09/04/2017

Frequentar ou não frequentar, eis a questão

Um leitor me escreve dizendo morar longe de uma cidade onde há Missa Tridentina e que “não tenho frequentado missas modernistas e não tenho me comungado.” Além disso, ele afirma: “Se não desejo frequentar a missa moderna e consequentemente não posso me comungar numa missa modernista, estou em pecado?” Penso ser esta uma dúvida de muitos.

A Missa de Paulo VI, missa instituída depois do Concílio Vaticano II, também chamada de Rito Romano Ordinário, é uma missa católica válida. Nela há a Consagração da Hóstia e o Sacrifício de Nosso Senhor é celebrado validamente. Há muitíssimos abusos atualmente nas missas espalhadas por aí. Isso não tem nada a ver com a validade do Sacramento.

Outra coisa: devemos ir à Missa não por quaisquer desejos. Devemos ir à Missa porque é nossa obrigação para com Deus. Quando não havia em minha cidade a Missa Tridentina, eu frequentava as Missas modernas. Escolhia sempre o padre mais piedoso e a missa menos barulhenta; descobri que as primeiras missas do dia são menos barulhentas; é que quem faz barulho deve acordar mais tarde. Descobri também que os padres mais piedosos hoje em dia são os mais intelectualmente desapetrechados, aqueles que não absorveram, pela graça de Deus, as falsidades que são ensinadas hoje nos seminários. Esse tipo de padre fala pouco na homilia e não procura aparecer como astro da Missa.


Finalmente, você leitor pode e deve comungar na Missa moderna, se estiver em estado de graça. O que se deve evitar terminantemente é a comunhão na mão; se possível deve-se também recebê-la de joelhos. Repetindo: há a Consagração e o Sacramento é válido.

6 comentários:

Carlos Soares disse...

Caro Professor Angueth,

Salve Maria!

Belo post. Eu tambem gosto das missas mais calmas. Uma missa bem calma é a transmitida pela Rede Vida, as 06:45 h. Exatamente como o Sr. postou, pela manhã.

grande abraço

Anônimo disse...

Bom dia,

Sou o leitor que postou no comentário anterior e agradeço por responder, principalmente postando um artigo sobre o tema. Me esclareceu a dúvida, porém, infelizmente, não tenho a opção, como o ilustre, de escolher uma missa menos barulhenta. Na cidade onde moro é barulhenta a do período da manhã e o da noite. As missas são acompanhadas de cantorias ao estilo africano, com instrumentos como atabaques, chocalhos e pandeiros (o que não é aceito pelo magistério Redemptionis Sacramentum). Como diz o ditado: "durma-se com um barulho desses".

Entre outros assuntos que pesquisei na internet, este foi um vídeo que me levantou algumas dúvidas https://www.youtube.com/watch?v=laizIEmnF1U se possível, sem abusar de sua boa vontade, gostaria de uma opinião do ilustre.

Att,

Antônio Emílio Angueth de Araújo disse...

Caro anônimo,

Peço-lhe que você se identifique em seus próximos comentários. Conversar com anônimos não é uma atividade que eu aprecio. Faço isso inicialmente, mas não vejo motivo para continuar a fazê-lo em discussões posteriores.

Você me envia um vídeo da FSSPX cuja posição em relação à Missa eu já conheço. O assunto é complexo e há visões diferentes sobre ele até mesmo dentro do movimento tradicionalista. Veja que o vídeo (parte II) cita o Michael Davies, num dos livros de sua extraordinária trilogia sobre o Concílio Vaticano II. Mas deixa de citar um livro do mesmo autor em que ele defende a legitimidade de Missa nova e a de sua promulgação: I Am Always With You. Vale a pena ler.

Eu continuo com a mesma opinião e concordo com a sugestão de participação passiva, rezando o terço durante a Missa. Penso também que é discutível a questão dos fiéis estarem dispensados do preceito, pois isso não é claro no Código do Direito Canônico.

De qualquer forma, como fiel comum, eu prefiro respeitar o preceito do que arriscar uma falta grave, baseando-me em raciocínios que são discutíveis. Minha preocupação é a nossa relação com Nosso Senhor Jesus Cristo, onde quer que ela se dê.

Fique com Deus e não hesite em me escrever.

Ad Iesum per Mariam.

Anônimo disse...

Bom dia,

Conforme me recomendou, assisti à segunda parte do vídeo, inclusive a matéria também orienta àqueles católicos que não querem ou não podem frequentar uma missa nova. Mencionou também sobre Michael Davis, mas em sua obra intitulada "Pope Paul’s New Mass".
Pesquisando aqui e ali, encontrei na Internet uma passagem desse livro em que o próprio Davis menciona que o Rito Ordinário foi destruído. O que dizer então dessa dubiedade em relação à obra I Am Always With You que mencionou?
Muitas coisas horríveis vem ocorrendo na Igreja nos últimos séculos: a invasão maçônica, protestantismo, comunismo e todos os ismos do inferno pululam na Igreja.
Até mesmo uma missa sacrílega já foi rezada numa capela da Santa Sé no pontificado de Paulo VI.
O último concílio foi a pá de cal que reverberou na fé de uma gama de milhões de fiéis. Os últimos cinco Papas enfraqueceram a Igreja como nunca antes na história. O avanço do protestantismo é notório na Terra de Santa Cruz em toda a América Latina, por conta desse enfraquecimento.
Fica muito difícil, sem atingir minha consciência, continuar a frequentar uma missa nova. O preceito grave acima, colocado pelo professor, é mais latente para mim em ter que ceder a uma missa nova. O tempo vem mostrando, mais claramente, que essa missa deve ser evitada e em razão de minha impossibilidade em frequentar uma Missa Tridentina, conforme comentei no artigo anterior, me coloca numa situação de fazer como instrui no final da segunda parte do vídeo.

Com muita estima,

Anônimo
Eduardo

Unknown disse...

Caro Angueth,

Em relação à missa nova fico com o conselho de Mons. Lefebvre: ela pode ser válida mas é ilícita, além de colocar em risco nossa fé porque feita é de modo a agradar os protestantes, escondendo bem escondido a fé católica. E isto é declarado com o maior descaro.
Eu e minha família ficamos bem longe desse rito criado para o culto de uma outra religião não a católica.
Abraços

Isac disse...

Isso mesmo, com relação à S Missa Novus Ordo, porém, a detestável prática de dar a S Comunhão nas mãos permitida por certos prelados e padres que aceitam proceder dessa maneira, talvez lhes renderiam seríssimos problemas para eles do lado de lá por haver de muitas formas profanações e pisoteio de micro partículas consagradas, sem citarem resquicios quase invisíveis nas mãos e/ou desvios para cultos satanistas!
Igualmente, as reprovaveis celebrações ruidosas, mais se parecendo shows-missas, idem ao acima - obras da maçonaria eclesiástica!
*“O mesmo sucederá com a Sagrada Comunhão. Mas, ai! quanto sinto ao te manifestar que haverá muitos e enormes sacrilégios públicos e também ocultos de profanação da Sagrada Eucaristia. .... Meu Filho Santíssimo ver-Se-á jogado ao chão e pisoteado por pés imundos”.
*N Senhora do Bom Sucesso.