07/02/2013

Depois do “Jesus sorrindo”, vem aí o “Jesus, alegria que contagia”.

Nota: referência a Jesus sorrindo.

Como vocês sabem, a Igreja pós-conciliar, seguindo a grande tradição de uns dois anos, sempre comemora o carnaval. Esta festa foi sempre combatida pela Igreja de Sempre, pelos grandes santos, pelos papas, por todos enfim. Por que a Igreja sempre combateu o carnaval? Porque, como ela se preocupa com a salvação das almas, ela sabe que o carnaval é a festa em que mais pecados se cometem. O carnaval é um instrumento muito eficiente para se povoar o Inferno.
 
Mas lá em Engenho do Meio, bairro de Recife, a Paróquia Nossa Senhora das Graças montou um bloco carnavalesco chamado “Acorda Católico”, que pela segunda vez saiu, dia 01 de fevereiro, pelas ruas do Recife. O lema do "Acorda Católico" é "Jesus, alegria que contagia". O pároco João Roberto, diz: “Em 2012, tivemos pouco tempo para preparar a festa e mesmo assim a comunidade respondeu bem ao convite. Recebemos muitos elogios o que nos deu força para promover mais uma vez o Acorda Católico. Por isso, esperamos pelo menos quatro mil participantes”. Diz ainda o Pe. João: “Vamos rezar pelas vítimas da tragédia em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e também para que o nosso carnaval seja de dias de paz e alegria, sem violência”. Segundo o padre, o maior objetivo do evento foi mostrar para a sociedade que é possível se divertir sem drogas e sem fazer uso da violência. “Provamos que é possível brincar sem excessos, sem expor a própria vida nem a dos outros. É essa mensagem que queremos levar”.
 
Vocês entenderam, não é? A única coisa condenável do carnaval, segundo esse padre, é a violência. Sair pelado pelas ruas e fornicar a todo instante, desde que isso seja feito sem drogas e violência, pode.
 
O Espírito Santo põe na boca de São Paulo umas palavras muito oportunas e que Pe. João devia ouvir com muita atenção (negritos meus)(Rom 1, 28-32):
 
(28) E como não houveram por bem ter de Deus um maior conhecimento, abandonou-os Deus em poder do seu juízo pervertido, a ponto de cometerem eles ações que não convinham, (29) repletos de toda a iniquidade, de perversidade, de cupidez, de malícia; entranhados na inveja, no homicídio, na discórdia, no engano, na malignidade; (30) maldizentes, caluniadores, odiosos a Deus, ultrajadores, orgulhosos, arrogantes, engenhosos no mal, rebeldes para com os pais, (31) estultos, desleais, incapazes de afeição, desapiedados; (32) gente que, embora conhecendo a divina sentença, que proclama dignos de morte os que fazem tais ações, não só as cometem, mas aprovam também os que as praticam.
 
Que Deus tenha piedade desse padre, porque dele não podemos dizer: perdoai-lhe, Deus, porque ele não sabe o que faz!

Um comentário:

Luiz Fernando disse...

Caro Angueth,

Salve Maria!

Amém! Que Deus tenha piedade desse padre e daqueles que se orientam por aquilo que ele planeja para viver um “santo” carnaval mundano.

Como o recente post do “Fratres in Unum”, o evento “Acorda Católico” integra a nova evangelização da Igreja, a qual é estimulada pelo espírito pós-conciliar. Dessa coisa estapafúrdia também fazem parte “cristotecas”; “cristucadas”; showmissas; vacas, bois e berrantes no Altar durante a Missa; etc. É a novidade, Angueth! É essa dádiva pela qual nós devemos rejeitar a Tradição e inventar algo bem ao gosto da freguesia modernista, que agrade e que seja palatável ao espírito que rege e controla o mundo moderno. O problema é que Nosso Senhor Jesus Cristo afirmou que o mundo jaz no maligno... mas isso pouco importa, afinal! Vamos dialogar com o mundo. Abrir portas e janelas ao mundo. Deixar o mundo entrar na Igreja. Ar novo e fresco.

Um cientista chamado Konrad Lorenz — em nada católico — diagnosticou uma patologia da sociedade moderna: a neofilia. Lorenz dizia que sofremos de uma ânsia desesperada por tudo o que é novo, por todo produto que carregue esta palavra no seu rótulo: novo. Essa seria a definição de neofilia. Há anos eu compro uma mesma marca de fio dental, e já observei que no cantinho da embalagem está sempre presente esta palavra: novo! Mas é novo há quanto tempo? Há uma década? Ou isso é mero recurso marketeiro, desonestidade publicitária?

A neofilia invadiu também os celeiros do Senhor, e já não diz mais nada a essa geração o Evangelho de sempre, a Fé de sempre, a Missa de sempre, a Tradição... Eles inventam algo novo porque o velho tem sabor de profundidade, de permanência, de perenidade; e o vazio moderno não suporta nada disso.

Luiz Fernando de Andrada Pacheco