11/06/2009

Lições das Missas dominicais pós-Vaticano II – Adendo IV

Comento abaixo o folheto O Domingo, da Missa do Corpo e Sangue de Cristo, de 11/06/2009. Divido o comentário em quatro partes.

1. Ritos Iniciais
O texto dos Ritos Iniciais é: “Irmãos e irmãs, Cristo nos convida a fazer parte de sua família e quer nos nutrir com sua palavra e com a eucaristia. Ele se doa como alimento e como bebida para sustentar nossa caminhada rumo à convivência fraterna e solidária e à morada celeste” [Os negritos são meus].

Cristo não nos convida a nada. Ele nos admoesta, nos avisa, nos alerta, nos conscientiza, nos mostra o caminho, nos descreve a situação do ser humano, nos .... O que ele não faz é convidar!

No Evangelho da Missa Tridentina de Corpus Christi, Jesus diz: “Minha Carne é verdadeiramente comida e meu Sangue é verdadeiramente bebida. Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue, permanece em mim e eu nele. Assim como o Pai que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim também, o que me comer viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu. Não como o maná que os vossos pais comeram, e contudo morreram. Quem comer deste pão, viverá eternamente.” (Jo 6, 56-59)

Estas palavras são terríveis! Pois o que elas dizem é: quem não comer da Carne Dele e não beber do Sangue Dele morrerá eternamente. Ora interpretar essas palavras como um convite é não só equivocado como terá conseqüências desastrosas. Quem salva alguém de um afogamento não o convida a sair da água! Quem resgata alguém de um incêndio não está convidando a pessoa para sair fora do prédio em chamas! Quem conduz um cego para longe do abismo, não o está convidando para um passeio vespertino num jardim maravilhoso. Quem nos convida a nos salvar do fogo do inferno não está nos convidando para um banquete de final de semana.

2. Seqüência
Reproduzi no post sobre a composição da Missa Tridentina de Corpus Christi a belíssima Sequentia composta por Santo Tomás de Aquino. Com profundo pesar leio a Seqüência da Missa Nova, composta por não sei quem. Ai! Meu Deus! Que diferença! Que pobreza! Não vou reproduzi-la aqui para não entristecer os leitores. Quem não a leu, não leia. Quem o fez, reze pela Igreja e pelo Papa.

3. O Evangelho
O Evangelho da Missa Nova é Mc 14, 12-16, 22-26. É a descrição da instituição da Eucaristia por Jesus Cristo. Vale a pena ler no folheto da CNBB: “Jesus lhes disse: ‘Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos’ ”[negritos são meus]. Ora, dona CNBB, por que vocês não consertam as palavras da Consagração em português, como aliás já ordenou Bento XVI, de acordo com esta passagem de Marcos? Por que vocês ainda insistem em deformar as palavras de nosso Salvador, fazendo os mais desavisados crerem que o Sangue Precioso de Jesus teria sido derramado por todos, mesmos os que O rejeitam? Até quando vão enganar os fiéis com esta agenda protestantizante e modernista?

4. O texto final de Pe. Nilo Luza
Como vocês poderiam imaginar, Pe. Luza no texto intitulado “O pão da família de Deus” quer nos convencer que a Eucaristia é apenas uma refeição. É apenas alimento para o corpo. Não vou reproduzir nada deste texto aqui, pois ele não difere de outros textos que já comentei em outros posts. Vou apenas lembrar a este padre, que nos desencaminha permanentemente através de seus textos em O Domingo, as palavras do Evangelho da Missa Tridentina que já citei no item 1 acima. Jesus diz: “Este é o pão que desceu do céu. Não como o maná que os vossos pais comeram, e contudo morreram.” Ou seja, não confunda este Pão com o pão de todos os dias. Não confunda Eucaristia com refeição. Não confunda o Sacrifício do Calvário com um banquete cheio de iguarias. Pois, este pão, o maná, seus antepassados já comeram e morreram. E veja que este maná também vinha do Céu, e era dado por Deus. Este Pão é diferente, este Pão salva, este Pão nos dará a vida eterna.



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Um comentário:

Julie Maria disse...

Pois é, espero um dia poder publicar os seus textos na mesma amplitude que é divulgado estes heréticos folhetos.

Fora as "dicas" que eles dão, como levar semente, abeçoar e entregá-las no fim da Missa. (isso está no folheto deste domingo).

É tipo assim: você lê e pensa: "tudo isso é oposto aquilo que a Igreja ensina". Meu Deus. Que buraco mais fundo que estamos aqui no Brasil.

Jesus, salvai-nos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

JM