04/11/2010

Efeitos colaterais de Chesterton

Meus trechos favoritos do texto de Chesterton, Educação por Meio dos Contos de Fadas, são dois. O primeiro é:

A educação real consiste no fato de que vemos além de símbolos e de meros mecanismos da época em que nos encontramos: a educação consiste precisamente na percepção de uma simplicidade permanente que sobrevive por trás de todas as civilizações; a vida que é mais que alimento; o corpo que é mais que vestuário. O único objetivo da educação é fazer-nos ignorar os meros esquemas de educação. Sem educação estamos num perigo horrível e mortal de levar a sério as pessoas instruídas. A última das modas da cultura, o último dos sofismas do anarquismo, nos arrebatarão se não formos educados: não saberemos quão antigas são as novas idéias.

E o segundo é assustador: “Um dragão de sete cabeças é, talvez, um monstro muito assustador. Mas uma criança que nunca ouviu falar dele é um monstro muito mais assustador.

Não é que eu descobri tal monstro, quer dizer, tal criança, que não leu contos de fada! Ele escreve para o blog dizendo candidamente: “Obrigado, professor, precisava mesmo de algo pra dormir...zzzzz.” Este é o efeito que tem Chesterton se lido por idiotas. O cérebro, não agüentando a carga de senso comum que nos cabe a todos como seres humanos, fecha para balanço. E o indivíduo não tem nem vergonha de se declarar imbecil publicamente; faz isso desabridamente!

Já vi Chesterton enraivecer as pessoas, já o vi diverti-las, já o vi convertê-las, já o vi enternecê-las, mas nunca o tinha visto adormecê-las. Acho que se contassem para ele o caso deste meu infeliz leitor, ele soltaria uma sonora gargalhada! Foi o que eu fiz, quando li o comentário.

74 comentários:

Anônimo disse...

Professor, há um ditado popular que diz: "Um idiota constrange dez sábios!".
Bom... acho que o idiota em questão existe, dorme o sono dos tontos e escreve comentários dispensáveis para o Blog do Angueth!!!
Com estima imensa; MMLPimenta.

Wendy A. Carvalho disse...

Uma amiga, Angueth, estava tentando ler Chesterton comigo, assim que eu me interessei por seus escritos. Ela dizia que era divertido, mas que compreendia muito pouco. E olha que ela é razoavelmente culta. Foi aí que eu começei a duvidar de Chesterton escrever para que as pessoas do senso-comum lessem. Mas depois notei que o senso comum da Inglaterra da época de Chesterton (quiçá, o atual) é uma intelligentsia para os brasileiros de mediana inteligência. Hahahahaha! Como diz o Olavo, "intelectual no Brasil é o Jô Soares..." Hahaha! Eu continuei lendo Chesterton, mas minha amiga desistiu. A cada dia que passa, admiro mais essa personalidade tão controversa e tão grata a Deus. E me identifico muito com ele.

Não tem a ver com o assunto, mas eu queria te perguntar, Angueth: O Chesterton era direitista? Eu penso que sim, mas ouvi falar que ele não gostava de se considerar nem de Esquerda e nem de Direita. O que o sr. me responderia?

Antonio Araujo disse...

Excelente o artigo do Chesterton. Mas eu temo que não seja tão simples assim o problema dos contos de fadas, ou contos folclóricos. Eles podem encantar e educar, mas às vezes eles se mostram cruéis, violentos, racistas e pornográficos. Mas não cabe, por isto, na minha opinião, a solução simplista de fingir que eles não existem. Nem de condenar seus autores como pertencentes a uma época bárbara à qual não pertencemos.

Edson Camargo disse...

"
“Obrigado, professor, precisava mesmo de algo pra dormir...zzzzz.” Este é o efeito que tem Chesterton se lido por idiotas. O cérebro, não agüentando a carga de senso comum que nos cabe a todos como seres humanos, fecha para balanço. "

Lapidar, caro Angueth. E tragicamente engraçado.

Deus o abençoe.

juliana kramer disse...

A respeito deste seu leitor, caro professor, podemos dizer o que o próprio Chesterton falou quando recomendava a leitura de Tomás de Aquino a um jovem historiador moderno que desprezava a Idade Média: "Deixemo-lo tentar. Faria a ele uma de duas boas coisas: ou o faria dormir, ou o faria acordar."

Neste caso, já sabemos qual foi o resultado.

Abraço.

Wendy A. Carvalho disse...

(Não posta! Hehe!)
Angueth, você tem MSN? Se tiver, poderia me passar? Eu quero que sejamos amigos, pois sei que (embora não em todos os aspectos) rejeitamos as mesmas coisas e gostamos das mesmas coisas, o que, segundo o Tomás de Aquino, compõe uma amizade. Em política, filosofia e sociologia, acho que temos ideais muito semelhantes. É claro que você tem um intelecto formado, eu ainda tenho meus 19 anos. Tenho muito o que aprender e muito que apanhar de gente grande como você. E eu tenho sido mais amigável do catolicismo, não em todo o seu credo, mas em relação a honrar o seu caráter histórico. E recetemente me tornei aluno do Olavo, embora eu não mereça esse título. Então como eu sei que você também é, gostaria de ter mais contato com você para amigavelmente trocarmos idéias. Eu até quero evitar tanto falar sobre protestantismoXcatolicismo, pois isso não edifica em nada nossa amizade e o que eu quero mesmo com você, desde que me tornei seu leitor é ser seu amigo. Espero que não pareça pretensioso!

Deus te abençoe!

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Wendy,

Não tenho MSN, mas obrigado por suas palavras a meu respeito. Você ter se tornado aluno do prof. Olavo é um passo muito importante para seu crescimento interior. Foi ele que me salvou, me tirou do esquerdismo tosco e nojento em que vivia e me preparou para a volta à Igreja.

Mas devo alertá-lo de uma coisa (desculpe-me falar disso!): lendo e admirando Chesterton como você faz, e agora sendo aluno do Olavo, você não demorará a voltar para a Fé católica. Não haverá outra alternativa, não há outro caminho. Dou-lhe dois ou três anos. Quero anunciar, em meu blog, sua re-conversão à Igreja Católica Apostólica Romana.

Um outro alerta menor: prepare-se para ouvir do próprio prof. Olavo fortíssimas críticas ao protestantismo!

Escreva-me no meu e-mail particular sempre que desejar. Vamos manter contato, pois desejo acompanhar sua evolução.

Um abraço.

Wendy A. Carvalho disse...

Caríssimo Angueth,

Muito obrigado pela oportunidade. Espero que Deus nos ajude nisto. Eu não sou ignorante quanto ao que Deus me pede. Com certeza, se estiver nos planos dEle que eu esteja novamente convosco na Igreja Católica, eu estarei. Mas eu não me considero um protestante (do modo como os católicos consideram um protestante). Como um protestante pode protestar contra o protestantismo? Há 3 anos eu venho discordando do que se faz em qualquer sistema cristão, até mesmo aquele que frequento. E eu concordo com o Olavo em várias críticas que ele faz ao protestantismo. Eu mesmo já as fazia, algumas delas. Eu não sou mais fã do Lutero, do Calvino ou do Zwinglio, por exemplo...

Sobre minha re-conversão à ICAR, eu agradeço a espera. Mesmo que eu ainda não sinta apreço pela doutrina católica, o fato de ter alguém esperando que eu volte é extremamente gratificante. E tenho certeza que você reza a Jesus por mim e eu tenho certeza que Ele, e somente Ele, te ouve.

Aceito seu alerta! :D Mas pra mim que o Chesterton converteu o C. S. Lewis ao protestantismo. haha! E o Olavo respeita muito a questão das manifestações individuais de Deus na vida humana. Eu me considero um cristão sui generis, embora não me considere melhor que ninguém. Muito pelo contrário, em muitos aspectos, não sou digno de desatar os cadarços dos sapatos daquele a quem estou direcionando este comentário.

Vou escrever, sim. Hehe! Vou relatar qualquer sombra de variação na fé.

Outro abraço!

Guilherme disse...

Quem converteu C. S. Lewis foi o católico Tolkien. É uma pena que Lewis tenha parado no meio do caminho, ao menos até onde podemos saber...

A trajetória espiritual de Lewis está bem documentada no livro "O Dom da Amizade" (Ed. Nova Fronteira), obra que narra a história da amizade entre Lewis e Tolkien.

Anônimo disse...

Professor,

Não vou julgar as intenções do tal Wendy, mas o Sr. já teve a curiosidade de ler o blog dele? Se tiver disposição, dê uma olhada nesses dois links:

importantesbobagens.blogspot.com/2010/05/
debate-entre-angueth-e-eu.html

importantesbobagens.blogspot.com/2010/07/
aquem-da-fe.html

Parabéns pelo blog e um grande abraço,

Fernando.

Anônimo disse...

Caro Angueth,

Acabei de ler o último comentário do Fernando e veja o que achei em um dos links:

DG Jem disse...

Só faltava essa pra vc virar católico hein Wendy ? hahahah !!
Acho que antes de vc perguntar pra o Angueth por que ele é católico, vc deveria perguntar pra o Chesterton.
Ambos são, por que são dogmáticos.

Wendy disse...

Sim! São dogmáticos. Chesterton realmente queria apenas resolver certos problemas históricos, filosóficos e sociológicos. Ele achava, com razão, que o Cristianismo tinha sido a sensatez. No entanto, ele está ultrapassado. Ele não se sustenta diante do pós-modernismo. Mas Chesterton pelo menos tinha estilo e cultura geral o suficiente. De certo modo, Chesterton até tirou sarro do catolicismo e ninguém percebeu. Ele disse que tinha aprendido sobre as fiéis doutrinas cristãs (católicas) antes de saber o que é Cristianismo. Ele disse que o que aprendeu ele o fez com a babá. Hahaha! O catolicismo, de fato, é coisa de criança. Eu até tô escrevendo um texto sobre o fato de ele ter conseguido "ser católico." Estou apenas pesquisando citações e dando uma olhada em algumas das minhas afirmações.
6 de maio de 2010 08:21

Fique atento professor.

Em comunhão de orações,

Carlos

Wendy A. Carvalho disse...

Guilherme,

Sem dúvida o Tolkien influenciou bastante o Lewis. Mas em várias traduções de O Homem Eterno, se diz que C. S. Lewis se converteu ao ler este livro de Chesterton. E Tolkien, como você mesmo pode conferir, passou o tempo todo tentando levar o Lewis pra a ICAR e não conseguia. Lewis acabou retornando para a igrejinha à qual frequentava quando pequeno.

Fernando,

Assim que eu fiz esta postagem, mandei pra o Angueth em comentário. Será que você já leu minha postagem toda? Já sobre o meu "Aquém da fé", eu deixo espaço para o testemunho subjetivo, dá uma olhada. Não é uma apologética ofensiva.

Anônimo disse...

http://www.cristianismo.org.br/h-opusc.htm

http://www.cristianismo.org.br/pfp-04.htm

http://www.cristianismo.org.br/charitas.htm

http://www.cristianismo.org.br/n-oracao.htm

MMLPimenta

Tenhamos humildade para seguir as mesmas pegadas de Sangue que os melhores do que nós trilharam na busca pelo Único & Necessário.

Anônimo disse...

Wendy, meu caro, o seu intimismo jocoso com Chesterton é de amargar!
Fico eu pensando cá com os meus botões como um jovem de 19 anos que diz, com a maior humildade do mundo, que tem "muito o que aprender e muito que `apanhar´ de gente grande como" o Angueth, que admite ainda não ter um intelecto formado, "descobrir" arcanos ocultos em Chesterton, possuir restrições mentais ao Credo e, por cima disso tudo, posar de crítico-reformador "light" da "ICAR"?...
Que contrasenso!
É isso que que eu afirmo sempre: um pouco de inteligência afasta as pessoas da verdade. Um pouco mais, temperada com humildade, aproxima.
Recomendo desintoxicação, estudos e oração.
Com estima imensa; MMLPimenta.

Anônimo disse...

Caro MMLPimenta,

Pode não ser o caso do Wendy, mas a Humanidade foi agraciada por Deus com muitos gênios precoces. Beethoven, Mozart e Einstein, por exemplo!

Quanto ao Wendy, pode ser que ele seja um mero periquito falante. Mas é preciso dar-lhe o benefício da dúvida até que observações criteriosas provem o contrário.

Anônimo disse...

Foi o que falei certa vez ao Olavo quando se comparava a Águia de Haia (o velho Rui) com o Papagaio de Evian (nosso presidente-molusco): é maldade sequer pensar em comparações!
Essa atual safra da petizada imberbe possuem alguns inegáveis dons oratórios e pensamentais, mas daí confundir uma certa aptidão com profícua capacidade é outra estória!
Mas o benefício da dúvida será concedido, caríssimo Anônimo: será que ele se acha isso tudo?...
Por enquanto recomendo mingal com fosfosol, urgente!!!

Anônimo disse...

Professor,

Não precisamos saber qual o QI do Wendy. A questão aqui é outra.
Eu não preciso fazer "observações criteriosas" para ver que Wendy hora assume um tom de aprendiz, hora assume um tom professoral. Ele me lembra bastante o homem de língua dupla do qual fala as Escrituras.
A questão que fica é: O que será que ele quer aqui neste blog?

Em comunhão de orações,

Carlos.

Wendy A. Carvalho disse...

Varões irmãos católicos,

não precisamos levantar tal alvoroço. No comentário ao DG Jem, que é meu amigo, eu estava brincando. (Vide o "Hahaha!"). É óbvio que eu nunca cheguei a descobrir ou escrever (como digo no comentário) nada sobre Chesterton não gostar de ser católico ou qualquer coisa desse tipo. Um dos meus amigos, que ama o Chesterton, soube interpretar e dar risadas, e ainda disse: "Não faça isso, Wendy! Chesterton era católico. Cale a boca! Haha!" Sei que isso daí deixa margens para interpretações inconvenientes, mas aquilo não é de todo sério. Algumas coisas, sim, e eu irei explicá-las mais tarde, se necessário. Chesterton amava o catolicismo e ele foi católico por achar que ele era a única religião (na época e na Inglaterra) racionalmente possível de ser seguida por ele mesmo.

Eu não quero levantar conspiraçõezinhas. Não sou um perequito falante que quer aparecer e creio que estes questionamentos levantados são todos centralizadores de coisas que deveriam ser marginalizadas.

É claro que um de vocês conseguiu interpretar a piada. O MMLPImenta então decidiu rotular os chistes de "intimismo jocoso". Por que isso realmente foi um comentário jocoso. Agora o mesmo Sr. Pimenta, leva a sério uma coisa jocosa e diz que ela é de amargar. Essa contradição acontece porque estamos levando a sério bobagens. Embora eu escreva algumas bobagens importantes, como sugere o título do meu blog, algumas dessas bobagens podem gerar boas idéias na cabeça de gente inteligente; ao mesmo tempo que pode gerar uma confusão pra que o leitor não deixe aquela idéia no campo absoluto, como se ela fosse a única concebível. Só dá pra ler Chesterton se for assim, com esse espírito paradoxal, isso é óbvio em suas principais obras, principalmente em The Man Who Was Thursday.

Wendy A. Carvalho disse...

Agora chegou a parte mais engraçada! O motivo de eu ter dito que eu tenho muito o que apanhar, não sugere que as pessoas que me batem estejam certas e eu errado. Com isso eu quis dizer que admiro o debate e a arte de confrontar idéias, porque estes nos enriquecem; abrem-nos os olhos e nos fazem cair fora da convicção. Pois, como acertadamente falou Nietzsche, homens convictos são prisioneiros. O intelecto formado é um intelecto convicto, então eu não tenho um intelecto formado. E nunca quero ter, com a ajuda e a força de Deus.

Isso apenas aconteceu, porque o MMLPimenta, não acreditou na primeira impressão que ele teve de meu comentário ao DG. Ele sabia que era uma coisa jocosa, mas depois levou-a a sério (e demais).

Sobre o rótulo que me é concedido de "crítico-reformador light da ICAR", eu gostaria apenas de repetir o que digo sempre digo ao Angueth, que me conhece mais que vocês: não sou um cristão que tenha uma posição possível de se rotular, não porque haja em mim confusão intelectual, mas porque não caibo em qualquer sistema religioso cristão, seja protestante ou católico. Sou discípulo de Jesus, o que Ele mandar eu tento fazer. O que Ele faz, eu tento fazer. O que existe fora dele é engano, para mim. Isso me torna, de fato, um paradoxo, um contrasenso, um subversivo (ou talvez, na cabeça dos mais velhos, talvez loucos, um rebelde sem causa). Mas isso, de modo nenhum, revela que eu não estude, que eu não ore, ou que não tente me desintoxicar de minhas convicções errôneas. Pelo contrário, tenho orado muito, estudado como um louco, como nunca havia feito (inclusive me tornei aluno do Olavo) e tenho tentado jogar fora toda a opinião sem boas referências que se encontram em mim.

MMLPimenta, obrigado por dizer que estou, por conta de minha humildade, mais próximo da verdade. Que Ele, Jesus, meu Mestre, continue me fazendo cada dia mais humilde. Agradeço o respeito que o Sr. usa na discussão e o amor inserido neste.

Orem e rezem por mim. Preciso de vocês.

Com imenso carinho,

Wendy, o pequenino!

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Caríssimo Wendy, não tenho por hábito ou índole atacar quem quer que seja de maneira gratuita, muito menos atirar em rosto algumas fraquezas que, por desventura, alguém tiver; não participo dessa vileza de usar as mazelas do "oponente" contra ele próprio. Confesso, contudo, um desejo ardente - sem trocadilhos, por favor - de mostrar ao amigo as contradições imperceptíveis que incorre, por achar que o livre-pensar é uma vitória da espírito e não o seu estilhaçamento.
Vamos por partes.
Essa "inadequação aos sistemas" que tanto ostentas com galhardia, nada mais é do que uma recusa (ostensiva ou tácita) de pensar corretamente; Chesterton diria: "A Igreja não aprisiona o pensamento, mas nos ensina a pensar corretamente".
Essa tão propalada liberdade é a mesma dos prisioneiros que se gabam e se fartam em dizer: "Como é grande a minha prisão!".
Imagine as infinitas possibilidades de se achar que 2 + 2 seja igual a 5!
A mente é capaz de criar, mesmo que se diga ao contrário, um sistema eclético de idéias e ideais que cabem justos no molde e no gosto do "livre pensador".
Ao fim e ao cabo estamos incensssando a nós mesmos: a nossa imaginação ou a nossa vontade, mas nunca a inteligência, pois ela se alimenta da estranha comida da realidade - entenda-se "realidade" como verdade.
Evocar Nietzsche é sintomático: morreu louco e abraçado num cavalo dizendo que era seu irmão...
Era tão livre, ao modo zaratrustriano, que deu bye-bye a razão e encarnou vivamente esse ideal: somatizou o que acreditava; viveu até as últimas consequências de sua liberdade interpretativa.
A lógica das coisas não pode ser mudada: só há três alternativas; por mais que se queira dizer que não... Ou você, Wendy, está certo e cada um deve "viver plenamente Cristo, longe de formalismos vãos"; ou Chesterton está certo quando diz que "o Dogma é um muro que cerca uma ilha onde há desfiladeiros terríveis que fazem a segurança das crianças que lá dentro brincam"; ou nenhum dos dois está certo e acaba-se numa confusão dos infernos.
O expressão adjetiva aqui empregada tem força de exprimir em palavras o fim de todo o orgulho - seja ele declarado ou mitigado.
Como você falou é preciso muita "surra" para aprender o óbvio: é um exercício de metanóia pela humildade de não se achar único e sozinho, isto é, de achar que ninguém pôs essas mesmas dúvidas antes e que elas nunca foram já fartamente respondidas.
Com relação aos "paradoxos de Chesterton" que são uma espécie de desconcerto da razão, sinto discordar do amigo Wendy quando diz que "bagunça a razão". O certo seria dizer que Chesterton apruma a razão com as suas iluminadoras e estruturantes obviedades: por serem tão evidentes, Chesterton nos apresenta como "ilustres desconhecidas", mas velhas amigas de sempre.
Como havia comentado e afirmado, não se trata de Wendy pensar, mas pensar certo.
Para finalizar uma citação de Sto Agostinho sacada duma aula do meu [nosso!] amigo Sidney: "A verdade não precisa ser minha, nem sua, para ser nossa".
Nos corações de Jesus, Maria e José; MMLPimenta.

Anônimo disse...

Quando

1. 1+1+1=1?
Pai, Filho e Espírito Santo são três em 1, isto é, têm a mesma substância;

2. 1+1=1
2.1 - Quando duas bolhas coalescem, tornando-se uma;
2.2 - Quando marido e mulher são um só corpo;
2.3 - Quando duas empresas se fundem em uma.

Pode ser que o Wendy, que registra pensamentos de suas erupções vulcâncias de ideias, esteja certo em algumas colocações aparentemente livres do dogma de que 1+1 é sempre 2.

Jesus foi "um estranho o ninho", mas nunca saberemos como caracterizar corretamente os estranhos que trazem boas novas dos loucos.

Wendy pode ser só uma criança falante. Mais do que um mero periguito. Ele é engraçado enquanto não fala mais do que o permitido!

Em NSJC

Anônimo disse...

http://www.veritatis.com.br/article/3182

Anônimo disse...

http://www.veritatis.com.br/article/3040

http://www.veritatis.com.br/article/2645

Anônimo disse...

A Igreja Primitiva

A Igreja Primitiva não era nem protestante nem católica. Ela protestava contra o judaísmo e o Império Romano, e continha o germe da Igreja Católica.

A Igreja Católica Apostólica Romana, embora existisse em potencial desde antes da fundação do mundo, atualizou-se na História. Em algum momento, inclusive, ela foi tomada de assalto pelo inimigo.

Havia que se protestar contra tal assalto. O protestantismo, sob essa perspectiva, também sempre esteve no cerne da Igreja Católica Apostólica Romana como potencial a ser atualizado mediante as circunstâncias.

Mas o que sempre houve de permanente é a Igreja de Cristo. Ela é Católica e Apostólica e, como tinha de ter uma sede na Terra, sua sede foi estabelecida em Roma.

Então, caro MMLPimenta, a Igreja Católica Apostólica Romana é a versão oficial da Igreja de Cristo. Nela existem sempre pessoas que protestam contra o erro, como o fez Agostinho contra os hereges.

Os Prostantes Reformados foram úteis nessa tarefa. Que o diga Nietzsche, que alegou que o Diabo já havia tomado posse da Igreja de Cristo, mas o idiota do monge analfabeto Martinho Lutero deu ao cristianismo um sofrefôlego quando protestou contra a situação vigente.

Analisemos, pois, a História da Igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo como uma das fontes de conhecimento sobre a verdadeira Igreja.

Wendy A. Carvalho disse...

Sr. Pimenta,

obrigado pelas respostas e pela lealdade nelas contidas, também pelo tempo que você disponibilizou para ler e replicar, com qualidade e paciência, minhas inferências. Quanta erudição! De que forma eu poderia rejeitar palavras como as suas? Seria impossível!

Eu acredito em você quando diz que não entrega o oponente ao motejo ou aponta suas fraquezas. Já te considero um amigo, por isso. Você e o Angueth. Ele também não usava uma posição covarde só pra apontar minhas fraquezas. Isso é que é lealdade. Nisto vocês imitam Chesterton, e nisto vos louvo, pois Chesterton apenas criticava uma coisa quando era capaz de amá-la (imitando a quem imito, Jesus). O pessimista, para ele, peca não porque pune, mas porque não ama o que pune. E vocês, apesar de não simpatizarem com meus pensamentos, sabem me amar antes de me criticar.

Eu não sou um adepto do livre-pensamento religioso. Eu amo Jesus demais pra pensar livremente. Tento ser servo e livre, ao mesmo tempo. Foi o que o Senhor me pediu se usando do Apóstolo Paulo. Leia minha crítica ao livre-pensamento: http://importantesbobagens.blogspot.com/2010/03/um-mundo-quebrado.html

Claro que a Igreja nos ensinar a pensar corretamente. Chesterton está absolutamente certo. Eu, por exemplo, disse ao Angueth que, politicamente, sou totalmente católico. Disse isso debaixo de críticas de alguns amigos protestantes. Sou conservador ao gosto da Igreja Católica. Meus faróis de pensamento político são o Chesterton, o Olavo de Carvalho, o Angueth, o Reinaldo Azevedo, o Ricardo Salles, etc. Agora eu acho que a espiritualidade não tem muito a ver com intelectualidade. Elas se cruzam em alguns pontos, mas a espiritualidade é infinitamente incognoscível. O Olavo de Carvalho diz que o intelecto contém uma porcentagem muito pequena da realidade. Se com a realidade já é assim, imaginemos o quão mais difícil é cognoscer a espiritualidade. A teologia tentou, mas a teologia de verdade sabe que é limitada. Então há pessoas com o intelecto aguçado para a realidade divina, mas mesmo estes, que falam de espiritualidade, se consideram altamente limitados. Eu gosto de teologia humilde, assim. Quando eu me alio somente a Jesus, não é um livre-pensar, é o fato de eu estar preso demais tentando me libertar das prisões que eu ponho sobre mim e das prisões que me são impostas pela sociedade e pelo Cristianismo e tentando ser um prisioneiro de Cristo.

Wendy A. Carvalho disse...

Os católicos medem tanto a política quando Deus de maneira sistemática. E eu sou contra a Teologia Sistemática não porque eu me considero um livre-pensador, mas porque eu acho que é impossível domar a Deus. Como dizia C. S. Lewis, Aslam não é um leão que pode ser domesticado ou domado. Em mim não há liberdade; há limitação. Eu amo quando o Chesterton diz que quando um homem casa com uma mulher, rejeita todas as outras. Isso manifesta bem o fato de eu rejeitar tudo o que pareça com Jesus, mas seja muito diferente no seu interior. Por exemplo, a Teologia da Libertação tem toda a roupagem da piedade de Jesus e dos apóstolos, mas é um sepulcro aberto. Não quero me exibir ou dizer que sou melhor do que os outros. Se fossem por minhas ações, eu estaria no inferno. Eu não mato, não roubo, não adultero e não fornico (nem fico com as garotas), mas sempre como dois pratos, no almoço. E Paulo diz que glutonaria é semelhante a qualquer dos pecados que mencionei, em matéria de poder lançar no inferno (I Coríntios 6:10; Lucas 21:34). Eu acho que o Reino dos Céus não é um sonho de liberdade irresponsável. Eu acho que é uma responsabilidade grande demais. E acho que a Igreja e o Protestantismo também sabem disso, mas se contentam com o que a história gerou. Os protestantes (sim, eu já caí nesse erro) acham que são revolucionários. Leiam o Frank A. Viola, principalmente “Cristianismo Pagão”, “Reconsiderando o Odre” e “Qual é a tua cobertura?”. Eu acho que são esses os títulos. Você vai ver que o Protestantismo é tão prejudicial quando a ICAR, e isso é um “protestante” quem diz. Então se for pra eu ser meio responsável, prefiro ser responsável sozinho olhando para o melhor escritor que não escreveu nada, Jesus, sem manter ninguém na prisão da Teologia Sistemática e nem na irresponsabilidade da teologia frouxa. Eu tenho buscado mais uma teologia pessoal. Quero que Deus venha e perdoe os meus pecados e me diga: “Não peques mais!” Eu quero Deus. Eu quero ser Amigo dEle.

Wendy A. Carvalho disse...

Quando evoco Nietzsche eu não quero relativizar as coisas, mas quero subjetivizá-las. Olavo de Carvalho e Chesterton acreditam na subjetivização da fé. Chesterton se opõe ao relativismo quando diz ser errado o fato de a humildade do homem moderno estar no órgão da convicção, ao invés de estar no órgão do orgulho. Eu também! Mas ele acha a subjetividade uma benção. A subjetividade diz que você está totalmente certo, mas isso não significa que as outras pessoas são obrigadas a acreditar nisso. Chesterton não escrevia para dizer que as pessoas deviam aceitar a fé cristã, ele escrevia para mostrar como ele pessoalmente passou a abraçá-la. Olavo de Carvalho e Kierkegaard também dão valor à fé subjetiva e relacional. Jesus dava o benefício da dúvida para as pessoas. Quero quem crer e for batizado. Eu não digo que cada um deve viver livre de formalismos vãos. Isso seria trocar todas as leis, por outra. “Vivam livres!” é uma regra tanto quanto “viva assim”, é. Ser livre de verdade, é ser livre até pra ser preso e isso é uma coisa que aprendi com Chesterton. Por isso acho o catolicismo dele brilhante e que os católicos devem olhar pra esse homem. Pois eu e vocês teremos que comer muito arroz com feijão para chegar ao nível do Chesterton em matéria de espiritualidade e intelectualidade. Então, ao longe do você diz, que eu sou livre-pensador a ponto de querer que cada um viva longe de leis, eu apenas acho que Deus pede a cada pessoa coisas diferentes. Ele nunca pediu ao meu Pai para me matar. Mas Ele pediu a Abraão para matar Isaac. Subjetividade é saudável, porque tem paixão e relação com o próprio Deus. O relativismo, que gerou profetas como Lutero, é horrível, mórbido. Este gera o livre pensamento. E Chesterton está corretíssimo em lutar contra ele. A metanóia, a mudança de mente, é dar razão a Deus. Tem gente que diz: “Deus não pode me pedir pra matar meu filho.” Isso é Teologia Sistemática. Isso é ridículo. Porque como diz Olavo, nós temos uma consciência que muda a todo instante, mas Deus é imutável (ao mesmo tempo que é indomável) e por isso nós não podemos ser convictos sobre idéias, apenas sobre certas raras crenças. Por exemplo, duvido eu, você ou Angueth negarmos a importância suprema do Cristo. Não acho que estou sozinho, no mundo. Sem dúvida, muitas pessoas já passaram por questões que estou enfrentando e, sem dúvida, já deram muitas viagens de ida e volta em muito do que, apenas agora, tenho questionado. E se essas pessoas evoluíram, eu vou querer saber como elas evoluíram e quais são suas novas idéias. Se forem corretas, segundo os critérios da realidade e se meu intelecto alcançá-las, eu as aceito mole mole.

Sim, Chesterton tem a Ortodoxia como o Credo dos Apóstolos. Eu tenho tentado seguir esta mesma Ortodoxia: a Ortodoxia dos Apóstolos. E é apenas lendo o Novo Testamento que isso é possível. O que eles falaram verdades espiritualmente absolutas, mas nossas interpretações teológicas não são absolutas, por isso Chesterton não pode aprumar nada, ele pode apenas apontar que a verdade dele é mais correta que a do outro, não que a verdade dele é a única possível.

Já viram o site do Paulo Brabo? Vocês ficariam encantados: www.baciadasalmas.com

Anônimo disse...

Sobre o Wendy

Ele é engraçadinho, mas parece estar sofrendo de diarréia cerebral!

Jesus, o seu modelo, falava pouco e acertamente. Se ele O seguir já tem um bom futuro garantido.

Anônimo disse...

Caro Wendy, vamos por partes para melhor clarificar as coisas e colocar tudo nos seus devidos eixos.
Essa escrupulosidade de achar que a razão é impotente e coisa e tal é um papo deprê demais.
Olhar assim para essa capacidade preciosa que Deus nos deu, ao mesmo tempo que se comtempla os escritos dos sábios e santos, é como se no fundo da nossa alma fizéssemos uma elegia e uma ode a impotência; como diria Bernanos: "A escrupulosidade é uma perversão da humildade volta-se contra si próprio e tende para o auto-aniquilamento...".
Tudo bem que Sto Tomás depois de sua "visão" disse que era palha tudo aquilo que escreveu, mas mesmo com os seus arroubos místicos nunca deixou de tentar prestar o seu contributo para a maior glória de Deus para que em todas as coisas Deus fosse glorificado!
Não me consta - nem seria da intenção dos autores - que todos os sábios e santos que escreveram coisas tentando prescrutar o Absoluto fizessem verdadeiros tratados sobre "as delícias da impotência"...
http://contraimpugnantes.blogspot.com/2010/09/realismo-moderado.html
E, finalmente, não podemos confundir a inesgotabilidade de um ente com a sua incompreensibilidade, isto é, não é por conta de alguns temas mais complexos são inabarcáveis, humanamente falando, que não podemos ter várias notas, várias certezas, várias características sobre este mesmo objeto. O que temos hoje é uma espécie de kantianismo disfarçado que remete ao tal conceito oco de "coisa em si" para dizer que isso é a glória humana, isto é, a tendência moderna é fazer de uma arapuca mental, um raciocínio vazio, o cume da inteligência humana.
Um outro problema que vejo é uma ótica liberal na cosmovisão, na mundividência dos ditos "livres pensadores". Esta formatação restringe o alcance de visada e faz com que se projete nesta mesma realidade elementos que lhe é estranha como, por exemplo, o subjetivismo egoísta que não tenta provar nada, mas afirmar para si próprio um dado que assim lhe parece verdadeiro.
Quando você, Wendy, diz que Chesterton não tentava provar nada, mas "mostrar para as pessoas a fé que abraçou" é aquilo que falei antes: Chesterton achava que a liberdade era um dom inalienável da pessoa e que não era a sua obrigação provar nada - tal e qual naquela canção abjeta do ex-boiola, ex-aidético e "ex-poeta", Renato Russo, que dizia que "só precisava provar pra todo mundo que não precisava provar nada pra ninguém"... Nada mais errado e nada mais torpe!
Todo o católico é chamado ao testemunho de sua fé com os dons que Deus lhe deu: a catequese, a instrução, a correção fraterna, o aconselhamento, o consolo pela infusão da esperança, perdoar para ser perdoado, suportar exemplarmente as mazelas alheias; estas, inclusive, são as obras de misericórdia espiritual que todos os santos (os amigos de Deus) nos ensinaram com o seu labor e sua pena!
Seria extremamente estranho a Chesterton não ter a intenção de, através dos seus escritos, promover o bem-comum da única fé verdadeira.
O Catolicismo de Chesterton é, como poderia dizer Sto Tomás de Aquino, da mesma substância que o de uma velhinha piedosa: é universal, é acessível a todos que queiram entrar para o único redil da verdade e da bondade que é a Barca de Pedro.
O mais é o liberalismo aplicado a teologia, já que é a aversão a qualquer fixidez que, aos olhos modernos, de um modo ou de outro, mesmo que não se admita, coloca Deus e sua obra na contra-mão da liberdade humana.
Com estima imensa; MMLPimenta.

Wendy A. Carvalho disse...

Obrigado Sr. Pimenta,

Gostei!

Eu também acreditei, por um momento, que a subjetividade era capaz de fomentar certa impotência em alguém. Creio que o Bernanos me daria uma sua com essa frase se eu fosse meramente um relativista; mas creio que ele está errado quando me coloco numa posição subjetivista. No relativismo não existe verdade. Isso aniquila a paixão que a pessoa tem pela busca da verdade e sua vontade até de discutir. Se eu fosse um relativista eu não estaria conversando com vocês, por exemplo. Eu apenas entregaria essas discussões ao descaso. A subjetividade, não. Ela nos faz sentir o desejo mais ardente possível de buscar a verdade: relacionando-se com o próprio Deus. Tomás de Aquino, intelectualmente, tentava escrever e exortar com o intelecto e tal. Paulo também tentou. Mas estes, quando tiveram suas visões, simplesmente ficaram muito mudados. Tomás de Aquino entrou no campo da subjetividade e Paulo também. Paulo até diz: “Meu conhecimento é esterco.” Eu sofri muito quando descobri isso, pois na época eu gostava de debater com ateus e achava que Deus estava agindo na apologética. Mas um amigo chegou e disse: “Já viu Jesus ou os apóstolos fazendo apologia? Apologia é o método de Apolo antes de alcançar a revelação.” Eu sei, isso nos deixa mais “calmos”. Mas é isso que eu quero. Quero ler a Bíblia dando razão a Deus. Jesus nunca fez apologia. Ele chegava lá e destruía tudo, cara. “Se tu opera milagres, Mestre, tu só pode ter vindo de Deus!”. Jesus não respondia com: “Exatamente! Isso é lógico.” Ele chegava e dizia: “Se não nasceres da água e do Espírito não verás o Reino.” Tem idéia do quanto isso é maluco? Subjetividade não é escrupulosidade, saber que as respostas são geradas dentro de você. Dentro de cada um. Sócrates sabia disso. Mas eu não uso a subjetividade pra me deixar com os braços cruzados, a maior prova disso é esse comentário. Nem Tomás de Aquino, nem Chesterton, nem Olavo, nem Kierkegaard, nem qualquer um que tenha alcançado a relação viva com Deus deixou de trabalhar intelectualmente, também. Mas quando estavam sozinhos, no quarto, eles tinham algo muito melhor do que quando estavam escrevendo. Algo mais eterno e inefável.

Anônimo disse...

Wendy, meu caro, acho que você está tomando tudo pelo bagaço!
Essa "subjetividade" que você descreve como algo institucionalizado, mesmo que com aparência de recolhimento, ensimesmamento, não é outra coisa que quietismo - mesmo que mitigado.
Se Cristo fundou a sua Igreja, é por que há uma necessidade eclesial de nos unirmos em espírito e verdade, sob um único Pastor e Seu Vigário.

Wendy A. Carvalho disse...

Você critica meu subjetivisto, mas a subjetividade é tão necessária quanto o objetivismo no intelecto. Digamos que você veja um assassinato e só você é testemunha. Ninguém mais viu. Então você vai, diante do júri, testemunhar contra o verdadeiro assassino. Eu não posso dizer: "Ei! Que subjetividade egoísta." Deus quis revelar aquilo pra você e somente pra você. Algumas pessoas diriam: "Mas é só uma boca que tá dizendo. Não é válido!" Mas o Chesterton diria: "Uma verdade não se torna mais verdade porque muita gente falar, assim como uma mentira não se torna menos mentira depois que se torna famosa."

A subjetividade é necessária, eu acho, para a complementação do intelecto e a sede do saber e do conhecer.

Anônimo disse...

"Somente a consciência individual do agente dá testemunho dos atos sem testemunha, e não há ato mais desprovido de testemunha externa do que o ato de conhecer."
Olavo de Carvalho

Wendy A. Carvalho disse...

Anônimo...

Muito bem! Essa frase do Olavo restabelece minha posição.

Sr. Pimenta,

O que você quer? Onde você quer chegar? Alto lá! Não descrevo "subjetividade" como algo institucionalizado. Descrevo-a como algo impossível ser institucionalizado, até. E não é quietismo, é resignação com o que deve ser resignado.

Tente separar relativismo de subjetivismo. Acho que isso é fundamental para a compreensão mútua.

Wendy A. Carvalho disse...

Cristo não fundou Igreja nenhuma, formalmente. Ele fundou homens eternos. "O Reino de Deus está em vós".

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Wendy,

Seu último comentário é idiota, sem nenhum fundamento, desconhece a realidade história, desconhece todo um corpo de evidências factuais. Desconhece mesmo a lógica. Até então, a discussão estava indo ... digamos bem. Estas idiotices não serão publicadas mais.

Você se tornou aluno do Olavo recentemente e já quer interpretar uma frase dele, assim tão inocentemente. Leia o filósofo mais uns dez anos, medite sobre o que ele fala por mais vinte, e depois dê sua opinião. Sobre estes bobões opinativos, ele escreve em O Imbecil Coletivo. Não queira participar deste grupo.

Se você quiser manter uma discussão comigo ou com meu digníssimo amigo Pimenta, no meu blog, comporte-se!

Anônimo disse...

Wendy, meu caro e confuso amigo, Deus não se engana nem nos engana.
Não adianta sacar uma citação avulsa e tascá-la como justificativa do que quer que seja!
Cristo afirmou também que Pedro era a Pedra de Sua Igreja e lhe pediu para apascentar as Suas ovelhas. Bom... pediu também para os Apóstolos batizarem no Pai, no Filho e no Espírito Santo; pediu também para ensinar e corrigir.
Aqueles que foram ordenados por esses também possuiam a autoridade de poder fazer o mesmo.
Houve também instituído uma transmissibilidade de outorga pela Ordenação.
Várias coisas podem ser elencadas para justificar o "meu ponto de vista", mas uma simples constatação histórica pode provar isso para quem quiser ver.
Há um adágio, usado em Lourdes, que diz: "Para quem tem fé, nenhuma `prova´ é necessária. Para quem não tem fé, nenhuma prova é suficiente".
Bons estudos.

Com estima imensa; MMLPimenta.

Anônimo disse...

Caríssimo Angueth, o Wendy não é má pessoa: é jovem! E, como tal, impetuoso e um pouco além da conta nas suas altivas afirmações sem conteúdo.
Debito tudo isso por conta de um contato precoce e precipitado com temas ainda um pouco desconhecidos, mas tidos como íntimos e arquiconsabidos, já que a visada protestante ou liberal (o que, ao fim e ao cabo, dá na mesma!) estimula esse "sentimento".
Ficamos, por fim, com uma dúvida periclitante: Onde foi que ele comprou esses óculos?! Queria um pra mim!!!

Com amizade imensa; MMLPimenta.

Anônimo disse...

Professor,

Fico admirado com a bondade e paciência que o Sr. e o Sr.MML Pimenta demonstram com o garoto Wendy.
Faço o elogio porque acho que vocês já perceberam que ele só quer polemizar.


Em comunhão de orações,

Carlos

Anônimo disse...

Caro Sr. MML Pimenta,

O Sr. diz que Wendy não é má pessoa. Tem certeza?
Como disse um comentarista anônimo, "é preciso dar-lhe o benefício da dúvida até que observações criteriosas provem o contrário.

Um grande abraço,

Fernando

Wendy A. Carvalho disse...

Mil perdões, Angueth.

Isso aconteceu porquê certo comentário de um anônimo, me fez pensar que era o Sr. Pimenta. Mas não era ele. Tsc! Por isso eu achei um comentário com nível crítico tão baixo. E, ao tentar replicá-lo rebaixei-me a mim mesmo. Perdoe-me pelo meu comentário ridículo, passível de ser excluído pelo sr. e com razão. Por isso, se quiser se livrar destas tão risíveis palavras, não hesite.

Agora sobre o outro anônimo que postou uma frase do Olavo, eu falei o que tinha que falar. Esta frase restabelece ou não reestabelece minha posição? Não era disso que eu falava, caro Angueth? Eu sei que apenas li "A Nova Era e a revolução cultural" e "O Jardim das Aflições" e algumas passagens do "Imbecil Coletivo". No entanto, não preciso ler tudo do Olavo pra saber que ele valoriza a subjetividade. Nisto não me arrependo. Mas me comportarei e lerei direito os nomes dos interlocutores, para que eu não venha estragar a bela discussão que estávamos tendo.

Wendy A. Carvalho disse...

Sr. Pimenta,

Por favor, tenha paciência comigo. Eu pensava que o comentário de certo anônimo era seu. Não paremos por aqui. Como você diz, Deus não se engana e nem nos engana; mas eu me enganei ao achar que era você aquele anônimo. Estou confundido e envergonhado.

Não saquei uma citação avulsa e nem a tasquei como uma justificativa. Eu apenas acho que o Olavo e o Chesterton são autoridades para vocês e para mim. Como eles falavam disso, eu achei que seria bom pra firmar o que eu estava dizendo sem a necessidade de dizer: "Olha, o Olavo diz o que eu disse. Por isso, estou certo." Não! Não é isso. Eu apenas quis mostrar algumas das peronalidades em quem baseio minha posição e que são autoridades não somente filosóficas, mas católicas. Eu não venho pra cá citar protestantes para confirmar ou criticar idéias católicas. Isso seria tendencioso, não seria?

Na Bíblia Ave Maria diz-se que Jesus é a Pedra Angular. E eu encontrei mais dois historiadores sérios e, sobretudo, católicos, que confirmam que Jesus é a Pedra de quem Ele falava. Pedro mesmo diz que não era a Pedra, mas que era Jesus. Vamos perguntar a ele. Pedro, quem é a Pedra?

Pedro - Wendy, Angueth e Pimenta, "Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina." (Atos dos Apóstolos 4:11) Não se fala nada em ordenação, no Novo Testamento. Na Igreja que frequento, que não é católica, eles também falam coisas como essas sobre ordenação, mas isso não se encontra no NT.

Tristemente, Wendy, o pequenino!

Espero que isso não tenha estragado o iníciozinho da nossa amizade, Sr. Angueth e Sr. Pimenta, que demorei tanto tempo pra começar a construir.

Wendy A. Carvalho disse...

Amissíssimo Angueth,

Como te falei pessoalmente (por e-mail) e como postei aqui, o que quero é sua amizade naquilo que concordamos. Eu disse que evitaria falar em protestantismoXcatolicismo. Como começaram, eu estou apenas dando continuidade, embora com o maior respeito e lealdade possível, apesar do erro ocorrido recentemente.

Mas alguns, ditos piedosos e católicos, não parecem gostar que eu esteja tentando ser seu amigo e do Sr. Pimenta e, com isso, ficam jogando coisinhas de mim pra vocês e de vocês pra mim. Esse tipo de coisa é criticada por Deus. Em Provérbios 16:28, o sábio diz: "O homem perverso instiga a contenda, e o intrigante separa os maiores amigos." Não quero falar mal deles, apenas quero dizer que não deixe seu espírito se enfurecer contra mim por causa dessas armadilhas desleais.

Fernando,

você parece estar tão incomodado com a paciência que o Sr. Pimenta demonstrou comigo (e também o Angueth) e parece estar incomodado com o fato de eles não me considerarem má pessoa. Olha, o Olavo de Carvalho, a quem você devia honrar, odéia quem fala mal dos outros, tá bom? Se for pra discordar de mim, venha, okay? Agora ficar falando mal da minha pessoa, o que você ganharia fazendo isso? Existem diversas comunidades no Orkut e outros grupos onde os ateus me odeiam e ficam falando mal de mim, vai lá e se alie com eles.

Wendy A. Carvalho disse...

Carlos,

Se hora assumo um quê de aprendiz; hora, professoral, é porque eu sei que nenhum homem é tão sábio a ponto de não poder aprender e nem tão estúpido, para que não possa ensinar. A língua dupla, é aquela que usa a boca para louvar a Deus e ao mesmo tempo para falar dos outros e pra tentar separar a pouca amizade que eu tenho com o Angueth.

Em dado momento você pergunta: O que será que ele (o Wendy) quer neste blog? Bom, leia meus comentários ao Angueth ou pergunte a ele. Você verá que eu quero ser amigo de bons católicos, pois na política eu me tornei bem conservador e vi que a Igreja Católica é quem mais tem postura correta em relação à política. Eu não deveria estar te dando satisfações, pois o blog não é seu. No entanto, para que não existam polemicazinhas ao meu respeito (e eu nem sou tão importante para que me dêem tanta atenção), resolvi responder-lhe.

Por que você se incomoda com a paciência que o Angueth e o Sr. Pimenta tem por mim? Sinto cheiro de fariseu. Eles, os fariseus, sentiram a mesma coisa quando Jesus não apedrejou a pecadora.

O que você acha que eu quero polemizar aqui, meu amigo? Eu trabalho, tenho minhas obrigações, estudo a maior parte do tempo, e tenho mais o que fazer do que ficar polemizando coisas. Agora eu só acho que o Blogger não é um espaço onde um bando de desocupados fiquem apenas concordando entre si. Ninguém visita meu blog, mas lá eu tô pronto pra apanhar, discutir, confrontar idéias de pessoas que mais discordem de mim e etc. E lá eu não aliso ninguém.

Então, o que eu quero aqui é amizade. É rejeitar as mesmas coisas e amar as mesmas coisas, ao modelo de amizade aquiniana.

Anônimo disse...

Vamos dizer o seguinte: valer-se um de autor e fazer com que ele fale o que se quer é por demais errado!
A "autoridade comum", a "voz unãnime" que se procura tem-na Católicos e protestantes, mas para os primeiros é ela polifônica, pois a encontramos nas Sacras Letras, na Tradição e no Magistério (Uma, Una e Única), e para os últimos é monocórdica já que é o Sola Scriptura e o seu livre exame; e seus múltiplos matizes que o "coração" de cada um pode proporcionar. Só que isso é um ouvido mouco, já que a "fé vem do ouvir [corretamente]"...
Na sua busca de um terreno comum donde se pudesse partir, podería usar o bom-senso de início: Chesterton era católico e isso já é muita coisa, pois nos coloca na seguinte situação: se ele era um dos grandes que conhecemos, se ele era muito melhor do que nós, se ele sabia mais do que nós, se ele se convenceu da excelência do Catolicismo ao ponto de levá-lo a conversão (lembremos que ele levou também a sua amada Francis para a Casa!), bem como de sua defesa contra o desenso e contra-senso reinantes, tentando levar sanidade onde ela foi expulsa dos salões bem-pensantes e das almas mal-pensantes, concluímos que ele ficou com o que era melhor...
A "subjetividade" de Chesterton não lhe enganou quando preteriu o engano e preferiu o vero, o objetivo, o real e o bem que havia, que há e que heverá sempre e em toda a parte na única Igreja de Cristo, que é a Católica Apostólica Romana.
Cristo realmente é a Pedra Angular da Igreja, mas Pedro é a Pedra Fundamental: onde Cristo (Verbo; Deus mesmo) era pré-figurado pelos profetas na história com o romance de Seu povo, Cristo de fato usou Pedro para, insofimavelmente, lançar os fundamentos de Sua Igreja universal, que é Católica. Isto é, de alicerces carnais de consanguinidade, passou-se a laços espirituais de amor e fidelidade. Dos circuncidados na carne, para aqueles que eram circuncisos no coração.
Se o espírito é mais forte que a carne, há que ser mais forte os elos da corrente da verdade que há no compromisso da alma e não da mera genealogia!
Essa estória também de hiperespiritualizar a "Igreja" e fazer dela uma adesão informal a um pastor qualquer, ou fazer-se pastor pelo "chamado divino" (que só há na cabeça do sujeito pelo eco de suas próprias vozes de soberba) ou filiar-se a uma igrejola de um "bispo(a)", "profeta(isa)", "missionário(a)", "pastor(a)" é a maior patacoada, pois faz de uma coisa extraordinária e muito bem definida, algo comum e "ordinário", se é que me entende...
Essa explosão de carismas e unções, profetismo e libertação, bençãos e quebra de maldições, milagres e curas é típico de uma época decadente que anseia por algo espetaculoso que maravilha os tolos, pois pedem provas materiais de prosperidade (seja ela qual for!) para crer que se está no caminho certo, mas esquece-se de que o óbvio e ululante, a desconcertante verdade quotidiana, o claro e insofismável é dado pela prova histórica: qualquer igrejola desta você poderá rastrear e comprovar que um fulano a inaugurou, que beltrano a fundou ou que cicrano a "fez do nada", mas... pela mesmíssima prova histórica podemos comprovar que a Igreja Católica Apostólica Romana descende direto da fé dos apóstolos, possui uma Sé em Roma e é universal, pois alcança todo o orbe, tal e qual Cristo que a firmou sobre si, pois era a Pedra Angular. Para não haver dúvida desse gesto, fez de um pecador voluntarioso a Pedra Fundamental de Sua Igreja, isto é, não está firmada num homem, mas num Deus e numa outorga divina! Por isso os Portões do Inferno jamais prevalecerão!!!
Com estima e um desejo inconfesso de que tome juízo; MMLPimenta.

Anônimo disse...

Protestante se pronuncia

Prezado MMLPimenta,

Sou protestante aberto ao catolicismo. Tanto é que o estou estudando com mente aberta para, se chamado, entregar-me. Mas até o momento não fui chamado.

Se você ler Da Liberdade do Cristão, de Lutero, verá que ele não defendeu a livre interpretação, mas apena o livre exame, assim como foi sugerido em diversas passagens bíblicas.

Por exemplo, próprio Jesus afirmou: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; João 5:39".

Jesus afirmou que Nicodemus, por exemplo, era mestre nas escrituras, mas não havia conseguido discernir nela a verdade sobre Ele.

Pedro evocou as escrituras muitas vezes. Todos os apóstolos a tinham como fonte da verdade.

Quanto à interpretação das escrituras, a História da Igreja mostra que sempre houve muitas discordãncias. Leia-se, por exemplo História da Filosofia Cristã, de Etienne Gilson.

Lutero - não sou seu adepto, mas que era autorizado a ensinar sobre a Bíblia pela própria ICAR - seguiu uma linha de vários teólogos que tinham uma innterpretações discordantes da linha oficial. Nessa linha estão, por exemplo, Marcílio de Pádua e Ockhan.

O próprio Santo Tomas discordou de Santo Agostinho em certos aspectos. Subjetividades, portanto, sempre estiveram no cerne das interpretações. Dai eu concordar com a necessidade do dogma assim como o estabelece a ICAR.

Como já disse, nasci em lar protestante, mas estou pesquisanddo o catolicismo com a mente aberta. Tenho aprendido muito com você e o Prof. Angueth.

Em Cristo - e por que não, Maria e José? -

Protestante aberto ao catolicismo

Wendy A. Carvalho disse...

Valer-se de um autor é errado segundo que padrões? Chesterton, penso eu, escolheu o catolicismo, porque o protestantismo da época e da Inglaterra era podre. Eu não seria protestante naquela época nem que me pagassem, na Inglaterra.

Não sei qual é o problema de vocês com quem usa somente as Escrituras. Algumas pessoas crêem que a Bíblia é a Palavra de Deus, e citam o verso de Paulo suprematizando o uso de toda escritura divinamente inspirada (II Timóteo 3:16). Eu não uso esse tal "Sola Scriptura" eu uso o "Solo Cristo". Não me relaciono com a Bíblia (objetividade), eu me relaciono com Jesus (subjetividade). Não quero um objeto pra me relacionar, quero uma pessoa, um sujeito (daí o nome subjetividade). Os protestantes, por isso, me criticam. Como já falei, não sou um protestante, não ache que eu faço tudo o que um protestante faz. Desse modo, concordo com todas as críticas ao protestantismo que você fez. Agora não concordo com a sua apologia ao catolicismo. Por quê?

Única Igreja? Isso é de um monocromatismo tão raso, Sr. Pimenta, que eu não posso ser omisso. Por isso digo que o catolicismo de Chesterton reflete em não mais que 1% dos católicos. Nunca vi, nas suas principais obras, ele dizendo que a ICAR é a Única Igreja ou coisa assim. É claro que a Igreja é única, o que não quer dizer que seja a Católica. Não dá pra dizer quem é e quem não é do Reino. Jesus falava que muitas pessoas viriam do Oriente e do Ocidente e tomariam lugares à mesa com Abraão, Isaac e Jacó (e Ele sempre incluia pecadores) enquanto que os presunçosos detentores do Reino ficariam de fora. (Mateus 8:11; 9:10) Se você é espiritual o suficiente pra acreditar em Jesus, você logo irá ver um filme em sua cabeça de índios, wiccanos, prostitutas, e muitos outros sendo salvos no grande dia, tomando lugares à mesa com Abraão, Isaac e Jacó, não por serem dignos, mas por serem indignos.

Acho que vocês acusam o Sola Scriptura dos protestantes porque vocês não sabem lidar com a Bíblia e ficam acrescentando interpretações muitas vezes extravagantes das passagens bíblicas por vocês citadas. "Pedro, tu és Pedro. E sobre esta Pedra edificarei a Minha Igreja." Vamos perguntar se Pedro é a Pedra Fundamental a ele? É melhor.

Wendy A. Carvalho disse...

Nós - Pedro, você é a Pedra Angular?

Pedro - Não, o Mestre o é, como já vos disse.

Nós - Você não é nem um tipo de Pedra Fundamental? (Entra Paulo)

Pedro - Jesus nunca me disse isso. Paulo, o que Deus te mostra sobre a questão deles?

Nós - Paulo, o Pedro disse não ser a Pedra Angular, mas ele é algum tipo de "Pedra Fundamental"?

Paulo - Hahaha! Claro que não. Ele faz parte do alicerce que constrói o templo, mas a pedra mesmo é Jesus, a pedra de esquina, a pedra angular, a pedra fundamental. Eu, Pedro e os outros apóstolos e profetas, somos simplesmente as pedras do alicerce da construção do templo. E vocês são como um edifício e estão construídos sobre este alicerce que nós e os profetas colocamos (Efésios 2:20). E a Pedra Fundamental deste edifício é o próprio Cristo Jesus. Os profetas diziam isso, mesmo sem nos conhecer. Hoje mesmo eu tava lendo o (Zacarias 10:4). Ele (Jesus) mantém o edifício todo bem firme e faz com que cresça como um templo dedicado ao Senhor (Efésios 2:21). Assim vocês também, unidos com Cristo, estão sendo construídos, junto com os outros, para se tornarem uma casa onde Deus vive por meio de seu Espírito (Efésios 2:22). Nós estamos mais humilhados que vocês, pois em Jesus, o que quer ser grande será o primeiro que deve servir, por isso somos pedras do alicerce, somos apenas o alicerce. E Pedro não escapa dessa, né, Pedro? Hehe!

Pedro - O Espírito Santo confirma em meu ser o que o Paulo disse! Sou, assim como meus amigos apóstolos e os profetas, meramente uma pedra de alicerce, embora o alicerce seja de grande importância, também. “Cheguem perto de Jesus, a pedra viva que os seres humanos rejeitaram como inútil, mas que Deus escolheu como de grande valor. Vocês, também, COMO PEDRAS VIVAS, deixem que Deus os use na construção deste templo espiritual onde vocês servirão como sacerdotes dedicados a Deus. E isso para que, por meio de Jesus Cristo, ofereçam sacrifícios que Deus aceite. Pois as Escrituras Sagradas dizem: “Escolhi uma pedra de muito valor, que agora ponho em Sião como a pedra principal do alicerce. Quem crer nela não ficará desiludido.” (Isaías 28:16)” (I Pedro 2:4-6)

Wendy A. Carvalho disse...

No dia do “Tu és Pedro” Jesus falava comigo e com meus amigos, discípulos dEle (Mateus 16:13). O contexto da conversa não girava em torno de mim, girava em torno do próprio Mestre, pois a pergunta era “Quem o povo diz que o Filho do Homem é?” Depois Ele perguntou para nós quem nós achávamos que Ele era e eu respondi rápido a pergunta dele. Sempre gostei de estar na frente. Em toda sala de aula tem aqueles alunos que querem responder mais rápido. Então eu respondi rápido e ele se virou pra mim, pois eu tinha falado primeiro e começou a dialogar comigo, dizendo o que ele disse pra todos os meus amigos (João 20:23). Ele estava usando de mim como um exemplo, pois fui eu quem chamou a atenção dele naquele dia, por ter falado primeiro. Se o João tivesse respondido primeiro, ele teria falado aquilo com João. Eu sempre fui assim com Jesus. Sempre competi. Até pensei ser forte o bastante para não deixá-lo morrer, mas quando eu disse que isso não aconteceria, ele mudou completamente o semblante e me repreendeu asperamente (Mateus 16:23). Quando viajei com o Marcos pra Roma, os romanos nos pediram que escrevêssemos tudo o que nós havíamos pregado (História Eclesiástica, Eusébio de Cesaréia, Livro II, capítulos XIV e XV). Então pedi ao Marcos que escrevesse o que eu dissesse. E eu nem contei isso que o Mateus diz, porque eu nem me lembrava. Isso que o Senhor falou foi de extrema importância pra mim. Ele se relacionando comigo. Um indivíduo se relacionando com outro. Mas fiquei bastante contente quando ele deu a mesma autoridade pra todos (João 20).

Pimenta – A crença de que Pedro é a Pedra Fundamental descende da fé dos apóstolos.

Paulo – Não, não descende.

Com estima e um grande desejo de que um dia você venha a duvidar de si próprio e dê razão a Deus (não a mim); W. A. Carvalho, o pequenino.

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Wendy,

Você não só tem a pretensão de conhecer a obra de Olavo e interpretar suas frases soltas, como tem também a pretensão de conhecer as "principais" obras de Chesterton e sair dando opiniões.

Você diz:"Nunca vi, nas suas [de Chesteron] principais obras, ele dizendo que a ICAR é a Única Igreja ou coisa assim. É claro que a Igreja é única, o que não quer dizer que seja a Católica."

Você nunca viu porque você não conhece as obras principais de Chesterton. Ele diz em Hereges: "Quando Cristo, num momento simbólico, estava estabelecendo Sua grande sociedade, Ele escolheu para sua pedra fundamental não o brilhante Paulo, nem o místico João, mas um embusteiro, um arrogante, um covarde – em uma palavra, um homem. E sobre aquela pedra Ele construiu Sua Igreja, e as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Todos os impérios e reinos fracassaram, por causa dessa inerente e contínua fraqueza: eles foram fundados sobre homens fortes. Mas essa coisa única, a Igreja Cristã histórica, foi fundada sobre um homem fraco, e por esta razão é indestrutível. Pois nenhuma corrente é mais forte que seu elo mais fraco."

Viu agora? Viu como Chesterton foi católico, como considerou a Igreja Católica como a ÚNICA Igreja de Cristo, como a ÚNICA que ele fundou, sobre UMA ÚNICA PEDRA FUNDAMENTAL?

Leia mais e fale menos. Acima de tudo, não queira ter opinião sobre tudo.

Anônimo disse...

Posicionamento oficial da Igreja Católica Apostólica Romana. Fonte: Compêdio Católico, disponível em www.vatican.va

163. Como considerar os cristãos não católicos?

817-819

Nas Igrejas e comunidades eclesiais, que se desligaram da plena comunhão da Igreja católica, encontram-se muitos elementos de santificação e de verdade. Todos estes bens provêm de Cristo e conduzem para a unidade católica. Os membros destas Igrejas e comunidades são incorporados em Cristo pelo Baptismo: por isso, nós reconhecemo-los como irmãos.

164. Como empenhar-se em favor da unidade dos cristãos?

820-822
866

O desejo de restabelecer a união de todos os cristãos é um dom de Cristo e um apelo do Espírito. Ele diz respeito a toda a Igreja e realiza-se mediante a conversão do coração, a oração, o recíproco conhecimento fraterno, o diálogo teológico.

Em NSJC

Anônimo disse...

Ao Wendy com carinho:


"Portanto, meus amados irmãos, todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar. Tiago 1:19"

"É soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, 1 Timóteo 6:4"

"Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs. Tito 3:9"

Em Cristo

Wendy A. Carvalho disse...

Em que universo Heretics é uma das principais obras de Chesterton? Hehe! Todo mundo fala do Padre Brown, todo mundo leu Ortodoxia, todo mundo fala das Biografias dos Santos Aquino e De Assis; todo mundo tá lendo O Homem Eterno e todo mundo já pegou num exemplar de O Homem Que Foi Quinta-Feira. Agora para encontrar Heretics eu tivi que encontrar o ManyBooks e começar a traduzi-lo, já que eu tinha lido Ortodoxia. Há até um dicionário de pensadores cristãos onde fala-se do Chesterton e não se cita Heretics. Sei que Ortodoxia complementa este, mas Heretics não é conhecido por muitos. Eu só li os três primeiros capítulos porque tava traduzindo e quando vi que você já tinha traduzido os cinco capítulos primeiros e havia postado no blog, parei e começei "Tremendous Trifles" que quase deu nome ao meu blog.

Então minha frase permanece. Nas PRINCIPAIS obras de Chesterton, ele não diz que a Igreja Única é a Católica.

Jesus fundou sua Igreja sobre Pedro? Mas é claro. A fundou sobre todas as pedras de alicerce(Efésios 2:20-22): Paulo, João, Pedro, Isaías, Zacarias, etc. No entanto, o que é que tem a ver Jesus dizer: "Wendy, sobre ti edificarei minha Igreja." Com a suprematização de Pedro. Todo aquele que crê é a Igreja, ao mesmo tempo que é apenas uma pedra da construção. TODO aquele que crê em Jesus e é batisado. Agora de que modo Jesus tornaria Pedro maior que os outros, isso é impossível se contemplarmos a personalidade de Jesus em TODO o Evangelho. Eu reli os 4 Evangelhos recentemente, debaixo de oração (ainda que simples), acho que vocês deveriam fazer o mesmo. E leiam dando razão a Deus. E Chesterton só errou nisso daí, pelo simples fato de ter sido católico. Esse é um dos motivos de eu não ser católico. Sim! E é exatamente aí onde acho que Chesterton falhou. Todo grande homem tem que ter uma fraqueza preocupante.

Não quero ter opinião sobre tudo. A frase do Olavo que o anônimo citou resumia tudo o que eu vinha dizendo. As PRINCIPAIS obras de Chesterton não dizem nada sobre a supremacia de Pedro como Pedra Fundamental.

Anônimo disse...

Ai, ai, ai... Os jovens, sempre eles... Precipitados. Apressados. Cheios de determinação. Nem bem sairam das fraldas do conhecimento e se metem a debater coisas que estão muito além de sua compreensão e capacidade argumentativa...
Economia da salvação, teologia, soterologia, eclesiologia, metafísica, crítica literária, filosofia, metafísica e demais ciências são passadas em desfile com garbo e pouca profundidade.
Como um dileto amigo costuma falar: "Pimenta, na superfície tudo é mais fácil!".
Vejo que, no mais das vezes, o amigo Wendy se confunde consigo próprio já que saca algumas criações em prosa, na forma de diálogo fictício, onde os personagens dizem o que vai na mente do autor e não aquilo que é certo e indubitável nas Letras Sacras: como exercício de imaginação é bom, mas como exercício de conhecimento é péssimo!
Há uma máxima pedagógica que diz: quando há uma quantidade muito grande de contradições provadas para o sujeito, cria-se uma espécie de resistência à desintoxicação de tanta sabença.
Como eu não estou a fim de promover nenhuma desistência de progresso na fé de ninguém (pois devemos saber quando falar e, principalmente, quando calar) recolho os meus trapinhos de idéias e me silencio.

Wendy, bons estudos. Rezo por ti.
MMLPimenta

Anônimo disse...

Ao amigo Anônimo Protestante Quase-Católico;
Prezado, para cada potência da alma há um objeto que é o seu repouso e seu fim.
Para a vontade é o bem, mas quem mostra para a vontade o verdadeiro bem é a razão, pois a verdade tem precedência sobre o bem.
Quando nos comprometemos com a Verdade devemos estar aptos a acolhe-la na sua integridade; sem corrompê-la, sem denegri-la, mas tendo imensa gratidão por reconhecê-la!
A razão tem o seu repouso, sua satisfação, com a posse da verdade.
Não podemos ser semelhantes ao louco da anedota:
Encontraram o louco procurando por algo do lado de fora da Casa. Perguntaram: Louco, o que procuras?
Respondeu: Perdi a minha fé... E não consigo encontrar!
Pôxa, respondeu o amigo preocupado, você sabe onde onde, mais ou menos perdeu?
Ah, respondeu o louco meio eufórico pela sua procura desesperada, perdi lá na Casa!!!
Mas..., respondeu o amigo estupefacto, se você perdeu lá na Casa, por que está procurando aqui fora?!
É que aqui fora tem mais luz, respondeu o louco crente de sua lógica impecável.
Moral da História: será que Deus deixaria todos nós a mercê de nossas loucuras para encontrarmos a verdade sozinhos e "do lado de fora" de Sua Casa?...

Com amizade; MMLPimenta.

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Então tá, Wendy.! Curvo-me ao seu conhecimento da obra completa de Chesterton.

Encerremos por aqui nossas discussões, até uma outra oportunidade, quando você tiver menos opiniões a respeito de tudo.

Anônimo disse...

Professor,

Continuo admirando sua paciência e bondade com o garoto Wendy.
Ele diz que não quer polemizar, mas já não ficou claro que é exatamente isso que ele quer? Ele vem até um blog católico, escreve tranquilamente que "Cristo não fundou nenhuma igreja formalmente. Ele fundou homens eternos. "O Reino de Deus está em nós". Se isso não é querer causar polêmica, não sei o que é.
E esse tom de ironia ao perguntar "em que universo o Heretics é uma das obras principais de Chesterton? Hehe!" é de amargar.
Mais do que polemizar eu agora acho que ele vem aqui também para provocar.

Em comunhão de orações,

Carlos

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Carlos,

Obrigado por seus comentários sempre muito oportunos. Acho que a discussão realmente possou dos limites. Por isso, meu caríssimo Marcus Pimenta se recolheu ao silêncio e o Wendy também se recolherá. Ele já falou o suficiente.

Em JMJ.

Anônimo disse...

Um conselho ao Wendy

1. O peixe morre pela boca;
2. Quem muito fala não é ouvido.

Se quer um mestre - como o Prof. Angueth - veja Karatê Kid 1 e aprenda a se compotar diante dele. A primeira regra é: siga as instruções calado. Após fazer o dever de casa você poderá compreender o suficiente para continuar calado ou, se necessário, perguntar para aprender, ao invés de ensinar.

Em Cristo

Anônimo disse...

Caro MMLPImenta
De novo o protestante

"E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; Lucas 11:9"

Se eu estava na Caverna de Platão, agora estou com os olhos cegos por excesso de luz. Mas estou apalpando. Se a verdade estiver no catolicismo, espero que Deus me ilumine para encontrá-la.

Muitos estão deixando o catolicismo dizendo que a verdade não está lá. Eu parto de uma possibilidade e suspendo o julgamento. Sei que há confusão por lá. Mas não concluí ainda que devo eliminá-lo das minhas cogitações.

Estou na luta para compreender!

Protestante aberto ao catolicismo

Anônimo disse...

Meu caro amigo Protestante Quase-Católico, a humildade nos torna capazes de Deus e é o primeiro degrau da sabedoria.
Sto Tomás nos ensina que: “Qualquer amigo verdadeiro quer para seu amigo: 1) que exista e viva; 2) todos os bens; 3) fazer-lhe o bem; 4) deleitar-se com sua convivência; e 5) finalmente compartilhar com ele suas alegrias e tristezas, vivendo com ele um só coração” (Santo Tomás de Aquino, “Summa Theologiae”, II-II, q. 25, a. 7).
E que este único coração seja o nosso com o Sagrado Coração e o Imaculado Coração!!!

Nos corações de Jesus, Maria e José;
MMLPimenta

Wendy A. Carvalho disse...

Caro Angueth,

para que não haja dúvidas de eu não querer polemizar nada, embora eu tenha feito algumas inferências fortes, sugiro, sem medo e vergonha alguns, que o Sr. Pimenta deve ficar com o prêmio da discussão. Como você e eu sabemos, nunca deu certo que eu e você debatêssemos sobre protestantismoXcatolicismo, não porque somos ignorantes, mas porque o debate, segundo Chesterton, só deve acontecer quando se diz aquilo que não está em discussão e onde se quer chegar. E nós nunca elencamos esse tipo de coisa um para o outro.

De qualquer modo, eu gostei de ter debatido, pela primeira vez, com você o Sr. Pimenta juntos, o que acho que moderou as coisas. Como falei, creio que o debate nos enriquece e nos abre os olhos e eu sou grato a vocês e a Deus por esses momentos.

Quando você postar sobre política, sobre literatura, sobre Chesterton, eu venho aqui. Sobre religião, protestantismoXcatolicismo, quero evitar.

Grato, Wendy A. Carvalho.

Wendy A. Carvalho disse...

Conhecimento da obra completa do Chesterton? hahaha! Não li nem o Padre Brown todo, ainda. Hahaha! Ore por meu inglês.

Ah, e por falar em ler... Que livros, Angueth, você me indicaria - livros que você considera extremamente importantes - para que eu pudesse estar seguramente engajado no debate teológico e apologético católico? Tenho na estante somente alguns tratados, a História Eclesiástica do Eusébio e outros. Não economize, pode citar quantos livros quiser.

Anônimo disse...

O Wendy continua muito ansioso. Ele precisa de ajuda profissional. A Bíblia, que ele deve conhecer de cor, não é suficiente para ele.

Que Deus o abençoe!

Em Cristo

Anônimo disse...

“Toma cuidado com o homem de um só livro” (Santo Tomás de Aquino).
Lapidar o aviso e advertência de Frei Tomás.

Sobre o Pe. Brown há um aqui http://www.editorapermanencia.com/loja/product.php?id_product=14 e outros aqui http://www.europa-america.pt/advanced_search_result.php?keywords=padre+brown
Visite a comunidade de Cheserton PT no Orkut: lá há uma série de outros informações, textos e vídeos sobre o insigne autor anglo-saxão.

Anônimo disse...

O dono da comunidade Chesterton PT no Orkut é um cara sagaz, inteligente, chato, prestativo, camarada, legal pra caramba, impertinente e metido a saber qualquer coisa.
Recomendo enfaticamente!
MMLPimenta

Wendy A. Carvalho disse...

Anônimo "ansioso"

Valha-me!

Anônimo dos links...

Eu participo da comunidade, já. :D Eu quero ler O Padre Brown em inglês, mesmo. Mas com certeza, assim que eu puder, vou comprar esse exemplar, sim.

Valeu!

Anônimo disse...

Lição de casa:

"Em todo trabalho há proveito, mas ficar só em palavras leva à pobreza. Provérbios 14:2"

Às vezes fico pensando que preferimos o palavrório para aplacar nossa consciência. O verdadeiro trabalho - agir segundo o Evangelho - costumamos deixar para os outros.

Há uma música que diz: - A lição sabemos de cor. Resta aprender.

Que Deus nos livre de viver farisaicamente!

Wendy A. Carvalho disse...

Sou da mesma opinião, por isso sempre fui contra qualquer escola dominical, curso bíblico, catecismo ou qualquer coisa desse tipo, pelo simples motivo de não nos ensinar a agir, mas a ficar apenas no palavrório raso e vazio. Quando você lembra das ações de Jesus mais do que no significado de suas palavras, você começa a ser transformado gritantemente. Você vive não de discursozinhos, mas de pancadas da existência.

Anônimo disse...

Não conhecia Chesterton até ler alguns aforismos. Não há muito a dizer: brilhante, brilhante e brilhante. No mesmo instante parti dos aforismos para os textos.

WRamiro disse...

Caro Angueth

Apenas o conheço por este blog, e frequentemente visito, aqui aprendi a tentar ler Chesterton, compro sempre que possível os livros deste convertido notável, adquiro regularmente, Lewis, Belloc, Tolkien e outros autores muito bons e é claro os livros de Sua Santidade o Papa Bento XVI.

Agora com meus 52 anos, com todo acesso à literatura disponível e após conhecer Ortodoxia, O Homem Eterno e outros, fiquei curioso, para saber como um protestante poderia se comportar, se lesse ao menos Ortodoxia, sempre imaginei que sendo honesto, tal protestante correria para confessar sua heresia ou admitir sua burrice.

Mas eis que tive o desgosto de deparar nestes comentários, com este garoto Wendy (Estereótipo de um protestante profissional)

Não digo, que lhe falte humildade, falta-lhe fé.
Nem digo que lhe falte respeito à inteligência, falta-lhe inteligência.
Jamais diria, que a este menino faltarão seguidores, neste tempos pós-modernos em que ele vive, ele já deve estar com sua "igreja protestante" aberta, de coração que ele seja feliz.

Anônimo disse...

kkkkk uai, quem quiser saber a opinião verdadeira de Chesterton sobre a igreja católica, leia um livro que ele deixa ela claramente exposta : Todos os caminhos levam a Roma. E hereges foi escrita quando Chesterton ainda era anglicano. E sim, ele morreu católico, e defendeu a Igreja e seus princípios de muitos detratores.

Reginaldo Pereira disse...

É como sempre digo... Uns gostam dos olhos. Outros da ramela! Decididamente Chesterton não é para idiotas!!! A não ser pelo fato de podermos gargalhar aos borbotões quando os vemos criticá-lo!