Estou ministrando um curso sobre a Crise da Igreja baseado no livro do Pe. Matthias Gaudron, FSSPX, Catecismo Católico da Crise na Igreja, Ed. Permanência, 2011
Disponibilizo aqui o podcast da primeira aula, no meu canal no Spotify.
Aula 1
25/11/2019
15/11/2019
Santo Alberto Magno, rogai por nós!
11/11/2019
Fake News católica I
Embalado pelos termos modernos para antigas realidades humanas, pelas atuais "altas discussões" parlamentares, pelos novos "intelectuais" ao estilo de Frota, Caetano Veloso e Anita, resolvi coletar algumas "fake news" católicas dos tempos modernos. Vamos à primeira, porque mais grave, na visão deste que vos fala.
Em 1969, foi promulgada uma nova forma de adorar a Deus na sua forma mais completa e sagrada; a missa católica. Na verdade, a Missa tem quatro fins: adoração, ação de graças, reparação e petição. Embalado pela Constituição Sacrosanctum Concilium, um dos documentos do Concílio Vaticano II, o Papa Paulo VI aprova a Missa Nova, o Novus Ordo Missae. A Missa anterior não teve a sua celebração proibida oficialmente. Não há documento papal de proibição. Contudo, na prática essa era a ideia reinante em todo o mundo. Todos os padres que a celebrassem seriam punidos. A impressão geral era a de que a Missa Antiga estava proibida Urbi et Orbe.
Essa fake news se propagou rapidamente. Tanto é assim que Jean Guitton, amigo pessoal de Paulo VI, preocupado com a derrocada da fé na França, pergunta ao Papa, em 1971, se não havia possibilidade de uma liberação experimental da Missa Antiga na França. Guitton trabalha com a perspectiva de Missa Antiga ter sido, de fato, proibida. A resposta de Paulo VI é muito clara: “Se fosse acolhida essa exceção, o Concílio inteiro arriscaria de vacilar. E consequentemente a autoridade apostólica do Concílio”. Adicionou ainda que conceder uma autorização de celebração da Missa Antiga seria"condenar o concílio". Note que aqui estamos nadando em águas "fake news".
Outra iniciativa para obter uma permissão de celebrar a Missa Antiga foi feita na Inglaterra. Essa história é muito interessante porque o Papa Paulo VI concedeu essa permissão. Ou seja, todos aqui estavam trabalhando no princípio que a Missa de Sempre estava proibida. A história parece um conto de detetive, pois envolveu Agatha Christie. O documento elaborado e assinado por 77 intelectuais ingleses, dentre os quais a famosa dama das histórias de detetive, envolveu pessoas católicas e não católicas, inclusive hereges com o bispo da Igreja Anglicana de Exeter. O fundamento do pedido era que a Civilização Ocidental foi construída em torno da Missa Antiga que, na visão dos intelectuais ingleses, constituía a manifestação da palavra humana "em sua forma mais grandiosa". O Indulto Inglês saiu por um detalhe dos mais insignificantes. O Papa Paulo VI não se tocou pelas belas palavras do manifesto, não se tocou pela centralidade da Missa Antiga na Civilização Ocidental, não se tocou sequer pela pletora de intelectuais que subscreveram o documento. O Papa só concedeu o indulto porque era fã de Agatha Christie. Os movimentos da graça de Deus são mesmo misteriosos.
Alguns católicos, poucos, sabiam que a Missa Antiga não tinha sido proibida, mas a mentira, nome antigo de fake news, se espalhou pelo mundo e ninguém a contestava. A exposição à luz do dia da mentira veio com o Motu Proprio Summorum Pontificum, de Bento XVI, que afirma categoricamente que a Missa Antiga nunca foi proibida. Vivemos 38 anos sob a égide da mais deletéria fake news católica. Quantas almas se perderam nesse período ninguém saberá.
05/11/2019
Minha visão sobre a vida intelectual: podcast
01/11/2019
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