23/10/2010

Duas aulas do ContraImpugnantes

 

Conheci pessoalmente Sidney Silveira muito recentemente, num momento em que ele falava em desativar, por um tempo, seu extraordinário blog. Lembro-me de ter protestado muito com ele, dizendo-lhe que seu blog era fundamental para o Brasil. Não demorou muito para que o Brasil tivesse muito a agradecer ao Sidney, pelo menos os católicos do Brasil. Seus posicionamentos filosóficos sobre as eleições são uma contribuição irreprimível para quem tem alguma coisa na cabeça e no coração.

Hoje, Carlos Nougué, a quem conheço já há mais tempo, continua sendo meu professor, e de todos nós, dando-nos uma aula de história. Ele mostra quão grande é a semelhança entre PT e PSDB; são quase irmãos siameses, digo eu.

Leiam com atenção as duas aulas: Breves palavras sobre o PT, de Carlos Nougué, e Sobre as coisas políticas (VIII): momento de ir aos princípios.

 

15 comentários:

PAX RUSTICARUM disse...

Viva Cristo Rei! Salve Maria!

Caro Professor Angueth:

Mais uma magnífica aula desses dois grandes Professores!

Já conversei com eles, muito especialmente com o Professor Sidney, sobre a possibilidade de fazermos uma espécie de seminário, se possível em âmbito nacional, congregando dentre outros, o senhor mesmo e os Professores Nougué e Sidney. Já adianto que eles estão de pleno acordo com isso.

(Pelo adiantado tempo, seria para 2011, se Deus quiser.)

Cordial abraço,

Frederico de Castro

Antonio Araujo disse...

Não achei e-mail de contato para o contra impugnantes. Tem um erro ali no texto do Sidney Silveira. Para tocar um instrumento virtuosamente não é necessário o hábito da ciência musical, mas sim o hábito da práxis musical. Você pode ser virtuoso sem saber ciência musical e sem mesmo saber ler partituras. Você pode aprender a tocar e se tornar virtuoso imitando bons instrumentistas. Aliás, a boa prática musical nasce antes no tempo que a ciência musical.

Fernando disse...

Seria de bom tom que o Sidney, sempre pronto para o debate meio que agressivo, permitisse a leitura do que ele replica e a tréplica do replicado.
Votar nulo é votar em alguém quando são dois os candidatos. O resto é blá-blá-blá.
Sidney professor é? Por favor, não aumentem a mancha do orgulho que abunda por aquelas puríssimas bandas...

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Fernando,

Na sua profunda ignorância, vê se é possível apresentar algum argumento ao invés de apenas e tão somente balbuciar estultices.

Se houver algum argumento, escreva ao Sidney, não a mim. Quanto ao que ele deve fazer com as réplicas e tréplicas que ele recebe, ele é que decida; não vai ser você que vai decidir o que é ou não de bom tom no blog dele.

Seu comentário ao outro post deste blog não será publicado porque só há nele um vômito transformado em palavras e aqui eu não admito tais coisas.

Passar bem.

Anônimo disse...

Las Casas como exemplo

1. Usar a razão de forma convincente;
2. Falar com mansidão.

Fora dessas duas hipóteses a regra é fazer silêncio. Isso evita que o observador externo nivele os dois debatedores por baixo, como sendo ambos indignos de serem chamados filhos adotivos de Deus.

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Fernando,

Isso é que é mudar de assunto! Você não tem argumento contra as posições do Sidney. Não venha com essa de falar manso. Isso é conversa das meninas da Socila!

O discurso deve ser adequado ao caso em tela. Fala-se manso ou não conforme o caso. Mas sobretudo, só tem oportunidade de falar manso quem tem o que falar, o que parece não ser o seu caso.

Tchau!

Anônimo disse...

Admiro o Contra Impugnantes, mas nesse ponto a razão não está com eles. Seja que o PSDB é fruto do liberalismo-progressismo-socialismo tanto quanto o PT e, do ponto de vista da fé, tão digno de rejeição quanto o outro. Mas, na prática, há diferenças, sim, de grau, que os distinguem. Quanto à filiação comunista do PT, o articulista ignora o que esse partido diz de si mesmo (em seus documentos e deliberações internas) e o que sua atuação (alinhamento com Cuba, Chaves, MST etc) comprova, ou seja, que é comunista, sim. O PSDB segue a corrente socialista européia, que abandonou o comunismo pela democracia liberal. É errado igualar ambos, porque ao menos a social-democracia admite alguns aspectos da lei natural (como o direito de propriedade), enquanto PT só permite isso temporariamente, enquanto não acumulou forças suficientes para extirpar toda a lei natural. Na prática, isso faz diferença, sim, não temos o direito de colaborar por omissão com o mal pior. É preciso votar em Serra.

Anônimo disse...

Ô, Fernando, não existe essa sua separação [quase] incomunicável entre teoria e prática - que você diz ser práxis, por achar mais chique...
Toda prática pressupõe uma prévia de teoria; que é uma certa especulação racional sobre a ação subsequente.
O que você está a confundir é uma capacidade discursiva sobre a prática e uma espécie de "ciência" que é um constructo teorético sobre o objeto - ou prática - que se quer especificar.
Um virtuosi caipira que toca a sua viola com maestria, tem tanta "ciência" sobre a arte de tocar quanto um erudito que dedilha um violão clásico de sete cordas.
Mas há diferenças de intensidade e extensidade na ciência de cada um: são as especificidades e aprofundamentos que se requer para a ciência no seu sentido pleno; o primeiro tem um conhecimento (uma ciência) mais laboral e menos possibilidade descritiva de traduzir em palavras ou idéias as suas habilidades; o segundo possui um conhecimento que abrange tanto as técnicas quanto a espisteme do labor de tocar um instrumento.

Com estima; MMLPimenta

Fernando disse...

Há dois Fernandos. Não responda com essa educação exemplar aos Fernandos errados!

Antonio Araujo disse...

Eu não disse que não é bom, desejável, ou útil cultivar o hábito da ciência musical se sua intenção é se tornar músico, bom músico ou até virtuoso. Só quis apontar que alguns aprendem sem o hábito da ciência, e outros aprendem através do hábito da ciência além da prática.

Anônimo disse...

http://fratresinunum.com/2010/10/13/e-preciso-agora-debelar-o-ovo-da-serpente/#comments
Aqui um breve mostruário do que seja um "opção" de "fogo controlado" que é o voto "consciente", isto é, o voto em José Serra; é o velho [falso] dilema de se querer ir para o Inferno de trem-bala, a 500Km/h (PT), ou de carro de fórmula 1, a 350Km/h (PSDB).
Tem-se a impressão e/ou conforto de saber que uma coisa é "indolor" se for bem devagarzinho... Mas a marcha para o abismo é inexorável nos dois casos!

MMLPimenta

Adriano Leite disse...

Olá,

Sou leitor do seu blog (e aluno do COF, de O.de.C - acho que você também é). De qualquer modo, respeito seus estudos e vejo que já é engajado; eu estou iniciando agora. Gostaria de saber, suscintamente que seja, para não tomar seu tempo, se a coleção de Daniel-Rops, "História da Igreja de Cristo", é fundamental e indispensável no que se propõe. O livro se divide em 10 volumes (que ao todo dá cerca de 10 mil folhas) e custa próximo de 1 mil reais. Tendo em vista o valor do investimento, queria saber se ele chega a ser uma espinha dorsal no assunto. Ficaria imensamente grato se pudesse me ajudar nesse sentido. Ademais, de saber se há - em caso de negação - um título essêncial para a compreensão da história da Igreja, com a mesma densidade de tal obra.

PS: Desculpe-me por usar esse espaço, mas não consegui contato por outro canal.

Guilherme disse...

Caro Adriano,

Tomo a liberdade de responder pelo professor Angueth (é claro que minha resposta não elimina a que ele porventura venha a lhe endereçar):

A coleção do Daniel Rops é boa. Já li o primeiro volume e estou no segundo. Ele era um tanto "modernoso", por assim dizer, na descrição de alguns episódios. Chamava o Cristianismo de revolução, por exemplo. Ademais, já nos primeiros volumes aparece uma tendência a naturalizar ou imanentizar certos eventos miraculosos. Creio que isso não foi feito intencionalmente. Mesmo assim, traz muitos dados importantes e é sempre categórico em afirmar que só há uma Igreja fundada por Cristo: a Católica Apostólica Romana.

Se eu fosse você, aguardaria o lançamento do Tratado de História Eclesiástica (3 tomos), do pe. Rivaux. Será publicado pela editora Pinus (para acessar o site, basta procurar pelo link na página principal deste blog).

Há também, em espanhol, a História de La Iglesia Católica (4 ou 5 tomos, dependendo da edição), de Bernardino Llorca e Ricardo Garcia-Villoslada. É possível encontrar alguns exemplares na Estante Virtual. Uma advertência: procure pelas edições anteriores à quinta. Depois da quinta edição, entrou um terceiro autor que parece ter acrescentado coisas duvidosas na obra.

Há muitos e muitos manuais de história da Igreja, mas temos pouquíssimos disponíveis no Brasil. Acho que você estaria bem servido se pudesse um dia ter o Daniel-Rops e o Pe. Rivaux completos. O do Bernardino Llorca tem um aparato crítico (fontes, notas, etc.) extraordinário.

Um abraço.

Em Cristo e Maria.

Adriano Leite disse...

Olá Guilherme,

Aguardo a dica do prof., mas agradeço imensamente a sua. Já entrei no site da editora e aguardo o lançamento, começarei mesmo pelo do Pe. Rivaux; posteriormente pego o do Daniel-Rops ("Devemos correr para o mar através dos riachos, e não de repente"). Infelizmente ainda estou limitado ao portugues, porém já venho providenciando o latim e o inglês; tenho 21 anos e inicio agora meus estudos, mas tudo dará certo.

Adriano Leite

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Adriano,

Faço minhas as palavras do Guilherme. Eu colocaria uma pouco mais de ênfase e diria: não lei Daniel-Rops. Se você quiser uma razão para isso, leia História Natural de Jesus de Nazaré, de Herberto Sales e veja que ele se baseou inteiramente em Daniel-Rops para escrever seu livro blasfemo.

Em JMJ.