11/12/2010

Contraimpugnantes e um texto essencial

Somos seres de corpo e alma. O que acontece com uma afeta o outro, e vice-versa. Num texto fundamental, Sidney Silveira nos aponta, a partir das deformações auto-impostas no corpo, as doenças da alma. Qual médico de almas, munido de seu conhecimento profundo da filosofia, da teologia e da fé que movia o Doutor Angélico, ele vai diagnosticando os caminhos da doença que deforma o corpo e, sobretudo, que corrói a alma. Mostra ainda que esta doença tem uma só origem, que é o Maligno, príncipe deste mundo.

O único inimigo do Maligno é a Igreja que Cristo nos deixou, a Igreja Católica Apostólica Romana. Só ela tem poder contra ele, só ela pode defender o mundo do ataque em massa do demônio. Quando ela se cala, nos aproximamos do precipício. Ela está calada. Não há condenação alguma, de nada, desde o CVII. Os anátemas foram, parece, anatematizados. Há só uma fala dúbia, uma fala enganosa, que desorienta os bem intencionados e afasta os mais fracos. Se a Igreja não se posicionar incisivamente contra o mundo, e muito rapidamente, estaremos próximos do fim dos tempos. Ainda bem que temos leigos católicos como o Sidney (e seu – e também meu – amigo Nougué) para nos fornecer um pouco de lucidez em meio a tantas trevas.

Que nossos padres, bispos e o Santo Padre Bento XVI tenham forças para bradar aos quatro cantos do mundo os erros que levam à perdição das almas, tenham forças para começar a condenar o mundo, tenham forças para proclamar anátemas!

13 comentários:

Unknown disse...

Antonio,
Realmente o texto do Sidney é excelente e importantissimo.O blog deles se tornou visita obrigatória para mim.

Se me permite,te faço uma pergunta fora do tema do tópico: A partir de um acontecimento com uma criança de minha familia com o personagem papai noel,e lembrando daquele tópico Conto de Fadas,queria saber como tu vê essa relação entre a criança e o personagem papai noel que se cria nesta época de Natal.Essa coisa de ir falar com ele,entregar sua cartinha,algumas tem medo,enfim,as crianças acreditam mesmo no papai noel.Isso tudo é saudável para o desenvolvimento do imaginário de uma criança?

Chesterton alguma vez escreveu algo sobre esse assunto?

abraço e fique com Deus.

Flavio DG

Anônimo disse...

Professor Angueth,

Dentro do contexto, o Olavo de Carvalho não está errado por fumar e falar palavrões?

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Flávio,

Chesterton escreveu dezenas de textos sobre o natal. Vou traduzir, ainda antes do Natal, o capítulo final de A Coisa, intitulado O Espírito do Natal. Aguarde.

Em JMJ.

Antônio Emílio Angueth de Araújo

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro anônimo,

Não sei a que contexto você se refere para nele incluir os palavrões e o cigarro de Olavo. Não gosto de seus palavrões e não ligo para seus cigarros. Ligo muito para suas idéias.

Antônio Emílio Angueth de Araújo.

Anônimo disse...

"Não sei a que contexto você se refere para nele incluir os palavrões e o cigarro de Olavo."

O contexto é o seguinte:

1. O Olavo é formador de opininão para muitos;
2. Ele fuma publicamente, e o cigarro é, sabidamente, fonte de câncer;
2. Os palavrões podem contaminar suas ideias quando elas estiverem sendo apreciados por iniciantes.

Já que a educação começa pelo exemplo, pelo exemplo ele poderia desucar jovens iniciantes. Assim, alguns dos males apontados pelo Sidney poderiam ser induzidos pelo Olavo nas pessoas que ele supõe estar educando.

Bem, o senhor já proncunciou. Mas o senhor já tem um caráter formado. O mesmo não acontecendo com os nosso jovens.

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro anônimo,

Quando criticamos alguém, é de bom tom que não seja uma crítica anônima. Criticar o Olavo anonimamente só não é, no Brasil, mais comum do que fazer de conta que ele não existe.

Você ainda diz que é "sabido" que cigarro causa câncer. Bem, digamos que isso não é verdade! Mas este assunto é longo e não tenho a mínima intenção de discuti-lo. Você pode se informar melhor no forces.org, ou mesmo através do próprio Olavo de Carvalho.

Outra coisa: o Olavo não é santo. Ele faz coisas erradas, como todos nós. Assim, paremos de patrulhá-lo.

Continuarei publicando seus comentários apenas se você se identificar.

Antônio Emílio Angueth de Araújo.

Anônimo disse...

Professor,

Uma possível resposta para o Sr. Flávio DG, encontra-se neste pequeno texto de Thibon:

"Contaram-me a história de uma pequena espanhola que, depois de haver tido muito juízo durante todo o ano, pediu em recompensa, aos Reis Magos várias coisas caras e difíceis de encontrar. A família estava arruinada, passava fome, mas, pelo respeito devido à lenda, cortou-se sobre o necessário para lhe oferecer o supérfluo. Um ano depois, a pobre pequena sabia, com desespero, que os Reis Magos não descem do céu para atender às súplicas das crianças.

Estes mitos, contudo, não são mais reais do que a própria realidade que se vê e se toca? As lendas em que mergulha o espírito das crianças só materialmente são falsas: no plano da realidade invisível, são verdadeiras. Certamente, os Reis Magos ou o Menino Jesus nada dariam às crianças, se os respectivos pais não interviessem; mas os pais não teriam esse gesto, no dia do Natal ou da Epifania, se a lenda, proveniente da ideia de paternidade divina ou de Providência, não lhes guiasse o coração e as mãos. Não devia tirar-se às crianças a fé nas lendas, senão mostrando-se-lhes, ao mesmo tempo, a realidade superior de que estas lendas são a tradução simbólica. Senão, esterilizam-se ou contraem-se as suas almas, caem-lhes as asas com as ilusões. O maravilhoso deve ser uma ponte para o espiritual."


Um grande abraço,

Fernando

Célia disse...

Professor Angueth:
Com maestria o nosso Padre Paulo Ricardo abre os olhos dos fiéis!!
Esse audio é bem educativo:
http://padrepauloricardo.org/audio/13parresia/

Pedro Felipe disse...

Professor, após ler Ortodoxia recebi a proposta de ler O pequeno Príncipe de Exupéry. Não sei se o senhor já o leu, mas vejo uma compatibilidade muito grande entre os dois na proposta, por exemplo, dos contos de fadas. Exupéry diz que sua maior vontade era começar o livro como os contos de fadas começam, mostrando também sua predileção por essa aplicação. Ora, como sou um danado de um estudante conservador, e por isso taxado, pelos "grandes estudantes da universidade", de atrasado que gosta de saber a opinião e a conclusão de quem estuda mais, de um professor, venho lhe pedir sua opinião. Se possível coloque no blog. Ao meu ver seria importante. Se não mande para o meu email: pedro_fsb@hotmail.com. Salve Maria.

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Pedro Felipe,

Gosto muito do Pequeno Príncipe e acho sim que há algo de Chesterton nele.

Fique com Deus.

Anônimo disse...

Uma pena que o Vortex em português não foi mais atualizado.

Anônimo disse...

Oi Prof.

Gostaria de retomar a discussão levantada pelo Flavio e saber sua opinião sobre papai Noel.

um abraço,
Rodrigo

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Rodrigo,

"Acredito" piamente em Papai Noel. Meus filhos sempre acreditaram nele e aqui em casa vivemos todos os anos a bela lenda, nascida supostamente de S. Nicolau, daquele velhinho bondoso que dá presentes a todas as crianças no Natal do Senhor.

Torno-me criança de novo e espero o presente; meu presente preferido, o que peço todo ano, é que Jesus nasça em meu coração. Cada um pede um presente diferente, claro, mas acho que todos devem esperar o bom S. Nicolau, trazendo o nosso sonho.

A diferença agora é que quando o presente é amargo, eu sei que foi S. Nicolau que me trouxe, a mando de Jesus. É o que Nosso Senhor sabe que é melhor para mim; e eu agradeço.

Em JMJ.