28/04/2013

Palestra sobre vida de São Pio V





Para os interessados, seguem algumas indicações de leituras sobre a vida e a época de São Pio V:
 
1. Historia de la Iglesia Católica, Ricardo Garcia Villoslada e Bernardino Llorca, tomo III, BAC, 1960. 
 
2. History of the Popes, Ludwig von Pastor, trad. e editado por Pe. Ralph Francis Kerr (Oratório de Londres), tomos XVII e XVIII, KEGAN PAUL, TRENCH. TRUBNER & CO. LTD., 1929.
 
3. A Vida dos Santos, Pe. Rohrbacher, Tomo VIII, Editora das Américas, 1959.
 
4. Saint Pius V, Robin Anderson, Editora Tan Books, 1978.

22/04/2013

Historinhas católicas

O SINAL DA CRUZ E AS CRUZES
 
Quando S. Gregório Magno era secretário na corte de Constantinopla, reinava no trono do Oriente o jovem imperador Tibério II. Este, passando um dia por um corredor estreito e escuro de seu palácio, viu no mármore do piso gravada uma cruz e exclamou: "Meu Deus! fazemos o sinal da cruz na testa, na boca e no peito e depois a pisamos". Imediatamente mandou arrancar aquela do piso; debaixo, porém, havia outra gravada com o mesmo sinal. Depois a terceira, a quarta e mais outras sempre com o sinal da cruz. Quando estavam retirando a sétima pedra, ouviu-se um murmúrio de admiração. Havia debaixo daquela pedra anéis de ouro, prata, rubis, pérolas, esmeraldas, colares, um tesouro de grandíssimo valor. 
 
O imperador contemplava aquelas joias a tremer de alegria e sem dizer uma palavra. O imperador do Oriente pode ser um símbolo de todo homem que passa pelo corredor escuro e estreito desta vida. Apresentam-se-nos muitos anos dolorosos, gravados com a cruz do sofrimento. Passam-se os anos, termina a nossa carreira e, na outra vida, encontramos as cruzes transformadas em intenso tesouro.
CORAÇÃO APEGADO À TERRA
 
S. Ambrósio fora convidado a visitar a casa de um rico banqueiro de Milão. Recebido com grande honra, o dono ostentava todo o luxo de seu palácio, mostrando ao bispo as colunas vindas de Constantinopla, os vasos de ouro, os ricos aposentos e a criadagem. S. Ambrósio calava-se; o banqueiro começou, então, a contar-lhe os êxitos extraordinários de suas especulações comerciais; os contratos de compra e venda; o elenco de seus bens na cidade e na campanha. Dizia-se feliz em tudo e tudo atribuía à sua habilidade e boa sorte. O semblante do bispo denotava tristeza; sem aceitar coisa alguma, levantou-se e retirou-se apressadamente daquela casa. 
 
No dia seguinte, chegou-lhe a notícia de que o palácio do banqueiro ruíra, sepultando debaixo de seus escombros as colunas vindas de Constantinopla, os vasos de ouro e com eles o seu proprietário. 
 
O que sucedeu com aquele proprietário, mais ou menos se dá com todas as pessoas que se deixam seduzir pelas riquezas e prazeres, e se esquecem que tais bens, embora vindos da bondade de Deus, duram pouco. E que aproveita tudo o mais, se a alma vier a perder-se? 
 
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Tesouro de Exemplos, Pe. Francisco Alves, Editora Vozes (quando ainda católica!).

15/04/2013

Sentenças de São Bernardo - VII

1. Os caminhos que nos levam à morte são três: uns miseráveis, outros laboriosos e os terceiros, voluptuosos. São miseráveis os dos pobres, que se gabam em sua pobreza com espirito prepotente e soberbo. Estes são levados da indigência espiritual à miséria eterna. São laboriosos os caminhos dos avaros e cobiçosos, que se debatem miseravelmente entre a ansiedade dos mais variados afãs e se esquecem de buscar os interesses de Deus;[1] sufocando-se com os ardores da avareza, chegam ao fim da vida oscilando entre a inquietude temporal e as angustias da fadiga eterna. São voluptuosos os dos ricos de vida deleitosa; alimentam seus corpos e desejos nas delícias e prazeres, e depois dos deleites momentâneos e dos encantos efêmeros são levados para as amarguras eternas. 
 
2. O caminho estreito que leva à vida[2] admite, por si mesmo, uma tríplice distinção: um é sangrento, outro purpúreo e outro lácteo. Sangrento é o dos mártires, que lavaram os vestidos de seus corpos no sangue do Cordeiro[3] e pelo caminho do martírio chegaram ao trono do triunfo mais sublime. É purpúreo o dos confessores, que renovaram em sua carne as pegadas da Paixão do Senhor pela abstinência e levarão em seus corpos os estigmas das feridas de Cristo. É lácteo o das virgens, que consagraram em si mesmas a brancura da pureza angélica e as virtudes da santidade, e pelo caminho da pureza voarão felizmente com as asas das virtudes ao abraço e ao leito nupcial do verdadeiro esposo.
 
3. Há quatro tipos de vontade humana: ela pode ser árida, reta, devota e ditosa. É árida nos réprobos e mundanos, cujos corações de modo algum se encharcam do orvalho da graça. Reta é nos principiantes, que abandonam as tortuosidades da vida anterior e se alçam à prática das boas obras por meio da transformação da vontade. É devota nos avançados, que por meio da oração assídua se elevam com ousadia ao amor das boas obras. É ditosa nos perfeitos, que quase sempre pensam em Deus e põem n’Ele a meta de seu desejo. Entre a vontade árida e a reta está um abismo que ninguém, mesmo desejando, pode saltar:[4] se trata da intenção perversa. Entre a reta e a devota está o hábito enraizado. Entre a devota e a ditosa, a afeição corporal. Estas três realidades são como pedras atravessadas no caminho de nossas ações e impedem que progridamos nas virtudes.
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Ver também: Sentenças de São BernardoSentenças de São Bernardo - II, Sentenças de São Bernardo III, Sentenças de São Bernardo IV e Sentenças de São Bernardo V, Sentenças de São Bernardo VI.



[1] 1Cor 7, 34.
[2] Mt 7, 14.
[3] Ap 7, 14.
[4] Lc 16, 26.

12/04/2013

Para vocês, rapazes e moças

Rev. Pe. Xavier Beauvais

Vocês já foram adolescentes um dia e desde então começaram a ver o mundo com novos olhos.

Os novos horizontes da idade adulta

Sua imaginação voava para um novo horizonte: o da idade adulta. Vocês passaram a observar, de um modo diferente, homens e mulheres viverem. Talvez vocês tenham procurado imitá-los. A preocupação com o amor tinha até brotado em seu coração, mas vocês eram ainda muito jovens para ousar falar. As pessoas zombariam de vocês e vocês sabiam disso. Idéias confusas e imaginações loucas talvez lhes tenham passado pela cabeça. A educação familiar e a formação religiosa se esforçavam para estabilizar tudo isso, para dar um espaço, uma posição, um sentido, um objetivo a cada um desses chamados interiores. Mas ao mesmo tempo vocês eram solicitados por um clima social, um estilo de vida, talvez atraídos pela sedução dos meios de comunicação, os cartazes, os folhetos, as palavras, os sons que destilam um vazio sentimental, uma falsa concepção do amor humano, que infelizmente difundem uma concepção materialista e errada do amor humano.

Um empresário fez a seguinte observação:
“Oferecem-nos “fatias de vida” habilmente dispostas e de um poder sugestivo impressionante. As histórias limitam-se frequentemente à evocação de efêmeras conquistas sentimentais, de desentendimentos conjugais, temperados com cenas escandalosas das mais diversas. Quanto mais a vaidade da mulher é exaltada, mais a fidelidade do marido é colocada à prova. Sendo a vida moral dos cônjuges sem verdadeira consistência, é fácil imaginar que em cada romance há pessoas que sucumbem. E os naufrágios são numerosos, tanto perto das margens quanto em alto mar. Poder-se-ia pensar que isso é normal. Ilusões amorosas, incompreensão dos esposos, fuga de um, desespero do outro, brigas, voltas, casos de histeria, … e tantas outras coisas!”

As quimeras modernas

Rádio, televisão, jornais, internet, revistas; sabemos o que tudo isso sugere.

Saiamos agora do meio familiar. Vocês estavam numa idade em que a imaginação frequentemente ficava sem rédeas, sem grande consciência do que estava conforme a lei natural e o que não estava. Vocês não tinham nenhuma experiência, mas queriam – e isso era legítimo – saber e compreender o plano de Deus sobre o amor humano. E o que lhes revelavam as ruas, as bancas de jornal, os romances baratos, a propaganda no metrô e no cinema, os outdoors, as leituras, os filmes, as músicas, toda essa sarabanda que os escoltava um pouco por toda parte para incrustar-se melhor em suas imaginações? O que lhes diziam, e dizem hoje mais do que nunca, sem nunca formulá-lo, essas imagens, esses filmes, essas músicas, essas publicidades?

Ora, elas dizem que:

- o amor, em primeiro lugar, é uma ocasião de prazer sentimental.
- o amor, em segundo lugar, é uma ocasião de prazer físico.

Continue lendo no site da Fsspx.

08/04/2013

Santo Tomás é um filósofo atual?


Sabemos que Santo Tomás é um filósofo medieval, que manteve polêmicas ao modo do medievo, sobre questões do medievo, muitas das quais nos afetam até hoje. Mas pode ele ainda ser considerado um filósofo que tem algo a dizer ao século XXI. O tomismo é uma filosofia atual? Os tomistas são capazes de fazer o Doutor Comum dialogar com a atualidade? Como a filosofia e teologia do aquinate é a filosofia e teologia da Igreja (apesar dos modernistas!), para nós católicos, isso significa perguntar: a Igreja consegue dialogar filosofica e teologicamente com a atualidade? Daí se vê a importância dessas perguntas. Mas só os tomistas podem respondê-las. Nós, pobres mortais, só podemos torcer para que surjam esses tomistas que nos brindarão com análises tomistas sobre problemas atuais. 

Parece que a torcida está surtindo seu efeito. Pois um tomista com fôlego suficiente anuncia que vai encarar o desafio. Meu amigo Sidney Silveira anuncia, em seu blog, o lançamento iminente de um livro que começará a responder as perguntas anteriores. Bravo, amigo! Aguardamos ansiosos o petardo tomista.

04/04/2013

Editora São Francisco Xavier




Eu (Henrique Angueth) e Frederico B. Teixeira estamos lançando a Editora São Francisco Xavier com o objetivo de passar algumas obras católicas para o formato digital. Obras relacionadas à tradição católica, como livros devocionais, vida de santos, entre outros. Como a Editora é nova e nossos projetos são de obras que não são mais protegidas por direitos autorais, seus preços serão simbólicos. Nosso primeiro livro é de caráter devocional e tem o título O Rosário Meditado (clique no link para ir à página da publicação na Amazon Brasil), de São Luís Maria Grignion de Montfort. Além de conter as instruções de como rezar o Rosário, o livro ainda apresenta uma breve história dessa belíssima devoção, questionando a tradicional versão da revelação por Nossa Senhora a São Domingos de Gusmão. Ele contém uma lista de indulgências concedidas àqueles que rezam o Rosário frequentemente.

Os próximos livros em fase final de edição são Ordo Missae 1962 e o Noivado Cristão (Pe. Jacques Berrou).

Trabalharemos inicialmente com o formato Kindle, da Amazon Brasil. Por que o Kindle? Este formato é um dos melhores e mais estáveis formatos de publicação e-readers. Sem falar que é possível lê-lo em qualquer plataforma, isto é, computador, smartphone, tablets e é claro no Kindle. Basta baixar o aplicativo gratuito referente ao seu sistema operacional. O aplicativo Kindle existe para Android, Apple, Windows, entre outros.

Outras vantagens do aplicativo/formato Kindle é que a navegação do livro é bem mais fácil que em um pdf, sendo possível fazer marcações, consultas ao dicionário em tempo real, adição de notas e marcadores, etc.

Aceitamos sugestões para futuras publicações!
Contato: editorasaofranciscoxavier@gmail.com