24/04/2014

Roberto de Mattei concorda com o blog.

Afirmei num post recente que "Se ele (João Paulo II) for, de fato, canonizado, tal ato não poderá ser infalível, porque vai contra a razão humana, no mínimo!".
 
Agora leio no Fratres que de Mattei afirma o seguinte, sobre outro candidato a "santo":
 
"Se eu devesse admitir que o Papa João XXIII praticou de modo heroico a virtude desempenhando seu papel de Pontífice, minaria pela base os pressupostos racionais de minha fé. Na dúvida, atenho-me ao dogma de fé estabelecido pelo Concílio Vaticano I, segundo o qual não pode haver contradição entre fé e razão. A fé transcende a razão e a eleva, mas não a contradiz, porque Deus, a Verdade por essência, não é contraditório. Em consciência, creio que posso manter todas as minhas reservas sobre este ato de canonização."
 
Repito então: Temerário será prestar culto de dulia ao futuro “santo”.

3 comentários:

Leonardo Santana de Oliveira. disse...

Prezado Professor,Salve Santíssima Imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus, Co-Redentora pois trouxe ao mundo O Redentor.

Eu também me recuso a sacrificar minha Fé católica, minha racionalidade no altar herético modernista da "igreja" conciliar.

Eu me recuso por amor à Deus ( o católico centro de tudo)e não aos homens,Bergoglio,Roncali,e tutti quanti pós-conciliar, me manter dentro dessa caverna platônica que é a "igreja" conciliar.

Eu me recuso a assistir as ovelhas e cordeiros irem diálogar com os lobos numa atitude pacifista suicida.

Se João Paulo 2 é santo, então Lutero é santo, Calvino é santo,o comunista Leonardo Boff é santo, Hans Küng é santo.

João Paulo 2 santo, só se for o "santo" padroeiro do islã!!

In Corde Jesu, sempre.

Junior Ribeiro disse...

Mesmo ante ao argumento tao solido, muitos guiados pelo Inferno tentaram relativisar, atacando Mattei e qualquer, tendo como base o ultimo e verdadeiramente dogmatico concilio.

Cabe seguimos, de forma tao fiel, o que o Anjo de Fatima clamou: penitencia, penitencia; e tambem o que Nossa Senhora pediu: a devocao do Santo Rosario.

Israel disse...

Prezado professor

Concordo com a maioria dos argumentos sobre a canonização de JPII, e também penso que para alguém ser canonizado não basta ter ido para o Céu, mas tem de ser modelo de santidade e heroísmo na prática das virtudes.

Porém, tenho dúvidas se para alguém ser canonizado é condição imprescindível ser reconhecido como santo pelos fieis em geral, ou se é o julgamento do Papa que conta. Em outras palavras, se as virtudes heroicas e a santidade de alguém fosse de conhecimento do Papa, mas não da maioria das pessoas, esse católico deveria ser canonizado?

Serei mais específico quanto ao caso do Papa João Paulo II. Poucos sabem, e talvez não seja verdade, mas alguns eclesiásticos conhecedores dos bastidores do Vaticano - e cientes da crise por que passa a Igreja hoje - afirmam que João Paulo II teve o mérito de defender a instituição do papado justamente no momento em que sofreu o maior ataque de seus inimigos em toda a história. A maçonaria tinha planos para isolar o Papa no Vaticano, mantendo-o como que prisioneiro em seu próprio palácio, e fazendo todas as informações e decisões passarem - e serem manipuladas - pelo secretário de Estado, Mons. Casaroli, pertencente ele próprio a maçonaria eclesiástica. Assim, poderiam mudar o que quisessem na Igreja usurpando o poder de Pedro, e ainda comunicar ao Papa que tudo estava indo bem.

Percebendo essa manobra, João Paulo II decidiu que sairia do Vaticano: viajaria o mundo, fazendo as pessoas terem contato direto com o Papa, tornando-o quase uma celebridade, de forma que fosse impossível isolá-lo. Ainda assim, muitas ordens foram dadas em seu nome a partir da Secretaria de Estado, como por exemplo, a autorização para meninas servirem ao altar. O Papa, que não desejava demonstrar ao mundo a desunião na cúria, não quis desfazer tais atos para não agravar a crise, conquanto não contrariassem qualquer dogma de Fé.
Assim, dessa mesma forma, muitas situações acabaram sendo planejadas para enfraquecer o Papa, como a visita a Nicarágua Sandinista onde ele foi humilhado em plena Missa, ou nos encontros de Assis. A maçonaria eclesiástica planejou e efetuou uma série de eventos para constranger, desmotivar, desmoralizar e humilhar o Papa, como contragolpe por ele não ter se resignado a permanecer isolado no Vaticano. Além disso, o Papa teve de resistir a grande pressão para renunciar, exercida pelos seus inimigos que ansiavam por concluir seus planos maçônicos (curioso que isso acabou ocorrendo com Bento XVI).

Dessa forma, fica a minha dúvida: se esse relato for verdadeiro, e no caso do Papa Francisco conhecer toda a verdade, reconhecendo que João Paulo II se sujeitou a humilhação, ao sofrimento, e à própria morte para defender o papado; e que, apesar de seus defeitos, talvez fosse o único que, eleito Papa, pudesse fazê-lo, com seu grande carisma e vigor para percorrer o mundo, ainda assim seria errado proclamá-lo santo?