27/02/2012

Diocese de Belo Horizonte avisa: a neurociência agora substitui a Bíblia.

Recebo de amigos diferentes uma notícia auspiciosa. A Diocese de Belo Horizonte troca a Bíblia pela neurociência quando o assunto é a educação dos filhos. Agora, os pais, segundo nosso Arcebispo, deverão consultar os manuais de neurociência para saber que não podem corrigir seus filhos com palmadas. Vejam que o Arcebispo nos informa que a neurociência afirma que “até os oito anos cabem somente elogios”. Tentem fazer isso e vocês terão filhos marginais aos dez. Com muita probabilidade, os pais estarão apanhando dos filhos quando eles fizerem quinze e aos vinte anos os filhos colocarão os pais para fora de casa, aos chutes e bofetadas.

D. Walmor, nosso Arcebispo, é também membro da Congregação para a Doutrina da Fé e já se vê a situação da Igreja nos dias que correm. 

Veja o trecho do artigo do nosso moderno, científico, politicamente correto, simpático e modernista Arcebispo, do dia 03/02/2012:
“Há muito no cotidiano de todos que precisa ser refletido. Nesse caminho, o importante é avaliar o que deve ser conservado e o que, urgentemente, em hábitos e práticas, deve ser substituído. Para citar um exemplo recente de mudança cultural em processo, o uso da violência, até pouco tempo, era aceito como recurso para fazer uma criança aprender o bem. Hoje, a própria legislação coíbe a educação baseada nas palmadas, enquadrando-a como violência familiar e, assim, estimula a revisão de hábitos culturais. Essa mudança é impulsionada por muitas forças, como o desenvolvimento científico. Pesquisa da neurociência mostra que cada idade tem o seu estímulo certo, indicando que até os oito anos cabem somente elogios, jamais pancadas. Apenas depois dos 12 anos é que vem a sensibilidade a críticas e a aprendizagem com erros.”

Um dos amigos lembra as prescrições bíblicas (abaixo), que agora caíram de moda. Os escritores da Sagrada Escritura, vocês sabem, eram mesmo uns primitivos. Além disso, já foi o tempo em que os padres e bispos acreditavam que tais textos eram inspirados pelo Espírito Santo.

Algumas prescrições bíblicas:
Prov. 3, 10-11: Meu filho, não desprezes a correção do Senhor, nem te espantes de que ele te repreenda, porque o Senhor castiga aquele a quem ama, e pune o filho a quem muito estima.
Prov. 13, 24: Quem poupa a vara odeia seu filho; quem o ama, castiga-o na hora precisa.
Prov. 23, 13-14: Não poupes ao menino a correção: se tu o castigares com a vara, ele não morrerá, castigando-o com a vara, salvarás sua vida da morada dos mortos.
Prov. 29,15: Vara e correção dão a sabedoria; menino abandonado à sua vontade se torna a vergonha da mãe.
Prov. 29,17: Corrige teu filho e ele te dará repouso e será as delícias de tua vida.

2 comentários:

Annelise disse...

Prezado,

Sou neurocientista E católica. Acredito que você teve uma interpretação equivocada e está dizendo grandes besteiras.

Mas vamos aos fatos de uma forma bem simples: crianças pequenas aprendem mais facilmente quando a informação passada vem na forma POSITIVA e não NEGATIVA. Isto não significa que as crianças não precisem de limites, mas influencia em como os limites serão estabelecidos, certo!?
Troque o "isto não pode" por "faça desta outra maneira", por exemplo.

Outra coisa, já foi demonstrado cientificamente que o estilo parental mais eficiente é o autoritativo e não o autoritário. Você já escutou/pesquisou sobre o assunto!?!?

Acredito que você como (de alguma maneira) formador de opiniões deveria se inteirar melhor do assunto e MELHORAR SUAS FONTES de busca antes de escrever/falar palavras ao vento.

Caso tenha interesse estou a disposição para discutirmos o assunto do ponto de vista de uma neurocientista católica e sensata

Att
Annelise

Antônio Emílio Angueth de Araújo disse...

Annelise, sua resposta está aqui.