20/12/2018
18/12/2018
14/12/2018
Damares Alves, Jesus e Santa Maria Goretti
11/12/2018
Fernando Gabeira e os índios sem alma
06/12/2018
Modernismo - o machado na raiz de nossa fé
03/12/2018
São Francisco Xavier, rogai por nós!
27/11/2018
Espiritismo: blog entrevista Chesterton
Nota:
O senhor Gilbert Keith Chesterton está muito ocupado no momento e não pode
conceder uma entrevista ao blog pessoalmente. Vali-me da prestimosa ajuda da
senhora Francis, esposa do eminente escritor inglês, que passou-lhe as
perguntas. Ele telegrafou diretamente ao responsável pelo blog com suas respostas
luminosas. Agradeço de público o auxílio da senhora Francis pela já conhecida
atenção com todos que, por um motivo ou outro, procuram orientações do gênio
inglês. Lembro-me com carinho e saudade dos deliciosos chás por ela preparados
em outras oportunidades em que me encontrei com o casal em sua residência. Vamos
à entrevista.
Blog
do Angueth – Penso que para começar, devo perguntar-lhe se o
senhor considera o espiritismo uma farsa, uma fraude.
Chesterton –
Não, em absoluto. Minha posição é de uma forte objeção ao espiritismo, não
porque ele seja fraudulento, mas porque ele é genuíno.
Blog
do Angueth – Senhor
Chesterton, não sei se o senhor sabe, mas o espiritismo é muito popular no
Brasil. Aqui a situação é, talvez, um pouco diferente, pois há um sincretismo
do espiritismo, digamos, inglês, com os cultos africanos. Um famoso escritor
brasileiro, Lima Barreto, muito ligado, por sua origem, aos extratos mais
pobres da sociedade, fez, recentemente uma observação, sobre a qual gostaria de
colher suas observações. Diz nosso escritor: “O padre, para o grosso do povo,
não se comunica no mal com a divindade; mas o médium, o feiticeiro, o macumbeiro,
se não a recebem em seus transes, recebem, entretanto, almas e espíritos que,
por já não serem mais da terra, estão mais perto de Deus e participam um pouco
da sua eterna e imensa sabedoria.”
Chesterton –
A marca especial do mundo moderno não é que ele seja cético, mas que ele é
dogmático sem saber. Ele diz, escarnecendo dos antigos devotos, que eles
acreditavam sem saber porque acreditavam.
Mas os modernos acreditam sem saber no
que acreditam – e sem nem mesmo saber que eles realmente acreditam. Eles
sempre têm um dogma inconsciente; e um dogma inconsciente é a definição de um
preconceito. Os espíritas agem segundo um dogma, que não podem declarar dogmaticamente
e, portanto, somente o assumem dogmaticamente. O que o espírita assume é praticamente
o seguinte: não somente a existência de espíritos, mas a inexistência de
espíritos maus. Em termos populares, os espíritas são otimistas em relação ao
mundo espiritual. A objeção real ao espiritismo é quase idêntica à sua
afirmação. A objeção é que ele coloca um homem sobre o controle de forças
espirituais, ou que ele o coloca em contato com o desconhecido. Ele supõe a
rendição espiritual do médium, o que é dúbio, mesmo que a influência seja boa,
e chocante, se ela for má. Ora, não é certamente auto-evidente, por tudo que
sabemos, que ela não possa ser má.
Blog
do Angueth – Sabemos que na Inglaterra o grande apóstolo do
espiritismo é Sir Arthur Conan Doyle, o grande criador de Sherlock Holmes. Sua
influência é extraordinária na popularização do espiritismo. Sabemos também que
ele faz uma distinção entre um espiritismo superior, o que ele professa, e um
inferior, aquele dos fenômenos materiais mais grosseiros que acontecem em sessões
espíritas: mesas e objetos se movendo. Sendo o senhor um grande admirador de
histórias de detetives, tendo mesmo escrito as extraordinárias aventuras do Pe.
Brown, o que o senhor tem a dizer-nos sobre Sir Doyle.
Chesterton –
O sucesso literário merecido de Sir Arthur Conan Doyle o faz, de fato, o grande
apóstolo do espiritismo. Explico minha discordância de suas ideias. Ele
concorda com os protestos contra os truques grotescos e mesmo degradantes das
sessões espíritas. Ele diz que mesas e cadeiras dançantes pertencem ao “plano
inferior”; que este não é seu interesse principal; que ele deseja aproximar-se
do espiritismo reverentemente, de considera-lo uma religião que pode nos
fornecer respostas aos grandes mistérios da vida e da morte. Penso que essa
distinção é muito valiosa quando completamente invertida. Uma cadeira ou mesa
que voa parece-me uma coisa genuinamente interessante. Tomemos, por exemplo,
qualquer mente racional de cem anos atrás, digamos aquela de Voltaire ou Gibbon,
que teria considerado uma mesa voadora não tanto meramente sobrenatural, mas
simplesmente impossível. Se é possível, algo sempre considerado uma lei da
natureza é quebrado. O materialismo, com todas as suas leis mecânicas da natureza
está acabado. Em resumo, uma mesa dançante não pode ser considerada um
incidente comum; e se ela ocorre (como parece ocorrer), é um incidente muito importante.
Sou completamente incapaz de ver que uma mesa dançante, ou uma religião numa
mesa dançante, seja mais convincente do que uma religião de uma mesa mais
repousante e possivelmente mais útil. As coisas que reverencio, no céu e na
terra, são certas virtudes ou valores; e uma mesa não indica que ela possua essas
virtudes simplesmente por levantar suas pernas. A isto o espírita responderá
que ele não me pede para reverenciar a mesa, mas as revelações que vêm da mesa.
E, ignorante como sou de tais revelações, sei o suficiente delas para não reverenciá-las,
ou mesmo respeitá-las.
Blog
do Angueth – Sei que há duas objeções que são colocadas às suas
posições sobre o espiritismo. A primeira é que o senhor admitidamente nunca participou
de uma sessão espírita e, portanto, não tem autoridade de emitir opiniões a
respeito. Esta é, inclusive, a posição do próprio Sir Arthur Conan Doyle. A segunda
objeção, derivada a primeira, é a de que o senhor ignora o valor da comunicação
entre este mundo e o outro. Como o senhor responderia a essas duas objeções?
Chesterton –
Quanto à primeira objeção, é verdade que nunca participei de uma sessão
espírita, mas há muitas coisas que não presenciei, sobre as quais não tenho a
mais mínima intenção de parar de falar. Recuso-me de parar de falar sobre o
Cerco de Tróia. Recuso-me a ficar mudo em relação à Revolução Francesa. Não me
silenciarei sobre o assassinato de Júlio César. Se ninguém tem o direito de
julgar o espiritismo exceto um homem que já participou de uma sessão espírita,
os resultados, logicamente falando, são muito sérios: quase pareceria que
ninguém tivesse nenhum direito de julgar o cristianismo se não participasse se
sua primeira reunião em Pentecostes. O que seria temerário. Considero-me capaz
de formar minha opinião sobre o espiritismo sem ter visto espíritos, da mesma
forma que formo minha opinião sobre a Guerra Japonesa sem tê-la visto, ou minha
opinião sobre os milionários americanos sem (graças a Deus) ter visto um
milionário americano. Bem-aventurados aqueles que não viram e acreditaram: uma
passagem que alguns têm considerado uma profecia do moderno jornalismo. Respondo
à segunda objeção, dizendo que eu não ignoro o valor da comunicação entre este
mundo e o outro. Digo apenas que um princípio diferente liga a investigação
nesse campo espiritual, em relação à investigação de qualquer outro campo. Se
um homem põe uma isca no anzol para pegar um peixe, o peixe virá, mesmo se ele
declara não acreditar em peixes. Se um homem faz uma arapuca para passarinhos,
passarinhos serão pegos, mesmo se ele considera supersticioso acreditar em passarinhos.
Mas um homem não pode colocar iscas para almas. Um homem não pode construir
arapucas para capturar deuses. Todos a escolas de sábios sempre concordaram que
essa última captura depende, de algum modo, da fé de quem captura. Então, a coisa
se resume a isto: se você não tem fé nos espíritos, seu apelo é em vão; se você
tem, você precisa disto? Se você não acredita, você não pode apelar. Se você
acredita, você não apelará.
Obs: Para quem desejar ler outras entrevistas de Chesterton, favor acessar o marcador BLOG ENTREVISTA CHESTERTON
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Blog entrevista Chesterton
22/11/2018
O deslocamento da função magisterial depois do Concílio Vaticano II, por Romano Amerio - Parte VI
Para ler a parte I, clique aqui. Para ler a parte II, clique aqui. Para ler a parte III, clique aqui. Para ler a parte IV, clique aqui. Para ler a parte V, clique aqui.
VI – O novo “magistério” pastoral levou à dissolução da crença do povo cristão
28. É-nos possível, com trinta anos de distância,[1]
verificar até que ponto o movimento triunfou, uma vez que o povo cristão de
hoje crê nos artigos da fé segundo o modo disseminado por esses teólogos. Como
isso foi também mencionado em meu último ensaio (Zibaldone), enumerei uma série
de dogmas da fé que não são mais cridos pelo povo cristão, justamente porque são
rejeitados pela teologia moderna, o que faz com que não se creia mais hoje nos
dogmas de acordo com a fórmula de Nicéia. O que crê hoje o povo cristão a respeito
do inferno? Crê o que os teólogos debatem no Avvenire[2]
ou o que as imponentes emissões da Radio
Maria[3]
endossam calorosamente. Eles creem que o inferno não existe, ou que se existe,
é uma forma de punição que se atenua com o tempo e que, talvez, mesmo Judas não
esteja lá, pois no último momento de sua vida sua alma pôde se arrepender.
Assim, o inferno está provavelmente vazio – mas São Gregório Magno, numa de
suas homilias, dá por certo a danação de Herodes Agrippa (At. 12, 23). “Mas, no mesmo instante, o Anjo do Senhor o
atingiu, pois que ele não rendeu glória a Deus e, comido pelos vermes, expirou.”
29. O que creem hoje os cristãos sobre o Gênesis? Creem que
é um relato simbólico; hoje, todos os cristãos estão de acordo sobre este
ponto, destruindo assim um decreto da Pontifícia Comissão Bíblica de 1906, que
confirma com autoridade o caráter histórico do relato sagrado do Pentateuco. O
que pensam hoje os cristãos da Eucaristia? Que a Eucaristia não é a Presença
Real e individual do Corpo de Jesus Cristo, mas a presença real do povo
cristão, pois a nova teoria constrói o silogismo seguinte sobre essas
semelhanças: no sacramento da Eucaristia o Senhor está presente, mas o Senhor
que está presente é misticamente o povo cristão, então, o povo cristão está
presente na Eucaristia; a opinião comum hoje admite que a Eucaristia é o
sacramento da presença do Senhor, mas o Senhor que está presente é o próprio
povo cristão.
30. O que creem hoje os cristãos sobre a predestinação? Aqui
nos é necessário assinalar a deformação completa do conceito de predestinação,
pois que os teólogos modernos que falam ainda a compreendem como uma previsão
das coisas do homem, não como a determinação das coisas do homem por parte de
Deus. Esta é uma grave falsificação, pois a predestinação se ocupa de nosso fim
último e nosso fim último é a coisa mais importante que há. Se se falsifica o
fim último do homem, que resta do homem?
31. Acabamos, então, de ver que a prática que se iniciou
depois do Concílio se impôs, virando do avesso as opiniões gerais da cristandade.
Depois de trinta anos, podemos apenas constatar o sucesso desta tendência. A fé
católica despedaçou-se em mil opiniões sobre os Novissimi (as últimas coisas),[4]
em mil opiniões sobre a virgindade de Maria, em mil opiniões sobre a Presença
Real na Eucaristia, sobre os sacramentos, sobre a Igreja, sobre o primado de
Pedro e mesmo, sobre a Trindade. Não há nenhum artigo do Credo, o Símbolo da fé
que professamos a cada domingo na Missa, que não tenha sido despedaçado em uma
miríade de opiniões professadas, apesar de e contra a firmeza absoluta dos seus
artigos. Assim, o cristão perde a fé porque perde a unidade: não há fé se ela
não é UNA. Essa dispersão de opiniões significa a dissolução da fé.
[1]
Este ensaio de Romano Amerio foi escrito em 1996. (N. do T.)
[2] Jornal
diário fundado em 1968 para difundir as ideias do modernista do Concílio Vaticano
II. (N. do T.)
[3]
Conjunto internacional de rádios católicas, fundado em 1982. Também modernista
até a medula. (N. do T.)
19/11/2018
Ciência como método sistemático de dominação
15/11/2018
Santo Alberto Magno, rogai por nós!
14/11/2018
13/11/2018
O deslocamento da função magisterial depois do Concílio Vaticano II, por Romano Amerio - Parte V
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V – O deslocamento do Magistério leva à dissolução da
unidade da fé na multiplicidade de opiniões
21. O princípio da autoridade do Soberano Pontífice resulta
de que sua palavra é vicarial da Palavra divina, ela exprime a lei moral
decorrente da Encarnação do Verbo. As verdades que vibram nas Encíclicas de
João Paulo II são as verdades centrais. E acima de todas essas verdades há a
verdade fundamental do cristianismo: isto é, que Deus se revela hic et nunc, aqui e não lá, agora e não
antes. Contudo, hoje em dia, esta verdade primordial é colocada em dúvida, como
lemos na Carta Apostólica Tertio
Millennio Adveniente; em seus parágrafos se desenvolve a
doutrina que afirma que “o cristianismo é a resposta à aspiração que se eleva
de todas as religiões: do budismo, do hinduísmo, do islamismo”. Mas o
cristianismo não é uma resposta a essas religiões, (“Não entregues senhor – disse
a rainha Ester – o teu cetro àqueles [deuses] que não são nada, para que não
escarneçam de nossa ruína”, Est 14,11) porque o cristianismo e a Palavra divina
revelada somente ao povo eleito, num tempo determinado, num lugar determinado,
como canta o salmo 147,20: “Non fecit
taliter omni nationi [Não fez assim a todas as nações]”.
22. Deus, potência absoluta, pode salvar todo homem sem
batismo, mas por potência ordenada,[1]
não o pode, pois a salvação sem batismo não faz parte do sistema, da economia
desejada por Deus. A salvação dos não batizados é excepcional, é
extra-sistemática, pois ela não pertence ao sistema que é centrado em Cristo e
na concepção trinitária de Deus. Mas quando se diz: o homem se salva sem a
graça, sem o batismo, apenas pela virtude de suas obras de homem religioso,
bom, piedoso, justo, entra-se no sistema pelagiano. O sistema pelagiano tem
merecido bastante atenção da parte dos teólogos modernos, porque o mundo se
impregna do espírito pelagiano.
23. A fase final da síntese mostra que a decadência da
autoridade do Magistério episcopal, abandonando a autoridade aos teólogos, gira
em torno de uma autoridade individual, em torno do desenvolvimento que o Papa
dá a suas opiniões privadas, em detrimento da Doutrina universal e da Tradição.
Mas há uma outra coisa ainda mais aflitiva; há uma segunda realidade, mais
universal, mais impalpável; causada pela demissão do Magistério episcopal, que se
estende ao mundo inteiro ante à arrogância de opiniões teológicas as mais disparatadas,
as mais variadas e as mais ricas.
24. Opiniões disparatadas, pois chamamos disparatadas o que
difere, em alguma coisa, do essencial. Variadas, porque chama-se variada o que
difere, em alguma coisa, do acidental. Duas coisas disparatadas são duas coisas
de gênero diferente; duas coisas variadas são duas coisas que podem pertencer a
um mesmo gênero. O mesmo se aplica às opiniões teológicas que pululam nesses
últimos trinta anos, no mundo católico pós-conciliar. Elas diferem da doutrina una
e santa porque, quando são do mesmo gênero, elas se distanciam segundo os
acidentes. Elas, mais frequentemente, não são do mesmo gênero; isto é, elas não
têm a mesma raiz sobrenatural que faz a doutrina católica um unicum. Em terceiro lugar, finalmente,
eu digo; opiniões teológicas ricas, no sentido em que os mesmos teólogos falam
de riqueza do pensamento teológico quando muitas outras mentalidades se
misturam à mentalidade de nossa fé; a mentalidade de fés estrangeiras tais
como: protestante, hebraica, budista, islâmica, animista.
25. Fazendo convergir os olhares para essa trilogia de opiniões
variadas, disparatadas e ricas, num certo sentido, podemos dizer que hoje a
doutrina da fé não é mais uma única. A unidade da Igreja deveria ser
essencialmente teórica, doutrinal, pois se trata de coisas do intelecto, se
trata da atividade teórica, não de uma unidade de gabinetes ou de indumentária.
Ademais, o Santo Padre sustenta que existe uma unidade moral nas diversas
religiões, todas ordenadas à salvação, de forma que todas as religiões e todas
as culturas são “idealmente” uma só, sem que haja unidade doutrinal. Elas
confessam assim que são doutrinariamente disparatadas: é nos detalhes que se
encontram as diferenças teóricas.
26. Unidade da fé: cada um entre nós deve ter a certeza a priori de pensar que tudo o que pensam
os outros cristãos do mundo, e tudo que pensaram através de todos os séculos, é
idêntico ao que se crê. Devo ter a certeza a
priori de crer tudo o que crê outro cristão sem verificar o que este outro
cristão professa. No meu Iota
Unum, falando da infalibilidade, eu disse também que cada cristão,
quando anuncia uma verdade da fé, é infalível. Por exemplo: o Santo Padre
anunciou infalivelmente que a Virgem Maria é isenta do pecado original, então
quando repito o anúncio do Soberano Pontífice, sou infalível, não posso, pois,
temer enganar-me. Esta doutrina põe em evidência a univocidade da doutrina da fé:
“univocidade” por causa de tantas vozes, de milhões de vozes, de uma miríade de
homens, que professam e sempre professaram a única doutrina do Verbo engendrado
pelo pensamento do Pai. “Ninguém jamais
viu a Deus; o Unigênito, que está no seio do Pai, ele mesmo é que o deu a
conhecer.” (Jo 1, 18)
27. A fé que é, por natureza, una e unívoca, se tornou hoje
aquela dos carismáticos, que não é aquela dos neocatecúmenos, que não é aquela
do cardeal Ratzinger, que não é aquela do cardeal Martini e que não é aquela do
Papa. E cada um vai ao rádio, à televisão, escreve nas revistas e livros e dá
testemunho de sua fé “particular”. Todos esses testemunhos, todas essas manifestações
de fé, têm em comum certa relação com a fé católica; essas são as opiniões em
torno da fé católica e dissidentes da fé católica. Podemos ainda dizer que
esses teólogos são católicos?
[1]
(...) dizemos que Deus pode, por potência absoluta, tudo o que é atribuído ao
seu poder, em si mesmo considerado. E isto abrange tudo o que tem natureza de
ser, como vimos4. Dizemos, porém, que Deus pode, por potência ordenada o que a
esta é atribuído, enquanto executora da ordem da vontade justa. Por onde,
devemos concluir, que, pela potência absoluta, Deus pode fazer coisas diversas
das que previu e preordenou que haveria de fazer. Não é possível, porém, faça
coisas diversas das que previu e predeterminou que haveria de fazer. Pois, o
seu próprio fazer está sujeito à presciência e à preordenação; não porém o seu
poder, que lhe é natural. Por onde, Deus faz o que quer; porém, o que pode não
é porque o queira, mas, porque está na sua natureza. (Sto. Tomás de Aquino,
Suma Teológica, I Parte, Q. 25, Art. 5, Respondeo,
1a. objeção) (N. do T.)
10/11/2018
Encíclica Quanta Cura e Machado de Assis
A Encíclica Quanta Cura, de 8 de dezembro de 1864, é uma das encíclicas mais importantes do século XIX. O Papa Pio IX condena, na encíclica e no Syllabus que lhe seguiu, os erros de seu tempo que, infelizmente, são os de nosso tempo, agravados pela crise da Igreja, depois do Concílio Vaticano II. Lembremos aqui as palavras do Cardeal Ratzinger:
“Se se deseja emitir um diagnóstico global sobre este texto [Gaudium et Spes] poder-se-ia dizer que significa uma revisão do Syllabus de Pio IX, uma espécie de anti-Syllabus.
(…)
Contentemo-nos aqui com a comprovação de que o documento desempenha o papel de um anti-Syllabus, e, em conseqüência, expressa a intenção de uma reconciliação oficial da Igreja com a nova época estabelecida a partir do ano de 1789.” (Cardeal Joseph Ratzinger, Teoria dos Princípios Teológicos, Editorial Herder, Barcelona, 1985, pág. 457-458).
Pois bem, descubro agora uma crônica de Machado de Assis, de 7 de fevereiro de 1865, em que o escritor dá conta da publicação da encíclica. Mostra como ela foi importante para a época e como ele pessoalmente via o Papa Pio IX, profetizando, inclusive, uma futura canonização desse papa. Ao final, nos dá uma amostra de como a encíclica foi recebida por parte do clero brasileiro.
Fiquemos com Machado e sua crônica.
Não levantarei mão das
coisas do mundo político, sem dar os meus parabéns ao Cruzeiro do Brasil, cuja
alma naturalmente nada agora de júbilo com a publicação da encíclica de Pio IX.
Sinto não ter à mão o
número de domingo, que ainda não li, mas que há de estar impagável, mais do que
costuma.
Não sei se tenho crédito
no espírito do Cruzeiro do Brasil; tenha ou não tenha, não guardarei para mim
uma profecia que me está a saltar da pena: Pio IX há de ser canonizado um dia.
Os papas, de certo tempo
para cá, entraram mais raramente para a lista dos santos. Todos os primeiros
pontífices, entretanto, gozam dessa honra. Será uma espécie de censura póstuma?
Não quero investigar este ponto. Insisto, porém, na crença de que Pio IX há de
receber a coroa dos eleitos. É principalmente aos bispos de Roma que se aplicam
estas palavras: muitos serão os chamados e poucos os escolhidos.
Que o santo padre merece
da parte dos fiéis mais do que respeito, adoração, isso é o que me parece
incontestável No meio dos perigos que o cercam, tendo contra si as potências,
ameaçado de perder os últimos pedaços de terra, o débil velho não se assusta;
toma friamente a pena e lança contra o espírito moderno a mais peremptória
condenação. É positivamente arriscar a tiara.
Não sei que farão os
nossos bispos com a encíclica. A encíclica é a condenação dos princípios
fundamentais da nossa organização política. Quero crer que estenderão um véu
sobre esse documento: acredito igualmente que as folhas de Pernambuco vão
publicar brevemente um artigo de monsenhor Pinto de Campos em oposição à
encíclica — a menos que monsenhor Pinto de Campos não esteja tão disposto a
aceitá-la, que desista para sempre de ser deputado, — o que não me parece
provável.
25/10/2018
Três tragédias atuais e simultâneas
Estou acompanhando, como muito interesse e preocupação,
três crises ou tragédias atuais. A primeira, mais próxima, é a eleição no
Brasil e o prospecto da fraude no segundo turno. A perspectiva da fraude das
urnas é absolutamente aterradora, pois nos lançará numa situação de caos
político cujo desfecho ninguém tem sequer a coragem de imaginar.
A segunda é a situação
americana das "mid-terms elections", eleições de meio de mandato
presidencial. É tradição americana que a Câmara e o Senado seja renovado dois
anos depois de eleito o presidente. É também tradição americana que esta
renovação se dê com integrantes do partido oposto ao do presidente. Seria então
a vez do Partido Democrata assumir a maioria em ambas as instâncias
legislativas. Ocorre que dado o sucesso do Presidente Trump e sua agenda
conservadora, o Partido Democrata, que é simplesmente o partido comunista de
lá, está desesperado. Lá como aqui, o discurso é o mesmo: Trump é fascista,
violento, destruidor da pátria, contra as mulheres e os homossexuais, etc. Lá
como aqui, a central da mentira (hoje chamada fake news) está em seu funcionamento
máximo. Assassinato de reputações, perseguições de personalidades políticas em
suas casas e em lugares públicos, cusparadas, ameaças e tudo o mais. Lá como
aqui, os comunistas do Partido Democrata querem e vão fazer o diabo para ganhar
as eleições. E agora, com recursos que só Deus sabe de onde veem, organizam
uma invasão da fronteira dos EUA com milhares de pessoas vindas da América
Central e de várias partes do mundo, para forçar Trump a reagir à invasão e,
sabe Deus como, evitar a passagem dessa multidão. Querem forçar Trump a usar a
força militar. Seria uma tragédia de grandes proporções, justo antes das
"mid-terms elections".
A terceira grande crise ou
tragédia é o Sínodo de Roma, que provavelmente irá "normalizar" a
ideia da homossexualidade na doutrina católica. Digo normalizar porque penso
que não haverá alteração da doutrina da Igreja, mas apenas a liberação dos
bispos e padres da Igreja a encararem a agenda LGBT como uma agenda aceitável
no corpo da Igreja. Casamento gay, comunhão para os LGBT's, etc, serão coisas
normais no futuro. Isso tudo acontecerá, a menos que alguma interferência
direta de Nosso Senhor Jesus Cristo não acontecer. Estaremos vivendo então no
reino do Anticristo.
Assisto tudo isso com apreensão
e me apego ao meu Terço, arma mortal contra o demônio, que Nossa Senhora nos
ensinou a usar. Que Ela olhe para nós e tenha pena do povo de Seu Filho.
22/10/2018
Uma marca modesta, mas significativa!
Este blog foi criado em 11/08/2005. Nasceu sem a menor pretenção e tem me dado muito prazer. Ocorre que ele atingiu esta semana a marca de 1 milhão de visualizações. Registro o fato para agradecer aos leitores que ainda parecem se interessar pelo trabalho do blog.
O deslocamento da função magisterial depois do Concílio Vaticano II, por Romano Amerio - Parte IV
Para ler a parte I, clique aqui. Para ler a parte II, clique aqui. Para ler a parte III, clique aqui.
IV – O Papa, com a nova ideia que ele faz de sua função, não
é mais o princípio de unidade da fé da Igreja
12. Nos últimos trinta anos, centenas e centenas de bispos,
de superiores religiosos de ordens as mais diversas, de prelados e, finalmente,
o Pontífice Supremo, enfraqueceram progressivamente esse fundamento doutrinal
que dissolve a fé e sua raiz sobrenatural numa miríade de opiniões privadas e
pessoais. Isso provém do fato de que o princípio do Pontificado romano é o
verdadeiro princípio da Igreja; se o Papa se demite, a Igreja se demite e se o
Papa é abatido, a Igreja é abatida. Há um só princípio de autoridade, o
Pontífice Supremo, o Vigário de Cristo que recebeu de Cristo o mandato de
confirmar seus irmãos na fé: “Confirmar” significa “tornar forte”, “tornar
firme”.
13. Assim, da crise do Concílio, uma parte importante provém
das tentativas de partilhar o Magistério infalível do Papa e dos bispos. No seu
conjunto, o movimento antipapal tem prevalecido, apesar da Nota previa, porque esse espírito antipapal, anti-romano,
anti-autoritário é muito difundido. Mesmo os cristãos estão convencidos que a
infalibilidade deve ser interpretada de uma maneira nova. Por outro lado, como
já vimos, o próprio Pontífice João Paulo II faz declarações antipapais: “...e
quando ouço a solicitação que me é dirigida para encontrar uma forma de
exercício do primado que, sem renunciar de modo algum ao que é essencial da sua
missão, se abra a uma situação nova.”, escreve ele no § 95 da Ut
Unum Sint . O que é o mesmo que dizer: não se pode renunciar
mas, ao mesmo tempo, se pode renunciar. É um princípio absoluto, mas não é um
princípio absoluto. A infalibilidade do Papa é uma rocha imutável “mas”... E
quando se diz “mas”, o abrandamento já se operou.
14. A nova fórmula será uma alteração da verdade que se
define inabalável. De fato, as proposições dos teólogos luteranos, sustentadas
pelos teólogos católicos, já circulam, afirmando que os protestantes poderiam
admitir a infalibilidade, admitindo que ela permaneça um costume e uma crença
particular, característica da Igreja romana. E o Santo Padre, pelas palavras
citadas acima, parece aceitar essa ideia. Ele se mostraria então prestes a limitar
a infalibilidade, de tal modo que não sendo mais universal, ela não seria mais
um dogma de fé. Desnecessário dizer que, com isso, a própria natureza da Igreja
seria violada, pois se certas dioceses creem e outras não, a natureza está
comprometida. A Igreja e a fé são uma só e mesma coisa e, portanto, com tal
fórmula, a fé e a Igreja seriam uma em Roma e outra em Berlin.
15. Nos últimos trinta anos, essa supremacia pontifícia tem
recebido golpes mais sórdidos ainda que durante o Concílio. De fato, esta grave
ferida no cume do Santuário divino é ocultada pelo fato de hoje, no mundo, a
autoridade moral do Pontífice cresceu. Mas o crescimento que assistimos não tem
nenhum significado religioso, nenhuma forma sobrenatural. O Papa é reverenciado
na medida em que representa a ideia humanitária que deve constituir o
fundamento do mundo futuro, esta mesma ideia humanitária condenada com tanta
força pelo Syllabus, na proposição
LV: “A Igreja deve estar separada do
Estado, e o Estado da Igreja”; e na proposição LXXX: “O Romano Pontífice pode e deve reconciliar-se e tornar-se amigo do
progresso, do liberalismo e da civilização moderna”. Apesar disso, o Santo
Padre parece sustentar essa ideia, pois fala sempre de um “mundo novo”, de um
mundo guiado pela justiça, de um mundo no qual os povos se amam e reverenciam
suas tradições boas e distintas, de um mundo fraternal e pacífico em que a paz
e o bem-estar reinam sobre todos os povos. Mas o Santo Padre, diante os chefes
das Nações, jamais fala da autoridade de Cristo por meio de seu representante
na terra, jamais fala de Cristo-Rei, jamais. O discurso pronunciado na ONU é um
discurso inteiramente humanitário; em certos trechos se faz, somente por
obrigação, alusão a Cristo. Mas são, por assim dizer, apenas alusões formais,
de polidez: o discurso é imbuído de humanitarismo, encharcado de humanitarismo,
pois seu fim é humanitário.
16. O Santo Padre fala ainda de “nova evangelização”: mas
tal “nova evangelização”, ou bem é a lembrança da Boa Nova, ou bem é o anúncio
de certa novidade. A novidade consiste no anúncio humanitário, que faz
abstração da ideia religiosa católica à qual se refere, em contrapartida, a
carta de São Paulo aos Efésios (Ef. 2,4): “Uma
só fé e um só batismo”. Em contraste, a novidade sanciona a religiosidade
humana, pela qual todas as religiões merecem respeito, pois todas concorrem
para o bem comum.
17. Mas se nossa religião se dissolve no sentimento
religioso universal, nossa religião não existe; se nossa religião não é um primum, ela não é nada e, se ela não é a
luz, então ela é a sombra.
18. O único conflito com o mundo se situa sobre os aspectos
da moral; como a indissolubilidade do matrimônio, o aborto, as Tábuas da lei moral
em geral. Sobre esses pontos, o Santo Padre tem perseverado na realização de
seu dever[1],
mas, como vimos acima, em todas as outras posições, ou seja, as posições
dogmáticas, a dissolução da doutrina em opiniões pessoais do Papa é crescente.
19. Os sucessos do Santo Padre no mundo são, de fato, grandiosos:
ele se movimenta entre milhares de jornalistas, participa de encontros com os
grandes da terra; e o Papa participa também, de igual para igual, de reuniões
ecumênicas. Tudo isso é importante, pois, de certo modo, João Paulo II
conquistou o mundo; e o mundo hoje está imbuído de suas ideias sobre o
ecumenismo, sobre a bondade geral, intrínseca e igualmente existente em todas
as religiões, pois todas ex sese (por
si mesmas) conduzem a Cristo, sobre a necessidade da fraternização dos povos,
todos permanecendo com suas práticas tradicionais, com suas próprias convicções
culturais; e outras coisas mais. O Santo Padre é acolhido com entusiasmo, não
enquanto Pontífice romano, mas porque é considerado como o mais alto
representante dessa mentalidade geral “de um mundo bom”.
20. O Papa manifesta sua especificidade, sua particularidade
de soberano, unicamente sobre os pontos complexos da moral negada pelo mundo.
Que ele nega, contudo, sem se dar conta, pois ninguém lembra a ele que a
negação de pontos morais inclui a negação de pontos dogmáticos, pois a lei
moral é a manifestação do Verbo, isto é, da Razão divina, que se encarnou e seu
nome é Cristo. A lei moral se refere diretamente ao Verbo. Então, a negação da
lei moral é uma negação implícita, mas não menos real, do Verbo. O princípio da
Igreja e o princípio de tudo se chama Cristo, que é o Verbo encarnado, a Razão
divina, que exprime a lei moral natural. A lei moral é uma lei racional e é a
expressão da Razão divina: a lei moral é soberanamente razoável.
[1] [Hoje,
infelizmente, com Francisco, este não é mais o caso; mas mesmo que Amerio não
pudesse ainda perceber, ele já tinha visto que tal relativização moral já
estava inscrita na relativização dogmática].
17/10/2018
Show de manifestos pró-Haddad de ex-reitores e "intelectuais".
Isso tudo me lembra os manifestos dos anos 1990 que apareceram contra a crítica corrosiva que Olavo de Carvalho fazia ao Imbecil Coletivo. Essa corja responde a argumentos com abaixo-assinados. A turminha se sente mais confortável quando junta, mas não apresenta nenhum argumento racional.
Entre os "intelectuais" deste atual manifesto, encontramos Caetano Veloso, Gilberto Gil, Preta Gil, Dráuzio Varella, Casagrande, Juca Kfouri e quejandos. Com essa intelectualidade, não surpreende que a ignorância no Brasil esteja atingido níveis catastróficos.
Ocorre que o Brasil foi salvo por um intelectual, este mesmo que foi alvos dos antigos manifestos. É um caso único no mundo. Um sujeito sozinho, perdido num amontoado gigantesco de livros, preocupado com assuntos aparentemente alheios à agitação do mundo, com sua obra de formiguinha, em vinte anos, constroi um ambiente em que é possível expulsar o PT da vida nacional. O PT comunista, abortista e ladrão. O Brasil de hoje é obra de um estudioso, que ainda vivo, poderá contemplar os resultados práticos de sua vasta erudição.
Sim, os "intelectuais" e ex-reitores terão a sua hora. Estamos hoje ocupados em vencer o PT no cenário nacional. A luta na academia, embora já tenha começado, aumentará muito de nível. Esperem e verão. Essa gangue será varrida das cátedras e dos púlpitos. Atenção também padres e bispos hereges, vocês serão também varridos da história.
Manifesto dos "intelectuais" - clique aqui.
16/10/2018
CATÓLICOS não podem NUNCA votar HADDAD.
Urnas Eletrônicas | RESULTADO da Operação Antifraude
11/10/2018
A provável falsidade de autoria do decálogo de Lenin
Um leitor chama a atenção do blogueiro para o fato de que o decálogo de Lenin seja falso. Ou seja, que não tenha havido, na obra do indigitado, tal decálogo. O prof. Francisco Castro, de uma maneira delicada, tenta atrair a atenção do blogueiro para este fato dizendo: "Olá Professor, poderia citar o livro ou a fonte onde ele escreveu este decálogo? Obrigado." Veja que o professor não disse que o decálogo era falso, só pediu a referência. Talvez ele soubesse que era falso e só foi gentil. Talvez ele genuinamente quisesse saber a referência. De qualquer modo, agradeço-lhe o comentário.
Não me lembro onde, em 2005, encontrei o decálogo. Mas com a pergunta do prof. Castro, fui lá procurar a fonte. Encontrei uma tonelada de referências ao decálogo e também uma suspeita, bem fundamentada de que o decálogo surgiu da pena de outra pessoa. Assim, não encontrei a fonte e, por hora, tenho de admitir uma grande probabilidade de falsidade da autoria de tal texto.
Mas penso que Lenin subscreveria tal decálogo e ficaria satisfeito de que dele só soubéssemos tal decálogo. Pois que o comunismo é muito mais feio, muito mais cruel, muito mais mortífero do que o que está dito nesses dez mandamentos.
Esses dez mandamentos são todos verdadeiramente comunistas. Mas há centenas de outros mandamentos, muito mais terríveis.
Considere este decreto: "A partir de 1o. de março de 1919, o direito de possuir mulheres entre 17 e 32 anos está abolido (...). Pelo presente contrato, nenhuma mulher pode ser doravante considerada como propriedade particular e todas as mulheres se tornam propriedade da nação".
Mas há mais. Comentando sobre os objetivos do comunismo, W. Cleon Skousen os classifica em 45 categorias ou itens, dos quais separei alguns poucos relacionados ao decálogo de autor desconhecido. Os números dos itens são os originais.
17. Assuma o controle as escolas. Use-as como correias transmissoras para o socialimso e para a propaganda do comunismo. Suavise o currículo. Assuma o controle das associações dos professores. Coloque a doutrina do partido nos livros-textos
18. Assuma o controle dos jornais dos estudantes.
19. Use as greves dos estudantes para fomentar protestos públicos contra programas e organizações que estão sob ataque comunista. (Nota: O sucesso desses objetivos, da perspectiva comunista, é óbvio. Há alguma dúvida sobre isso?)
20. Infliltrem-se na imprensa. Assuma o controle da crítica literária, da editoria, de posições de elaboração de políticas editoriais.
21. Assuma o controle de posições chave no rádio, TV e indústria cinematográfica.
22. Continue a campanha de descrédito da cultura americana pela degradação de todas as formas de expressão artística. Um comunista americano recebeu a ordem de "eliminar todas as belas esculturas de parques e edifícios", substituindo-as por estruturas desformes, feias e sem sentido.
23. Controle a crítica artística e os diretores de museus. "Nosso plano é promover a arte feia, repulsiva e sem sentido".
24. Elimine todas as leis contra a obscenidade chamando-as de "censura" e uma violação da liberdade de expressão e da liberadade da imprensa.
25. Derrube os padrões culturais de moralidade pela promoção da pornografia e da obscenidade em livros, revistas, cinema, rádio e TV. (Nota: Esta é a agenda granmsciana da "longa marcha através das instituições" explicitamente declarada: tomada gradual dos "meios de comunicação" e o uso desses veículos para corrempor a cultura e enfraquecer a capacidade de resistência do indivíduo)
26. Apresente a homossexualidade, a degenerecência e a promiscuidade como "normal, natural e saudável". (Nota: Hoje, aqueles poucos que ainda tem a coragem de defender a moralidade pública são denunciados e viceralmente atacados.)
27. Infiltre-se nas igrejas e substitua a religião revelada pela religião "social". Desacredite a Bíblia e enfatize a necessidade da maturidade intelectual, que não necessita de uma muleta religiosa. (Nota: Isso tem sido realizado amplamente por meio da infiltração comunista do Conselho Nacional das Igrejas, no Judaísmo Reforma e Conservador e nos seminários católicos.)
28. Elimine a oração ou qualquer expressão religiosa nas escolas com a desculpa de que isso viola o princípio da "separação entre estado e igreja".
40. Desacredite a família como instituição. Encorage a promiscuidade e o divórcio fácil.
41. Enfatize a necessidade de educar as crianças longe da influência negativa dos pais. Atribua à influência supressora dos pais os preconceitos, os bloqueios mentais e o retardamento das crianças.
42. Crie a impressão de que a violência e a insurreição são aspectos legítimos da tradição americana; estudantes e grupos de interesse especial devem se levantar e usar sua "força unida" para resolver os problemas econômicos, políticos e sociais.
Para o bem de todos, devo dar a fonte de tais citações: Naked Comunism, de W. Cleon Skousen.
Assim, penso que Lenin preferiria que ficássemos com o decálogo. A coisa é muito mais feia, se aprofundarmos um pouco mais. O livro de Skousen é uma boa referência.
Repito o que disse no post anterior: Diga-me qual dos dois candidatos à presidência está completamente em acordo com o que vai acima.
10/10/2018
Recordar é viver: decálogo de Lenin, 1913
Em 29 de agosto de 2005, publiquei o decálo de Lenin. Reproduzo abaixo o texto. Diga-me qual dos dois candidatos à presidência está completamente em acordo com o que vai abaixo.
Decálogo de Lenin, 1913
1.. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2.. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação de massa;
3.. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4.. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5.. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito, mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo;
6.. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no exterior e provoque o pânico e o desassossego na população por meio da inflação;
7.. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8.. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9.. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes. Nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa socialista;
10.. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.
05/10/2018
Urnas Eletrônicas | Operação Antifraude
04/10/2018
Como votarei em Minas Gerais
Caros, alguns leitores me perguntam como votarei aqui em Minas. Será assim:
17600 Caio Bellote
1760 Coronel Felício
777 Dinis Pinheiro
310 Carlos Viana
30 Zema
17 Bolsonaro
A situação para o Senado é a mais importante em Minas. Temos de evitar que Dilma ganhe a vaga. Carlos Viana é o segundo colocado nas pesquisas e Dinis Pinheiro é apoiado pelo Bolsonaro.
São Francisco de Assis, rogai por nós!
03/10/2018
Recordar é viver: Candidatos, meu voto está à venda!
Em 22 de agosto de 2008, publiquei um post sobre minhas considerações sobre candidatos a cargos públicos. Republico-o agora, por razões óbvias.
Candidatos, meu voto está à venda!
Candidatos, meu voto está à venda!
Como todos sabem, época de eleição é um bom momento para vendermos o voto. Tentando dar um bom exemplo a meus filhos, estou eu aqui a anunciar que meu voto está à venda.
Acautelem-se, contudo, os candidatos afoitos. Meu voto é muito caro. Eu disse muito caro. Não é qualquer depósito em conta no exterior que vai levando meu voto. Não é qualquer mensalão que vai me enganar.
Meu voto irá para o candidato que depositar na Caixa .... de correio lá de casa, uma declaração assinada e com firma reconhecida, com as seguintes afirmações (que devem também constar da propaganda do candidato no rádio e na televisão):
1. O fundamento moral de minhas ações de candidato eleito serão os Dez Mandamentos da Lei de Deus.
2. Caridade é virtude individual. Quando o governo se mete a fazer caridade com o dinheiro público é sinal de vagabundo pondo a mão no salário do trabalhador.
3. Todo cidadão tem o direito de defender a si e a sua família de criminosos e assassinos, inclusive com arma em punho. Porte de arma para o cidadão comum é fundamento da democracia.
4. Todo cidadão tem o direito a educar seus filhos segundo seus próprios valores. Educar o filho em casa é um direito básico da cidadania.
5. A escola, pública ou privada, não tem o direito de doutrinar nossos filhos. Eles têm o direito de receber uma educação baseada na verdade e nos valores da Civilização Ocidental.
6. Lugar de criminoso é na cadeia e cadeia não é colônia de férias.
7. Crimes hediondos devem ser punidos com a pena de morte.
8. ONG significa Organização Não Governamental, portanto nada de dinheiro público financiando esse tipo de organização.
9. Sou a favor de “programas de redução da mortalidade infantil”, por isso sou contra o aborto.
10. Sou favorável à “preservação das espécies em extinção”, por isso sou contra a matança generalizada de cristãos em países comunistas e islâmicos.
Esse é o preço mínimo que estou cobrando dos candidatos que desejarem o meu voto. Se quiserem pagar mais, podem adicionar itens ao decálogo acima. Por exemplo, quem afirmar que existem verdades absolutas, pois ninguém consegue negar isso sem uma afirmação autocontraditória, ganha muitos pontos no meu conceito. Quem fizer algum comentário a respeito da prova tomista, em cinco vias, da existência de Deus, ganha minha mais profunda admiração. Mas basta o decálogo, para ser um candidato de minha predileção.
01/10/2018
O deslocamento da função magisterial depois do Concílio Vaticano II, por Romano Amerio - Parte III
III – O Papa abdica de sua função magisterial na medida em que não prega mais a fé sobrenatural
7. Na época do Concílio, estava-se consciente de que a virtude didática lembrada aqui estava em vias de se dissolver na incerteza, como demonstra a declaração autorizada do Cardeal Heenan, Primaz da Igreja da Inglaterra, que numa das primeiras sessões do Concílio se exprimia assim: “Hoje, na Igreja, não há mais o ensinamento dos bispos; estes não são mais a referência na Igreja. O único ponto sobre o qual se atualiza a função magisterial da Igreja é o Soberano Pontífice”. Isto é, onde não há mais pessoas ensinando, todos ensinam; e onde não há mais uma verdade ensinada, ensina-se uma multidão de opiniões.
8. Mas essa declaração do Primaz da Inglaterra, há trinta anos de distância, parece bem otimista, pois hoje, a função magisterial não se exerce nem mais pelo Pontificado. Se, como vimos, o Magistério é a manifestação da Palavra divina depositada na Igreja, que a Igreja tem por missão e dever de ensinar e pregar, essa manifestação da Palavra divina no Pontificado atual tem estado ausente ou, ao menos, em declínio: eu não teria escrito 57 glosas sobre o documento Tertio Millenio Adveniente se o Santo Padre tivesse sempre ensinado e manifestado a Palavra divina que é, ela, o verdadeiro “Magistério vivo” na Igreja, e se ele não tivesse, de boa vontade, deixado de exprimir diretamente e claramente a verdade da maneira explícita.
9. Mas eu redigi justamente essas glosas porque o Santo Padre não prega aos fiéis, no exercício pleno de seu magistério, auxílio que eles esperam do Magistério Supremo; ele fala, mas não manifesta aquilo que deveria manifestar. Assim, é preciso dizer, mesmo nos documentos mais importantes, cada palavra do Papa não é mais o Magistério, mas, doravante e muito frequentemente, ela não é mais que a expressão de visões, de pensamento, de considerações difundidas na Igreja: o que quero dizer precisamente é que o Papa, em suas alocuções, reflete todo um sistema de pensamento que é aquele em que o homem de hoje se compraz.
10. Uma doutrina privada é a elaboração própria de um indivíduo, mas não se trata disso aqui: trata-se de doutrinas que são difundidas e que se tornaram preponderantes numa grande parte da teologia. Lê-se assim na Tertio Millenio: “Cristo é o cumprimento do anelo de todas as religiões do mundo, constituindo por isso mesmo o seu único e definitivo ponto de chegada.” (N. 6); e ainda “...o encontro do cristianismo com aquelas antiquíssimas formas de religiosidade, que significativamente são caracterizadas por uma orientação monoteísta.” (N. 38), e ainda, “[Para o diálogo inter-religioso] deverão ter lugar proeminente os hebreus e os muçulmanos” (N. 53). E na Ut Unum Sint: “... a infalibilidade do Papa é uma verdade da Igreja à qual não se pode renunciar. Mas deverá se conceber uma nova forma de interpretá-la.1 Então, mesmo as manifestações do Papa assumiram um caráter estranho à função magisterial suprema. Quando o Papa não manifesta a Palavra divina que lhe é confiada e que ele tem a obrigação de manifestar, ele exprime suas visões pessoais na acepção mais elevada; mas ele não exprime a Palavra de Deus. Nos encontramos assim diante da manifestação da decadência do Magistério ordinário da Igreja. O Papa deve guardar e manifestar o Depósito da Fé, da Revelação divina, mas ele não o manifesta senão escassamente. Desde o instante em que o Papa abdica da realização de seu principal dever, uma grande crise ocorre na Igreja, pois é o seu centro que é atingido. Mas não existe nenhum órgão corretor superior ao Pontífice: de fato, o Primado do Pontífice romano é um dos dogmas fundamentais, pode-se dizer, da Igreja.
CONTINUA...
_________
1 Não encontrei tal trecho nem na versão em português nem na versão em francês. (N. do T.)
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