiará no caminho da verdade integral, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas que estão para vir. (Jo XVI, 12-13) 

Na primeira narração, ó Teófilo, falei de todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar até o dia em que, tendo dado as suas instruções por meio do Espírito Santo, foi arrebatado ao céu; aos quais também se manifestou vivo, depois de suas paixão, com muitas provas, aparecendo-lhes por quarenta dias e falando do reino de Deus. (Atos I, 1-3) 

Agora, sobre ser Maria Santíssima a medianeira de TODAS AS GRAÇAS, isto também é bíblico, e obviamente tradicional. É bíblico primeiro por ela ser CHEIA DE GRAÇAS: Salve, ó cheia de graça, o Senhor é contigo (Lc 1, 28). Cheia de graças significa COM TODAS AS GRAÇAS, inclusive a de nos trazê-las, as poucas que recebemos, não por merecimento próprio, ao longo da vida. 

É bíblico porque por meio dela veio o primeiro milagre na ordem sobrenatural – a santificação de São João. É bíblico porque por meio dela veio o primeiro milagre na ordem natural – o vinho das bodas de Caná. Assim, por meio dela vêm todas as graças. 

Isto é tão simples de entender que só mesmo o espírito protestante pode evitar que o intelecto de alguém fique fechado a receber tal verdade. Este espírito, sendo anti-tomista é também anti-aristotélico, é ilógico, daí esta aparente contradição que um jovem tão interessado e inteligente em outras áreas, seja tão resistente à pura lógica neste que é um assunto simplesmente fundamental para esta vida e para outra vida. 

A devoção de Maria está na Tradição desde os primeiros Padres, mas este não é nosso assunto aqui. 

Sugiro ao Wendy, e a todos os leitores, a leitura de duas cartas respondidas pelo Prof. Orlando Fedeli a respeito de Maria; elas são extraordinárias: Imagens, ídolos, veneração, adoração e Virgem Maria, Mãe de Deus. Nelas me baseei para escrever este post.

07/07/2011

Ajoelhem-se diante de Dele! Um equívoco do blog!

Este foi o texto do meu post original: Uma praça na cidade de Preston, Inglaterra; um país dos menos católicos do mundo ocidental; um continente que, embora tenha sido concebido e viabilizado pela Igreja, se descristianiza (e se islamiza) a grande velocidade. O Santíssimo é erguido, por um Capuchinho Fransciscano da Consolação, e o que se segue é momentoso. Assistam o vídeo, com legendas em português que são um presente de um grande amigo para os leitores do blog. Deus lhe pague!

Eu estava enganado sobre esta exposição do Santíssimo e o que vai abaixo é um alerta de uma leitora sobre o evento, que na verdade foi só um teatrinho, coisa gravíssima. Peço desculpas aos leitores do blog pelo equívoco e pela falta de uma verificação mais abrangente da coisa. Agradeço à Patrícia pelos esclarecimentos (que estão também nos comentários do post).





Infelizmente, professor, o evento foi  no estilo "flash mob" e foi mais uma peça de teatro, por assim dizer. De acordo com o frei que organizou o evento, somente 4 pessoas ajoelharam para o Santíssimo de improviso. O resto foi combinado. Cerca de 30 pessoas participaram como "atores". A chegada era combinada, foi cronometrada minuto a minuto e foi feito para parecer que as pessoas se impressionavam e ajoelhavam diante de Jesus Hóstia.





Cito: Recruiting people for a novel event like this was difficult, not least because we wanted to keep the details from public circulation, and we were hampered by the fact that most Catholics hadn’t even heard of ‘flash mobs’.

E mais adiante: At the preparatory meeting and briefing we split people into 5 groups, with instructions to arrive on the scene at different times (watches/phones had to be synchronised). The first group had to be the bravest, being the first to kneel down. I was to arrive at exactly1.15pm, and the first ‘kneelers’ 30 seconds after, once I’d elevated the monstrance. Others were to come on the scene at 1.16pm, and then at 1-minute intervals after that, so that the ‘congregation’ would slowly grow. The flash-mobbers were asked to start clapping and cheering at a certain point towards the end of Br. Loarne’s litany. Once again, the idea was to have something that seemed spontaneous, and which others could join in.

Abs,
em Cristo,
Patricia

06/07/2011

Atenção: a devoção a Nossa Senhora não é opcional!

Nota do blog Isto é o que nos avisa Pe. Frederico Faber (oratoriano, originalmente anglicano, nasceu e viveu na Inglaterra de 1814 a 1863)num texto belíssimo e terrível. Ele o inicia dizendo: “Concluo que os nossos obstáculos (à vida espiritual) secretos se baseiam em cinco erros”. Um deles é o relacionado à devoção a Santíssima Virgem. Vejamos então o que nos ensina Pe. Faber no capítulo 5 do seu livro “Progresso na Vida Espiritual”, Editora Vozez, trad. Mariana Nabuco, 1954.

É bem possível que o empecilho (à vida espiritual) seja a falta de devoção a nossa Senhora. Sem esta devoção a vida interior é impossível, porque não é conforme a vontade de Deus. E esta reside sobretudo em nossa Senhora. 

Ela é a solidez da devoção, e não nos lembramos bastante disso. Os principiantes estão com freqüência tão ocupados com a parte metafísica da vida espiritual, que não dão a esta devoção a necessária importância. Mencionarei aqui alguns pontos que eles não parecem ter a peito. 

A devoção à Mãe de nosso Senhor não é um ornamento do sistema católico, uma beleza supérflua, nem mesmo um auxílio, dentre os muitos que podemos ou não empregar, mas é parte integral do cristianismo, e, sem ela, nossa religião não é, estritamente falando, cristã. Seria uma religião diferente da que Deus revelou. Nossa Senhora é uma lei distinta de Deus, um meio especial de graça, cuja importância ressalta do ódio instintivo que lhe tem a heresia. 

Maria é o pescoço do corpo místico unindo portanto todos os membros à Cabeça, e sendo o canal e o instrumento que dispensa todas as graças. A devoção a nossa Senhor é a verdadeira imitação de Jesus, porque, após a glória do Pai, foi a devoção mais ligada e mais cara ao sagrado Coração. É de uma solidez a toda prova, porque está perpetuamente ocupada como o ódio do pecado e a aquisição de virtudes substanciais. Descuidar-nos dela é desprezar a Deus, pois ela é a sua lei; é ferir a Jesus em sua Mãe. 

Deus mesmo a colocou na Igreja, como um poder distinto, e, portanto, o seu culto é eficaz, é fonte de milagres, é parte da nossa religião, que de modo algum podemos pôr de lado. A espiritualidade é necessariamente ortodoxa. Isto é evidente. Ora, a doutrina não seria ortodoxa, se preterisse o ofício e as prerrogativas da Mãe de Deus. Assim, também a espiritualidade não é ortodoxa, em se desviando ou separando duma devoção tão generosa quão justa. Com efeito, um erro de doutrina é duplamente perigoso quando se relaciona com a vida espiritual. Envenena a tudo, e não há prejuízo que não se possa prever para a infortunada alma que lhe é sujeita. 

Se, então, tendes os sintomas que indicam algo de errado, algo que vos retarda, verificai primeiro se vossa devoção a nossa Senhora é o que devia ser, em qualidade e grau, em fé e confiança, em amor e lealdade. A perfeição está sob a sua proteção particular, porque é uma das especiais prerrogativas de que goza como rainha dos santos.

02/07/2011

Chesterton e a Nova Teologia

Stanford Nutting (brincadeira fonética com "stand for nothing", ou seja, "apoiador de coisa nenhuma") compele Chesterton a falar sobre a Nova Teologia, aquela que nos impingiram depois do Concílio Vaticano II. Chesterton não deixa por menos: desaprova todas as novas teologias que pululam por aí!

Este vídeo faz parte de um projeto do Blog do Angueth.