Seguem abaixo, dois trechos de obras diferentes, mas
igualmente fundamentais, definindo quem são, de fato, os amigos e os inimigos
da Cruz de Nosso Senhor (Amicos et inimicos Crucis Christi).
Ouçamos com atenção e escolhamos já o nosso lado. Aproveitemos o resto de
Quaresma para nos juntarmos aos amigos da Cruz.
Os amigos da Cruz dizem continuamente: “Soframos, choremos,
jejuemos, oremos, ocultemo-nos, humilhemo-nos, empobreçamo-nos,
mortifiquemo-nos; porque o que não tem o espírito de Jesus Cristo, que é um
espírito de cruz, não pertence a Ele; os que são de Jesus Cristo mortificaram a
carne com as suas concupiscências; é preciso ser conforme a imagem de Jesus
Cristo ou condenar-se. Coragem! exclamam eles. Coragem! Se Deus está por nós,
quem estará contra nós? Aquele que está em nós é mais forte que o que está no
mundo. O servo não é maior que o senhor. Um momento de leve tribulação redunda
em peso eterno de glória. Há menos eleitos do que se pensa. Só os corajosos e
os violentos arrebatam o céu de viva força; ninguém será lá coroado se não houver
combatido legitimamente, segundo o Evangelho, e não segundo a moda. Combatamos,
pois, vigorosamente, corramos depressa para atingir a meta, a fim de ganharmos
a coroa!” (Carta Circular aos Amigos da Cruz, São Luiz Maria Grignion de
Montfort, Editora Petrus, 2011.)
“Inimicos crucis
Christi são esses cristãos efeminados que julgam coisa indispensável verem-se
rodeados de todas as comodidades, cederem a todas as exigências do mundo,
entregarem-se aos seus prazeres desordenados, seguirem apaixonadamente todas as
suas modas, esses cristãos que se ofendem com estas palavras que já não
compreendem mas que, sem embargo, Jesus Cristo disse para todos: Se não fizerdes penitência, todos perecereis
da mesma maneira. A Cruz, segundo a expressão de São Paulo, tornou-se para
eles um escândalo.” (A Alma de Todo
Apostolado, Dom Jean-Baptiste Chautard, Serviço de Animação Eucarística
Mariana, 2003.)
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