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11/03/2020

O tapa de Franscisco: leitor descorda do blog

Um leitor anônimo faz o seguinte comentário no post O tapa de Francisco:

  Mas de onde você concluiu que "O tapa veio para evitar que se beijasse a mão de um sacerdote" ????
  Eu até revi o vídeo aqui agora e não há qualquer menção dela, em sua linguagem corporal, que remeta a esta intenção.
  Claramente, ele se irritou pelo puxão dela em um momento em que ele já estava saindo dos cumprimentos.
  Admiro seu trabalho, mas sinceramente, este post fez um julgamento muito indevido.

Primeiramente, devo agradecer ao leitor sua admiração pelo meu trabalho.

A seguir, devo observar que, pelo número de sinais de interrogação usado, o leitor deve mesmo ter se irritado com minhas observações. Devo dizer que compreendo a irritação e que se tomássemos apenas o vídeo para tirarmos a conclusão que tirei no post em tela, realmente creio que o leitor estaria inteiramente correto. Se não conhecêssemos nada de Francisco, se não soubéssemos nada de seu papado, eu daria plena razão ao leitor.

Devo admitir também que minha opinião pode estar errada, que o Papa teria dado o tapa na fiel pelo puxão em sua batina. Como se a fiel, ao puxar a sua batina, não fosse beijar sua mão, antes de falar-lhe algo. Tudo isso pode muito bem ser verdade.

Mas conhecemos Francisco, ah! se conhecemos! Pergunta o leitor: "de onde você concluiu...", seguido de muitas interrogações. Respondo: não concluí só do vídeo, é claro. Concluí de tudo que conheço dele e mais ainda do vídeo abaixo, em que ele recusa explicitamente o beijo na mão, no Santuário de Loreto, em março de 2019.



Que Deus tenha misericórdia com o nosso Papa, e com todos nós!

09/01/2020

O tapa de Francisco

Dizem por aí que o Papa deu um tapa no braço de um fiel que queria beijar-lhe a mão. Isso escandalizou muitos católicos; mas só os mais desavisados. 

Publiquei aqui anteriormente sobre a nova religião do Papa Francisco, na qual não há divindade de Nosso Senhor, nem o Inferno. A tentativa de racionalizar a Encarnação e, portanto, a Trindade é antiga na Igreja. Desde os primeiros séculos, hereges apresentam várias racionalizações do Mistério da Trindade. A mais perigosa heresia antiga, que quase destruiu a Igreja, foi o arianismo; uma negação da divindade de Nosso Senhor. Com Francisco navegamos em águas heréticas dos primórdios do cristianismo.

Mas o que tem a ver o tapa com a divindade de Nosso Senhor? O tapa veio para evitar que se beijasse a mão de um sacerdote. E por que beijamos as mãos dos sacerdotes, ou por que devemos fazê-lo? Não é, por certo, porque queremos demonstrar respeito humano ao sacerdote, não é porque gostamos dele, ou o achamos simpático. Beijamos as mãos de um sacerdote porque com elas ele realiza o maior milagre de todos: a Consagração da Hóstia. Nesse ato estamos humildemente reconhecendo a Presença Real e também o indivíduo que, por meio do Sacramento da Ordem, tem o poder de trazer-nos Nosso Senhor, aqui e agora. A Presença Real é também a razão porque fazemos o Sinal da Cruz quando passamos em frente de qualquer igreja, pois sabemos que lá Ele está na solidão do Sacrário.

Ora, para quem não acredita na divindade de Nosso Senhor, é mesmo um absurdo beijar as mãos de um sacerdote; mostraria uma devoção vazia, uma idolatria pessoal ao sacerdócio católico. Nesse sentido, e desvendada a religião do Papa, tudo faz um enorme sentido. Ele não dá valor às mãos do sacerdote porque, para ele, elas não realizam milagre algum. 

O tapa foi apenas uma maneira "franciscana" de ensinar ao fiel um dos dogmas da religião de Francisco.

28/10/2019

Papa Francisco e a Nova Religião II


A nova religião que nasceu com o Concílio Vaticano II e agora é apresentada explicitamente pelo Papa Francisco (ver post do blog) tem origem muito antiga e apareceu, ao longo da história, em vários movimentos heréticos. A nova religião, e com ela todos os heresiarcas de todos os tempos, procura e tenta implantar uma nova cosmovisão, diferente da cosmovisão católica. Para isso, há que se modificar, suplantar, substituir três aspectos da cosmovisão católica, a saber: a cosmogonia católica, a criação da Terra e de tudo que está sobre ela, a criação do homem e sua relação com Deus. 

A cosmovisão católica está assim baseada nos três primeiros capítulos do livro do Gênesis. Por isso, para modificar essa cosmovisão será preciso atacar, modificar, desmoralizar, a interpretação que a Igreja dá a esses três capítulos do primeiro livro da Bíblia. Aí se concentraram todos os nossos inimigos. Não à toa, a Pontifícia Comissão Bíblica, em 1909 sob o papado de São Pio X, emitiu um documento, ratificado e mandado publicar pelo Papa sobre a historicidade e literalidade desses capítulos ( abaixo um tradução livre do documento em italiano). 

A desmoralização da Queda veio de vários lados, da teoria do "bom selvagem" de Rousseau, do lado político-social, da psicanálise de Freud, do lado "científico", por exemplo. Nascemos bom, segundo Rousseau. Tudo que fazemos é originado em pulsões internas incontroláveis, das quais não temos culpa e que não podemos reprimir sob pena de tornarmo-nos neuróticos.

A desmoralização da criação do homem e dos animais vem da teoria de Darwin. Embora o Gênesis use o termo "segundo sua espécie" para criação dos animais e vegetais inúmeras vezes, nos dizem hoje que as espécies são criadas de maneira dinâmica, por processos que envolve o acaso e o tempo (muito tempo). O homem seria apenas o ápice desse processo cego que mistura tempo e acaso. Ou seja, o tempo e o acaso substitui Deus no processo de criação.

A desmoralização da cosmogonia bíblica vem da teoria do Big Bang, que é a mais moderna teoria da criação do Universo. Correlata a essa teoria está o conceito de expansão do Universo e os tais 15 bilhões de anos de existência do mesmo. Aqui Deus é substituído por uma misteriosa explosão ocorrida a bilhões de anos atrás que ninguém é capaz de descrever. 

Dois grandes cientistas evolucionistas resumem bem todo o programa da ciência moderna, não só da teoria da evolução. Copio um trecho de outro post Por que a academia adota a Evolução.

"A evolução não é adotada por ser um fato científico comprovado, 'Não porque ela seja provada por evidência logicamente coerente, mas porque a única alternativa a ela, a criação, é claramente inacreditável,' como afirma D.M.S. Watson, professor de Evolução na Universidade de Londres.

"Sir Arthur Keith, falecido antropologista físico e chefe do Departamento de Anatomia do Hospital de Londres diz: 'A Evolução é não provada e improvável, acreditamos nela porque a única alternativa é a criação, que é impensável.'"

Desacreditar os três primeiros capítulos da Gênesis é muito eficiente, se não houve a Queda, se o Universo foi criado por um processo de acaso e tempo (Big Bang é a mais moderna tentativa), e se as espécies evoluem, não há o menor sentido nos Evangelhos, não há o menor sentido na Cruz e na Igreja. Assim, podemos fazer o que quisermos, inclusive adorar todas as religiões.

Não é preciso dizer que todas as tentativas ditas científicas para desacreditar os três primeiros capítulos do Gênesis não são ciência, mas elucubrações; não há prova científica para nenhuma das tentativas de desmoralizar o Gênesis

Mas a Igreja, ao longo do tempo, começando no século XIX, passou a absorver pouco a pouco essas ideias malucas. Com medo de confrontar o mundo moderno, no que ele tinha de mais "sofisticado", que era a sua ciência, a Igreja, por meio de sua alta cúpula, sucumbiu e tentou logo modificar sua religião para uma que se adaptasse sem muitas arestas aos ditames científicos modernos.

São estas as raízes mais profundas da nova religião que desponta diretamente do Vaticano. Pois o paganismo da Pachamama não se atrita com a ciência moderna. Aliás, os cientistas modernos são capazes de participar de ritos pagãos com a consciência mais tranquila possível. 

O que eles não suportam é a Cruz de Nosso Senhor. Ah, isso não!


_________________________

PONTIFÍCIA COMISSÃO BÍBLICA

SOBRE O CARÁTER HISTÓRICO
DOS PRIMEIROS TRÊS CAPÍTULOS DA GÊNESE

I. Os vários sistemas exegéticos que foram concebidos e apoiados por uma natureza científica aparente para excluir o sentido histórico literal dos três primeiros capítulos do livro de Gênesis, são solidamente fundados?

Resposta: Não.

II. Apesar do caráter e do gênero histórico do livro de Gênesis, o vínculo particular dos três primeiros capítulos entre eles e com os capítulos seguintes, o testemunho múltiplo das Escrituras, tanto do Antigo como do Novo Testamento, o pensamento quase unânime dos Padres da Igreja e a opinião tradicional, transmitida pelo povo de Israel e sempre mantida pela Igreja, podemos ensinar que esses três primeiros capítulos do Gênesis contêm não narrativas de eventos que realmente aconteceram, isto é, respondendo à realidade objetiva e à verdade histórica, mas contêm ou fábulas retiradas das mitologias e cosmogonias dos povos antigos e adaptadas pelo autor sagrado à doutrina monoteísta graças à eliminação de todos os erros politeístas, ou alegorias e símbolos, sem qualquer base na realidade objetiva.

Resposta: Não para ambas as partes.

III. Pode-se, em particular, questionar o sentido histórico literal daqueles capítulos nos quais é uma questão de fatos que tocam os fundamentos da religião cristã: tais são, entre outros, a criação de todas as coisas operadas por Deus no início de tempo; a criação particular do homem; a formação da primeira mulher do primeiro homem; a unidade da raça humana; a felicidade original dos progenitores no estado de justiça, integridade e imortalidade; a ordem dada por Deus ao homem para testar sua obediência; a transgressão da ordem divina por instigação do diabo sob a aparência de uma cobra; a perda dos ancestrais daquele estado primitivo de inocência; e a promessa de um futuro Redentor?

Resposta: Não.

IV. Na interpretação daqueles capítulos que os Padres e Doutores da Igreja interpretaram de maneira diferente, sem deixar nada certo e definido, a analogia da fé é permitida, sem prejuízo do julgamento da Igreja e de seguir e defender a opinião que cada um julga mais prudente?

Respostas: Sim.

V. Deve-se sempre e necessariamente tomar no sentido próprio todas as palavras e frases únicas encontradas nos capítulos acima mencionados, para que nunca seja permitido afastá-las, mesmo quando as mesmas expressões parecerem ser usadas no sentido manifestamente impróprio, metafórico ou antropomórfico quando a razão nos impede de apoiar o bom senso ou a necessidade obriga a abandoná-lo?

Resposta: Não.

VI. Dado o sentido literal e histórico, pode uma interpretação alegórica e profética ser usada de maneira inteligente e útil em algumas passagens desses capítulos, de acordo com o exemplo ilustre dos Santos Padres e da própria Igreja?

Resposta: Sim.

VII. Desde que escreveu o primeiro capítulo de Gênesis, o autor sagrado não tinha a intenção de ensinar cientificamente a constituição íntima das coisas visíveis e a ordem completa da criação, mas queria dar a seu povo um conto popular conforme a linguagem comum de seus contemporâneos, e adaptado aos sentimentos e habilidades dos homens, é necessário procurar escrupulosamente e sempre a propriedade da linguagem científica?

Resposta: Não.

VIII. Na denominação e distinção dos seis dias de que o Gênesis fala no primeiro capítulo, pode-se usar a palavra Yom (dia) tanto no sentido apropriado de um dia natural, quanto no impróprio de um certo espaço de tempo, e é legítimo para exegetas contestar esta questão livremente?

Resposta: Sim.

Em 30 de junho de 1909, na audiência graciosamente concedida aos dois Reverendos Consultores de Secretariado, Sua Santidade [Papa Pio X] ratificou as respostas acima mencionadas e ordenou que fossem publicadas .

Roma, 30 de junho de 1909.


20/10/2019

Papa Francisco e a Nova Religião

O Papa Franciso afirma a um jornalista que não acredita na divindade de Nosso Senhor. O jornalista publica e a resposta do Vaticano não desmente a afirmativa. Há dois anos, o mesmo jornalista publicou que o Papa Francisco não acredita no Inferno. O Vaticano reagiu de modo semelhante.

Imaginem uma situação hipotética de um filho que lê num jornal que seu pai teria assassinado quatro pessoas em um bar. O filho pergunta: "Pai, acabo de ler que o senhor assassinou quatro pessoas num bar". O pai responde ao filho: "Filho, o repórter distorce as coisas, esse pessoal sempre é assim." O filho certamente sairia atordoado com esse diálogo. "Meu pai matou ou não matou quatro pessoas num bar?", seria a reação mais saudável do pobre filho.

Penso que há muita coerência interna nas duas "não-crenças" do Papa Francisco. Coerência também com a religião do Concílio Vaticano II e com a Missa Nova.

Raciocinemos. Se Nosso Senhor não é Deus, sua morte não é Redentora. Além disso, a instituição da Missa, na quinta-feira Santa, é apenas uma festa de rememoração da morte de uma pessoa ilustre de quem os apóstolos gostavam muito. Depois de sua morte, eles, os apóstolos, resolveram se reunir e repetir os gestos desse grande homem (o tal Jesus de Nazaré) só para lembrar os bons tempos que eles passaram juntos; uma espécie de festa comemorativa, com comes e bebes. A Presença Real é uma crença sem sentido. A Missa Nova é uma festa, um memorial daquele evento, daquele grande homem, o tal Jesus de Nazaré. Assim, a comunhão na mão, de pé, é bastante razoável; as músicas populares na Missa coadunam bem com uma festa.

A inexistência do Inferno também é coerente, não havendo Redenção é uma baita sacanagem de Deus nos mandar para o Inferno. Que pai bondoso faria isso com os filhos? Assim, o Inferno não é mais mencionado nos sermões da Missa Nova.

Sim, caem por terra também os milagres daquele homem extraoridário, o tal de Jesus de Nazaré. É que os apóstolos, vocês sabem, gostavam muito dele e exageraram em situações puramente naturais. Por exemplo, Jesus não expulsou demônios dos possuídos. É que vocês, católicos tradicionais, não entendem metáforas. Jesus, com sua bondade, com seu carisma de homem generoso, apenas acolheu esses indivíduos, bateu um papinho com eles e eles saíram aliviados. Foi uma espécie de consulta psicanalítica avant la lettre. Isso tudo ouvimos nos sermões modernos.

Outra consequência disso é que os dogmas marianos são todos falsos, pura crendice popular. O dogma da Mãe de Deus, o da Virgindade Perpétua, o da Imaculada Conceição e do da Assunção. O quinto dogma, que todos esperavam ser proclamado no Concílio Vaticano II, o da Medianeira de Todas as Graças, não tem o menor sentido e nisso o CVII foi coerente. 

O Concílio Vaticano II e a Missa Nova já prepararam todo mundo para aceitar as "não-crenças" do Papa Francisco. Estamos surfando nas ondas da nova religião, sem precisar entrar nas complicações teológicas que só esse pessoal retrógrado, esses católicos tradicionais, teimam em trazer à tona. A face da nova religião é essa: sem Redenção, sem Presença Real, sem a Intercessão da Virgem Santíssima e, finalmente, sem Inferno. 

Carpe diem, quam minimum credula postero! 

15/09/2019

Eu prefiro o Papa Francisco


Quando digo a alguém que prefiro o Papa Francisco ao Papa Bento XVI, o indivíduo se espanta. Sabendo que não sou modernista, a pessoa logo pensa que estou delirando. Sim, porque Bento XVI deixou uma impressão, mesmo entre os católicos ditos tradicionais, de um papa diferente na sequência dos papas conciliares. Dizem-me: "mas Bento XVI liberou a Missa Tridentina". Além disso, lembram daqueles pronunciamentos contra o relativismo, contra este ou aquele filósofo da modernidade. Alguns lembram também João Paulo II, que deixou em muitos corações católicos uma sentimento de ternura, principalmente nos últimos tempos do papado, onde víamos um homem alquebrado, resistindo bravamente à doença e à decrepitude: puro sentimentalismo. 

Em essência, não vejo nenhuma diferença doutrinária nos papas conciliares. Cada um explorou um aspecto do multifacetado modernismo consagrado pelos documentos do Concílio Vaticano II. Aliás, os documentos do CVII foram comparados por Michael Davies a um campo minado, em que se espalham bombas que vão se detonando, à medida que nelas se pisa. Cada papa conciliar explodiu certa quantidade de bombas. Todos eles, até o Papa Francisco, foram comedidos o suficiente, foram sábios o suficiente, para explodi-las da melhor forma possível, fazendo o menor barulho possível, cercando cada explosão com o alarido de palavras bonitas, sentimentos belos e de um palavrório hipnotizante que fazia com que o atingido pela explosão a sentisse como um traque. Em suma, todos tiravam as consequências lógicas dos erros doutrinais consagrados pelos extensíssimos e gelatinosos documentos do Concílio Vaticano II. Assim, a massa dos católicos foi pouco a pouco absorvendo o veneno e se adaptando organicamente à agressão profunda.

Mas onde está a minha preferência pelo Papa Francisco? Bem, continuando com a metáfora de Michael Davies, o Papa Francisco quer agora detonar todas as bombas restantes do campo minado, sem as palavras maviosas dos seus antecessores, sem nenhum anestésico. Para ele, é chegada a hora de dar o último passo para transformar, de forma definitiva, a religião católica, num puro e simples paganismo pós-cristão. Ele tem o mérito de fazer isso à luz do dia; ele não esconde nada. Tudo o que os padres conciliares tentaram tão competentemente esconder, tudo o que os papas conciliares anteriores tentaram nos vender, com anestésicos potentes e constantes, o Papa Francisco nos enfia goela abaixo sem nenhum subterfúgio. E isso é muito bom, porque elucidativo. Toda a feiura dos erros doutrinais do modernismo, de que nos preveniu São Pio X, na Pascendi, está exposto diante de nós. Todos podemos contemplar o obra de arte moderna que o Concílio Vaticano II construiu. Não há mais nenhuma sutileza, nenhuma discussão mais complexa, nenhum aspecto teológico mais difícil de se apreender. Não, o paganismo que está sendo implantado na Igreja é real e é totalmente visível. Diz as Escrituras que os deuses pagãos são demônios. A Igreja agora, na pessoa do Papa, adora uma pletora de ídolos pagãos a céu aberto. O que os mártires dos primeiros séculos não aceitaram fazer, oferecer sacrifícios aos deuses do panteão romano, está sendo feito pela alta cúpula do Vaticano. Por essa abertura ao paganismo sem sofisticação, eu prefiro o Papa Francisco aos seus antecessores. Pelo menos agora, só os empedernidos serão voluntariamente enganados.

14/04/2018

Uma “palavra difícil” anunciada na Praça de São Pedro



 Artigo publicado pelo OnePeterFive, escrito por Paul Badde


O credo cristão é um desafio que começa com a alegação de que Deus se tornou Homem e prossegue com a crença no fato de Sua Ressurreição dos mortos no sepulcro. Não surpreende que os hereges eclesiásticos, desde o princípio, tentaram suavizar esta afirmação e atenuá-la.

Não foram os hereges, contudo, mas sim alguns equivocados teólogos modernos que finalmente tiveram sucesso em adaptar a completa imposição do Credo às nossas mentes limitadas. A noção grega de Kerygma – é, de fato, uma palavra difícil – tem um papel chave que tem, contudo, permanecido, em grande parte, desconhecido dos fiéis. Kerygma significa “proclamação”, “anúncio” e também “homilia”. Foi essa noção que essencialmente ajudou alguns a reinterpretarem a antiga Fé Pascal de modo a fazer crer que afinal Cristo não ressurgiu dos mortos num corpo físico, mas, ao invés, Ele ressurgiu na proclamação da Ressurreição, feita e difundida por Seus discípulos. A Ressurreição dos mortos pelo Filho de Deus Encarnado se torna, então, de fato, uma ressurreição na, e através da, homilia. A diferença é extremamente tênue e diáfana, e certamente essa especulação não era somente uma ideia idiota incomum. Não se deve esquecer que aqueles mesmos medrosos apóstolos – todos eles (exceto São João) fugiram antes da morte de Jesus – começaram, três dias depois de Sua morte, a falar, inesperada e subitamente, com muita coragem, sobre Jesus como o Messias ressurreto.

Portanto, caso alguém venha a encontrar os “ossos de Jesus” em algum lugar em Jerusalém, isso não abalaria minimamente a “Fé Pascal” do grande teólogo protestante Rudolf Bultmann, como ele próprio disse certa vez. Mais tarde, o Kerygma se tornou o núcleo do dogma da teologia moderna, tanto protestante quanto católica, numa espécie de realização ecumênica. Não adiantou que Romano Guardini, já em 1937, em sua obra maior O Senhor, tenha rejeitado clara e decididamente essa alegação. Hoje, todavia, não há quase nenhum padre ou bispo que não tenha sido infectado levemente por essa grave alegação, para não ser ridicularizado por seus irmãos por causa de sua suposta fé infantil e ignorante.

Essa alegação kerygmática dominante levou, especialmente na Alemanha, a uma situação tal que os poucos fiéis que ainda vão à Igreja têm dificuldade de entender que padres e bispos, de fato, não acreditam mais, de forma integral, no que a profissão de Fé de Nicéia afirmou explicitamente no ano de 325. São Paulo, contudo, muito provavelmente consideraria essa negação a maior heresia de todas, não desde fora, mas desde dentro da Igreja. E agora ela aparece na Praça de São Pedro.

Como assim? Ora, na quarta-feira, 28 de março de 2018, o Papa Francisco numa introdução ao Triduum Pascal, com suas celebrações, quando ele casualmente instruía os peregrinos de todos os cantos da terra, falando de improviso, afirmou que a Páscoa “não termina” com os habituais rituais daquele particular domingo. Pois, “ele é onde a jornada começa, a jornada da missão, do anúncio: Cristo ressurgiu. E esse anúncio (proclamação), a que o Triduum leva, nos preparando para acolhê-lo, é o centro de nossa fé e de nossa esperança; é o núcleo, é a mensagem, é – aqui a palavra difícil, que diz tudo – o kerygma que continuamente evangeliza a Igreja e com o qual ela, por sua vez, é convidada a evangelizar.”

Assim falou o papa. Deus o abençoe. Mas não temos de acreditar nisso. Graças a Deus. Podemos ainda confiantemente acreditar, como criancinhas, que não é a proclamação verbal, mas o fato da própria Ressurreição corporal de Jesus que é realmente o centro e o núcleo de nossa Fé e de nossa esperança.

12/04/2018

Gaudete et Exsultate: outro escândalo do Papa Francisco


Na mais recente Exortação Apostólica, o Papa Francisco afirma, entre outras coisas, o seguinte.

1. Ordens contemplativas afastadas do mundo são insalubres;

2. A Igreja nem sempre tem todas as resposta e não deve dizer às pessoas como viver suas vidas;

3. A doutrina católica está sujeita a diferentes interpretações dependendo das circunstâncias;

4. A doutrina católica não é monolítica, mas aberta a dúvidas;

5. Forte adesão à doutrina e à disciplia católica é pelagianismo, ou seja heresia;

6. Aqueles que resitem, i.e, àquilo que Francisco quer, sucumbiram às forças do mal;

7. Aqueles que dizem que tudo é possível com o auxílio da graça são realmente pelagianos;

8. Mesmo com o auxílio da graça é impossível "para o fraco" respeitar a lei moral dados seus limites "concretos"; somente um progresso gradual é possível. Isso, além de luteranismo claro, é também o pelagianismo que o Papa condena;

9. Adesão à doutrina e disciplina católica é aridez pelagiana que rejeita o "espírito";

10. Católicos tradicionais são crueis pelagianos curadores de um museu religioso que rejeita o "espírito";

11. Tentativas de limitar a imigração mulçulmana é equivalente ao aborto;

12. E mais.

Ferrara ainda cita dois autores: Roberto de Mattei e São Roberto Belarmino. De Mattei ela lembra o seguinte: "Precisamos ter coragem de dizer: Santo Padre, o senhor é o primeiro responsável pela confusão que existe hoje na Igreja. Santo Padre, o senhor é o primeiro responsável pelas heresias que circulam hoje na Igreja."

De São Roberto Belarmino ela cita o De Controversiis: sobre o Pontífice Romano. São Belarmino diz: "Portanto, tal como é legítimo resistir a um Pontífice que invade um corpo, é também legítimo resistir-lhe quando invande as almas ou perturba um estado, e ainda mais se ele tentar destruir a Igreja. Digo que é legítimo resistir-lhe, não fazendo o que ele ordena e impedindo-o para frustrar seu intento."

Paro por aqui, sugerindo a leitura do artigo do Ferrara.

06/04/2018

Blog discorda, respeitosamente, do Cardeal Burke

Num post do Fratres, ficamos sabendo a posição do Cardeal Burke sobre a "situação intolerável" da Igreja sob o papado de Francisco. Palavras fortes, consoante com a situação gravíssima da Igreja perante afirmações do pontífice sobre a imortalidade da alma e sobre a existência do Inferno. Aqui não há nenhuma questão delicada de teologia, não há aquele embate de ideias que deixa perplexo o fiel. Não há que se consultar a Suma Teológica, nem Santo Afonso, nem aquelas discussões medievais infindáveis. 

As afirmações do papa atacam o centro de nossa fé. Se a alma desaparece depois da morte, se não há o Inferno, duas coisas podem ser deduzidas: a Redenção não existe e Nosso Senhor é o maior mentiroso da história. O papa não diz só que Jesus não é Deus, como os arianos, mas que Ele é mentiroso, um charlatão!

Mas o que o blog discorda do Cardeal Burke é o seguinte (palavras do Cardeal): "Primeiro, o fiel ou pastor deve expressar a sua crítica em privado, para que o Pontífice possa se emendar. Se o Papa se nega a corrigir o seu modo gravemente deficiente de ensinar e agir, a crítica deve ser feita pública, porque dela depende o bem da Igreja e do mundo." Ora, Cardeal, não esperava ouvir isso, logo do senhor, que enviou ao Papa, junto a outros três cardeais, os Dubia, e ficou sem nenhuma resposta. O senhor também viu um grupo de fiéis e prelados enviar aquele documento sobre as ideias heréticas do papa, expressas na Amoris Leticia. Ambas as correções em privado ficaram sem respostas. Por isso mesmo, tais documentos foram divulgados. Isso devia convencê-lo da inutilidade desse modo de ação, para com o atual pontífice. 

Agora é preciso afirmações públicas de prelados que ainda não perderam a fé para que o rebanho não seja entregue aos lobos. A situação agora é de uma crise sem precedentes e é preciso salvar o que ainda pode ser salvo.

A situação é grave e comportará muitos riscos. Mas estamos num naufrágio e precisamos salvar quem está afogando. Qualquer coisa é melhor que nada.

Que Nossa Senhora nos ilumine, Ela que nunca nos abandonou em situações de crise!

20/09/2017

Papa Francisco criou ontem a "ciência" do casamento e da família.

Por meio de um Motu Proprio (Suma Familiae Cura) o Papa criou ontem o Instituto Pontificial e Teológico João Paulo II para as Ciências do Casamento e da Família. Esse instituto substitui o antigo Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Casamento e a Família, fundado, a pedido do Papa João Paulo II, pelo Cardeal Caffara, recentemente falecido, logo depois do Sínodo da Família de 1980.

Parece que temos um papa bastante científico, aquecimentista, evolucionista e tudo o mais. Agora teremos a "ciência" da família e do casamento. Se acontecer com essa tal ciência o que está acontecendo com as outras ciências (ver Manual Politicamente Incorreto da Ciência), que Deus nos acuda!

A ordem da natureza fascina tanto a Igreja hoje que ela esqueceu a Ordem da Graça. Sugiro que se crie um instituto da ciência da Transubstanciação, ou da Remissão dos Pecados, ou mesmo da Redenção. Já imaginaram um aparelhinho que apita quando todos os seus pecados forem perdoados pelo Sacramento da Penitência. É a certeza do Perdão, cuja falta tanto enloqueceu Lutero e, com ele, o mundo inteiro.

Para a notícia completa, em inglês, de mais um grande evento desse pontificado, clicar aqui.

19/09/2017

Papa "excomunga" os climato-céticos

Este é o tílulo de um artigo de Francesca de Villasmundo para o Midia-Presse.info. Ela reporta a fala do Papa Francisco durante o voo (mais um papo de avião) da Colômbia a Roma. A fala do papa, segundo a articulista é esta.

"Aqueles que negam deviam procurar os cientistas e lhes perguntarem. Eles se exprimem muito claramente: 'As mudanças climáticas são vistas por seus efeitos' e todos nós temos uma responsabilidade moral de tomar decisões. Que cada um pergunte aos cientistas e, em seguida, decida. A história julgará suas decisões.

"Uma frase tirada do Antigo Testamento me vem à mente: O homem é estúpido. Quando não quer ver, não vê".

Esta fala do Papa tem muitas conotações. Primeiro mostra, na melhor das hipóteses, sua imensa ignorância no assunto que comenta. Os verdadeiros climatologistas são unânimes em negar o aquecimento global. Só uma referência bastaria ao Papa: esta aqui de Lord Mockton.

Outra coisa. Como dói ouvir de um Papa que a história julgará nossas decisões. Meu Deus! Vê se eu seria católico se me preocupasse com o julgamento da tal história. Eu me preocupo com o julgamento de Deus, com o fogo do Inferno! Que se dane a história!

Finalmente. Como somos todos estúpidos por não querermos ver, vou seguir a sugestão do Papa e perguntar aos cientistas se existe Deus e depois tomar minha decisão. Conto para vocês depois.



28/08/2017

Amoris Laetitia, o luteranismo a pleno vapor na Igreja Católica

Num extraordinário artigo no site OnePeterFive, o filósofo austríaco Josef Seifert faz um exercício simple de lógica para mostra como a encíclica do Papa Francisco leva a impugnação da obrigação de seguir qualquer mandamento da Lei de Deus. O artigo se intitula Será Que a Lógica Pura e Simples Ameaça Destruir Toda a Doutrina Moral da Igreja Católica? Ele se demora no item AL303, da mencionada encíclica. Vou reproduzi-lo abaixo, como consta do site do Vaticano, em língua portuguesa:

"303. A partir do reconhecimento do peso dos condicionamentos concretos, podemos acrescentar que a consciência das pessoas deve ser melhor incorporada na práxis da Igreja em algumas situações que não realizam objetivamente a nossa conceção do matrimónio. É claro que devemos incentivar o amadurecimento duma consciência esclarecida, formada e acompanhada pelo discernimento responsável e sério do pastor, e propor uma confiança cada vez maior na graça. Mas esta consciência pode reconhecer não só que uma situação não corresponde objectivamente à proposta geral do Evangelho, mas reconhecer também, com sinceridade e honestidade, aquilo que, por agora, é a resposta generosa que se pode oferecer a Deus e descobrir com certa segurança moral que esta é a doação que o próprio Deus está a pedir no meio da complexidade concreta dos limites, embora não seja ainda plenamente o ideal objectivo. Em todo o caso, lembremo-nos que este discernimento é dinâmico e deve permanecer sempre aberto para novas etapas de crescimento e novas decisões que permitam realizar o ideal de forma mais completa."

Vou agora reproduzir um texto de Eric Voegelin sobre a sola fide, que se encontra nas páginas 297-98, do vol. IV das Histórias das Ideias Políticas: Renascença e Reforma. Deixo aos leitores a avaliação da ideia sugerida pelo título deste post.

"Como podemos dizer, pergunta Lutero, que apenas a fé justifica, considerando os mandamentos bíblicos de que o homem tem de obedecer a fim de ser justo perante Deus? A fim de manter a doutrina, temos de entender a Bíblia como dividida em duas partes, as leis do Velho e as promessas do Novo Testamento. As leis nos ordenam a praticar "várias boas obras"; mas o simples ordenar não as obtém. Ensinam-nos o que fazer; mas não nos dão a força de fazê-lo. Daí, a enumeração dos mandamentos tem de ser tomada como tendo o propósito de fazer o homem consciente de sua fraqueza, de sua inabilidade de realizá-los. O mandamento para não ser invejoso é a 'prova' de que somos todos pecadores, pois nenhum homem pode existir sem concupiscência 'faça o que ele quiser'. Ao medir seu desempenho pelo mandamento, o homem aprende a perder a confiança em si mesmo e a procurar por ajuda em outro lugar; quando entendeu seu próprio fracasso, experimentará ansiedade e medo da danação; sentir-se-á humilde e aniquilado, pois não pode encontrar nada em si que faria dele justo, e, finalmente, ele se desesperará.

"Quando o homem desceu até o estado de desespero, está pronto para receber a promessa: 'Se queres livrar-te de tua paixão má e do pecado crê em Cristo, em quem te prometo toda graça, justiça, paz e liberdade; crê, e terás; não creias, e não terás'. (...) Tudo o que o cristão precisa é de sua fé. O cumprimento dos mandamentos não é necessário para o justo; ao libertar o homem dos mandamentos, a fé liberta o homem das consequências do cumprimento impossível"

Então, depois de 500 anos, esse heresiarca, pervertido e egocêntrico ainda nos assombra, tendo penetrado até, ao que parece, na Santa Sé.

20/06/2017

Perguntam-me sobre declarações do Papa Francisco

Há sempre leitores que me perguntam sobre as declarações do Papa Francisco, que muitas vezes são feitas em entrevistas, dentro e fora de aviões. Outras vezes, como na Laudato Si, são encíclicas, que gozam de um status bem mais alto que entrevistas. 

Eu encaro as entrevistas como meras opiniões pessoais do Papa. Algumas, reconheço, ele não devia expressar. Delas pode-se dizer que são de uma pessoa que desconhece o assunto e se arvora a dar opiniões como qualquer mortal mal informado. O que fazer? Bem, eu faço como faço com qualquer mortal mal informado: desconheço, já que as circunstâncias não me permitem dialogar com o Papa.

Com documentos como a Laudato Si, devemos reconhecer que a encíclica não toca em fundamentos da fé católica e está repleta de ciência provadamente falsa. Os consultores do Papa estão completamente desinformados, ou são gente de péssima índole e estão a serviço de uma agenda globalista bem objetiva. Mas, de novo, como não tenho acesso ao Papa, desconheço solenemente tudo o que é dito ali. Isto não afeta no mais mínimo detalhe a minha Fé. Aliás, minha Fé não depende nem do Papa, nem dos Cardeais, nem dos padres. Se nossa fé dependesse disso, não teríamos fé. 

Além disso, os leitores podem consultar a aba "Papa Francisco" do blog, que reúne os posts que já escrevi sobre o papado.

O que sempre faço, e é obrigação de todo católico fazer, é rezar pelo Papa. Minha intenção, no terço diário é simples: pelo Papa Francisco, para que ele esteja sempre aberto às inspirações da Santíssima Trindade!

Que São Silvério, Papa, rogue por todos nós e, especialmente, pelo Papa Francisco!

22/10/2013

A demolição da Igreja em estado avançado! O que nos espera em 2017?

O Papa Francisco encara “com profunda gratidão ao Senhor Jesus Cristo” os “numerosos passos dados nas últimas décadas nas relações entre Luteranos e Católicos”, e isso “não só através do diálogo teológico, mas também mediante a colaboração fraterna em múltiplos âmbitos pastorais”.

Recebendo nesta segunda-feira, uma Delegação da Federação Luterana Mundial, juntamente com membros da Comissão Luterano-católica para a unidade, o Santo Padre recordou que o “ecumenismo espiritual constitui, num certo sentido, a alma do nosso caminho em direcção à plena comunhão”.


O Papa Francisco congratulou-se com o facto de ter sido publicado recentemente, em vista da comemoração dos 500 anos da Reforma, um texto da Comissão luterano-católica para a unidade intitulado “Do conflito à comunhão. A interpretação luterano-católica da Reforma em 2017”.


“Parece-me verdadeiramente importante para todos o esforço de confrontar-se, em diálogo, sobre a realidade histórica da Reforma, sobre as suas consequências e sobre as respostas que lhe foram dadas.
Católicos e Luteranos podem pedir perdão pelo mal que causaram uns aos outros e pelas culpas cometidas perante Deus, alegrando-se ao mesmo tempo pela nostalgia de unidade que o Senhor tem despertado nos nossos corações e nos faz olhar em frente com esperança”.

FONTE AQUI

08/10/2013

Meu Deus é católico!

Bem, depois de publicar a opinião de Christopher Ferrara sobre as terríveis afirmações do Papa Francisco, dou agora a minha.  
 
Meu Deus é católico, como também era católico o Deus de São Paulo, de São Bento, de Santo Agostinho, de Santo Tomás de Aquino, de São Francisco Xavier (por sinal, jesuíta de verdade), de São Pedro de Alcântara, de Santa Teresa de Ávila, de Santo Afonso de Ligório, de Santa Cataria de Sena e de São Padre Pio, por exemplo. 
 
Bem, dizer que Deus não é católico é negar um tanto de verdades em que todos cremos, entre elas alguns dogmas da Igreja. Vejamos. Se Deus não fosse católico:
1. Jesus Cristo, que fundou a Igreja, não seria Deus;
2. A Redenção não teria se dado, e nós não poderíamos ser salvos;
3. Maria não seria mãe de Deus (teotokos);
4. Quando Ele apareceu a Paulo, no caminho de Damasco e perguntou: “Saule, Saule, quid me persequeris?”, Ele não teria usado o pronome pessoal “me” querendo significar os católicos que Paulo perseguia. Ou seja, perseguir os católicos é o mesmo, para Nosso Senhor, que persegui-Lo!
5. Ele não estaria presente de Corpo, Sangue, Alma e Divindade nas Hóstias Consagradas em todas as Igrejas católicas (e não outras) da face da Terra;
6. Não teríamos os milagres permanentes que Ele realiza desde de sua Ressurreição: Hóstias que sangram há séculos, corpos incorruptos (de santos da Igreja) há séculos, as aparições de Nossa Senhora e Nosso Senhor a santos da Igreja (e não a qualquer um); no século XX, as aparições de Fátima, o milagre do Sol e São Padre Pio, com suas chagas e seus milagres.
7. Não teríamos Sua Igreja, que tem sobrevivido até aos Papas conciliares; 
8. Por fim, não teríamos motivo para a esperança de ver, no futuro, Papas que não causem tanta confusão, não causem tanto prazer ao mundo, cujo príncipe é Satanás.
 
Santa Brígida, rogai por nós!

07/10/2013

Papa Francisco afirma: "Creio em Deus. Não em um Deus católico, não existe um Deus católico; existe Deus".

Claro que Deus não é literalmente católico -- como se alguém pensasse tal coisa. Mas essa observação superficial, tão agradável aos ouvidos modernos e entregue por ninguém menos que um Papa nas mãos de um veículo anti-católico, prejudica a causa do Evangelho porque obscurece a verdade de que Deus Encarnado realmente fundou a Igreja Católica, "Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu inspetores, para apascentardes a Igreja de Deus, que Ele fez sua com o seu próprio sangue." (At 20:28) A Igreja que Deus fundou e comprou com Seu Sangue chama a si própria de Católica, assim conferindo um sagrado e inalterável significado à palavra, que pertence ao próprio Credo que começa assim: "Creio em Deus." Declarar que "não há um Deus católico" é separar o Evangelho de sua guarda, divinamente decretada, pela Igreja Católica, para o grande prazer do mundo. Como é perturbador ver um sucessor daquela Pedra na qual a Igreja foi fundada descer a tal banalidade!

[Excerto de Romam vado iterum crucifigi, de Christopher A. Ferrara.]


Nossa Senhora do Rosário, valei-nos!

03/10/2013

Nova entrevista do Papa, novo escândalo para os católicos.

Não é preciso ser católico dito tradicionalista para entender a catástrofe midiática do Papa Francisco; não é preciso ser um profundo conhecedor da teologia católica, de delicadas questões doutrinais, das confusas "definições" do Concílio Vaticano II. Um católico normal inteligente pode muito bem perceber a periculosidade das entrevistas papais. O inteligentíssimo católico Reinaldo Azevedo resume o sentimento generalizado: leia aqui.

23/09/2013

Olavo de Carvalho sobre o Papa Francisco: na mosca!

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013/09/1344294-papa-critica-obsessao-da-igreja-com-aborto-casamento-gay-e-contracepcao.shtml

O esforço intenso que esse Papa desempenha em lisonjear os inimigos e escandalizar os católicos não parece deixar margem a dúvidas sobre quem é ele e quais as suas intenções.
 
Bergoglio está para a Igreja Católica como Barack Hussein Obama está para a nação americana.
 
Li a declaração no original. Não há desculpa. Não é a Igreja quem "fala muito desses assuntos". É o movimento gayzista internacional, que tem todos os megafones à disposição, e perto do qual a voz da Igreja se torna um sussurro inaudível. E, se é para dar aos gayzistas o conforto do silêncio, é preciso conceder o mesmo benefício aos adúlteros, aos masturbadores, etc. que pelo menos pecam em privado e não se arrogam o direito de achincalhar a Igreja em público.
 
Esse é o ponto mais importante. Se o Papa tivesse recomendado mais discrição da Igreja ao falar dos pecados sexuais em geral (inclusive o homossexualismo, é claro), tendo em vista a ascensão generalizada de pecados infinitamente mais graves, como o homicídio em massa, o tráfico de pessoas, a prostituição infantil, etc., eu seria o primeiro a aplaudi-lo. Não tem sentido, no mundo atual, achar que o garoto que tocou uma punheta no banheiro vai para o inferno ao lado de Fidel Castro, Pol Pot e Robert Mugabe. Mas o homem concedeu uma trégua especial ao gayzismo e ao abortismo, que são forças políticas mundiais organizadas, sem estendê-la a todos os pecados da carne, mesmo infinitamente menos graves que o aborto, o qual não é um simples pecado da carne e sim um homicídio. É absurdo, é injusto, é um escândalo em toda a linha.
 
O abortismo já alcançou as dimensões de um genocídio mundial, e dar-lhe trégua sem poupar garotos de 13 anos que se masturbam é TOTAL falta de senso das proporções.
 
Aos adeptos do "senta que o leão é manso": O mesmo pretexto, de que se trata apenas de pastoral, não de doutrina, foi usado para justificar todos os erros do Concílio Vaticano II que estão destruindo a Igreja há meio século. Chega!

[Negritos são meus]
 
OBS do Blog: Vamos parar de achar que é a imprensa que distorce as palavras do Papa!
 

06/09/2013

Padre Guy Pagès ao Papa Francisco

Não deixem de ler uma carta aberta do Pe. Pagès ao Papa Francisco acerca da mensagem deste aos mulçumanos. Ele diz, no começo da carta:
 
Saudando com “um grande prazer” os muçulmanos por ocasião do ramadã, o qual é considerado um tempo consagrado “ao jejum, à oração e à esmola”, Vós pareceis ignorar que o jejum do ramadã é tal, que “a cesta [de compras no supermercado] média de uma família que faz o ramadã aumenta 30%”, que a esmola muçulmana se destina somente aos muçulmanos necessitados, e que a prece muçulmana consiste principalmente em rejeitar cinco vezes por dia a Fé na Trindade e em Jesus Cristo, a pedir o favor de não seguir o caminho dos transviados que são os cristãos… Ademais, durante o ramadã, a delinquência aumenta de modo vertiginoso. Há realmente nessas práticas algum motivo de elogio possível?
 
Além disso, quem quiser entender o que seja o Islã, não pode deixar de ler os livros de Robert Spencer. Leiam pelo menos dois: The Politically Incorrect Guide to Islam (and the Crusades) e o recém lançado Not Peace But a Sword: The Great Chasm Between Christianity and Islam. Sobre Robert Spencer, clique aqui.

29/08/2013

Onde está o Papa?

Este é o título de um artigo, escrito por Pe. Celatus, na edição de agosto do The Remnant.  
 
Diz o autor: “Este pontífice tem um modo de ser assaz não-pontificial, pelo menos comparado aos padrões da tradição e de seus predecessores”. Ou seja, mesmo comparado aos papas conciliares. 
 
Ele continua: “São muitos os exemplos, e estes começaram bem cedo, como, por exemplo, a famosa, e agora quase secreta, celebração da Quinta-feira Santa, isto é, a Missa Solene da Última Ceia do Senhor. Esta Sagrada Liturgia, que comemora a instituição da Eucaristia e a Ordenação dos Apóstolos por Nosso Senhor, foi celebrada pelo Papa Francisco escondido atrás dos muros de uma prisão, usando mulheres, apóstatas e infiéis para o Mandatum, isto é, o ritual do lava-pés.” 
 
Vê-se que tais atos do Papa Francisco não confundem apenas este miserável blogueiro, que tem expressado sua perplexidade em muitos posts recentemente. 
 
Pe. Celatus pergunta, diante disso: “Onde está o Papa?” 
 
Ele segue tentando responder: “Um dos lugares onde ele não está é sentado no trono tradicional de seus predecessores. Ao invés disso, o Papa Francisco optou por uma espécie de cadeira dobrável e trocou os chinelos papais tradicionais pelos da Nike.” 
 
“Ele se refere”, o autor continua, “a si mesmo como Bispo de Roma, o que é em si mesmo inquietante. Bispo de Roma é, coincidentemente, o título papal usado pelos modernistas, que desdenham o papado. Mesmo cismáticos e hereges reconhecem o título de Bispo de Roma. Bispo de Roma também sugere a ideia de um entre iguais.”  
 
A seguir Pe. Celatus comenta sobre o quanto as declarações e atos aparentemente descontraídos e espontâneos do papa abalam diariamente os fiéis. 
 
O autor lembra a declaração sobre os gays na JMJ: “Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-la?” Pe. Celatus lembra que: “Líderes da Igreja insistem que o Papa não aprova a homossexualidade mas até o uso da palavra ‘gay’ é uma vitória homossexual.” 
 
Pe. Celatus lembra ainda as confidências de Francisco à CLAR: “Uma é a corrente pelagiana que existe na Igreja neste momento. Há alguns grupos restauracionistas. Conheço alguns; coube a mim recebê-los em Buenos Aires. E nos sentimos como se tivéssemos voltado 60 anos atrás! Antes do Concílio… Sentimo-nos em 1940… Um relato, só para ilustrar esse grupo, não é para que riam disso, eu tive respeito, mas preocupa-me; quando eu fui eleito, recebi uma carta de um desses grupos, e eles disseram: “Sua Santidade, nós lhe oferecemos este tesouro espiritual: 3.525 rosários.” Por que eles não dizem: “nós rezamos pelo senhor, pedimos…”? Mas essa coisa de contar… E esses grupos voltam a práticas e disciplinas que eu experimentei – não vocês, porque vocês não são velhos – a disciplinas, a coisas que naquele momento aconteceram, mas não agora, elas não existem hoje em dia…”  
 
O autor lamenta: “Imagine que você dê a sua esposa um buquê de dose rosas e ouve mais tarde que ela ficou preocupada com seu ato.” 
 
Pe. Celatus termina seu artigo com um apelo ao Papa. Faço minhas suas palavras, que vão em negrito. 
 
Santo Padre, com todo o reconhecimento de vosso sublime encargo de Vigário de Cristo e com uma humilde deferência a vós, suplico-vos que reconheçais que muitas de vossas palavras e ações dão ocasião a grande desordem não somente em algumas dioceses mas na Igreja Universal. O mundo geme no caos e na incerteza, agora mais do que nunca; os fiéis precisam da estabilidade da Pedra. Adotai como vosso legítimo assento o Trono de São Pedro como Papa.