Estou surpreso como todos com a eleição do Papa Francisco. Estou tentando entender se é um castigo ou uma benção esta eleição. Todos os cardeais são modernistas; assim, nunca poderíamos esperar um papa tradicional, um papa que tivesse como lema o Instaurare Omnia in Christo de São Pio X. Há muitas informações dando conta de que o Papa é hiperecumenista, que os modernistas de todas as cores gostaram de sua eleição, etc; muitas fotos do então cardeal Bergoglio recebendo a benção de pastores protestantes e coisas similares. Há também alguns elogios, como os que eu publiquei, de Sandro Magister.
Muitos tentam extrair das poucas palavras do discurso inicial do Papa, algo do que será seu papado. Ele disse "bispo de Roma" e não Papa; usou a expressão "homens e mulheres de boa vontade"; se referiu a Bento XVI com "bispo emérito" e não "papa emérito", etc. Penso que este é um esforço hermenêutico mais ou menos inútil.
É cedo para fazer qualquer juízo de valor. Vivemos no tempo e temos de nos submeter à sua passagem e à nossa ignorância. Temos de rezar e confiar em Deus.
Se a eleição do Papa Francisco for uma benção para a Igreja, agradeceremos a Deus. Se for um castigo, agradeceremos também: O Senhor o deu, o Senhor o tomou; louvado seja o Senhor. (Jo 1,21).
Ad Iesum per Mariam.
9 comentários:
Sic transit gloria mundi, as palavras que eu não sei se nosso Papa ouviu ontem, mas que adotei por moto há alguns anos.
Mais uma vez parabéns pela sua postura, professor. É hora de rezar e continuar o seu trabalho de divulgação da melhor doutrina, da única possível, a da nossa Igreja. E nós, fazendo nossa parte, aprendendo, lendo, estudando e interpretando o tempo à luz da luz.
Caro Prof. Angueth,
Eu gostaria de perguntar se existe a possibilidade de o Papa Francisco ter tomado parte em alguma daquelas reuniões de bispos em Roma, organizadas pelo Pe. Gruner, e se há registro de alguma opinião do Papa a respeito das posições do Pe. Nicholas Gruner.
Pedro de Lima
10, caríssmo Angueth!
Abraço
Sidney Silveira
Caro Angueth, há uma campanha de desatinos contra o Papa nos meios de comunicações virtuais, essa ocorrência pode nos indicar ser ele um Papa bom para a Igreja:
http://aluizioamorim.blogspot.com.br/2013/03/pontificado-de-francisco-podera-deter.html
Abs
Eduardo
Caro Professor, perdoe-me a discussão absurda entre esta pessoa, que apenas estranhou o fato de que não havia doutoras na Igreja - mulheres admiráveis - e atacada daquela maneira grosseira, ao invés de ser corrigida fraternalmente, se for o caso, por outra pessoa com mania de perseguição e sem um mínimo de delicadeza. Isso não ocorrerá mais aqui, promessa! Agradece-lhe e se desculpa(e pode apagar este comentário se assim o desejar), Anacoreta, o Penitente.
Angueth, ainda não tira da minha cabeça que referir-se como "bispo de Roma", contrapondo-se assim ao "bispo emérito de Roma", Bento XVI, foi uma tentativa de apaziguar qualquer ideia sobre a possibilidade de um antipapa na Igreja.
Vc sabe, as coisas começam sutis e depois viram
Papa Francisco me parece ser um homem caridoso, forte defensor da moral e da doutrina, mas com pouco apreço pela liturgia tradicional. Ou seja, um prelado profundamente ligado ao "conservadorismo padrão" pós-CVII. Vê-lo sem a mozeta papal na bancada central da Basília de São Pedro fez me lembrar do estilo mais, digamos, despojado de João Paulo II.
Torço para que seja um grande papa. Talvez Francisco não seja o papa da Tradição que aguardamos com tanta ansiedade, mas talvez sejamos surpreendidos.
"Todos os cardeais são modernistas". Afirmação temerária, no mínimo. Conhece todos bem como suas posições doutrinais?
Eduardo,
Salve Maria!
O sobrenome Trad é de quê, exatamente?
Esclareça o blog e seus leitores; qual deles não é? Para te facilitar, qual deles subscreveria o Lamentabili e o Syllabus? Para facilitar ainda mais; qual deles defende publicamente o Reinado Social de Jesus Cristo, acima e além de qualquer governo?
Se você não conseguir responder, por favor, vá caçar afirmações temerárias em outro lugar!
Ad Iesum per Mariam.
Caríssimo Antônio,
meu sobrenome tem origem libanesa.
Peço desculpas por minha afirmação rude e crítica. Não conheço todos os cardeais nem tenho informações suficientes sobre eles para apontar-lhe, e aos leitores do blog, um único na condição que o senhor demandou.
Devo lembrar, porém, que eu não fiz nenhuma afirmação sobre eles. Foi o senhor quem fez e a afirmação que fez. E para que a sua afirmação fosse suficientemente robusta, ela deveria estar amparada no conhecimento de todos e cada um daqueles que o senhor acusou (coisa que o senhor não afirmou).
Do contrário deveria vir antecedida de alguma advertência sobre uma potencial ignorância.
Saudações em Cristo,
Eduardo
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