Nota: Este modesto blog fica honrado com a manifestação do Prof. Olavo.
Agradeço muito ao Angueth pelas palavras gentis com que ele se refere à minha pessoa, as quais podem lhe render uma condenação como gnóstico no tribunal dos inquisidores mirins de Vila Nhocunhé.
Nunca pus em dúvida -- e até já proclamei várias vezes -- que o prof. Fedeli é um homem bom, um católico sincero e uma fonte altamente confiável no que diz respeito à doutrina da Igreja. Não escondo que gosto muito dele e do seu blog. O problema é que ele é um professor de religião e não um filósofo -- o que em si não teria nada de mau se ele não achasse que, com esse seu equipamento doutrinal, está habilitado a entender e julgar filósofias. Dado um problema, tudo que ele faz é consultar a doutrina e tirar deduções que lhe parecem aplicar-se ao caso individual. A coisa é de um automatismo atroz e bem poderia ser feita por um computador. Se tudo pudesse ser resolvido por esse método, não precisaríamos nem de aritmética,nem de História nem de ciência nenhuma: bastaria um laptop e um exemplar do Enchiridion de Denziger. Desde logo, é um método autocontraditório, pois, pretendendo tudo resolver só pela doutrina católica, faz amplo uso da lógica, que não é de fonte católica. O resultado da sua aplicacão é produzir essas mentalidades mesquinhas que, por terem aderido à doutrina católica, acreditam estar no certo mesmo quando mentem, mesmo quando negam os fatos mais óbvios. "Desconheço quem tenha se convertido ao catolicismo por conta de suas aulas. Para ele tanto faz ser protestante, budista ou espirita", proclama uma dessas criaturas, com aquela segurança fedeliana característica. Pois bem: é uma afirmativa inteiramente falsa, que deduz da ignorância uma mentira, e o faz com a boa consciência de estar servindo à Igreja.
Se há um bom motivo para estudar filosofia, é aprender que ter a doutrina certa não é tudo, que nem tudo pode ser descoberto mediante leituras devotas e dedutivismo "à outrance". Antes de ter ditado a Bíblia, Deus criou o mundo. Essa foi a primeira revelação. É preciso entender a Bíblia à luz da realidade, e não só esta à luz daquela. Doutrinários sem adestramento filosófico são proclamadores de generalidades: seu desprezo pelos fatos concretos não tem fim. Seu sentimento de certeza é uma auto-ilusão filológica. Deduzem frases de frases, e acreditam com isso estar na verdade. Decerto, é coisa que infunde nos corações uma certeza, uma segurança reconfortantes. Como muitas pessoas buscam essa sensação, e não a verdade enquanto tal, é lógico que se satisfaçam muito mais com as certezas fáceis do que com as investigações trabalhosas e não raro perigosas que o exame da realidade implica. O mais irônico de tudo é que um praticante do certezismo fedeliano venha cobrar de mim uma atitude socrática, como se o proclamador de certezas acríticas fosse eu.
Olavo de Carvalho
37 comentários:
Bom ver que Olavo de Carvalho conserva certa admiração pelo professor Orlando, contudo seu comentário mostra uma visão parcial da obra do professor Fedeli. Primeiro que o prof. Orlando não é tão somente um “professor de religião”. Não que seja pouco, creio ser ofício maior do que o de filósofo pelo conteúdo do que é ensinado (a Revelação feita por Deus), pelo alcance do conhecimento atingido (muitas verdades sobre Deus e suas ações que fundamentam tudo que houve, há e haverá), pela certeza deste conhecimento (certíssimo, pois vem de Deus) e pelo efeito do conhecimento adquirido (a possibilidade de alcançar a santidade e a vida eterna). São Tomás não discordaria e creio que se lhe fosse exigido escolher entre ser filósofo ou “um professor de religião” ele escolheria a segunda opção. Aliás, ele escreveu: “Nenhum filósofo, antes da vinda de Cristo, apesar de todos os seus esforços, pôde conhecer, a respeito de Deus e das coisas necessárias para a vida eterna, o que, depois de sua vinda, qualquer velhinha conhece pela fé.” (Comentário ao Credo, introdução).
Numa linguagem mais direta, por mais importante que a filosofia seja é difícil querer concorrer com Deus.
Além disso, não é errado recorrer à doutrina católica e à lógica conjuntamente porque o Autor das duas é o Mesmo. Para ser católico não é preciso renunciar à lógica, coisa que o Olavo sabe.
O professor Orlando não nega os fatos concretos, mesmo porque ele é um historiador que é o sujeito que lida exatamente com eles. Nos seus trabalhos podem-se ver muitas ligações entre fatos concretos para demonstrar o que ele se propõe e não mera associação e dedução de frases. Evidente que pode haver falhas – existem momentos onde seu maior apoio são frases ou sua interpretação delas, mas não dá para reduzir tudo a isto. (Penso em certa passagem do livro Carta a um Padre. Olavo deve estar pensando na sua polêmica com ele). Cabe comentar que as leituras do professor Orlando não são somente leituras devotas, como diz Olavo de Carvalho como qualquer um pode conferir ao ler seus escritos.
O Olavo de Carvalho culpa o ensinamento do professor Orlando, com seu ‘certecismo”, de criar sujeitos com “mentalidade mesquinha”. Vai saber se as centenas de alunos seus são assim, acredito que não. Se forem, pode ser simplesmente um efeito da conversão recente, Olavo de Carvalho deve conhecer a psicologia do neófito.
Evidente que quem escreve é um admirador do professor Orlando. Mas é também alguém que admira muito do que Olavo de Carvalho faz e não nega o importante papel que ele tem em várias atividades (na pesquisa filosófica e no seu ensino, no jornalismo, a divulgação cultural e também, na conversão das pessoas ao Catolicismo).
Agora começa mais daquelas discussões com O respondendo a O e olavetes e orlandetes papagaiando seus respectivos admirados. As torcidas organizadas já se preparam (Torcida organizada de debate é rídiculo, já diria eu mesmo num finado blog).
E o que mais tem é isto: papagaios. Ao invés de estudarem ficam repetindo textos, frases e até condutas (alguns até cacoetes da fala) de seus mestres. Moleque de 20 anos, olavete, fedelista, marxista ou qualquer outro, deveria era ir procurar solidão e estudar, ao invés de andar em bando ("seu nome é legião").
Agora teremos as torcidas organizadas do mais novo embate entre O e O.
Caro Augusto e anônimo,
Os membros das duas torcidas já estão bombando nos comentários. Obviamente, não permitirei que eles nos importunem aqui. Que vão cantar em outro galinheiro. Afinal não temos tempo para perder com essa gente.
Obrigado pelos comentários.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Não estou falando em nome de nenhum bando, eu assinei meu nome que é só meu mesmo.
Mostrei minha discordância parcial na avaliação da obra do professor Orlando.
Compreendo o que o Olavo diz, e ele tem razão ao dizer que nem tudo é leitura e lógica. E nem tudo se entende apenas analisando frases. Para dar um exemplo católico, Fulano pode dizer uma frase completamente herética sem ser um herege formal, mas apenas material. Muitos falam coisas completamente comunistas sem serem comunistas. Contudo é de se pensar que, quanto mais sábia é a pessoa, mais profundidade tem suas frases, mais enraizadas são na sua alma e mais descrevem o que passa nela. Os filósofos, imagino, seriam esse tipo de pessoa que fala com profundidade. Assim não seria certo avaliar o que eles falam levando a sério o que eles falam?
Há momentos que o professor Orlando simplesmente associa frases? Se sim, e é o que deveria ser demonstrado, será possível dizer que tudo o que ele faz, ao analisar filosofias, é isto?
Em todo caso gostaria de enfatizar que é louvável da parte do Olavo de Carvalho os elogios que fez ao professor Orlando. E que sinceramente não consigo considera-lo um gnóstico hoje. Penso que o país só tem a ganhar com a presença dos dois, com todos os defeitos que ambos possam ter e causar, pois somos só homens e das nossas mãos é impossível sair algo absolutamente puro. Se o Olavo estiver lendo aproveito para agradecer pelo que tem feito pelo país e também por mim, muito obrigado!
Caro Angueth,
Nestes tempos de tremores, águas, meteoritos, nuvens, acidentes, oremos juntos a Deus em louvor e graças, confiantes em Nossa Sempre Virgem Mãe de Deus e nossa, Santa Maria.
Como católica em fraldas, sugiro o "Dies Irae"
http://www.youtube.com/watch?v=Dlr90NLDp-0&feature=related
Senso crítico
Caro Professor,
Seu Blog está estimulando o senso crítico dos seus leitores. Ainda que se alinhem ao lado de um dos O's, que maravilha vê-los aprendendo a arte da discussão crítica!
Parabéns por ter induzido tão nobre atividade educativa!
José
Professor Antônio Emílio, já fui seu aluno na UFMG. Estou acompanhando seu blog, e me chamou a atenção um comentário seu com um protestante, no qual você disse que a heresia do "sola fide" tem origem no docetismo. Como isso se sucede?
Não sei se o senhor tem disponibilidade, mas o senhor poderia dar melhores explicações a respeito disso. Como a Igreja Católica reconcilia verdades APARENTEMENTE contraditórias, expressadas por Paulo, que sugere várias vezes o "sola fide" e Tiago, que parece o negar?
Caro Robson,
Vou lhe sugerir a leitura da "As Grandes Heresias", de Hilaire Belloc, que traduzi recentemente (veja na coluna esquerda do blog). Lá você encontrará uma história bem completa de todas as heresias e algumas sugestões do que elas tem em comum.
As aparentes contradições do cristianismo eram chamadas por Chesterton de paradoxos. Sugero que você leia dois textos de Chesterton que traduzi e estão no blog: "Por que sou católico" e "Por que acredito no cristianismo".
Muito em breve será publicado "Hereges" de Chesterton, que traduzi. Quando isso ocorrer, ele será também uma boa leitura.
Obrigado pelas visitas.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Sobre fé e obras
Prezados,
São Paulo destaca a fé, mas o termo, em São Paulo, está intimamente ligado ao que lhe é próprio: as obras da fé. Tiago destaca obras, mas o termo, neste caso, está intimamente ligado à origem das obras: a fé. Jesus também afirma, em Apocalipse, que cada um será julgado de acordo com as suas obras, mas pressupõe-se que sejam obras da fé.
O que ocorreu, e ainda ocorre, é que algumas pessoas pensam em obras como uma barganha. Seu coração, não tendo fé, pensa que as obras sem fé têm validade salvífica. Outros, no extremo, acham que a fé nada tem a ver com obras. Esses pontos de vista extremos têm a ver com falta de maturidade e os percalços da linguagem.
Num dos seus textos em que argumenta contra o Prof. Fedeli, o Prof. Olavo ilustra a dificuldade de comunicação a respeito. Olavo enxerga dois tipos de fé: 1) a fé como adesão a um corpo de doutrinas, que pode ser de natureza superficial; 2) a fé como certeza tão íntima que se torna a condição do próprio conhecimento místico de Deus. O primeiro tipo, na minha opinião, pode gerar o comportamento farisáico e comercial frente a Deus; o segundo é fonte da vida que pratica sem necessidade de justificar cada ato, pois, pela fé, eles são puros em si mesmos.
Assim, a questão principal, no plano intelectual, é encontrar um critério de verdade comum, o que é muito difícil, a não ser entre as pessoas que, organicamente, têm um modo semelhante de pensar.
Veja uma interessante definição de conhecimeno que, se não me engano, o Olavo endossa com pequenas variações:
"O verdadeiro conhecimeto é aquele que em si mesmo conhece aquilo que é". Essa definição praticamente descreve a fé que decorre do conhecimento místico.
Na minha opinião está em jogo a difícil questão de superpor o intelecto à razão espiritual, o que equivale ao problema da quadratura do círculo. O intelecto quer explicar tudo logica e analiticamente. A razão espiritual necessita de intuição/revelação, e age sinteticamente. O intelecto privilegia o discurso. A razão espiritual privilegia a humildade em ação, fazendo mais do que o intelecto pode explicar.
Enfim, é preciso ler a vida dos santos para perceber que, no fundo, essa oposição entre fé e obras é um falso dilema.
Atenciosa e humildemente,
José
Caros José e Robson,
Já que o José mencionou o falso problema da dicotomia fé/obras, tenho um comentário a fazer.
Tem certas falácias que só podem ser desmacaradas se olharmos não para os escritos de certo autor, mas para sua vida.
Se São Paulo fosse partidário da fé sem obras, como ele deixou a obra que deixou? Por que ele teria viajado, muitas vezes a pé, milhares de quilômetros, fundado inúmeras igrejas, feito inúmeros milagres? Se Cristo nele vivia e ele fez o que fez, como acreditar que ele tenha propugnado a fé sem obras.
Vamos a Tiago. Será que Tiago não tinha fé? Será que ele não acreditava na promessa de Pentecostes, na Parusia, na Eucaristia? Será que ele acreditava que é possível deixar alguma obra cristã sem a fé para lhe fundamentar? Isso é um absurdo. Assim a dicotomia Paulo/Tiago é conversa para boi dormir.
Isso não torna o problema da obra de quem tem fé menos difícil de se resolver em nível pessoal. Mas o problema é de integração e não de dicotomia.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Prezado Senhor Olavo,
A Santa Igreja Católica Apóstólica Romana cuida de certezas espirituais. As suas são de natureza filosófica e, portanto, especulativas.
Fosse o senhor um cientista, o que eram os filósofos naturais, como Newton, não haveria choque de certezas, pois o cientista cuida de coisas que os homens podem investigar e comprovar pela experiência.
Porém, qual o valor da filosofia para investigar Deus, que é a "coisa em si" suprema, à qual nenhum homem tem acesso a não ser pela revelação?
Aquino o fez apenas de forma auxiliar, para combater filósofos ateus. Sendo o senhor um filósofo que se diz católico, deve decidir se está acima de Aquino ou se o aceita sem discussão.
Pode-se aderir aos dogmas católicos e, ao mesmo tempo ser socrático nos temas pertinentes nos quais a Igreja não se manifestou dogmaticamente.
Aliás, rejeitar os dogmas implica colocar-se acima da Santa Igreja, que os formulou exatamente nos campos em que a ciência ou a filosofia nada podem.
O senhor tem alguma sapiênia no uso de palavras, organizando-as de forma que gerem admiração e espanto naqueles que não têm a sua habilidade.
Mas, arguir sobre uma possível acriticidade de um homem com doutorado em História, como é o caso do Prof. Fedeli, demonstra que o senhor se atribui autoridade usando o seu próprio critério de verdade, enquanto o Prof. Fedeli aceita, respeitanto a Santa Igreja, a palavra do Papa como critério de verdade em assuntos espirituais.
Não quis, me perdoem, combater o senhor Olavo. Desejei apenas chamar-lhe a atenção para que não combata os dogmas, os quais o Prof. Fedeli defende tão bem, inclusive com excelente argumentação filosófica.
Tentei disfarçar ao máximo o meu protestantismo, mas fui traído pela falta de atenção: nenhum católico que se preze chama Paulo de Paulo, mas sempre de São Paulo.
Mas fico feliz que isso não gerará celeumas na minha comunicação com o professor.
Caro Robson,
Não entendi seu último comentário. Não sei se você está sendo irônico ou se você é mesmo protestante.
De qualquer forma, não há, para os católicos, forma de se referir aos santos. A mais extraordinária biografia de São Paulo, de Josef Holzner tem o título Paulo de Tarso.
Santa Teresa muitas vezes é chamada de Teresa de Ávila, Santa Teresinha de Teresinha de Jesus, e assim por diante.
Temos Dogmas, mas não regrinhas de etiqueta.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Professor
Creio q o Robson nao quis ser ironico. Quis ser apenas sincero e honesto com o senhor, de tal modo que soubesse com quem estava dialogando
Deus queira q vc o converta da heresia do protestantismo
Um grande abraço
Isso mesmo, sou protestante sim.
Reformado calvinista, pressuposicionalista, supralapsariano.
Mas vamos manter o bom nível.
"Isso mesmo, sou protestante sim.
Reformado calvinista, pressuposicionalista, supralapsariano."
Robson,
Que coisa esquisista você é! Não bastaria ser um praticante do Evangelho de Jesus Cristo?
Lembra-se daquele epsódio em que uns eram de Paulo, outro de Apolo, a que Paulo (São Paulo) retrocou que todos eram de Cristo?
E desde quando chamar ao calvinismo heresia é baixar o nível?
"Que coisa esquisista você é! Não bastaria ser um praticante do Evangelho de Jesus Cristo?"
Não existem católicos de várias ordens e preferências também? Uns clérigos são franciscanos, outros beneditinos. Uns fiéis são devotos de Santo Antônio, outros de São Judas Tadeu.
Pergunto como você: não bastaria ser praticante do Evangelho de Jesus Cristo?
Eu não sou devoto de Calvino, apenas acho coerente suas ideias, e creio que elas interpretam muito bem as Escrituras.
Talvez seja esquisito pra você, pois talvez não conheça aqueles termos.
Reformado, pois essa tradição nasceu da Reforma protestante. Nasceu a tradição institucional da igreja reformada, mas a doutrina era mais antiga, veio de Agostinho, e ainda antes, de Paulo e Jesus Cristo.
Calvinista, quanto à crença nos decretos divinos em relação à salvação.
Pressuposicionalista, quanto à fé que considera a existência de Deus como um pressuposto a qualquer idéia. Neste ponto, os católicos tradicionais geralmente não diferem.
Supralapsariano, quanto à ordem lógica dos decretos divinos antes da fundação do mundo.
Cardo, espero um bom nível no sentido de sabermos entender e compreender o outro. Se quiser chamar o calvinismo de heresia, fique à vontade. É isso que eu espero de um católico. Como um bom protestante tradicional, também chamo o catolicismo romano de heresia (vocês não esperariam outra coisa de um protestante). Mas meu objetivo é, antes de argumentar a favor do que eu creio ser a verdade, poder compreender quais são as motivações e as explicações para a fé de vocês.
Por isso comecei perguntando ao professor sobre o sola fide.
Robson,
Você parece ser uma pessoa sensata. Vá ao sitio www.montfort.org.br e verá como os protestantes, assim como os católicos, podem estimular brigas que demonstram sua falta de espiritualidade. (Paulo, ou São Paulo, estava atento a esse tipo de falso cristão).
Vale lembrar que não há mérito em crer em Deus, pois o diabo também crê (Tiago). O importante, pois, é praticar a religião verdadeira na acepção de Jesus.
Quanto às doutrinas, todas elas, há sempre a marca do intérprete humano.
Caro Robson,
Há muitos erros em seu comentário; aponto três.
1. As ordens monásticas não são comparáveis às várias denominações cristãs. Todas as ordens são católicas, ou seja, estão unidas na Igreja de Cristo, recebendo os 7 sacramentos, sob uma mesma autoridade que representa Cristo na Terra, herdeiras da mesma Tradição ininterrupta desde os tempos apostólicos, obedecendo os mesmos dogmas.
2. Católicos não temos fé na existência de Deus. Nós temos provas da existência de Deus. Santo Tomás as descreveu para nós. Nossa fé portanto não é na existência de Deus.
3. Para você que tanto se preocupa com "a lógica dos decretos divinos antes da fundação do mundo", é surpreendente que você tenha caido num ilogismo ao definir o catolicismo como heresia do calvinismo. Uma heresia surge depois da doutrina que ela ataca. Assim, algo está errado aqui.
O problema dos protestantes, de um modo geral (isto difere em grau de denominação para denominação), não é o sola fide, mas a sola scriptura, que é um erro mais grosseiro e de conseqûências mais amplas.
Robson, aqui não é o lugar para você argumentar a favor do calvinismo, como você candidamente admite ser seu objetivo. Você sabe muito bem quais são as razões da fé católica. Um calvinista só se mantém calvinista na medida em que se opõe ao catolicismo. É assim com todas as heresias cristãs. O alvo é a força de vocês.
Esta discussão não pode continuar como se fosse uma discussão de pessoas que apenas estão interessadas em saber a opinião das outras, na maior inocência. E ainda por cima cobrando, com a maior candura, o respeito dos outros comentadores.
Agradeço a você pelas visitas e comentários. Espero que você continue a visitar o blog. Mas peço-lhe que encerremos a discussão sobre o calvinismo.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Prezados,
Se cresci em capacidade de julgar estudando filosofia e a Bíblia, tenho a pretensa ousadia de afirmar que:
1) Toda boa lógica parte de um axioma. O axioma não se prova. Portanto, é inútil provar a existência de Deus, pois, pode-se usar o mesmo método para provar sua inexistência (Veja-se Imanuel Kant);
2)A alegação do Robson não é que o catolicismo é uma heresia do calvinismo, mas uma heresia em relação ao cristianismo de antes de Constantino. Isso, evidentemente, é questionável;
3) Valorizar só a Bíblia é, realmente, um ponto fraco dos protestantes, pois todas as heresias são defendidas como sendo bíblicas;
4) Jesus demonstrou que os salvos podem vir de onde menos se espera, seja do ocidente, seja do oriente. Como Ele disse, até mesmo as prostitutas poderiam preceder um religioso no Reino de Deus.
Assim, penso eu, não há que se travar uma luta entre protestantes e católicos. Cada um deve travar sua própria luta contra o desejo que espreita à porta, como pecado (Gênesis 4:7).
Que cada um pratique a sua fé. Que Cristo a todos julgue.
Anônimo ecumênico ou protestante enrustido,
1. Você não aprendeu filosofia se diz uma asneira desta. Deus não é axioma de nada. A existência Dele deve ser provada, como fez Santo Tomás de Aquino. Kant quando fala disto só diz besteira. Se você quiser postar mais algum comentário, faça-o impugnando as provas de Santo Tomás. Outra coisa, não existe prova de inexistência de um ser!
2. Vou te dar um exemplo de uma boa lógica que não parte de axioma algum, mas de um fato verdadeiro: Todo homem é mortal; Sócrates é homem; portanto Sócrates é mortal. Este é o primeiro silogismo que se aprende em lógica.
3. Robson disse que o catolicismo romano é uma heresia do calvinismo. Não me venha com conversa fiada!
4. Não se esconda atrás do anonimato para discussões tão sérias.
5. Você é só mais um protestante que se une aos outros para atacar a Igreja. Foi o que eu disse na mensagem anterior.
6. Quem diz "que cada um pratique sua fé", não acredita em verdade (ou pouco se importa com seu semelhante), é um estudante de filosofia que perdeu a primeira aula.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
"Todo homem é mortal; Sócrates é homem; portanto Sócrates é mortal. Este é o primeiro silogismo que se aprende em lógica."
Esse é um silogismo que demonstra a inutilidade da filosofia. Acho que vocè precisa de mais uns 40 anos de estudo para deixar de repetir essas tolices.
Que Deus lhe perdoe a ignorância.
Amém.
Caros leitores,
Este anônimo covarde, que joga pedras sem mostrar a face, é o mesmo tipo de gente que apedreja Santo Estevão; o mesmo que, do meio da turba, gritava: Barrabás!, Barrabás!
É este tipo de ignorância atrevida e covarde que se arroga a autoridade de interpretar as Escrituras, acima da autoridade da Tradição da Igreja.
É o mesmo indíviduo que comça mostrando um fingida humildade e glorificando a filosofia, e acaba tropeçando no silogismo mais idiota.
Cita Kant contra Santo Tomás, mas não entende nenhum dos dois. Desfaz da filosofia. Não suporta um debate minimamente filósofico por 30 segundos.Não tem amor à sabedoria, portanto não sabe o que é verdade.
Quem não sabe o que é verdade não pode falar da Verdade. DEve se calar!
Eu o farei calar; pelo menos neste blog!
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Sr. Emílio, seria possível praticar a tolerância? O sectarismo e os dogmas não amigos da tolerância. Jesus foi um reformador e muito do que muitos dizem sobre o que ele teria dito nada mais é do que uma falsificação da história. A igreja romana não é herdeira única do cristianismo e tem também pecados que cometeu como instituição, como se poderá lembrar, a inquisição.
Professor Antônio Emílio,
Observo como em um simples textos, vários mal-entendidos se originam quando não interpretamos corretamente. Isso vale para o que eu escrevi, como também, por exemplo, a Bíblia. Sempre é necessário uma "hermenêutica" pra interpretar qualquer texto. Veja bem.
1) Escrevi o exemplo das ordens e dos devotos, não para expor alguma falta de unidade católica, mas foi em resposta ao anônimo que retrucou "Não bastaria ser um praticante do Evangelho de Jesus Cristo?", depois de me identificar quanto ao que eu acredito. Daí, argumentei que essa tal "simplicidade" que ele advoga, em não ser denominado por nada além de "praticante do Evangelho de Cristo", é irreal, visto que até os católicos, conquanto obedientes à ICAR, também se compartimentam em ordens, devoção a diferentes santos, etc. E isso não classifiquei como um mal em si.
2) Esse tema sobre a "Existência de Deus" é interessante. Às veZes me pego pensando se a palavra "existir" expressa com fidelidade o ser de Deus. Por exemplo, já vi um judeu reclamando que no português não existe correspondente ao hebraico para a palavra "ser", quando se refere a Deus. "Deus não existe, ele simplesmente É", disse ele. Mas nem isso consegue expressar a infinitude de Deus. Mas Hb 11:6 fala sim sobre "crer que Deus existe".
O pressuposicionalismo é simplesmente uma reação a alguns cristãos que pensam que temos o ônus da prova quanto à existência de Deus, a qual os ateus nos pedem provas. Não temos que provar nada, a existência de Deus é uma pressuposição que deve anteceder qualquer argumento. Não conheço obre de Santo Tomás, mas creio que ele não deve diferir quanto à essência.
3) Agora, com o perdão da palavra, mas sua interpretação de que eu disse que o catolicismo é heresia do calvinismo, foi, digamos, "de doer". Eu disse:
"Se quiser chamar o calvinismo de heresia, fique à vontade. É isso que eu espero de um católico. Como um bom protestante tradicional, também chamo o catolicismo romano de heresia (vocês não esperariam outra coisa de um protestante)"
Realmente não teria lógica nenhuma eu chamar o catolicismo de heresia do calvinismo, se aquele veio antes deste. Só disse o que vocês estão cansados de saber: os protestantes declaram a ICAR herética, não porque ela é heresia do protestantismo (isso seria o cúmulo, né?), mas por ser heresia do cristianismo como um todo. Não digo isso pra te provocar ou ofender, mas você me identificar como um verdadeiro protestante, nenhum pouco ecumênico, e com convicção do que acredito. Creio na validade dos 5 solas sem restrições.
O sola scriptura, realmente tem consequências muito amplas, que vai de encontro à integridade doutrinária da ICAR. Reconheço isso, e te admiro por também reconhecê-lo, não como a imensa maioria dos brasileiros católicos, que ou não sabem o que creem, ou não defendem com afinco a sua fé.
4) Não tive a ideia de tentar argumentar a favor do calvinismo (a não ser que o senhor me faça perguntas sobre ele). Veja que nunca afirmei ser este meu objetivo, mas sim saber a motivação da TUA fé. Se eu for falar da minha, será como por resíduo do debate. O respeito que cobro, é o mesmo que dispensaria a qualquer um. Ou seja, debate de idéias, não de pessoas.
Um abraço.
Robson Heller Cota.
Sabedoria e verdade
Professor,
O senhor me fez ver que a minha "sabedoria" ainda é uma "sabedoria" de tolos.
Quanto à verdade, estou procurando, mas não a encontrei.
Pode ser que o senhor tenha sido colocado no meu caminho com algum plano.
Ficarei atento!
Muito obrigado por me sacudir.
Everardo,
Os dogmas não são amigos da tolerância; o senhor disse-o muito bem. Eu também não sou amigo da tolerância. Jesus também não foi amigo da tolerância; mas isso será difícil de você entender porque você O considera um "reformador". Conte-me uma coisinha: você já viu um reformador criar um "movimento" que durasse dois milênios? Pense nisso! Depois conversamos sobre coisas mais substanciais, como a Santa Inquisição, ou as Cruzadas.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Caro Robson,
Você diz: "Sempre é necessário uma 'hermenêutica' pra interpretar qualquer texto". Não entendi porque você colocou hermenêutica entre aspas, mas isso não tem importância. Nós católicos defendemos exatamente UMA hermenêutica para interpretar a Bíblia, que não é qualquer texto. E essa questão de hermenêutica é muito interessante mesmo. Veja que a sola scriptura é uma doutrina assaz curiosa. Ela defende que qualquer um pode interpretar a Bíblia como bem entender. Qualquer um tem a mesma autoridade. É claro que isso é impossível, mesmos para os calvinistas, principalmente para os calvinistas, que a interpretam segundo Jean Cauvin. Mas a curiosidade não está aqui. Está no fato de que os protestantes se metem a interpretar a palavra de Deus, mesmo que não tenham a menor capacidade de interpretação nem de um Machado de Assis. São pessoas que, por circunstâncias da vida, não tem capacidade, às vezes, de interpretar nem uma coluna de jornal. Estas pessoas são investidas, por Lutero, por Jean Cauvin, de uma autoridade de interpretação da Palavra de Deus. Aqui reside a curiosidade e também a ilogicidade.
Não estou incluindo você entre os incapacitados a interpretar textos. Você fez um curso superior. Você parece ter lido muitos textos. Contudo, noto em você algumas coisas também curiosas nesse aspecto e em outros. Salta aos olhos seu desconhecimento de história; isso é típico dos protestantes de modo geral, com sua insistência num tal de cristianismo primitivo, pré-constantino, a partir do qual Jean Cauvin foi buscar a água limpa. É claro que isso é falso em todos os aspectos, mas não faria mal vocês lerem alguma coisa de história; por exemplo, História Eclesiástica, de Eusébio de Cesaréia. Todo esse edifício de areia de cristianismo primitivo vai cair. Não existe cristianismo, nem nunca existiu. Sempre existiu a Igreja e os ataques de seus inimigos. Sempre existiu a Igreja, com os sucessores de Pedro na sua cabeça visível, e todos aqueles que se diziam possuir o cristianismo verdadeiro, a interpretação verdadeira.
Quanto a existência de Deus, vamos esperar que você leia algo sobre isso, para discutirmos depois. Sua frase sobre Santo Tomás é típica: "Não conheço a obra de Santo Tomás, mas creio que ele não deve diferir quanto à essência." Aliás, aqui tem uma palavrinha que tem uma conotação ontológica muito importante: essência. Para discutir a existência de alguma coisa, sobretudo de Deus, é preciso saber a diferença entre ser e essência. Sem isso, não há discussão.
Sobre o item 4 de seus comentário, é claro que você sempre teve o objetivo de argumentar a favor do Calvinismo. Você disse: "Mas meu objetivo é, antes de argumentar a favor do que eu creio ser a verdade, poder compreender quais são as motivações e as explicações para a fé de vocês." Bem, talvez você tenha uma "hermenêutica" (agora entre aspas) para interpretar seu texto, mas ele é bastante claro sobre suas intenções.
Uma palavrinha final sobre respeito. Respeito é um conceito muito equívoco. Quem cobra respeito, cobra na maioria dos casos, tolerância. Tolerância para com suas idéias. Eu, pessoalmente, não tenho a menor tolerância para com suas idéias, pois elas são idéias erradas, e não tenho tolerância ao erro. Aprendi isso com NSJC, que nunca demonstrou o menor respeito ao erro, nunca demonstrou a menor tolerância com os pecadores empedernidos, e que chamava os fariseus de raça de víboras. Esta expressão não me parece sair da boca de um tolerante. Como dizia Chesterton, homens não são tolerantes, "os nabos são tolerantes".
Mas já vai longe nossa discussão, Robson. Espero que você tenha entendido a nossa fé. Espero até que você um dia se una a única Igreja de Cristo, fundada sobre Pedro e atualmente governada pelo Papa Bento XVI. Gostaria de terminar por aqui esta seqüência de comentários. Agradeço sua participação e, sobretudo, a oportunidade de deixar algumas coisas mais claras ainda para meus leitores.
Um abraço.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Prezados Robson e Antônio Emílio,
Uma questão central se impôe: - O que é a verdade?
A resposta de Cristo foi: - Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Mas, quando Pilatos lhe fez a pergunta, ele não respondeu; possivelmente pelo fato de Pilatos não estar preparado para ouvir a resposta certa.
Santo Agostinho disse: - A verdade é a concordãncia entre o pensamento sobre a coisa com a coisa-em-si. (Ele não disse com essas palavras).
O Prof. Fedeli assume, em nome da Santa Igreja, que a verdade, em teologia, é palavra do Papa pronunciada ex-Catedra.
O Prof. Olavo, perguntado sobre o que é a verdade e seus critérios, preferiu abordá-la sob a perspectiva da consciência individual, antes de dar-lhe um escopo mais abrangente. Para ele, é preciso saber se a consciência sente-se em paz consigo mesma para fazer o que é certo. Dai ele defender a necessidade da confissão, além da auto-análise contínua.
Quando não há acordo sobre o que é a verdade e quais os seus critérios, então nada há sobre o que dialogar.
Creio que essa é questão central.
Abs,
José
Quando digo que Cristo foi um reformador, reafirmo que ele veio para criar uma nova ordem e não para promover alterações temporárias. Exatamente o contrário do que o senhor entendeu.
Quanto ao tema "Santa Inquisição", não acho aconselhável tratá-lo em um blog católico-conservador, porque o debate certamente enveredaria para o maniquísmo peculiar dos domáticos. Aí, teríamos os que aprovariam a SA e outros que a comparariam ao holocausto. E ambos os casos, os assuntos seriam mais adequados aos temas de criminologia.
Pois é, caros leitores, este tal de Everardo, que começa pedindo tolerância de nós católicos para com as idéias heréticas é o mesmo que pede uma corte criminal para nos julgar, nos julgar pela Santa Inquisição. Mal sabe este ignorante que muito dos procedimentos das cortes criminais de hoje é herança da Inquisição. Mas sabe este ignorante malicioso que a Santa Inquisição foi a primeira instituição humana a limitar terrivelmente o uso da tortura nos processos criminais. Mas sabe este herético desumano, que se posta de bonzinho, que os maiores santos da época apoiaram a Santa Inquisição.
Este ignorante agora diz que não é aqui o lugar para se levantar este assunto, como se tivesse sido eu que o tenha levantado. Sr. Everardo, tenha vergonha na cara e se mostre o que o senhor realmente é!
Quanto a Jesus reformador, criador de uma nova ordem, foi exatamente o que eu disse. Nenhum reformador criou uma ordem eterna, seu ignorante. Se Ele criou alguma coisa eterna, permanente, imortal (e Ele, de fato, criou) foi porque ele criou a Igreja, como Deus que era; a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Reformador ele só era para o senhor, na sua ignorância quase infinita, e para o Dan Brown.
Vá discutir a Santa Inquisição com quem o senhor quiser, mas estude o assunto primeiro!
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Professor, como a ICAR interpreta Ef 2:8-10?
Caro Robson,
Vou conceder uma última conversa com você, supondo sua boa intenção.
Lembre-se primeiramente que a Igreja escreveu o Novo Testamento. Se não houvesse a Igreja não haveria o Novo Testamento. Estamos portanto tratando de um texto que a Igreja ESCREVEU.
Para responder sua pergunta, poderia citar muitos Padres antigos: São Crisóstomo, São Policarpo, Santo Agostinho, etc. Decidi, contudo citar uma interpretação do Instituto Bíblico de Roma (IBR).
Primeiramente os versículos que você citou: "De fato, é pela sua graça que fostes salvos, mediante a fé (e isto não procede de vós; é dom de Deus), não pelas vossas obras, a fim de que ninguém tenha pretexto para se gloriar. Nós, na verdade, somos obra sua, tendo sido criados em Cristo Jesus, em vista das boas obras que Deus dispôs de antemão, para que nós as praticássemos."
A interpretação do IBR: "Também a fé é dom benévolo de Deus, e nao mérito de nossas obras, porque a justificação é uma nova criação. Jesus Cristo é a sua causa meritória e as boas obras são a sua finalidade e o seu fruto. A fim de as podermos fazer, Deus preparou-nos desde toda a eternidade os auxílios necessários da graça."
Vamos agora no popular, Robson. O que São Paulo está falando é muito simples. Só homens mal intencionados como Lutero e Calvino podem distorcer coisa tão simples. É claro que Deus não nos concederá a salvação por nossas boas obras, mas pelos méritos de N.S. Jesus Cristo. Mas isso não significa que não as tenhamos de fazer. Quando as fazemos, temos de ter a consciência que as estamos fazendo apenas pela graça de Deus. Tudo de bom que fazemos é Deus que faz por meio de nós.
Como alguém pode pensar que podemos ter fé em Deus, amá-Lo, acreditar em sua infinita misericórdia, e que não precisamos fazer nada por nossos irmãos, nada por ninguém, que precisamos apenas ficar contemplando a miséria de todos e afirmando, temos fé, temos fé, temos fé? Que tipo de mente doentia pode acreditar num Deus que salva um sujeito que faz isso?
Robson, se você ainda não entendeu meus apelos, vou ser mais direto com você: seus comentários sobre este tema serão bloqueados de agora em diante.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Professor,
O Robson, se foi seu aluno de filosofia e/ou religião, não aprendeu o suficiente sobre hermenêutica.
Com certeza ele aprenderia muito se lesse, sem preconceito, o Catecismo Católico. Lá ele poderá descobrir, se não estiver emocionalmente impossibilitado, que não há opção pela obra contra a fé, nem esquecimento sobre a graça.
Ele poderá descobrir, ainda - se é o que ele quer - que os católicos tradicionais não ignoram que tenha havido falsas autoridades na Santa Igreja. No sitio da Monfort - que entre lá com cuidado! - descobrirá que o Prof. Orlando nem mesmo deixa de criticar o Papa quando ele fala fora de sua autoridade ex-cathedra.
Como o Robson ainda é muito novo, talvez ainda haja esperança de que ele até mesmo aprenda a interpretar a Bíblia. Ou será que ele acha que os evangélicos receberam exclusividade nessa atividade. Se acha, como ele situa os evangélicos "Apóstolo" Waldemiro, Edir Macedo, Silas Malafaia, entre outros?
Robon,
Acorda meu filho. Jesus te ama, mas você tem de deixar de agir como criança!
Caro Professor,
Salve Maria!
Parabéns pelo blog e pelas postagens. Obrigado pelo testemunho de fé e pela demonstração de como devemos ser intolerantes com os erros e com os hereges. A verdadeira intolerância católica é aquela que tem como único objetivo, a conversão de todos, especialmente dos hereges como o Everado e Robson para o Rebanho da Única Igreja de Cristo. Que Santa Terezinha do Menino Jesus, patrona das Missões, possa por seus méritos lhe assistir em seu apostolado!
Em Cristo e Maria,
Manoel
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