14/10/2013

Os fariseus da FAJE

Nota: estes excertos se encontram no comentário ao Décimo Domingo depois de Pentecostes (o fariseu e o publicano) de Pe. Leonardo Castellani (El Evangelio de Jesucristo, Ediciones Cristandad, Madrid, 2011). Nele, Pe. Castellani, traça o perfil do fariseu e do farisaísmo e mostra que a luta de Cristo contra estes seus inimigo foi central em Sua vida. O farisaísmo hoje está mais que nunca presente dentro da própria Igreja, lutando, como sempre esteve, contra N.S. Jesus Cristo. A FAJE está cheio deles, como nos mostra o recente simpósio por ela promovido. Ao trazer a discussão do aborto para seu seio, como se fosse um assunto com respeitabilidade acadêmica, os fariseus da FAJE estão praticando a monstruosa religião sem misericórdia e justiça, mencionada por Pe. Castellani. A propósito, Pe. Castellani era jesuíta e argentino, uma receita que nem sempre dá certo! 

A palavra fariseu não significava então o que significou depois de Cristo, assim como a palavra sofista não significava no século de Platão o mesmo que depois – e por obra – de Platão. Os fariseus eram os separados – é isso que significa a palavra em aramaico – os puros, os distinguidos. Não existe hoje um grupo social inteiramente idêntico aos fariseus – ainda que exista muito farisaísmo. (...) Eram, ao mesmo tempo, uma espécie de confraria religiosa, de grupo social e de poder político.
(...)
Dizia Dom Benjamin Benavides que o farisaísmo, tal como está escrito nos Evangelhos, tem sete graus: 1) a religião se torna exterior e ostentadora; 2) a religião se torna rotina e ofício; 3) a religião se torna negócio ou “lucro”, 4) a religião se torna poder ou influência, meio de dominar o próximo; 5) aversão aos que são autenticamente religiosos; 6) perseguição aos que são religiosos de verdade; 7) sacrilégio e homicídio. Em suma, o farisaísmo abarca desde a simples exterioridade até a crueldade, passando por todos os escalões de fanatismo e hipocrisia. Este é o pecado contra o Espírito Santo, para o qual não tem remédio. Aquele que não vê a extrema maldade do farisaísmo – que realmente é fácil de ver – que considere somente isto: a religião suprimindo a misericórdia e a justiça. Pode dar-se algo mais monstruoso?
(...)
Toda a biografia de Jesus de Nazaré como homem se pode resumir nesta fórmula: foi o Messias e lutou contra o farisaísmo; o quiçá mais brevemente: lutou contra os fariseus. Este foi o trabalho que pessoalmente Cristo se determinou como homem: sua Empresa.
 
A vida de Cristo não foi um idílio nem um conto de fadas nem uma elegia, mas um drama. Não há drama sem antagonista. O antagonista de Cristo foi o farisaísmo, vencedor em aparência, derrotado em realidade.
(...)
Há pois profecias no Evangelho que parecem irreconciliáveis: uma é que “as portas do Inferno não prevalecerão contra ela”; outra é que quando Cristo voltar “apenas encontrará fé sobre a terra”. E a conciliação deve estar no princípio ou norma que deu Cristo aos seus a respeito da Sinagoga já desolada e contaminada: “Na cátedra de Moisés se sentarão e ensinarão os Escribas e Fariseus: façais tudo o que disserem; mas não conforme suas obras”. A Igreja não falhará nunca porque nunca ensinará a mentira; mas a Igreja será um dia desolada, porque o que ensinam nela falarão e não farão, mandarão e não servirão; e mesclando ensinamentos santos e sacros com exemplos maus ou nulos, farão a Igreja repugnante ao mundo inteiro, exceto aos pouquíssimos heroicamente constantes.

3 comentários:

Jeremias disse...

A turminha da FAJE-BH tem um elenco maravilhoso, a começar dos relativista Pe João B Libanio que escrevia em "O DOMINGO" da (socialista) Editora Paulus "OS CAMINHOS DA EXISTENCIA", e no nº 14 por ex., faz elogios a D Hélder e L Boff!
Aliás, na FAJE-BH ano passado esteve, dentre mais "celebridades esquerdistas", ele mesmo, L Boff!
Nesse ano foi o idem Pe Vigil e a prof.ª Roseli Fischman do GEA, versando sobre a "laicidade" do Estado.
Só nunca falam do MARXISMO CULTURAL que apregoam, da DITADURA DO RELATIVISMO dessa imposição e DO POLITICAMENTE CORRETO para todos se enquadrarem...
Isso é que é demoniocracia!

Leonardo disse...

Interessante mesmo foi ouvir uma menina aluna do Santo Agostinho, mimada de dar dó, daquelas que só falta bater no pai e na mãe, dizer orgulhosa que participou na PUC de uma...Mini ONU!!! O objetivo? Mudar o mundo!!! Qual a chance dessa pequena pessoinha cheia de razão e arrogância mudar, ao menos, ela mesma durante a vida?

Geraldo disse...

Desconfio que a Arquidiocese de BH tem uma vocação para o socialismo relativista: aceitar na paroquia do Carmo 2 que parecem marxistas, os padres van Balen e o famoso frei Gilvander das CEB-PT.
Tem o (d)emérito D José Maria Pires - um bastião comunista - que comemorou 50 anos de "episcopado" também com o PC do B em Contagem-MG.
O Congresso recente da FAJE patrocinado pelos jesuítas, mas todos palestrantes são declarados marxistas.
Tem o QUESTÕES DE FÉ doando livros e CD do relativismo em pessoa, como dos Pes. Fabio de Melo, Marcelo Rossi e outros iguais; agora, a futura catedral com as digitais de Niemayer, o visceral stalinista.
Nas varias missas a que compareci nessa cidade, nunca ouvi um sacerdote sequer mencionar que somos católicos(?) mas estamos sendo governados por comunistas do PT, que odeiam a Deus e a Igreja com nossos apoio e voto...
Tá danado, né professor Angueth?