30/08/2013

Festa de Santa Rosa de Lima, a Padroeira da América Latina

Oratio: Ó Deus onipotente, Dispensador de todos os bens, desde cedo enriquecestes Santa Rosa com o orvalho celestial de vossa graça e a fizestes florescer entre os índios com o brilho da virgindade e da paciência, concedei a vossos servos que, correndo após o perfume de suas virtudes me mereçam tornar-se o bom odor do Cristo, que, sendo Deus, convosco vive e reina.
 
Santa Rosa de Lima, livrai a terra que vós santificastes, do comunismo, das Farc e do Foro de São Paulo!

29/08/2013

Onde está o Papa?

Este é o título de um artigo, escrito por Pe. Celatus, na edição de agosto do The Remnant.  
 
Diz o autor: “Este pontífice tem um modo de ser assaz não-pontificial, pelo menos comparado aos padrões da tradição e de seus predecessores”. Ou seja, mesmo comparado aos papas conciliares. 
 
Ele continua: “São muitos os exemplos, e estes começaram bem cedo, como, por exemplo, a famosa, e agora quase secreta, celebração da Quinta-feira Santa, isto é, a Missa Solene da Última Ceia do Senhor. Esta Sagrada Liturgia, que comemora a instituição da Eucaristia e a Ordenação dos Apóstolos por Nosso Senhor, foi celebrada pelo Papa Francisco escondido atrás dos muros de uma prisão, usando mulheres, apóstatas e infiéis para o Mandatum, isto é, o ritual do lava-pés.” 
 
Vê-se que tais atos do Papa Francisco não confundem apenas este miserável blogueiro, que tem expressado sua perplexidade em muitos posts recentemente. 
 
Pe. Celatus pergunta, diante disso: “Onde está o Papa?” 
 
Ele segue tentando responder: “Um dos lugares onde ele não está é sentado no trono tradicional de seus predecessores. Ao invés disso, o Papa Francisco optou por uma espécie de cadeira dobrável e trocou os chinelos papais tradicionais pelos da Nike.” 
 
“Ele se refere”, o autor continua, “a si mesmo como Bispo de Roma, o que é em si mesmo inquietante. Bispo de Roma é, coincidentemente, o título papal usado pelos modernistas, que desdenham o papado. Mesmo cismáticos e hereges reconhecem o título de Bispo de Roma. Bispo de Roma também sugere a ideia de um entre iguais.”  
 
A seguir Pe. Celatus comenta sobre o quanto as declarações e atos aparentemente descontraídos e espontâneos do papa abalam diariamente os fiéis. 
 
O autor lembra a declaração sobre os gays na JMJ: “Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-la?” Pe. Celatus lembra que: “Líderes da Igreja insistem que o Papa não aprova a homossexualidade mas até o uso da palavra ‘gay’ é uma vitória homossexual.” 
 
Pe. Celatus lembra ainda as confidências de Francisco à CLAR: “Uma é a corrente pelagiana que existe na Igreja neste momento. Há alguns grupos restauracionistas. Conheço alguns; coube a mim recebê-los em Buenos Aires. E nos sentimos como se tivéssemos voltado 60 anos atrás! Antes do Concílio… Sentimo-nos em 1940… Um relato, só para ilustrar esse grupo, não é para que riam disso, eu tive respeito, mas preocupa-me; quando eu fui eleito, recebi uma carta de um desses grupos, e eles disseram: “Sua Santidade, nós lhe oferecemos este tesouro espiritual: 3.525 rosários.” Por que eles não dizem: “nós rezamos pelo senhor, pedimos…”? Mas essa coisa de contar… E esses grupos voltam a práticas e disciplinas que eu experimentei – não vocês, porque vocês não são velhos – a disciplinas, a coisas que naquele momento aconteceram, mas não agora, elas não existem hoje em dia…”  
 
O autor lamenta: “Imagine que você dê a sua esposa um buquê de dose rosas e ouve mais tarde que ela ficou preocupada com seu ato.” 
 
Pe. Celatus termina seu artigo com um apelo ao Papa. Faço minhas suas palavras, que vão em negrito. 
 
Santo Padre, com todo o reconhecimento de vosso sublime encargo de Vigário de Cristo e com uma humilde deferência a vós, suplico-vos que reconheçais que muitas de vossas palavras e ações dão ocasião a grande desordem não somente em algumas dioceses mas na Igreja Universal. O mundo geme no caos e na incerteza, agora mais do que nunca; os fiéis precisam da estabilidade da Pedra. Adotai como vosso legítimo assento o Trono de São Pedro como Papa.

28/08/2013

Festa de Santo Agostinho


Oratio: Atendei às nossas súplicas, ó Deus onipotente, e visto que nos permitis confiarmos em vossa bondade, pela intercessão de S. Agostinho, vosso Confessor e Pontífice, concedei-nos, benigno, o efeito de vossa habitual misericórdia. Por N. S.

Santo Agostinho, livrai-nos do pelagianismo e rogai por nós!

27/08/2013

Koch admite: a Missa Nova é uma ruptura com a Tradição.




O Cardeal Kurt Koch, Presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, numa palestra em um congresso sobre o Summorum Pontificum ocorrido em 15 de maio de 2011, admitiu que “a reforma litúrgica pós-conciliar é considerada, em largos círculos da Igreja Católica, como uma ruptura com a tradição e como uma nova criação” e que, no Novus Ordo Missae, “aquela sacralidade que atrai tanta gente ao antigo uso deve se manifestar mais vigorosamente.” (Zenit, 17 de março de 2011.) 
 
Esta declaração é muito modesta, mas pelo menos é um reconhecimento de que, na mente dos fiéis, há um problema real com o Novus Ordo. Isso é o que temos dito desde sempre! O problema da nova liturgia é uma ruptura doutrinal. 
 
O Cardeal Koch explicou que é o desejo do Papa (então Bento XVI) de que a Missa tradicional seja uma “ponte ecumênica”, pois, por meio dela, o Papa
 
deseja contribuir para a solução dessa disputa e para a reconciliação dentro da Igreja: o Motu Proprio promove, por assim dizer, um ecumenismo intra-católico... se o ecumenismo intra-católico falha, a controvérsia católica acerca da liturgia se estenderá ao ecumenismo, e a antiga liturgia não será capaz de cumprir sua função ecumênica de ponte. (op. cit.)
 
O propósito da instrução sobre o Summorum Pontificum seria consequentemente forçar todos os católicos a aceitarem a liturgia um do outro, de modo a acabar com todas as disputas. Por mais surpreendente que isto seja, este é o mesmo espírito ecumênico que emana do Vaticano II, que produziu a reforma da liturgia e que pretende conceder o uso de um rito que nunca foi ab-rogado. 
 
O Cardeal Koch foi ainda mais explícito em sua análise do objetivo último dessa iniciativa, ou seja, que as Missas tradicional e nova desenvolver-se-iam finalmente num rito comum, isto é, que ambas desapareceriam:
 
Bento XVI sabe muito bem que a longo prazo não podemos permanecer com a coexistência das formas ordinárias e extraordinárias no Rito Romano, mas que a Igreja precisará novamente de um rito comum no futuro... Contudo, dado que uma nova forma litúrgica não pode ser decidida num gabinete, pois ela requer um processo de crescimento e purificação, por enquanto o Papa enfatiza que, acima de tudo, as duas formas do uso do Rito Romano podem e devem enriquecer-se mutuamente. (Ibid.)
 
Segundo o Cardeal Koch, a permissão de Roma para a Missa que não precisa de permissão seria para que ela finalmente desaparecesse!  
 
Nem a diplomacia nem o ecumenismo pode resolver o problema doutrinal. Afirmar que há continuidade doutrinal entre a Missa Tridentina e o Novus Ordo Missae não tornará essa continuidade uma realidade. O estudo de ambos os ritos, assim como dos frutos que eles têm produzido, prova que eles têm princípios e efeitos contraditórios. A reconciliação precisa ser fundamentada em discussões doutrinais para o triunfo da verdade. Não se trata tanto de uma reconciliação entre católicos que está hoje em discussão, mas uma reconciliação entre pastores com suas respectivas missões de defender e ensinar a Fé. Trata-se na verdade de reconciliar os católicos com a Fé católica. De fato, a divergência não é tanto entre a FSSPX e a Santa Sé, mas entre a Missa Tradicional e o Novus Ordo Missae; entre o espírito conciliar e a Fé de todos os tempos. 
 
 

24/08/2013

Afinal, por que digo NÃO à missa de Paulo VI ('missa nova') e por que digo SIM à Missa Tradicional ('missa em latim').

Um irmão em Cristo, que não quer se identificar, preparou o farto material abaixo, sobre a Missa Nova e a Missa de Sempre. Compartilho o material com vocês.

Na sua cidade já existe a Missa Tradicional? Clique no link abaixo e descubra:
  
Cardeal Ratzinger: a Missa Nova de Paulo VI é uma fabricação e representa uma ruptura com "trágicas consequências"
 
 Hans Kung: ´O Concílio Vaticano II introduziu o modelo protestante na Igreja Católica!`
  
(ÁUDIO) Missa Tridentina (Missa "em latim") e os erros da Missa Nova
  
Missa Nova: A ruptura litúrgica confirmada pelo Papa Paulo VI
 
Missa Nova e a hermenêutica da ruptura (A intenção protestante na Missa Nova)
 
Dr. Siegwalt, professor de Teologia Dogmática na Faculdade protestante de Strasburgo: "A missa nova é católica?"
 
 
O que dizem os protestantes sobre a Missa Nova de Paulo VI:
  
Jean Guitton (amigo pessoal do Papa Paulo VI): "Paulo VI fez tudo o que estava em seu poder para aproximar a Missa católica - a do Concílio de Trento - da Ceia protestante"
  
O que está errado nessas missas? (SURPREENDENTE!):
  
Papa Bento XVI corrige o Concílio Vaticano II: A Igreja é "santa e pecadora"??? - Tese de Lutero tristemente abraçada pelo Concílio Vaticano II. "Em nossos tempos de confusão e de heresia, foi o teólogo modernista — portanto, herege — Karl Rahnner, a alma negra do Concílio Vaticano II, quem afirmou essa tese herética."
  
Por que santo Padre Pio preferia celebrar a Missa Tradicional (e não a Missa Nova, de Paulo VI)?
 
 Cardeal Eugênio Pacelli em 1936, o futuro Pio XII: No Terceiro Segredo de Fátima, Nossa Senhora teria antecipadamente acusado o Concílio Vaticano II e a Missa Nova de Paulo VI como suicidas. 
  
Foi revelado o Terceiro Segredo de Fátima? ('Cardeal Oddi observou que o 3º segredo: “Não tem nada a ver com Gorbachev. A Virgem Abençoada nos alertou contra a apostasia na Igreja”')
  
As 62 razões para não assistir à Missa Nova
 
A sombria estética do catolicismo pós-conciliar - Exemplo 1:
 
A sombria estética do catolicismo pós-conciliar - Exemplo 2:
  
(Vídeo) O que nós perdemos... e o caminho para a restauração! (IMPRESSIONANTE)
 
(Vídeo) Um esquema crítico da doutrina do Concílio Vaticano II
  
(Vídeo) Nossa Senhora e o Concílio Vaticano II
 
 (Vídeo) Reforma ou Revolta? O Movimento Litúrgico e a Missa de Paulo VI
 
 (Vídeo) Falso Ecumenismo
 
A Eclesiologia do Vaticano II
  
Frutos do Concílio Vaticano II
  
Por que o Concílio Vaticano II se calou sobre a maior heresia de seu tempo, o comunismo?
  
Sinopse dos Erros de Vaticano II (tradução da versão francesa do jornal 'Sim, Sim; Não, Não')
  
Pequenas considerações sobre o Concílio Vaticano II e seus frutos
  
Um pró stalinista no Vaticano de Pio XII?
 
Paulo VI e a “fumaça de Satanás”, presente na Igreja há quarenta anos
  
Você conhece o livro "Paulo VI: o Papa que mudou a Igreja". Qual a sua opinião a respeito? Segue o link do livro:

21/08/2013

Papa Francisco e o pelagianismo; ainda resta um mistério.

O Papa Francisco, nos informam as folhas, disse: “Convencer os outros para que se tornem católicos? Não, não e não. Vá encontrá-los, eles são seus irmãos. Isso basta. E vá ajudá-los, o resto fica por conta de Jesus e do Espírito Santo – disse”. 
 
Isso o Papa disse em relação aos pobres, no dia de São Caetano, 7 de agosto. São Caetano é co-fundador da Ordem dos Teatinos, cujos objetivos eram: a santificação própria, o combate à tibieza e à ignorância do clero, a regeneração dos costumes da sociedade, a observação escrupulosa das cerimônias litúrgicas, o restabelecimento do respeito e reverência na casa de Deus, o extermínio das heresias [neste caso, o luteranismo], a assistência aos doentes moribundos. Bem, lendo esta lista, não é difícil admitir que São Caetano não concordaria com a afirmação do Papa Francisco. Em tudo o que ele fez, podemos sentir o fogo apostólico a consumi-lo. A Oratio de sua Missa diz: “Ó Deus, que concedestes a vosso santo Confessor Caetano seguir a vida apostólica, dai-nos, por sua intercessão e seu exemplo, confiarmos sempre em Vós e só desejarmos as coisas celestes.” [Negritos meus.] 
 
Sim, São Caetano foi um grande servo dos pobres, coisa a que, suspeito, o Papa Francisco alude em sua afirmação. Mas ele foi também um grande inimigo dos hereges protestantes, coisa que o Papa Francisco não é [por seu ecumenismo pós-conciliar] e por isso, deve ter se esquecido de mencionar. 
 
Bem, mas há outro aspecto da afirmação papal que talvez seja ainda mais importante e grave: ela tem o sabor de pelagianismo. Se não devemos converter os outros, sejam pobres ou ricos, é porque a salvação está garantida a todos (algo que já suspeitei que ele afirmara antes). Se isto é assim, a Obra de Redenção operada por Nosso Senhor não existiu ou foi em vão; isto é pelagianismo!  
 
Ora, que a prática e doutrina pós-conciliar tem sabor de pelagianismo não pode ser negado. Veja, por exemplo, a homilia de um padre em plena comunhão
 
Não estou dizendo que o Papa Francisco é pelagiano. Estou apenas observando que suas afirmações são de tal ordem a confundir, mais uma vez, a todos nós católicos.  
 
Diante desta mais recente afirmação, uma mais antiga fica ainda mais misteriosa!

16/08/2013

Mundo às avessas: será que a Rússia vai converter o mundo?

Duas notícias para colocar todo mundo confuso. O Papa Francisco propõe ao mundo, por meio da Pontifícia Academia de Ciências, uma rede educativa internacional, cujos princípios são deslavadamente comunistas. Tem todas as palavras e expressões de qualquer documento do Foro de São Paulo: atitude de abertura ao outro; riqueza da diversidade; consciência ambiental; desenvolvimento sustentável; solidariedade acima de tudo. Nenhuma expressão católica, nenhuma ideia católica, nenhuma palavra sequer que lembre o catolicismo. Sobre essa nova língua politicamente correta e comunista, ver A epopéia dos estúpidos e os novos contadores de histórias.
 
Enquanto isso, uma atleta russa se diz totalmente favorável a uma lei do governo Putin, contra a propaganda homossexual: "Vivemos homens com mulheres e mulheres com homens", diz ela. Diz isso para a mídia em geral, sem nenhuma vergonha, sem nenhum medinho de ser criticada. Diz mais ainda: vai interromper por um tempo a carreira de atleta para se dedicar à maternidade.
 
Será que o acordo de Metz foi rompido pela Rússia? Será ela o bastião dos valores civilizacionais?
 
São Joaquim, rogai por nós!

12/08/2013

Um amigo esclarece o blog sobre a misteriosa afirmação do Papa Francisco

Nota: Gederson Falcometa, amigo e irmão na Fé, me escreve esclarecendo o mistério. Vale a pena ler. Deus lhe pague, Gederson.
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Sobre a "Misteriosa fala do Papa Francisco" quanto a "proposta pelagiana", ela também me chamou a atenção. No texto "Papa Francisco critica o "pelagianismo dos devotos" - tese de Ratzinger!",  publicado pela Montfort, a coisa fica mais clara. Veja o que diz nele o modernista Tornielli (citando palavras que diz terem sido atribuídas ao Papa Francisco): 
 
"Francisco, segundo as palavras que lhe foram atribuídas pela síntese do diálogo com a CLAR publicadas no sítioReflexión y Liberación, falou, assim, de uma “corrente pelagiana que existe na Igreja neste momento”, aplicando-a aos grupos “restauracionistas”. “Eu conheço alguns – teria dito o papa –, eu tive que recebê-los em Buenos Aires. E sentimos que é como voltar 60 anos atrás! Antes do Concílio…”."
 
A princípio Francisco dá a entender que há 60 anos atrás, a Igreja era pelagiana. Continuemos com Tornielli citando o Papa:
 
"Francisco, então, teria relatado este episódio: “Quando me elegeram, eu recebi uma carta de um desses grupos, e me diziam: ‘Santidade, oferecemos-lhe este tesouro espiritual: 3.525 rosários’. Por que não dizem ‘rezamos pelo senhor, pedimos’… mas isso de fazer contas…”. O papa referiu esse episódio advertindo que não pretendia, de modo algum, ridicularizá-lo."
 
Certamente contar os rosários que se reza por alguém e entregar a esta pessoa um "tesouro espiritual", não é algo propriamente católico. Mas daí confundir isso com o pelagianismo, não tem sentido algum, porque nisso se pode entrever sinais de farisaísmo, que é outra coisa. Se colocamos lado a lado farisaísmo e pelagianismo, tendo em mente a parábola do fariseu e do publicano,  encontraremos pontos comuns entre as duas heresias. Só que esses pontos comuns me parecem insuficientes para dizer que as duas são uma e a mesma coisa.  Difícil é saber as razões pelas quais a heresia judia não foi mencionada. De qualquer forma, uma vez reconhecendo o erro neste grupo religioso, a caridade pede a correção: corrigiu os Papa Francisco?
 
Tornielli lembrou bem o significado do pelagianismo:

08/08/2013

Leitor pergunta: mas os bispos não podem dancar de alegria?


 
Eu não sei. Eu não sei. Sou leitor do blog, e adepto da tradição. Minha esposa (somos recém-casados) só agora tem conhecido os problemas do Vaticano II e as diferentes visões que ele causou. Muito tenho mostrado a ela em sites e blogs da tradição. Muita coisa ela concorda, outras não, e de vez em quando tenho que dar a mão à palmatória a ela. Por exemplo nesse caso, ela vê muito exagero nesse tipo de condenação. Não era um momento de descontração e de alegria? não era apenas uma brincadeira dos bispos? Qual o problema de uma vez na vida eles fazerem isso? Nosso Senhor não participava de festas como mesmo diz as Escrituras? Att, Alerj.
 
Caro Alerj, não dê a mão tão rapidamente à palmatória. Sua esposa, permita-me respeitosamente dizer, está errada. Uma frase memorável de Olavo de Carvalho diz: “uma lei constitutiva da mente humana concede ao erro o privilégio de poder ser mais breve do que a sua retificação.” Pois é, estamos diante de tal fato. Sua esposa pergunta: “Não era um momento de descontração e de alegria? não era apenas uma brincadeira dos bispos? Qual o problema de uma vez na vida eles fazerem isso? Nosso Senhor não participava de festas como mesmo diz as Escrituras?”  
 
Primeiramente, Nosso Senhor participou das Bodas de Caná e lá, ao invés de dançar, transformou a água em vinho. Depois, há uma diferença em participar de festas e de cometer atos contra a moral, a decência, a prudência, a pureza. Outra coisa, o católico não se descontrai nunca. Nosso Senhor já nos ensinou: "Vigiai e orai para não cairdes em tentação! O espírito está pronto, sim, mas a carne é fraca." (Mt 26, 41). Se é para estarmos sempre vigilantes, não podemos nos descontrair. Além disso, como podemos fazê-lo se estamos constantemente sob o olhar do Altíssimo. Como bem diz Bernanos, em Diário de um Pároco de Aldeia, “Mas qual é o peso de nossas chances, para nós que aceitamos, de uma vez por todas, a assustadora presença do divino em cada instante de nossas pobres vidas?” 
 
Mas, quer dizer então que não podemos ser alegres? Podemos. Não só podemos ser alegres, como somos obrigados a sê-lo, por consequência lógica de nossa Fé. Se acreditamos no que Nosso Senhor nos prometeu – “Porque, onde estão dois ou três reunidos em Meu Nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18,20) –, se acreditarmos que Nosso Senhor Se oferece a nós em cada Sacrário da Terra e em cada Hóstia Consagrada, se acreditarmos na Comunhão dos Santos – que é simplesmente um manancial de graças em que podemos mergulhar –, se acreditarmos que a Virgem Santíssima nos estende Sua Mão cheia de graças permanentemente, se acreditarmos em tudo isso, temos a obrigação de nos alegrar, mesmo neste vale de lágrimas, mesmo com a “assustadora presença do divino” em nossas vidas.  
 
Mas quão diferente deve ser a alegria católica de todas as outras alegrias. Quão diferente deve ser a dança católica de todas as outras danças. Quão diferente deve ser nosso comportamento do comportamento do mundo. Toda vez que presenciarmos um católico com um comportamento parecido com o do mundo, devemos nos retrair: o príncipe do mundo é o demônio. 
 
Por que nos escandalizarmos com a dança dos bispos? Ora, porque é a dança do mundo, é a dança do príncipe do mundo, e eles são os príncipes da Igreja. A alegria de um bispo não pode ser exteriorizada por meio de uma dança do mundo; é só isso. Sem mencionar, é claro, a respeito de quem estava liderando a dança dos bispos.

Por isso sua esposa, caro Alerj, está errada.
 
Obrigado por seu comentário. Espero ter esclarecido a posição do blog.

05/08/2013

Misteriosa afirmação do Papa Francisco.

Recebo de um amigo a seguinte afirmação do Papa Francisco, tirada do discurso do Papa aos dirigentes do CELAM (discurso que não li): 
 
4. Algumas tentações contra o discipulado missionário: 
d) A proposta pelagiana. Aparece fundamentalmente sob a forma de restauracionismo. Perante os males da Igreja, busca-se uma solução apenas na disciplina, na restauração de condutas e formas superadas que, mesmo culturalmente, não possuem capacidade significativa. Na América Latina, costuma verificar-se em pequenos grupos, em algumas novas Congregações Religiosas, em tendências para a “segurança” doutrinal ou disciplinar. Fundamentalmente é estática, embora possa prometer uma dinâmica para dentro: regride. Procura “recuperar” o passado perdido.
 
Pelágio, herege do século V, combatido ferozmente por Santo Agostinho, afirmava que (ver Enciclopédia Católica):
 
1. Mesmo que Adão não tivesse pecado, ele teria morrido.
2. O pecado de Adão atingiu só a si mesmo, não a raça humana.
3. Recém nascidos estão na mesma situação em que estava Adão antes de sua queda.
4. A raça humana não morre pelo pecado ou morte de Adão, nem ressurge pela Ressurreição de Cristo.
5. A Lei Mosaica é tão bom guia para o Céu quanto os Evangelhos.
6. Mesmo antes do Advento de Cristo existiram homens sem pecado. 
 
Ou seja, Pelágio negava as consequências da Queda de Adão e, portanto, a obra de Redenção operada por Nosso Senhor Jesus Cristo.
 
Como relacionar tais coisas com a questão do discipulado missionário e o tal “restauracionismo” é um mistério para mim. 
 
Contudo, há coisas nestas poucas frases que preocupam, pelos seus possíveis desdobramentos, um dos quais (será?), gravíssimo, é o caso dos Franciscanos da Imaculada. Seria este o caso de “novas Congregações Religiosas” com “tendências para a ‘segurança’ doutrinal ou disciplinar”? Estaria aí a razão pela proibição da celebração da Missa Tridentina, que seria um “restauracionismo”, uma “forma superada, que mesmo culturalmente, não possui capacidade significativa”?
 
Ademais, nada há de mais desastroso para o discipulado missionário que o ecumenismo pós-CVII. Ora, se todas as religiões são iguais, ou quase iguais, porque empreender missões? Veja a seguinte afirmação de JPII (sim, aquele que será provavelmente canonizado em breve!) e me diga quem se aventurará a converter alguém ao catolicismo?: “A recente Assembleia (Sínodo dos bispos da Europa) foi caracterizada pela presença de delegações de diversas Confissões cristãs que, sobre um pé de igualdade, tomaram parte nos trabalhos. Os encontros, os colóquios e as orações comuns – eu queria lembrar em particular a liturgia ecumênica que se desenrolou na basílica vaticana de sete de dezembro – pôs em relevo a necessidade de prosseguir o diálogo ecumênico, na procura da unidade e da comunhão. (...)” (Negritos meus.) [João Paulo II: Discurso aos cardeais e a Cúria romana de 23 de dezembro de 199l, Documentation catholique 2043 de 3 de fevereiro de 1992.] 
 
Ou seja, Papa Francisco, a tentação mais danosa ao discipulado missionário é o ecumenismo pós-CVII.

01/08/2013

Missas Tridentinas em BH, no mês de agosto de 2013: favor agendar


Padre Tarciso celebrará a Santa Missa segundo o Rito de São Pio V, como ela sempre foi celebrada por 1500 anos em todo o mundo, em três datas no mês de agosto de 2013:
. dia 2 de agosto, primeira sexta-feira do mês, às 19h30;
. dia 3 de agosto, primeiro sábado do mês, às 17h30;
. dia 15 de agosto; quinta-feira, Assunção de Nossa Senhora, às 19h30.
 
Todas as missas serão celebradas na Capela Nossa Senhora da Sabedoria, que fica à rua Diabase 320, no Prado.
 
Padre Tarciso é um padre muito piedoso, que segue todas as rubricas da Missa no Rito de São Pio V. Recomendo muitíssimo suas Missas. São Missas tradicionais bem rezadas, com sermões que nos inflamam!