Conheci pessoalmente Sidney Silveira muito recentemente, num momento em que ele falava em desativar, por um tempo, seu extraordinário blog. Lembro-me de ter protestado muito com ele, dizendo-lhe que seu blog era fundamental para o Brasil. Não demorou muito para que o Brasil tivesse muito a agradecer ao Sidney, pelo menos os católicos do Brasil. Seus posicionamentos filosóficos sobre as eleições são uma contribuição irreprimível para quem tem alguma coisa na cabeça e no coração.
Hoje, Carlos Nougué, a quem conheço já há mais tempo, continua sendo meu professor, e de todos nós, dando-nos uma aula de história. Ele mostra quão grande é a semelhança entre PT e PSDB; são quase irmãos siameses, digo eu.
Leiam com atenção as duas aulas: Breves palavras sobre o PT, de Carlos Nougué, e Sobre as coisas políticas (VIII): momento de ir aos princípios.
15 comentários:
Viva Cristo Rei! Salve Maria!
Caro Professor Angueth:
Mais uma magnífica aula desses dois grandes Professores!
Já conversei com eles, muito especialmente com o Professor Sidney, sobre a possibilidade de fazermos uma espécie de seminário, se possível em âmbito nacional, congregando dentre outros, o senhor mesmo e os Professores Nougué e Sidney. Já adianto que eles estão de pleno acordo com isso.
(Pelo adiantado tempo, seria para 2011, se Deus quiser.)
Cordial abraço,
Frederico de Castro
Não achei e-mail de contato para o contra impugnantes. Tem um erro ali no texto do Sidney Silveira. Para tocar um instrumento virtuosamente não é necessário o hábito da ciência musical, mas sim o hábito da práxis musical. Você pode ser virtuoso sem saber ciência musical e sem mesmo saber ler partituras. Você pode aprender a tocar e se tornar virtuoso imitando bons instrumentistas. Aliás, a boa prática musical nasce antes no tempo que a ciência musical.
Seria de bom tom que o Sidney, sempre pronto para o debate meio que agressivo, permitisse a leitura do que ele replica e a tréplica do replicado.
Votar nulo é votar em alguém quando são dois os candidatos. O resto é blá-blá-blá.
Sidney professor é? Por favor, não aumentem a mancha do orgulho que abunda por aquelas puríssimas bandas...
Fernando,
Na sua profunda ignorância, vê se é possível apresentar algum argumento ao invés de apenas e tão somente balbuciar estultices.
Se houver algum argumento, escreva ao Sidney, não a mim. Quanto ao que ele deve fazer com as réplicas e tréplicas que ele recebe, ele é que decida; não vai ser você que vai decidir o que é ou não de bom tom no blog dele.
Seu comentário ao outro post deste blog não será publicado porque só há nele um vômito transformado em palavras e aqui eu não admito tais coisas.
Passar bem.
Las Casas como exemplo
1. Usar a razão de forma convincente;
2. Falar com mansidão.
Fora dessas duas hipóteses a regra é fazer silêncio. Isso evita que o observador externo nivele os dois debatedores por baixo, como sendo ambos indignos de serem chamados filhos adotivos de Deus.
Fernando,
Isso é que é mudar de assunto! Você não tem argumento contra as posições do Sidney. Não venha com essa de falar manso. Isso é conversa das meninas da Socila!
O discurso deve ser adequado ao caso em tela. Fala-se manso ou não conforme o caso. Mas sobretudo, só tem oportunidade de falar manso quem tem o que falar, o que parece não ser o seu caso.
Tchau!
Admiro o Contra Impugnantes, mas nesse ponto a razão não está com eles. Seja que o PSDB é fruto do liberalismo-progressismo-socialismo tanto quanto o PT e, do ponto de vista da fé, tão digno de rejeição quanto o outro. Mas, na prática, há diferenças, sim, de grau, que os distinguem. Quanto à filiação comunista do PT, o articulista ignora o que esse partido diz de si mesmo (em seus documentos e deliberações internas) e o que sua atuação (alinhamento com Cuba, Chaves, MST etc) comprova, ou seja, que é comunista, sim. O PSDB segue a corrente socialista européia, que abandonou o comunismo pela democracia liberal. É errado igualar ambos, porque ao menos a social-democracia admite alguns aspectos da lei natural (como o direito de propriedade), enquanto PT só permite isso temporariamente, enquanto não acumulou forças suficientes para extirpar toda a lei natural. Na prática, isso faz diferença, sim, não temos o direito de colaborar por omissão com o mal pior. É preciso votar em Serra.
Ô, Fernando, não existe essa sua separação [quase] incomunicável entre teoria e prática - que você diz ser práxis, por achar mais chique...
Toda prática pressupõe uma prévia de teoria; que é uma certa especulação racional sobre a ação subsequente.
O que você está a confundir é uma capacidade discursiva sobre a prática e uma espécie de "ciência" que é um constructo teorético sobre o objeto - ou prática - que se quer especificar.
Um virtuosi caipira que toca a sua viola com maestria, tem tanta "ciência" sobre a arte de tocar quanto um erudito que dedilha um violão clásico de sete cordas.
Mas há diferenças de intensidade e extensidade na ciência de cada um: são as especificidades e aprofundamentos que se requer para a ciência no seu sentido pleno; o primeiro tem um conhecimento (uma ciência) mais laboral e menos possibilidade descritiva de traduzir em palavras ou idéias as suas habilidades; o segundo possui um conhecimento que abrange tanto as técnicas quanto a espisteme do labor de tocar um instrumento.
Com estima; MMLPimenta
Há dois Fernandos. Não responda com essa educação exemplar aos Fernandos errados!
Eu não disse que não é bom, desejável, ou útil cultivar o hábito da ciência musical se sua intenção é se tornar músico, bom músico ou até virtuoso. Só quis apontar que alguns aprendem sem o hábito da ciência, e outros aprendem através do hábito da ciência além da prática.
http://fratresinunum.com/2010/10/13/e-preciso-agora-debelar-o-ovo-da-serpente/#comments
Aqui um breve mostruário do que seja um "opção" de "fogo controlado" que é o voto "consciente", isto é, o voto em José Serra; é o velho [falso] dilema de se querer ir para o Inferno de trem-bala, a 500Km/h (PT), ou de carro de fórmula 1, a 350Km/h (PSDB).
Tem-se a impressão e/ou conforto de saber que uma coisa é "indolor" se for bem devagarzinho... Mas a marcha para o abismo é inexorável nos dois casos!
MMLPimenta
Olá,
Sou leitor do seu blog (e aluno do COF, de O.de.C - acho que você também é). De qualquer modo, respeito seus estudos e vejo que já é engajado; eu estou iniciando agora. Gostaria de saber, suscintamente que seja, para não tomar seu tempo, se a coleção de Daniel-Rops, "História da Igreja de Cristo", é fundamental e indispensável no que se propõe. O livro se divide em 10 volumes (que ao todo dá cerca de 10 mil folhas) e custa próximo de 1 mil reais. Tendo em vista o valor do investimento, queria saber se ele chega a ser uma espinha dorsal no assunto. Ficaria imensamente grato se pudesse me ajudar nesse sentido. Ademais, de saber se há - em caso de negação - um título essêncial para a compreensão da história da Igreja, com a mesma densidade de tal obra.
PS: Desculpe-me por usar esse espaço, mas não consegui contato por outro canal.
Caro Adriano,
Tomo a liberdade de responder pelo professor Angueth (é claro que minha resposta não elimina a que ele porventura venha a lhe endereçar):
A coleção do Daniel Rops é boa. Já li o primeiro volume e estou no segundo. Ele era um tanto "modernoso", por assim dizer, na descrição de alguns episódios. Chamava o Cristianismo de revolução, por exemplo. Ademais, já nos primeiros volumes aparece uma tendência a naturalizar ou imanentizar certos eventos miraculosos. Creio que isso não foi feito intencionalmente. Mesmo assim, traz muitos dados importantes e é sempre categórico em afirmar que só há uma Igreja fundada por Cristo: a Católica Apostólica Romana.
Se eu fosse você, aguardaria o lançamento do Tratado de História Eclesiástica (3 tomos), do pe. Rivaux. Será publicado pela editora Pinus (para acessar o site, basta procurar pelo link na página principal deste blog).
Há também, em espanhol, a História de La Iglesia Católica (4 ou 5 tomos, dependendo da edição), de Bernardino Llorca e Ricardo Garcia-Villoslada. É possível encontrar alguns exemplares na Estante Virtual. Uma advertência: procure pelas edições anteriores à quinta. Depois da quinta edição, entrou um terceiro autor que parece ter acrescentado coisas duvidosas na obra.
Há muitos e muitos manuais de história da Igreja, mas temos pouquíssimos disponíveis no Brasil. Acho que você estaria bem servido se pudesse um dia ter o Daniel-Rops e o Pe. Rivaux completos. O do Bernardino Llorca tem um aparato crítico (fontes, notas, etc.) extraordinário.
Um abraço.
Em Cristo e Maria.
Olá Guilherme,
Aguardo a dica do prof., mas agradeço imensamente a sua. Já entrei no site da editora e aguardo o lançamento, começarei mesmo pelo do Pe. Rivaux; posteriormente pego o do Daniel-Rops ("Devemos correr para o mar através dos riachos, e não de repente"). Infelizmente ainda estou limitado ao portugues, porém já venho providenciando o latim e o inglês; tenho 21 anos e inicio agora meus estudos, mas tudo dará certo.
Adriano Leite
Caro Adriano,
Faço minhas as palavras do Guilherme. Eu colocaria uma pouco mais de ênfase e diria: não lei Daniel-Rops. Se você quiser uma razão para isso, leia História Natural de Jesus de Nazaré, de Herberto Sales e veja que ele se baseou inteiramente em Daniel-Rops para escrever seu livro blasfemo.
Em JMJ.
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