23/12/2012

Blog entrevista Chesterton: Natal com Chesterton – Parte IV


Graças à Sra. Chesterton, tivemos acesso a algumas observações do gênio inglês sobre o Natal, escritas aqui e ali e coletadas por sua secretária, Dorothy Collins. O Sr. Chesterton está muito ocupado para dar qualquer declaração no momento. A Sra. Chesterton nos enviou os pequenos textos, quatro no total, a tempo de os publicarmos durante o Advento de 2012. Agradecemos a gentileza e a confiança.

Com este texto, o blog aproveita para desejar a todos os seus leitores um feliz e santo Natal. Que celebrando a primeira vinda de Salvador não esqueçamos de Sua segunda vinda e nos preparemos para ela!


Há por aí algumas contradições sobre o Natal – e, de fato, sobre as tradições cristãs em geral. Elas são aparentes em indivíduos que nos afirmam, em jornais e outros lugares, que se emanciparam de dogmas, e agora se propõem a viver o espírito do cristianismo. A que eu respondo: “Ok. Vá em frente,” ou palavras similares. Mas então sempre me encontro confrontado com este fato extraordinário. Eles começam a viver o espírito do cristianismo, e lançam-se freneticamente a impedir as pessoas pobres de beberem cerveja, impedir as nações oprimidas de se defenderem contra os tiranos (porque isso pode levar à guerra), a tirar crianças deficientes de seus pais e trancá-las em algum tipo de sanatório materialista, etc. E então eles ficam surpresos quanto digo-lhes que eles tem muito menos o espírito do que a letra do cristianismo, do que suas palavras,  do que a terminologia de seus dogmas. De fato, eles mantiveram algumas das palavras e terminologia, palavras como paz, justiça e amor; mas fazem essas palavras significarem uma atmosfera completamente estranha ao cristianismo; eles mantiveram a letra e perderam o espírito.

E tal como acontece com o cristianismo, assim também com o Natal. Se os homens soubessem exatamente o que querem dizer com Natal, e então começassem a criar novos símbolos, novas cerimônias, novas brincadeiras, isso poderia ser uma coisa boa. Algo do tipo pode acontecer, muito provavelmente, naquele mundo dos homens modernos que sabem o que o Natal significa. Mas a maior parte das modificações que são discutidas nas revistas e em outros lugares são o exato reverso disso. Elas são realmente modos por meio dos quais os homens podem manter o nome de Natal, e uns poucos esmaecidos símbolos natalinos, enquanto fazem algo totalmente diferente.


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