1. Todos os justos são como árvores plantadas no tempo certo no
meio da Igreja. Devem dar frutos permanentes de vida. Deve-se encontrar um
lugar apropriado, com água que o fecunde e dê a seu tempo[Sl 1, 3] o fruto da
vida. Há três correntes de água:[Sl. 1, 3] os incentivos das Escrituras, que
com ameaças e promessas suscitam uma vontade digna no homem. Os carismas
proporcionam a fecundidade de obras ao homem espiritual, superando sua
animalidade, dotando-o de boas disposições, ensinando-o toda a verdade, [Jo 16,
13] proporcionando-lhe toda a fecundidade das obras. Por último, o orvalho das
lágrimas, que brindam profusamente a perseverança, infiltrando-se com sua
umidade nas artérias da intenção e dos propósitos, pra que não pereça a árvore
da fidelidade. O que está plantado junto a essas correntes de água dará seu
fruto todos os meses, e suas folhas curarão as gentes.[Apc 22, 2]
2. Nem todos os ébrios se embriagam do mesmo modo. Há um vinho da maldade produzido pela uva da amargura.[Deut 32, 32] Sua origem remonta ao diabo, que deu de beber ao gênero humano a amargura do pecado e da morte. Com este vinho se embriagam os perversos, que se tornaram semelhante àquele. Há outro vinho da contrariedade, feito das videiras silvestres da condição humana, e se ofereceu a Nosso Senhor como vinagre[Jo 19, 29] da iniquidade, em lugar do vinho. Todo aquele que se embriaga com ele, não injustamente, mas por razão de seu pecado, comprovará que Deus padeceu por isto. Há um vinho da graça, que brota do ramo de mirra,[Cant 1, 13] isto é, da liberalidade do Criador. Este é o mosto que adormece os filhos do esposo e que se guarda em odres novos.[Mt 9,17]
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