01/04/2007

Por que sou católico

G. K. Chesterton


Notas do tradutor:

1. Tenho sempre me defrontado com esta pergunta, feita por alguém: “Por que você é católico?” Como somos obrigados a dar satisfação sobre a fé que nos anima (os cristãos devem estar ‘‘sempre prontos a satisfazer a quem quer que lhes peça razões da esperança que os anima’’(1 Ped 3,15)), tenho sempre algumas respostas-padrão. Resolvi, contudo, traduzir este soberbo texto de Chesterton sobre suas razões para ter sido católico, que tomo como orientação para minhas próprias respostas.

2. Quem conseguir ler em inglês, não perca tempo com minha tradução. Em muitos sentidos, é impossível traduzir Chesterton. Ele é um mestre com as palavras e este pobre tradutor não dá contra disso em nosso idioma. O link para o artigo em inglês se encontra ao final da tradução.

3. É interessante ler este artigo em conjunto com outro: Por que acredito no cristianismo, já traduzido neste blog.

4. Claro, temos um Chesterton brasileiro. Ele se chama Gustavo Corção. Não deixe de lê-lo, sobretudo, Três alqueires e uma vaca, onde Corção fala de Chesterton.



A dificuldade em explicar “Por que eu sou Católico” é que há dez mil razões para isso, todas se resumindo a uma única: o catolicismo é verdadeiro. Eu poderia preencher todo o meu espaço com sentenças separadas, todas começando com as palavras, “É a única coisa que ...” Como, por exemplo, (1) É a única coisa que previne um pecado de se tornar um segredo. (2) É a única coisa em que o superior não pode ser superior; no sentido da arrogância e do desdém. (3) É a única coisa que liberta o homem da escravidão degradante de ser sempre criança. (4) É a única coisa que fala como se fosse a verdade; como se fosse um mensageiro real se recusando a alterar a verdadeira mensagem. (5) É o único tipo de cristianismo que realmente contém todo tipo de homem; mesmo o respeitável. (6) É a única grande tentativa de mudar o mundo desde dentro; usando a vontade e não as leis; etc.

Ou posso tratar o assunto de forma pessoal e descrever minha própria conversão; acontece que tenho uma forte impressão de que esse método faz a coisa parecer muito menor do que realmente é. Homens muito melhores, em muito maior número, se converteram a religiões muito piores. Preferiria tentar dizer, aqui, coisas a respeito da Igreja Católica que não se podem dizer mesmo sobre suas mais respeitáveis rivais. Em resumo, diria apenas que a Igreja Católica é católica. Preferiria tentar sugerir que ela não é somente maior que eu, mas maior que qualquer coisa no mundo; que ela é realmente maior que o mundo. Mas, como neste pequeno espaço, disponho apenas de uma pequena seção, abordarei sua função como guardiã da verdade.

Outro dia, um conhecido escritor, muito bem informado em outros assuntos, disse que a Igreja Católica é uma eterna inimiga das novas idéias. Provavelmente não ocorreu a ele que sua própria observação não é exatamente uma nova idéia. É uma daquelas noções que os católicos têm de refutar continuamente, porque é uma idéia muito antiga. Na realidade, aqueles que reclamam que o catolicismo não diz nada novo, raramente pensam que seja necessário dizer alguma coisa nova sobre o catolicismo. De fato, o estudo real da História mostrará que isso é curiosamente contrário aos fatos. Na medida em que as idéias são realmente idéias, e na medida em que tais idéias são novas, os católicos têm sofrido continuamente por apoiarem-nas quando elas são realmente novas; quando elas eram muito novas para encontrar alguém que as apoiasse. O católico foi não só o pioneiro na área, mas o único; e até hoje não houve ninguém que compreendesse o que se tinha descoberto lá.

Assim, por exemplo, quase duzentos anos antes da Declaração de Independência e da Revolução Francesa, numa era devotada ao orgulho e ao louvor aos príncipes, o Cardeal Bellarmine e Suarez, o Espanhol, formularam lucidamente toda a teoria da democracia real. Mas naquela era do Direito Divino, eles somente produziram a impressão de serem jesuítas sofisticados e sanguinários, se insinuando com adagas para assassinarem os reis. Então, novamente, os casuístas das escolas católicas disseram tudo o que pode ser dito e que constam de nossas peças e romances atuais, duzentos anos antes de eles serem escritos. Eles disseram que há sim problemas de conduta moral, mas eles tiveram a infelicidade de dizê-lo muito cedo, cedo de dois séculos. Num tempo de extraordinário fanatismo e de uma vituperação livre e fácil, eles foram simplesmente chamados de mentirosos e trapaceiros por terem sido psicólogos antes da psicologia se tornar moda. Seria fácil dar inúmeros outros exemplos, e citar o caso de idéias que são ainda muito novas para serem compreendidas. Há passagens da Encíclica do Papa Leão sobre o trabalho [conhecida como Rerum Novarum, publicada em 1891] que somente agora estão começando a ser usadas como sugestões para movimentos sociais muito mais novos do que o socialismo. E quando o Sr. Belloc escreveu a respeito do Estado Servil, ele estava apresentando uma teoria econômica tão original que quase ninguém ainda percebeu do que se trata. E então, quando os católicos apresentam objeções, seu protesto será facilmente explicado pelo conhecido fato de que católicos nunca se preocupam com idéias novas.

Contudo, o homem que fez essa observação sobre os católicos quis dizer algo; e é justo fazê-lo compreender muito mais claramente o que ele próprio disse. O que ele quis dizer é que, no mundo moderno, a Igreja Católica é, de fato, uma inimiga de muitas modas influentes; muitas delas ainda se dizem novas, apesar de algumas delas começarem a se tornar um pouco decadentes. Em outras palavras, na medida em que diz que a Igreja freqüentemente ataca o que o mundo, em cada era, apóia, ele está perfeitamente certo. A Igreja sempre se coloca contra a moda passageira do mundo; e ela tem experiência suficiente para saber quão rapidamente as modas passam. Mas para entender exatamente o que está envolvido, é necessário tomarmos um ponto de vista mais amplo e considerar a natureza última das idéias em questão, considerar, por assim dizer, a idéia da idéia.

Nove dentre dez do que chamamos novas idéias são simplesmente erros antigos. A Igreja Católica tem como uma de suas principais funções prevenir que os indivíduos comentam esses velhos erros; de cometê-los repetidamente, como eles fariam se deixados livres. A verdade sobre a atitude católica frente à heresia, ou como alguns diriam, frente à liberdade, pode ser mais bem expressa utilizando-se a metáfora de um mapa. A Igreja Católica possui uma espécie de mapa da mente que parece um labirinto, mas que é, de fato, um guia para o labirinto. Ele foi compilado a partir de um conhecimento que, mesmo se considerado humano, não tem nenhum paralelo humano.

Não há nenhum outro caso de uma instituição inteligente e contínua que tenha pensado sobre o pensamento por dois mil anos. Sua experiência cobre naturalmente quase todas as experiências; e especialmente quase todos os erros. O resultado é um mapa no qual todas as ruas sem saída e as estradas ruins estão claramente marcadas, todos os caminhos que se mostraram sem valor pela melhor de todas as evidências: a evidência daqueles que os percorreram.

Nesse mapa da mente, os erros são marcados como exceções. A maior parte dele consiste de playgrounds e alegres campos de caça, onde a mente pode ter tanta liberdade quanto queira; sem se esquecer de inúmeros campos de batalha intelectual em que a batalha está eternamente aberta e indefinida. Mas o mapa definitivamente se responsabiliza por fazer certas estradas se dirigirem ao nada ou à destruição, a um muro ou ao precipício. Assim, ele evita que os homens percam repetidamente seu tempo ou suas vidas em caminhos sabidamente fúteis ou desastrosos, e que podem atrair viajantes novamente no futuro. A Igreja se faz responsável por alertar seu povo contra eles; e disso a questão real depende. Ela dogmaticamente defende a humanidade de seus piores inimigos, daqueles grisalhos, horríveis e devoradores monstros dos velhos erros. Agora, todas essas falsas questões têm uma maneira de parecer novas em folha, especialmente para uma geração nova em folha. Suas primeiras afirmações soam inofensivas e plausíveis. Darei apenas dois exemplos. Soa inofensivo dizer, como muitos dos modernos dizem: “As ações só são erradas se são más para a sociedade.” Siga essa sugestão e, cedo ou tarde, você terá a desumanidade de uma colméia ou de uma cidade pagã, o estabelecimento da escravidão como o meio mais barato ou mais direto de produção, a tortura dos escravos pois, afinal, o indivíduo não é nada para o Estado, a declaração de que um homem inocente deve morrer pelo povo, como fizeram os assassinos de Cristo. Então, talvez, voltaremos às definições da Igreja Católica e descobriremos que a Igreja, ao mesmo tempo que diz que é nossa tarefa trabalhar para a sociedade, também diz outras coisas que proíbem a injustiça individual. Ou novamente, soa muito piedoso dizer, “Nosso conflito moral deve terminar com a vitória do espiritual sobre o material.” Siga essa sugestão e você terminará com a loucura dos maniqueus, dizendo que um suicídio é bom porque é um sacrifício, que a perversão sexual é boa porque não produz vida, que o demônio fez o sol e a lua porque eles são materiais. Então, você pode começar a adivinhar a razão de o cristianismo insistir que há espíritos maus e bons; e que a matéria também pode ser sagrada, como na Encarnação ou na Missa, no sacramento do casamento e na ressurreição da carne.

Não há nenhuma outra mente institucional no mundo que está pronta a evitar que as mentes errem. O policial chega tarde, quando ele tentar evitar que os homens cometam erros. O médico chega tarde, pois ele apenas chega para examinar o louco, não para aconselhar o homem são a como não enlouquecer. E todas as outras seitas e escolas são inadequadas a esse propósito. E isso não é porque elas possam não conter uma verdade, mas precisamente porque cada uma delas contém uma verdade; e estão contentes por conter uma verdade. Nenhuma delas pretende conter a verdade. A Igreja não está simplesmente armada contra as heresias do passado ou mesmo do presente, mas igualmente contra aquelas do futuro, que podem estar em exata oposição com as do presente. O catolicismo não é ritualismo; ele poderá estar lutando, no futuro, contra algum tipo de exagero ritualístico supersticioso e idólatra. O catolicismo não é ascetismo; ele, repetidamente no passado, reprimiu os exageros fanáticos e cruéis do ascetismo. O catolicismo não é mero misticismo; ele está agora mesmo defendendo a razão humana contra o mero misticismo dos pragmatistas. Assim, quando o mundo era puritano, no século XVII, a Igreja era acusada de exagerar a caridade a ponto da sofisticação, por fazer tudo fácil pela negligência confessional. Agora que o mundo não é puritano mas pagão, é a Igreja que está protestando contra a negligência da vestimenta e das maneiras pagãs. Ela está fazendo o que os puritanos desejariam fazer, quando isso fosse realmente desejável. Com toda a probabilidade, o melhor do protestantismo somente sobreviverá no catolicismo; e, nesse sentido, todos os católicos serão ainda puritanos quando todos os puritanos forem pagãos.

Assim, por exemplo, o catolicismo, num sentido pouco compreendido, fica fora de uma briga como aquela do darwinismo em Dayton. Ele fica fora porque permanece, em tudo, em torno dela, como uma casa que abarca duas peças de mobília que não combinam. Não é nada sectário dizer que ele está antes, depois e além de todas as coisas, em todas as direções. Ele é imparcial na briga entre fundamentalistas e a teoria da Origem das Espécies, porque ele se funda numa origem anterior àquela Origem; porque ele é mais fundamental que o Fundamentalismo. Ele sabe de onde veio a Bíblia. Ele também sabe aonde vão as teorias da Evolução. Ele sabe que houve muitos outros evangelhos além dos Quatro Evangelhos e que eles foram eliminados somente pela autoridade da Igreja Católica. Ele sabe que há muitas outras teorias da evolução além da de Darwin; e que a última será muito provavelmente eliminada pela ciência mais recente. Ele não aceita, convencionalmente, as conclusões da ciência, pela simples razão de que a ciência ainda não chegou a uma conclusão. Concluir é se calar; e o homem de ciência dificilmente se calará. Ele não acredita, convencionalmente, no que a Bíblia diz, pela simples razão de que a Bíblia não diz nada. Você não pode colocar um livro no banco das testemunhas e perguntar o que ele quer dizer. A própria controvérsia fundamentalista se destrói a si mesma. A Bíblia por si mesma não pode ser a base do acordo quando ela é a causa do desacordo; não pode ser a base comum dos cristãos quando alguns a tomam alegoricamente e outros literalmente. O católico se refere a algo que pode dizer alguma coisa, para a mente viva, consistente e contínua da qual tenho falado; a mais alta consciência do homem guiado por Deus.

Cresce a cada momento, para nós, a necessidade moral por tal mente imortal. Devemos ter alguma coisa que suportará os quatro cantos do mundo, enquanto fazemos nossos experimentos sociais ou construímos nossas Utopias. Por exemplo, devemos ter um acordo final, pelo menos em nome do truísmo da irmandade dos homens, que resista a alguma reação da brutalidade humana. Nada é mais provável, no momento presente, que a corrupção do governo representativo solte os ricos de todas as amarras e que eles pisoteiem todas as tradições com o mero orgulho pagão. Devemos ter todos os truísmos, em todos os lugares, reconhecidos como verdadeiros. Devemos evitar a mera reação e a temerosa repetição de velhos erros. Devemos fazer o mundo intelectual seguro para a democracia. Mas na condição da moderna anarquia mental, nem um nem outro ideal está seguro. Tal como os protestantes recorreram à Bíblia contra os padres e não perceberam que a Bíblia também podia ser questionada, assim também os republicanos recorreram ao povo contra os reis e não perceberam que o povo também podia ser desafiado. Não há fim para a dissolução das idéias, para a destruição de todos os testes da verdade, situação tornada possível desde que os homens abandonaram a tentativa de manter uma Verdade central e civilizada, de conter todas as verdades e identificar e refutar todos os erros. Desde então, cada grupo tem tomado uma verdade por vez e gastado tempo em torná-la uma mentira. Não temos tido nada, exceto movimentos; ou em outras palavras, monomanias. Mas a Igreja não é um movimento e sim um lugar de encontro, um lugar de encontro para todas as verdades do mundo.


Disponível em inglês em Why I am a Catholic

27 comentários:

Anônimo disse...

Quando houve aquela pequena discussão entre eu e o senhor sobre o Linux (eu me lembro de ter sido ridiculamente sarcástico, e mereci seu puxão de orelha) ainda no ano passado, lembro de o senhor ter citado Chesterton ao falar das frases feitas no meu post. Pois bem, eu citei o grande (realmente grande) escritor inglês na minha reposta ao senhor, dizendo:
O perigo mesmo seria se meu texto fosse racional e só. Não conseguiria dizer 'obrigado' a quem me passa a mostarda.
Esta foi citação de uma tradução de Gustavo Corção, justo quando ele fala dos racionalistas doidos que infestam as áreas acadêmicas. Apenas lembro isso porque o senhor falou em Corção.

Agora noto que o assunto "loucura e ciência" é mais complexo do que eu imaginei. O pai do racionalismo científico, Auguste Comte, morreu louco...

Anônimo disse...

Grande texto!

Estranho pensar que ele era amigo de H.G. Wells, aquele que disse que Stalin era uma 'das maiores pessoas que já havia conhecido', e de George Bernard Shaw, cuja Sociedade era financiada pela União Soviética. Havia debates cuturais mesmo na Inglaterra... Difícil pensar nisso na Terra da Rainha hoje.

Chesterton dizia que a grande tentação do escritor católico era a soberba intelectual. Os inimigos do Catolicismo são tão lunáticos, tão inconsistentes, tão psicóticos, tão presunçosos, que é clao que eles não sabem do que estão falando. Me impressiona que ele escrevesse um artigo por dia, e todos de alto nível. Na época, claro, havia liberdade expressão, e um grande escritor não era demitido por descrever a realidade. Mas mesmo assim, é uma produção monstuosa.

Anônimo disse...

Sé que el comentário es largo, pero la traducción es impresionante.


Herejes - Capítulo 1
Es el primer capítulo de su libro "Herejes" (1905) predecesor de "Ortodoxia". Menos conocido que éste, está dedicado a varios "herejes" célebres del momento (G. B. Shaw, Wells, etc). Pero el libro, y sobre todo este primer capítulo, es de lo mejor y más característico de Chesterton. No es fácil conseguirlo en español, y menos en buenas traducciones. Esta está muy retocada (y aun hay trabajo pendiente), si alguien quiere ayudar el original está aquí.

Nada indica más singularmente un mal enorme y callado de la sociedad moderna que el uso extraordinario que se hace estos días de la palabra «ortodoxo». En los días pasados el hereje se enorgullecía de no ser hereje: herejes eran los reyes del mundo, la policía, los jueces; él era ortodoxo. No se jactaba de haberse rebelado contra ellos; era ellos quienes se habían rebelado contra él. Los ejércitos con su cruel seguridad, los reyes con sus rostros insulsos, los ceremoniosos procedimientos del Estado, las razonables acciones de la ley, todo eso se había descarriado, como las ovejas. Mas el hombre se enorgullecía de ser ortodoxo, de estar en lo cierto. Si se encontraba solo en un desierto terrible, era, más que un hombre, un credo. Era el centro del universo: en su rededor giraban las estrellas. Todas las torturas de los infiernos no le harían confesar que era hereje. No obstante, algunas frases modernas lo muestran alabándose de serlo. Ahora él dice, con risa consciente: «Supongo que soy todo un hereje», y busca el aplauso de su entorno. La palabra «herejía» no sólo significa que no se está equivocado; prácticamente implica una mente despejada y valerosa. La palabra «ortodoxia» no solamente no significa ya estar en lo cierto; prácticamente quiere decir estar equivocado. Todo esto puede significar una cosa, y sólo una cosa. Significa que las gentes se preocupan menos de estar filosóficamente en la verdad. Porque, evidentemente, un hombre antes debería confesarse de fatuo que de hereje. El bohemio con su corbata roja debería preciarse de su ortodoxia. El dinamitero que pone una bomba debería creer que, aparte de cualquiera otra cosa que sea, por lo menos es ortodoxo.

Es una locura, hablando en general, que un filósofo encienda en la hoguera a otro filósofo porque no están de acuerdo en sus teorías del Universo. Esto se hizo muy frecuentemente en la última decadencia de la Edad Media y fracasó en la totalidad de su objeto. Pero hay una cosa que es infinitamente más absurda que quemar a un hombre por su filosofía. Es el hábito de decir que su filosofía nada importa; y esto es lo que se hace universalmente en el siglo veinte, en la decadencia del gran período revolucionario.
Las teorías generales son menospreciadas en todas partes: la doctrina de los derechos del hombre es tan desacreditada como la doctrina de la caída del hombre; el ateísmo nos resulta hoy demasiado teológico; la revolución tiene demasiado de sistema; la libertad misma tiene algo de estrechez. No aceptamos generalizaciones.
Bernard Shaw lo ha dicho en un epigrama perfecto: «La regla de oro es que no hay regla de oro» (The golden rule is that there is no golden rule). Discutimos más y más los detalles de arte, política, literatura. Importa la opinión de un hombre sobre los tranvías, importa su opinión sobre Boticelli; pero su opinión sobre todas las cosas no importa. Puede dedicarse a explorar un millón de objetos, pero no tocará aquel punto singular, el universo; porque si lo hace tendrá que admitir una religión, y estará perdido. Cualquiera cosa importa, excepto el todo.

Apenas se necesitan ejemplos de esta absoluta ligereza sobre la filosofía cósmica. Apenas son necesarios para probar que, pensemos lo que pensemos sobre los asuntos prácticos, no creemos importante que un hombre sea optimista o pesimista, cartesiano o hegeliano, materialista o espiritualista. Tomemos al azar un caso. En una reunión de café oímos decir fácilmente: «Esta vida no vale la pena de vivirse». Lo oímos como oímos decir que hace un hermoso día: nadie considera que ello pueda ejercer ningún efecto de importancia sobre el hombre o sobre el mundo. Pero si esa expresión llegara realmente a aceptarse, el mundo andaría de cabeza. Se premiaría con medallas a los criminales por librar de la vida a los humanos; se perseguiría a los hombres porque libran a las personas de la muerte; se emplearía el veneno en lugar de la medicina ; llamaríamos a los médicos cuando estuviéramos sanos; las sociedades de salvamento de náufragos serían consideradas como hordas de asesinos. Pero nunca nos preguntamos si el charlatán pesimista refuerza o desorganiza la sociedad, porque estamos convencidos de que las teorías no importan.

No fué esta, ciertamente, la idea de los que trajeron nuestra libertad. Cuando los antiguos liberales quitaron las mordazas de todas las herejías, fué su idea que de esa manera se llegara a los descubrimientos religiosos y filosóficos. Su punto de vista era que la verdad cósmica tenía tal importancia que cada cual debiera exponer opinión independiente. La idea moderna es que la verdad cósmica es de tal insignificancia que no importa lo que cada cual diga. Aquellos dieron rienda suelta al examen de manera parecida a la que un cazador libera a un sabueso; éstos parecen más bien como si devolvieran al mar un pescado no apto para la alimentación.
Nunca ha habido menos discusión acerca de la naturaleza del hombre que en esta época, en la que, por la primera vez, todos pueden discutirla. Las antiguas restricciones implicaban que sólo los ortodoxos podían discutir la religión. La libertad moderna significa que nadie puede discutir nada. El buen gusto —la última y la más vil de las supersticiones humanas— ha logrado acallarnos, allí donde todos los demás empeños fracason. Hace sesenta y cinco años era cosa de mal gusto ser ateo declarado; llegaron entonces los bradlaughitas, los hombres religiosos, los últimos hombres a quienes Dios importaba, y no pudieron alterar la situación: continuó considerándose de mal gusto ser declaradamente ateo: pero su lucha acabó por lograr esto: que ahora es igualmente de mal gusto ser declaradamente cristiano. La emancipación no ha hecho otra cosa que encerrar en la misma torre del silencio al santo y al heresiarca. Y entonces, nos contentamos con hablar del clima, y llamamos a esto la completa libertad de opinión.

Hay, sin embargo, algunas personas —yo soy una de ellas— que creen que la cosa más práctica y más importante acerca de un hombre es su idea del universo. Creemos que para una patrona que recibe a un huésped es cosa importante que sepa su sueldo, pero es más importante aún que conozca su filosofía. Creemos que para un general que va a entrar en batalla es importante que sepa el número de fuerzas enemigas, pero es más importante aún que conozca la filosofía del enemigo. La cuestión no es averiguar si la teoría del cosmos afecta a los asuntos, sino más bien si, a la larga, hay alguna otra cosa que los afecte.
En el siglo quince se interrrogaba y se torturaba a un hombre porque propugnama alguna inmoralidad; en el siglo diecinueve festejamos y lisonjeamos a Oscar Wilde cuando exhortaba a tal actitud licenciosa, y después le trituramos su corazón en trabajos penales forzados porque la llevó a cabo. Podría discutirse cuál de los dos sistemas es el más cruel; no cabe discusión acerca de cuál es el más ridículo. La edad de la Inquisición no tuvo al menos la desgracia de haber producido una sociedad que hizo ídolo de un hombre por predicar las mismas cosas que le convirtieron luego en recluso por practicarlas.

Ahora, en nuestro tiempo, filosofía y religión —es decir, nuestras teorías sobre las cosas fundamentales— han sido expulsadas más o menos simultáneamente de dos campos que solía ocupar. Solían dominar la literatura ideales generales: han sido expulsadas al grito de «Arte por el arte». Solían dominar la política ideales generales; han sido expulsadas al grito de «eficiencia», que podríamos traducir como «política por la política».
Persistentemente, durante los últimos veinte años, los ideales de orden y libertad han mermado en nuestra literaratura, como han mermado en nuestros parlamentos las ambiciones de ingenio y elocuencia. La literatura se ha hecho adrede menos política; la política se ha hecho adrede menos literaria. En ambos casos, la teorías generales de la relación entre las cosas han sido expulsadas; y nosotros preguntamos: «¿Qué hemos ganado o perdido con esta expulsión? ¿Es la literatura mejor, es la política mejor, tras haber rechazado al moralista y al filósofo?»

Cuando un país ve que todo en él va debilitándose y resultando ineficaz, empieza a hablar de eficiencia. Lo mismo que cuando un hombre tiene su cuerpo hecho una ruina empieza, por la primera vez en su vida, a hablar de salud. Las organizaciones vigorosas no hablan de sus procedimientos, sino de sus fines. No hay prueba mejor de la eficiencia física de un hombre que hablar alegremente de un viaje al fin del mundo. Y no hay prueba mejor de la eficiencia práctica de una nación que hablar constantemente de un viaje al fin del mundo, un viaje al Día del Juicio Final y a la Nueva Jerusalén. No puede haber síntoma más señalado de una salud fuerte que la tendencia a los ideales vivos y turbulentos; es en la primera exuberancia de la infancia cuando pedimos la luna.
Ninguno de los grandes hombres de las grandes edades habría entendido lo que ahora se entiende por «trabajar para la eficiencia». Hildebrand hubiera dicho que él trabajaba, no para la eficiencia, sino para la iglesia Católica. Danton hubiera dicho que él trabajaba, no para la eficiencia, sino para la libertad, la igualdad y la fraternidad. Aun cuando el ideal de tales hombres hubiese sido sencillamente el ideal de echar a una persona a puntapiés escaleras abajo, pensaban en el fin como hombres, no en el procedimiento como paralíticos. No dijeron: «Elevando eficientemente mi pierna derecha, usando, como observáis, los músculos del muslo y de la pantorrilla, que erige, en excelente funcionamiento...» Sus sentimientos era bien diferentes. Se hallaban tan poseídos de la hermosa visión del hombre tendido cuan largo era al pie de la escalera, que, en ese éxtasis, lo que había que hacer ocurrió como un relámpago.
En la práctica, el hábito de generalizar y de idealizar no significa en ningún sentido debilidad mundanal. La era de las grandes teorías fué la era de los grandes resultados. En la era del sentimiento y de las bellas palabras, al finalizar el siglo XVIII, los hombres eran realmente robustos y eficaces. Los sentimentales conquistaron a Napoleón. Los cínicos no podrían apoderarse de De Wet.

Cien años hace, nuestros asuntos, buenos y malos, eran triunfalmente manejados por los retóricos. Ahora, nuestros asuntos aparecen desesperadamente enturbiados por grandes hombres silenciosos. Y así como este repudio de las bellas palabras y de las bellas visiones ha creado una raza de hombres vulgares en la política, ha producido también una raza de hombres vulgares en las artes. Nuestros modernos políticos pretenden poseer la licencia colosal de César y del superhombre, pretenden que son demasiado prácticos para ser honrados y demasiado patrióticos para ser morales; resulta como remate de todo esto que sea ministro de Hacienda cualquier mediocridad. Nuestros nuevos filósofos artísticos dicen poseer aquella misma licencia moral, para basar la libertad de destruir cielos y tierra con sus energías: resulta como remate de todo ello que sea Poeta Laureado una mediocridad. No digo que no haya hombres más grandes que éstos; pero ¿podrá decirse que hay hombres más grandes que aquellos hombres del tiempo viejo que estaban dominados por su filosofía y empapados en su religión? Puede discutirse que el cautiverio sea mejor que la libertad. Pero que aquel cautiverio llegó a más que nuestra libertad le será a cualquiera muy difícil negarlo.

La teoría de la amoralidad del arte se ha asentado firmemente en las clases estrictamente artísticas. Son libres para producir lo que gusten. Son libres para escribir un Paraíso Perdido en el que Satán tiene que conquistar a Dios. Son libres para escribir una Divina Comedia en la que los cielos tienen que estar bajo el piso del infierno. ¿Y qué han hecho? ¿Han producido en su universalidad algo más grande y más bello que las cosas dichas por el indómito católico gibelino, por el austero maestro de escuela puritano? Sólo sabemos que han producido unas pocas redondillas. Milton no les derrota meramente en su piedad, les derrota en su irreverencia. En todos sus mezquinos libros de versos no podría encontrarse mejor reto a Dios que el de Satán. Ni tampoco se encontrará el esplendor del paganismo sentido como lo sintió aquel cristiano indómito que Faranata describió levantando la cabeza en desdén del infierno.
Y la razón es muy obvia. La blasfemia es un efecto artístico, porque la blasfemia depende de una convicción filosófica. La blasfemia depende de las creencias y se desvanece con ellas. Si hay quien dude de esto, que se ensimisme de verdad e intente pensamientos blasfemos acerca de Thor. Creo que su familia le encontrará al cabo del día en estado de agotamiento.

Ni en el mundo de la política ni en el de la literatura ha tenido éxito la repulsa de las teorías generales. Bien pudiera ser que haya habido muchos Ideales lunáticos y alucinates que de vez en cuando dejaron perpleja a la humanidad. Pero seguramente no ha habido en la práctica ideal tan lunático y alucinante como el ideal de la practicidad. Nada ha dejado escapar tantas oportunidades como el oportunismo de lord Rosebery.
Es, verdaderamente, un símbolo destacado de esta época el hombre que es teóricamente un hombre práctico y prácticamente más inexperto que cualquier teorizante. Nada es en este universo tan supino como esa clase de veneración a la sabiduría mundanal. El hombre que constantemente piensa si esta raza o aquella raza son fuertes, o si esta causa o aquella causa prometen, es el hombre que jamás creerá en nada que produzca el éxito al cabo del tiempo. El político oportunista es como el hombre que se aleja de los billares porque ha sido derrotado en el billar y que abandona el golf porque ha sido derrotado en el golf. Nada hay que sea tan débil para el propósito de trabajar como esta enorme importancia que se concede a la victoria inmediata. Nada hay que fracase como el éxito.

Y por haber descubierto que el oportunismo fracasa, lo he estudiado detalladamente y he deducido en consecuencia que debe fracasar. Entiendo que es bastante más práctico empezar por el principio y discutir teorías. Veo que los hombres que se mataban unas a otros por la ortodoxia del homousianismo eran mucho más sensatos que las gentes que disputaban por la ley de educación. Porque los cristianos dogmatizantes trataban de establecer un reino de santidad y trataban de lograr la definición, ante todo, de lo que realmente era santo. Pero nuestros educadores modernos tratan de constituir una libertad religiosa sin intentar dejar sentado lo que es religión o lo que es libertad. Cuando los antiguos sacerdotes imponían a la humanidad una declaración se tomaban al menos la molestia de hacerla comprensible. Ha quedado para las turbas modernas de anglicanos y noconformistas disidentes proseguir una doctrina sin siquiera declararla.

Por estas razones, y por muchas más, he llegado de una vez a creer en el regreso a lo fundamental. Tal es la idea general de este libro. Deseo contender con mis colegas más distinguidos, no personalmente o en modo meramente literario, sino en relación al verdadero cuerpo de doctrina que enseñan.
No me inquieta míster Rudyard Kipling como artista intenso ni como personalidad vigorosa; me inquieta como hereje, es decir, como hombre cuya visión de las cosas ofrece la temeridad de diferir de la mía.
No me inquieta míster Bernard Shaw como uno de los hombres más brillantes y uno de los hombres más honrados que hoy viven; me inquieta como hereje, esto es, como hombre cuya filosofía es completamente sólida, completamente coherente y completamente equivocada. Vuelvo a los métodos doctrinales del siglo XIII, inspirado por la esperanza general de dejar hecho algo.

Supongamos que se produce en la calle una gran agitación por alguna cosa, digamos por un farol de gas que muchas personas de influencia desean hacer desaparecer. A un fraile franciscano, que es el espíritu de la Edad Media, se le pide opinión sobre el particular, y él empieza a decir en la forma árida de los escolásticos: «Consideremos ante todo, hermanos míos, el valor de la Luz. Si la Luz es buena en sí...» Al llegar a este punto, lo echan, algo disculpablemente, al suelo. Toda la gente quiere ganar el farol, el farol queda derribado en diez minutos, y todos se felicitan mutuamente por su practicidad nada medieval.
Pero resulta que después las cosas no marchan tal fácilmente. Algunos habían derribado el farol porque querían la luz eléctrica; otros, porque necesitaban hierro viejo; otros, porque deseaban la obscuridad, porque sus actos eran malvados. Algunos no dieron suficiente importancia al farol, otros le dieron demasiada; unos actuaron sólo porque querían inutilizar un servicio municipal, los demás por destruir algo. Y se produjo la guerra en la noche, dándose palos de ciego.
Así, gradualmente e inevitablemente, hoy, mañana o el día siguiente, vuelve la convicción de que el fraile franciscano estaba al fin y al cabo en lo cierto, y que todo depende de cuál es la filosofía de la Luz. Sólo que aquello que habríamos podido discutir a la luz del farol de gas, ahora vamos a tener que discutirlo en la oscuridad.

Anônimo disse...

Recomendo esse tópico do Fórum da Ann Coulter sobre Chesterton, com discussão de alto nível:

Chesterton

Provavelmente, não vai funcionar se o senhor não é cadastrado. Após o log-in já se poderá vê-lo.

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Afonso,

Obrigado pela dica da Ann Coulter. Vou me cadastrar.

Quanto a Chesterton, estou brincando com a idéia de traduzir o Heretics de Chesterton. Eu ainda não vi nenhuma tradução para o português desta obra e o texto está em domínio público em inglês.

Se eu for levar essa idéia para adiante, publicarei a tradução aqui em meu blog, por partes, é claro.

Grande abraço. Antônio Emílio.

Anônimo disse...

eu não consigo compreender que pessoas as vezes tão inteligêntes, conseguem converter o cristianismo em catolicismo. A base do cristianismo é a bíblia e a do catolicismo, contradizendo a bíblia, é pelo menos até aonde conheço a tradição.

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro anônimo,

E se você é tão inteligênte (sic!), favor me dizer qual foi a instituição que coletou, organizou e consagrou a Bíblia como a Palavra de Deus. Terá sido alguma igreja protestante ou foi exatamente a Igreja Católica Apostólica Romana?

Antônio Emílio Angueth de Araújo

FxLx disse...

acho que chesterton peca em um assunto terrível: o de não atribuir autoridade máxima à Bíblia.

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Fellipe Lima (FxLx),

Chesterton não atribui autoridade máxima à Bíblia porque ninguém que pense um segundinho atribui autoridade a um livro. Isso o faz católico,seguidor de uma Tradição inspirada pelo Espírito Santo.

A Metafísica de Aristóteles não tem autoridade nenhuma, mas Aristóteles tem.

Um livro não diz nada. Seres humanos dizem algo. Deus diz algo ao ser humano.

Ou seja, como o próprio Chesterton diz:"Ele não acredita, convencionalmente, no que a Bíblia diz, pela simples razão de que a Bíblia não diz nada. Você não pode colocar um livro no banco das testemunhas e perguntar o que ele quer dizer. A própria controvérsia fundamentalista se destrói a si mesma. A Bíblia por si mesma não pode ser a base do acordo quando ela é a causa do desacordo; não pode ser a base comum dos cristãos quando alguns a tomam alegoricamente e outros literalmente. O católico se refere a algo que pode dizer alguma coisa, para a mente viva, consistente e contínua da qual tenho falado; a mais alta consciência do homem guiado por Deus."

É isso aí.

Antônio Emílio Angueth de Araújo

O ESCRITOR DE TAUBATÉ disse...

Olá a todos. É um prazer poder participar e estou grato pelos textos do gigante inglês do qual gosto muito. Descobri-o há pouco tempo através da leitura de um escritor evangélico, Philip Yancey, que cita repetidamente a obr Ortodoxia como aquela que ele levaria para uma ilha deserta, além é claro do Manual Prático para construção de Barcos (outra das tiradas geniais do maluco ingles). Li Ortodoxia e fiquei encantado. Por enquanto, é o único que li. Pretendo ler brevemente O Homem que foi Quinta-Feira. Enfim, o motivo de eu estar escrevendo aqui é por que eu procurava algo relacionado ao fato de Chesterton declarar-se um convicto católico romano. Encontrei o artigo que procurava aqui. Não chega a ser uma declaração de amor mas serve para esclarecer algumas coisas. Entendo a posição dele, embora não a justifique. Não consegui permanecer católico depois de ficar a par de todos os erros doutrinários e históricos. Seria um calaboca muito desagradável a minha consciencia (falo por mim próprio).Um homem como Chesterton, porém,um apologeta que defendia o cristianismo diante de monstros do racionalismo como Shaw, não teria outra saída a não ser escolher entre dois remédios amargos: ser cristão protestante (e isso, na Inglaterra, sigificava ser anglicano ou optar por algumas dissidencias como batistas e presbiterianos) ou católico romano. Penso que sua decisão pelo catolicismo poupou-o de algumas críticas e trouxeram-lhe outras. Entendo sua decisão como uma tentativa de mostrar alguma coerencia histórica no cristianismo através de uma instituição que se vem dizendo basicamente a mesma coisa por uns bons séculos. Ora, se o cristianismo é verdadeiro, e é antigo, não deve se alinhar muito com novidades, não é mesmo? Entendo isso. Vejo nisso uma certa coerencia, porém, como o próprio Chesterton disse, o catolicismo se parece "como uma casa que abarca duas peças de mobília que não combinam". Neste sentido,conheço muitas pessoas esclarecidas que são cat´licas realmente, mas que, nem por isso, acatam todos os dogmas. Acho mesmo que seria difícil alguém como Chesterton aceita-los todos. Há na história alguns católicos de peso que se levantaram contra alguns dogmas (declaradamente o da infalibilidade papal) e foram rechaçados veementemente como Küng e Dollinger. A maioria , porém, nao verá suas dúvidas serem levadas adiante até a corte papal e vão vivendo seu catolicismo normalmente. Na verdade, na verdade, creio mesmo que a decisão de ser católico, da parte de Chesterton, e anglicano, da parte de outro monstro, C.S. Lewis, demonstra uma certa coragem em fazer escolhas desagradáveis em si mesmas, pois ambos deviam saber em seu íntimo, o quanto todas as ramificações da família cristã estão erradas em sua essencia e sua teimosia em seguir suas próprias vontades, deixando-se dividir por questões não essenciais.

E hoje, senhores?Ser católico e seguir todos os dogmas? O que é ser cristão? Que posição devemos tomar?Será que devemos continuar sendo corajosos como os senhores que citei ou está na hora de um novo tipo de ousadia?

Obrigado e até mais!

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Sr. Aldo,

Obrigado pela visita ao meu blog.

O senhor diz conhecer muitos católicos de peso que não acatam todos os dogmas. Quem não acata todos os dogmas da Igreja não é católico, é herege! Kûng e Dollinger são hereges. Não há como viver uma vida normal de católico sem respeitar tudo que a Igreja manda respeitar. Católico não é aquele que só acredita no quer.

O senhor diz que Chesterton fez uma escolha desagradável ao se converter ao catolicismo. Com esta afirmação o senhor demonstra não ter entendido o artigo que leu, pois nele, e em muitos outros, Chesterton demonstra sua alegria, satisfação e contentamento em ter escolhido o catolicismo como sua religião.

Sr. Aldo, a grande ousadia foi cometida há mais de 2000 anos e está na Cruz. Não há nova ousadia. A grande ousadia foi Deus ter Se feito homem, morrido por nós, ressucitado, criado a Igreja e nela estar presente até hoje. Catolicismo não é uma aventura intelectual. Catolicismo é viver a vida sempre nos lembrando que somos seres caídos, que há a Redenção, que Cristo está nos Sacramentos da Igreja e só lá e desta forma se oferece a nós constantemente, que não merecemos ser salvos, mas que, pelos méritos de Nosso Senhor, temos a esperança de ser salvos. Esta é a verdade que Chesterton descobriu no catolicismo. Esta é a verdade que todos temos de descobrir.

Antônio Emílio Angueth de Araújo

O ESCRITOR DE TAUBATÉ disse...

Olá, sr. Emílio e a todos.Longe de querer contender, pois meu intuito não é divergir por divergir, creio que o mundo que DEUS tanto amou a ponto de enviar seu Unigênito, precisa mais e mais daquilo que C.S. Lewis chamou de "cristianismo puro e simples" ou seja, pessoas com uma certa qualidade moral e caráter que nem a melhor moral e educação desse mundo poderiam dar, pois estamos falando de pessoas nascidas de novo pela fé no filho de DEUS. Essa é única porta que Ele mencionou e não reconheço outra. A partir dela, o indivíduo deve adentrar aos cômodos da casa, usando a alegoria de Lewis,e não se contentar em dormir na sala de estar.Tanto quanto estiver nele, deve também aprender a respeitar e se aproximar cada vez mais dos outros habitantes dos demais cômodos e não participar de rixas e emulações qu historicamente só trouxeram desgosto ao senhorio e a todos os habitantes.Chesterton defende o seu cristianismo católico romano e o faz bem, mas só o faz na medida em que se sentiu impelido a faze-lo pelos ataques sofridos por um outro habitante de outro cômodo, mas penso que isso ainda é um sintoma de um sentimento de cavaleiro medieval, o qual busca defender a honra de sua amada ou as cores da sua bandeira, sentimento que deve ser abandonado à medida que nos tornamos adultos na fé.Esse é o ponto onde algo a mais nos e pedido além de defender esse ou aquele ponto teológico, essa ou aquela fórmula proposta pelos "superiores", onde somos provados se podemos amar realmente e não condenar levianamente. Aqui é o lugar onde podemos cometer o maior dos pecados e me vem a mente a passagem da mulher adúltera onde é proposto um dilema ao SENHOR. Alguns queriam cumprir a letra da Lei a qualquer custo, mesmo sem possuir direito para tal. A letra fria e rígida dos códigos e regimentos internos sempre aponta e condena. Jesus, sabendo que não veio para condenar mas para salvar, só via pecadores carentes da Sua Graça. Se condenasse a mulher, teria que condenar a todos.

Esse é o ponto: a misericórdia deve exceder o juízo. Nesse ponto temos pecado por mais de dois mil anos. Fizemos do cristianismo novamente uma religião normativa, lei sobre lei, ponto sobre ponto e fomos tão amaldiçoados por isso quanto os judeus o foram antes de nós por desejarem a letra, não O Espírito que vivifica a Lei em nós.Excluímos, julgamos hereges, lançamos anátemas baseados em quê? Ponto sobre ponto, vírgula sobre vírgula...


Aqui, eu pergunto ao senhor se concorda com a máxima que diz que só há salvação na Igreja Católica Romana ? Sou menos cristão do que o senhor por não crer no dogma da Imaculada Conceição? O senhor é rápido em nomear alguém como herege segundo as normas da sua denominação, mas realmente crê que DEUS possa retirar Sua Graça da vida de alguém por conta da dscrença em algo como a infalibilidade papal?

Como bem disse Lewis, é difícil debater com um católico sem se tornar para ele um herege que ofende sua mãe e um diabo para o protestante que vê no católico um pagão politeísta, mas eu estou livre dos pressupostos pois não faço parte nem de um segmento nem de outro, embora já tenha passado por esses aposentos nessa grande casa. Aliás, depois de me livrar dos pressupostos estou livre para percorre-la e tenho descoberto que ela é muito maior do que eu imaginava. Posso mesmo dizer que me tornei um peregrino dentro dela...

Com estima.

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Senhor Aldo,

Sua posição é a posição protestante, apenas isso. Chesterton não lutava apenas contra os protestantes, ou contra a cultura protestante, lutava contra o paganismo cientificista e o ateísmo que nasceram da Reforma. Lutava demonstrando as contradições e inverdades que protestantes, pagãos e ateus disseminavam (e ainda disseminam) por todos os lugares onde eles se encontram.

Não existe religião cristã, e nunca existiu tal coisa, como nos ensina Belloc. Existe a Igreja Católica e seus inimigos.

O senhor me pergunta se é menos cristão por não acreditar no dogma da Imaculada Conceição. Eu digo que o senhor não é católico. Eu não sei o que o senhor é, pois a denominação protestante tem uma indeterminação absoluta. Ninguém sabe o que isso significa, pois cada um o define como quer.

Senhor Aldo, parece-me que o senhor não entende muito bem o que seja o catolicismo. Todo católico aceita todos os dogmas da Igreja, ou não é católico. Só há salvação na Igreja Católica é um dos muitos dogmas que aceitamos alegremente, agradecidamente, humildemente, de todo o coração. Como o é também o da infalibilidade papal.

Senhor Aldo, o senhor é um herege, claro, por ser protestante. Se o senhor quiser saber o que é um herege, leia o livro de Belloc, As Grandes Heresias, que acabo de traduzir pela Editora Permanência.

O assunto protestantismo é muito extenso para ser tratado aqui. Leia um pouco sobre Gnose, sobre panteísmo, sobre catarismo, sobre docetismo. Veja como o que o senhor defende é composto disso e muito mais. Por exemplo, achar que apenas a Fé em Cristo já é sinal de vida eterna é Gnose misturada com docetismo. Achar que não precisamos dos Sacramentos, que são sinais sensíveis da transmissão da vida eterna do Pai para nós, é o mesmo que achar que os sofrimentos sensíveis por que passou Nosso Senhor foram desnecessários. Bastava que Ele se sentisse agoniado, se sentisse triste por nós, que Ele tivesse fé que estava sentido tudo aquilo. Veja que isso é muito mais profundo que toda a baboseira protestante sobre dogmas, heresias, etc. Se não se entender isso, não se entende nada. Fica apenas aquele sentimento pueril de um peregrino dentro do nada ...

Antônio Emílio Angueth de Araújo

O ESCRITOR DE TAUBATÉ disse...

Olá. Então, sou herege e, por isso, não há ponto de concórdia entre nós...Resta-me a fogueira (KKKKK)....E o ódio dos romanistas para me condenar ao mais profundo dos infernos....Bom, também posso deixar minha opinião sobre o senhor, com todo respeito, pois não?
O senhor é um religioso (no sentido, como entendo, pejorativo, pois só aprendeu a pensar dentro da caixa) um "igrejeiro" e um técnico de tópicos romanistas, nada mais.

Fico deveras satisfeito ao pensar que sou considerado um herege e um apóstata por uma pessoa como o senhor, justamente como o foi o fundador do cristianismo pelos religiosos e técnicos do primeiro século.Sua inflexibilidade me alivia muito e me dá a certeza de que estou no rumo certo.

Sabe, alguém me perguntou certa vez como é que eu esperava ser salvo sem participar do ritual chamado comunhão (entre os protestantes, Ceia), a qual vejo como uma reunião fraternal entre pessoas que comungam bem mais que uma fé institucional. Disse que se o DEUS Único, o DEUS que É AMOR, PUDER SE ESQUECER DE MIM POR CAUSA DE UM MÍSERO PEDAÇO DE PÃO DADO COMO ESMOLA NUMA PEÇA TEATRAL, EU NÃO QUERO ESSE DEUS, POIS É PEQUENO DEMAIS.Pode ficar com ele e com sua "igreja".

Adeus.

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Senhor Aldo,

O senhor é, de fato, um herege! E não sou eu que digo isto. É a Igreja, única que tem esta autoridade. Se o senhor está ou não condenado ao inferno, ninguém, nem a Igreja, pode saber. A autoridade da condenação eterna cabe a Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Ele mesmo disse nos Evangelhos.

O termo “religioso” que o senhor usa é um termo pastoso. Ele pode se aplicar ao budista, ao muçulmano, ao protestante, como o senhor. É um termo equívoco. Eu sou católico e só. Esse negócio de romanista é com o senhor. Os católicos somos todos ligados por misteriosos laços a Roma.

Herege e apóstata são dois termos muito diferentes. O senhor, até onde eu sei, é herege. Será apóstata se tiver sido católico anteriormente.

Todo católico é inflexível com as verdades e com a Verdade. Sim é sim, não é não. Há os cabritos e as ovelhas. Umas irão para o Céu, outros para o Inferno. Isto tudo nos disse o Grande Inflexível, Nosso Senhor Jesus Cristo.

Finalmente, devo lembrar ao senhor que, sobre a comunhão disse Jesus: “Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. O que come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.” Assim, senhor Aldo, o último parágrafo de seu último comentário em meu blog, é SATÂNICO. É um comentário de quem despreza a vida eterna, é um comentário de quem deseja o inferno.

Rezo para que o senhor ainda se arrependa em vida, ou mesmo na hora da sua morte. Lembre-se, nesse derradeiro instante, de clamar pela Virgem Maria e pedi-la sua misericórdia. Lembre-se, senhor Aldo, o que nós estamos discutindo não é assunto puramente intelectual, é assunto de vida ou de morte eterna.

Antônio Emílio Angueth de Araújo.

Unknown disse...

Sr. Emilio
Qual o real sentido da infalibilidade papal? Seria de que o Papa não erra em suas decisões? Ou tem um outro sentido subtendido nesse dogma? A história diz que muitos papas tomaram decisões erradas, agiram por interesses pessoais, e que ha toda uma politica de interesses no vaticano. Isso é mentira ou, se é verdade como entender essa infalibilidade? Como nós católicos devemos responder a isso?

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Angelo,

A infalibilidade papal foi finalmente definida na Constituição "Pastor Aeternus", Concílio Vaticano I (DZ 3074):

"O Romano Pontífice, quando fala 'ex-cathedra' -- isto é, quando, no desempenho do múnuns de pastor e doutor de todos os cristãos, define com sua suprema autoridade apostólica que determinada doutrina referente à fé e à moral deve ser sustentada por toda a Igreja --, em virtude da assistência divina porometida a ele na pessoa do bem-aventurado Pedro, goza daquela infalibilidade com a qual o Redentor quis estivesse munida a sua Igreja quando deve definir alguma doutrina referente à fé e aos costumes; e quando, portanto, tais declarações do Romano Pontífice são, por si mesmas, e não apenas em virtude do consenso da Igreja, irreformáveis."

Tudo o mais que o Papa falar que não se encaixar nesta definição não é infalível. Não ser infalível, contudo, não é estar destituído de valor; significa apenas que não estamos, nós católico, obrigados a obedecer.

Um abraço.

Antônio Emílio Angueth de Araújo.

David disse...

Sr, afonso eu achei muito belo e coerente sobre o tema assim, não entendo muito bem, mais do pouco que sei afirmo com o Sr., mais parabeniso por lutar em denfender nossa Igreja, as pessoas ñ entende que pessoas erram e sempre vão errar, as pessoas jugam a igreja como um monstro e não se lembra que Cristo é a cabeça desta igreja ela ñ erra e sim as pessoas e lembrando, foi muito nitido na vida de Jesus aqui na terra com os apostolos e dicipulos nos evangelhos em dizer que eles erram fora e dentro da presença de Jesus, eu tbm estou sujeito a isso. Prestei atenção em alguns comentarios a cima e vi tamanha heresinha das pessoas contra a palavra de Deus, guando o Sr Angelo falava mal da Eucaritia, dizendo que é um pedaço de pão, é claro antes da Santa missa é um pedaço de pão, depois do Sacrifio da Santa missa já é o Corpo,Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, se ele não acdita nisto entãom pode rasgar os 4 evangelhos, ele tbm pode em outras linguas sempre dira a mesma coisa, o Sacrifio é biblico, isso prova tudo e não como ele disse´; que é uma peça de teatro (isso sim é um comentario satanico). Tbm rezo por ele para que como consolo ele tenha se arrependido e que a Virgem Maria possa consolalo na hora da morte.
Muito obg, por esta presente em nossa igreja, estamos unidos na Cruz e na Eucaristia. Nossa Senhora, Rogai por Nós pecadores.

Amo ser catolico... Gustavo

Célia disse...

"onde somos provados se podemos amar realmente e não condenar levianamente."

Isso é bem tipico de protestantes maliciosos. Chegam cheios de rapapés para se fazerem de superiores, mas é so lhes apontar o erro e cabum! Adeus aos argumentos!Eles partem para a verborragia baixa!
. "Disse que se o DEUS Único, o DEUS que É AMOR, PUDER SE ESQUECER DE MIM POR CAUSA DE UM MÍSERO PEDAÇO DE PÃO DADO COMO ESMOLA NUMA PEÇA TEATRAL, EU NÃO QUERO ESSE DEUS, POIS É PEQUENO DEMAIS.Pode ficar com ele e com sua "igreja"."
Quanta sensibilidade não é mesmo sr Aldo?

Anônimo disse...

Ainda quero entender esses textos um dia...

Renan disse...

Parabéns pela tradução. Conheço muito pouco de Chesterton, mas o pouco que venho conhecendo tenho gostado muito. Gostaria de perguntar se posso usar a sua tradução em outros lugares na internet citando o seu blog, posso?

Parabéns também nas respostas dos comentário, lucidez e fidelidade dignas de um católico.

Fique com Deus!

Antônio Emílio Angueth de Araújo disse...

Caro Renan,

Obrigado pelas palavras.

Você pode usar a tradução sim.

Reze por mim.

Em JMJ.

João disse...

Disse o Aldo:

"Não consegui permanecer católico depois de ficar a par de todos os erros doutrinários e históricos".

Não há nenhum erro doutrinário nem histórico perpetrado pela Igreja católica, até porque ela foi fundada por Jesus e alicerçada na autoridade de São Pedro (Mt, 16, 13 e seguintes).

Historicamente, foi a Igreja católica que construiu a civilização ocidental, como nos conta Thomas Woods Jr em obra do mesmo nome. Portanto, não poderia errar neste quesito, nem que se queira vir falar no debatido e gasto tema da Inquisição ou das Cruzadas, para ficar só nos dois mais ululantes e nem por isso, felizes.

Ou o amigo não ficou a par de coisa alguma ou não entendeu nada nem da doutrina e nem da história.

Yanko Cardoso disse...

A quem interessar possa!

Aquele que diz "já fui católico" ou se diz "ex-católico", na realidade nunca o foi.
Quem é verdadeiramente católico, ou melhor, ouso dizer, quem é verdadeiramente cristão, sempre será católico.
"Nos corações de Jesus e Maria sempre!"

Regis disse...

Eu até estava gostando da troca de idéias come o Sr. Aldo. Afasteime do catolicismo há mais de 30 anos. Talvez como alguém já disse, nunca fui um católico. Mas minha peregrinação no "nada", não tá boa não. Hoje tenho 54 anos, tenho filhos, um com a idade de 21 anos, se uniu ao Catolicismo, foi batizado, bem na idade que eu me afastei. Preciso de luz, não de brigas, é angustiante viver assim. Não sei se poderei abraçar o catolicismo, mas não temerei o fazer,se assim entender ser a verdade. A canção nova está me abrindo portas há muito fechadas. Agradeço suas orações. Abraços Regis.

MARCUS VINICIUS disse...

Olá, irmãos!

Estava no Google a procura de respostas para a pergunta "Por que sou católico?" e diante de várias encontrei este post. Confesso que sou bastante leigo, mas sinto que mesmo precisando conhecer mais sobre o Senhor Jesus e a Igreja, posso aqui colocar minha ideia em relação ao que muito se discutiu neste post e nos comentários. Eu penso que os dogmas da Igreja Católica foram construídos a partir da doutrina que o próprio Cristo determinou nas pregações, em seus ensinamentos. Os católicos devem seguir para serem verdadeiramente católicos. As pessoas que discordam dos dogmas fazem isso porque se recusam a viver a vida conforme os ensinamentos de Jesus. A verdade é que como humanos queremos aquilo que nos é conveniente. A Palavra de Deus nos convida a abandonarmos a condição de humanos e buscarmos a santidade e para alcançarmos isso devemos ser fiéis à Santa Igreja que nos doutrina, que nos orienta, que nos instrui. Eu sou católico e aceito os dogmas de minha Igreja e sinto-me mal quando, por descuido ou por fraqueza, me desvio deles. Eu tenho plena certeza de que seguindo os ensinamentos de nossa Igreja estaremos fazendo aquilo que Deus deseja de nós. Lembremos que Deus não quer migalhas. Deus não quer coisas pequenas. Não basta orar, dizer que acredita se não buscamos cumprir os Seus mandamentos. Eu sei que jamais seremos perfeitos como é o Senhor Deus, mas temos a obrigação de corrermos atrás da perfeição, porque essa busca nos leva ao Pai. Temos que mudar radicalmente! Quanto ao Protestantismo, percebo que muitas igrejas surgem por conveniência... é o que penso. Não vou levantar questões polêmicas por acreditar que basta que a verdade seja dita, reconhecê-la depende de cada um de nós. Tudo por JESUS nada sem MARIA. Deus seja Louvado!

Caio Marcus disse...

Parabéns pelo blog e pela postagem irmão, obrigado por trazer a nós algo que enriqueça ainda mais a nossa fé.

Além do post a discussão nos comentários com o sr Aldo foi muito proveitosa, para mim a grande diferença entre nosso pensamento está em quando ele diz: " se o DEUS Único, o DEUS que É AMOR, PUDER SE ESQUECER DE MIM POR CAUSA DE UM MÍSERO PEDAÇO DE PÃO DADO COMO ESMOLA NUMA PEÇA TEATRAL, EU NÃO QUERO ESSE DEUS, POIS É PEQUENO DEMAIS.Pode ficar com ele e com sua "igreja"."
Eu diria: Se o Deus único, o Deus que é amor, o Deus do impossível, todo poderoso, se faz presente em um mísero pedaço de pão dado a pessoas tão pecadoras, EU QUERO esse Deus, pois ELE É DEMAIS. Isso é prova do amor de Deus por nós, o mesmo amor que o fez se encarnar e dar a sua vida para nos salvar.