30/12/2008

Lições das Missas dominicais pós-Vaticano II – Parte XIII

O Evangelho deste domingo, 28/12/2008, na Missa de Paulo VI, é Lc. 2, 22-40, o quarto dos Mistérios Gozosos. É o Evangelho do Nunc dimittis: “Agora, Senhor, despedi em paz o vosso servo, segundo a vossa palavra. Porque os meus olhos viram a salvação que nos destes. Que preparastes, diante de todos os povos. Luz para esclarecer as nações, e para a glória de Israel, vosso povo”. Isso é o que diz Simeão ao ver o Messias. Diz ainda a Maria: “Eis que Ele é destinado a ser ocasião de queda e de ressurgimento para muitos em Israel e para ser sinal de contradição, e tu mesma terás a alma transpassada por uma espada, a fim de se revelarem os pensamentos de muitos corações”.

Acaso Simeão diz que Ele será motivo de paz para todos? Acaso diz que Ele trará o fim da pobreza para todos, o fim dos poderosos que exploram os fracos, o estabelecimento do Reino de Deus aqui na terra?

Pois é esse o entendimento de Pe. Paulo Bazaglia, no seu texto “Olhos para ver a salvação de Deus”, no folheto "O Domingo". Diz o padre: “Mas aqueles olhos de Simeão e Ana [a profetisa] ansiaram por algo bem mais profundo: a libertação concreta para todo o povo de Deus. Libertação que Jesus veio realizar, sendo ‘sinal de contradição’ ao elevar os pobres e abaixar os poderosos. Libertação da miséria, que faz as pessoas morrerem de fome, libertação de preconceitos e mentalidades que impedem às pessoas ser elas mesmas.”

Viram o que o padre considera mais profundo: libertação da miséria, dos preconceitos. O legal para o padre é a gente ser a gente mesmo! Para esse padre modernista, nossa Redenção é algo menor frente a libertação da miséria e dos preconceitos, coisa que aliás Jesus não veio trazer; “pobres sempre os terão entre vós”. Os fariseus também achavam mais profundo curar doentes do que perdoar os pecados (Lc. 5, 17-26). Ou seja, colocavam as coisas sensíveis acima das sobrenaturais. Esse é o estilo de quem nunca teve ou já perdeu a fé.

E o que é a libertação dos preconceitos de que fala o Pe. Bazaglia? É achar tudo legal, tudo aceitável, tudo um barato? É considerar toda religião válida; aquela história de que todas salvam? Raça de víboras! Jesus é sinal de contradição justamente por isso: Ele nos ensina a ser preconceituosos contra vocês, contra o mal. Essa é a divisão do mundo: os bons de um lado e os maus de outro, as ovelhas de um lado e os cabritos de outro. De que lado o senhor está, padre?

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Um comentário:

Anônimo disse...

Já que você está tão convicto de estar do lado do bem, o padre por consequência deve estar do lado do mal... Quanta presunção a sua!