Este é o título de um artigo, escrito por Pe. Celatus, na
edição de agosto do The Remnant.
Diz o autor: “Este pontífice tem um modo de ser assaz
não-pontificial, pelo menos comparado aos padrões da tradição e de seus
predecessores”. Ou seja, mesmo comparado aos papas conciliares.
Ele continua: “São muitos os exemplos, e estes começaram bem
cedo, como, por exemplo, a famosa, e agora quase secreta, celebração da
Quinta-feira Santa, isto é, a Missa Solene da Última Ceia do Senhor. Esta
Sagrada Liturgia, que comemora a instituição da Eucaristia e a Ordenação dos
Apóstolos por Nosso Senhor, foi celebrada pelo Papa Francisco escondido atrás
dos muros de uma prisão, usando mulheres, apóstatas e infiéis para o Mandatum, isto é, o ritual do lava-pés.”
Vê-se que tais atos do Papa Francisco não confundem apenas
este miserável blogueiro, que tem expressado sua perplexidade em muitos posts
recentemente.
Pe. Celatus pergunta, diante disso: “Onde está o Papa?”
Ele segue tentando responder: “Um dos lugares onde ele não
está é sentado no trono tradicional de seus predecessores. Ao invés disso, o Papa
Francisco optou por uma espécie de cadeira dobrável e trocou os chinelos papais
tradicionais pelos da Nike.”
“Ele se refere”, o autor continua, “a si mesmo como Bispo de
Roma, o que é em si mesmo inquietante. Bispo de Roma é, coincidentemente, o
título papal usado pelos modernistas, que desdenham o papado. Mesmo cismáticos
e hereges reconhecem o título de Bispo de Roma. Bispo de Roma também sugere a
ideia de um entre iguais.”
A seguir Pe. Celatus comenta sobre o quanto as declarações e
atos aparentemente descontraídos e espontâneos do papa abalam diariamente os
fiéis.
O autor lembra a declaração sobre os gays na JMJ: “Se uma
pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para
julgá-la?” Pe. Celatus lembra que: “Líderes da Igreja insistem que o Papa não
aprova a homossexualidade mas até o uso da palavra ‘gay’ é uma vitória
homossexual.”
Pe. Celatus lembra ainda as
confidências de Francisco à CLAR: “Uma é a corrente pelagiana que existe na
Igreja neste momento. Há alguns grupos restauracionistas. Conheço alguns; coube
a mim recebê-los em Buenos Aires. E nos sentimos como se tivéssemos voltado 60
anos atrás! Antes do Concílio… Sentimo-nos em 1940… Um relato, só para ilustrar
esse grupo, não é para que riam disso, eu tive respeito, mas preocupa-me;
quando eu fui eleito, recebi uma carta de um desses grupos, e eles disseram:
“Sua Santidade, nós lhe oferecemos este tesouro espiritual: 3.525 rosários.”
Por que eles não dizem: “nós rezamos pelo senhor, pedimos…”? Mas essa coisa de
contar… E esses grupos voltam a práticas e disciplinas que eu experimentei –
não vocês, porque vocês não são velhos – a disciplinas, a coisas que naquele
momento aconteceram, mas não agora, elas não existem hoje em dia…”
O autor lamenta: “Imagine que você dê a sua esposa um buquê de
dose rosas e ouve mais tarde que ela ficou preocupada com seu ato.”
Pe. Celatus termina seu artigo com um apelo ao Papa. Faço minhas
suas palavras, que vão em negrito.
“Santo Padre, com
todo o reconhecimento de vosso sublime encargo de Vigário de Cristo e com uma
humilde deferência a vós, suplico-vos que reconheçais que muitas de vossas
palavras e ações dão ocasião a grande desordem não somente em algumas dioceses
mas na Igreja Universal. O mundo geme no caos e na incerteza, agora mais do que
nunca; os fiéis precisam da estabilidade da Pedra. Adotai como vosso legítimo
assento o Trono de São Pedro como Papa.”