21/11/2006

Cartas IV - E-mail pessoal e MSM

Veja como a confusão mental do esquerdismo faz uma pessoa passar vexame em cima de vexame. A sra. Magda não cansa de nos mostrar sua indigência mental. Tudo que ela quer saber é onde comprar o XP mais barato. Eu sei onde, mas não digo, pois esse não é o assunto que me interessa e nem tampouco assunto sobre o qual eu escrevi no artigo que tanto transtornou a sra Magda. Depois de tudo isso ela ainda me chama de colega. Cruz credo!



----- Original Message -----
From: Magda Maia de Souza Lima
To: araujo@cpdee.ufmg.br
Sent: Monday, November 20, 2006 6:00 PM
Subject: Software livre: de graça? parte 2

Caro Sr,

em resposta à sua resposta ao meu e-mail em seu blog:

observo que não fui objeto da mesma delicadeza, não tive resposta sequer de um link apoiando sua opinião;

que o Sr entendeu o grande incômodo que causou a disparidade do valor citado na sua matéria e o valor real de mercado, sem resposta para uma loja com o seu preço;

que a matéria realmente foi escrita pelo Sr;

que o Sr entendeu alguma fúria da minha parte, sem citação desta parte;

e que francamente chamar alguém que não se conhece de analfabeto não contribuir em nada para esclarecer esta pessoa, não é resposta, acrescenta o quê? E qual é mesmo o estudo que apoia suas opiniões?

Chamo a atenção para:

não é possível ser delicado e furioso ao mesmo tempo, a não ser que o Sr seja irônico, o que também não é possível. Afinal, um professor que escreve uma matéria é para esclarecer as pessoas, orientar sobre um assunto que conhece e domina para aqueles que não são especialistas.

Concluindo:

favor enviar links, bibliografias esclarecedores sobre o assunto. Fico satisfeita em começar por entender apenas a parte do custo. Se realmente o custo do SO dos programas proprietários for menor do que o Linux vou começar a pagar por eles na máquina da minha casa. Até lá fico só com o Linux.

Colega, o Sr pode ficar aí me chamando de analfabeta ou tomar uma atitude e contribuir para melhorar seu país nos orientando.

[]s Mag
BH-MG



Para o MSM



Sobre software livre: Linux, um aparato político
enviada em 20/11/2006

Sou entendido também no assunto, tanto na parte técnica quanto na parte econômica, e concordo com o artigo. Pressupõe-se que, por ser "livre", o Linux seja de graça, e realmente não é. Ele é uma maravilha para os "entendidos" pois podem cobrar uma fortuna em manutenção, já que não existe tantos entendidos assim no Linux quanto no Windows. E Linux nem chega a ser livre de fato, pois a licença GPL não permite fazer o que quiser com o código. Diferentemente, a licença BSD, esta sim totalmente livre, permite que seja utilizado em sistemas comerciais tecnologias desenvolvidas. Se não fosse por isso, o TCP/IP, que é a base da Internet, nunca teria sido o padrão que hoje é utilizado pelo mundo afora. A apple não teria também o OS X, este sim concorrente com o Windows, baseado no FreeBSD. Linux é mais um aparato político contra a Microsoft do que um concorrente direto do Windows. Ainda precisa melhorar muito para alcançar o usuário final, que está apenas começando a usar um computador.

Rafael Fernandes


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O software livre, Bill Gates e outros embaraços suscitados pelo Prof. Emílio
enviada em 21/11/2006

O professor Antônio Emílio é excelente questionador de convicções. Por isso, seus textos são perturbadores e causam alguns embaraços, como este sobre Linux e Windows. As pessoas aqui parecem convictas do oposto. Na falta de argumentos, chegam a apelar para a autoridade técnica, o argumentum ad verecundiam, sem mesmo explicar o que lhes incomoda. Será que é o Bill Gates? Mas porque o maior e melhor empresário do mundo incomoda tanto? Um chefe respeitador e motivador que dá aos seus funcionários reconhecido equilíbrio vida/trabalho, que acredita que a chave do sucesso está nas pessoas e no trabalho duro? Que crê no estudo e valoriza o conhecimento? Ele foi devidamente recompensado com o que há de melhor no capitalismo: o lucro, reservado apenas para os melhores e mais capazes. Enquanto eu estive na universidade, todos os entusiastas do Linux esbravejavam contra a Microsoft e contra Bill Gates, e diziam da necessidade de “derrotar” demônio do Windows. Mas porque um demônio? Uma espécie de síndrome invejosa contra o sucesso? O Professor Emílio não precisou nem questionar isso para que o castelinho de cartas caísse... Apenas questionou este “livre” e recebeu uma enxurrada de comentários passionais e negativos. Que mal há em pagar por aquilo que foi desenvolvido através do trabalho árduo de vários profissionais qualificados? Pagar aqueles que confiaram e investiram em um trabalho de anos? Software é mercadoria sim, adquirindo-se o direito de usar; porém, além deste, há o direito sobre a propriedade intelectual contida nesta mercadoria - em respeito àqueles que tiveram o trabalho do desenvolvimento. A luta pelo direito a propriedade intelectual é tão séria quanto a qualquer outro tipo de propriedade privada, afinal apropriar-se indevidamente de um software é desmerecer o trabalho alheio.Enfim, eu concordo plenamente com o artigo do professor. O Linux é a negação da propriedade intelectual, e virou uma bandeira ideológica, de tal forma que, politizado, pouco contribuirá para a evolução da informática. Além de não ser cost-effective: basta verificar que a maioria esmagadora de grandes corporações capitalistas, interessadas em reduzir o custo operacional, adota Windows como o sistema de trabalho. Talvez o conceito de “livre” do professor Emílio ajude a esclarecer o porquê desta realidade que relutamos em acreditar: “there is no free lunch”.


Álvaro Polati

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Sobre artigo Software Livre: foco é Economia, não Informática
enviada em 21/11/2006

Estas pessoas entendidas que tanto acusam furiosas que o artigo sobre Software Livre do Antonio Emilio A. de Araujo contém erros não identificam que o que está sendo tratado pelo texto é Economia e não Informática. Elas só se darão conta disso se um dia os desejos da Free Software Foundation concretizarem-se por completo no nosso país, verem que o produto intelectual de seu trabalho é proibido de ter algum valor e estiverem programando em troca de um salário mínimo (ou menos).

Saudações,

Marcos Ludwig

5 comentários:

Unknown disse...

Professor,

Concordo plenamente com seu artigo sobre software livre publicado no MSM. Usar linux é "caro" demais. Eu sou estudante de engenharia elétrica da UFMG e tenho uma carga horária de estudos muito alta. Usava linux, mas isso ficou inviável, pois para cada periférico que eu conectava ao meu computador (placa de rede sem fio, palmtop, etc...) gastava horas pesquisando na internet alguma maneira de fazê-lo funcionar. Sem contar que, como estudante de engenharia, tenho que usar vários softwares que ainda não existem para linux.

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Obrigado pela visita a meu blog. Eu enviei um outro artigo ao MSM, que (se for publicado) deverá sair ainda esta semana, onde eu discuto os pressupostos não-econômicos de quem defende o tal do Linux. Aguarde.

Um abraço.

Antonio Emilio.

Anônimo disse...

É inacreditável como esses esquerdistas gostam de se sentir importantes. Já armaram até fuzuê por causa do preço do Windows! Será que eles não percebem que o objetivo do artigo não era técnico, mas de questionamento da 'graciosidade' do linux?
Professor, desculpe ir falando assim, mas eu gostaria de citar um artigo do Lew Rockwell para responder aos argumentos contra a microsoft dessa
cambada: o economista comenta a defesa do linux pelos Trotskystas. Alguns trechos:

"Have you noticed that a bias for Linux sometimes masks an ideological agenda? The socialists complain, for example, that "in much the same way as the capitalist market is worshiped as the only possible vehicle for the organization of economic life, so too the development of proprietary software was been presented as the only possible variant." "

""Linux is arguably the most stable, widely supported, flexible, and powerful operating system available today. It runs on a variety of computer hardware including Intel clones and Apple Macintosh computers. Distributions come complete with the free Apache web server, which is used on over 55 percent of public web sites on the Internet. The success of Linux lies precisely in its openness. Users of the operating system are themselves developers."
This last sentence is strangely reminiscent of the writings of Marx and Lenin"

O endereço é http://www.lewrockwell.com/rockwell/trot1.html

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Pedro,

Obrigado pela visista e pela sugestão do artigo, que lerei em seguida.

Eu escrevi outro artigo para o MSM (que deve sair ainda esta semana), onde comento sobre o Manifesto GNU e a inacreditável indigência mental do tal de Richard Stallman.
Aguarde.

Grande abraço.

Antonio Emilio.

Anônimo disse...

"O artigo é de 2000, mas vale à pena a sua leitura." Estou de acordo, mas eu gostaria de frisar: os argumentos à favor do linux são os mesmos e vão continuar sendo por dez anos, se essa coisa ficar por tanto tempo. Havia no MSM uma carta com um exemplo -a do carro em que você não pode mexer-, que é muito, muito velho, e ainda citado! Da mesma maneira, o Windows XP também teve seus 'bugs' registrados pelos gurus informáticos, e os defeitos da nova versão, não lançada!, já apareceram em matéria de revista.

Espero pelo seu artigo!