26/05/2013

O TEMPO DEPOIS DE PENTECOSTES

A celebração do Mistério pascal termina com a oitava de Pentecostes. A Igreja é fundada e uma vida nova se comunica aos Cristãos. Cumpre que a semente germine, e que a vida se desenvolva e amadureça. Eis o objetivo dos domingos e festas depois de Pentecostes até o fim do ano eclesiástico. São 23 a 28 domingos, cuja primeira série, de l a 17, desenvolve o Mistério pascal. Cada domingo destes é uma pequena Páscoa. A segunda série, do 18 ao último visa o fim dos tempos, e prepara as nossas almas para a segunda vinda de Jesus Cristo. 
 
Nossas disposições durante este tempo sejam de jubilosa gratidão pela imerecida graça da Redenção. Jesus, o Médico divino, o Ressuscitador dos mortos, o nosso Salvador, continua na santa Missa o que fez no Mistério pascal. Seu exemplo, sua força na luta, nos comuniquem coragem na luta contra o mal. Vida de sacrifício e de renúncia é a vida do Cristão. Todavia, consola-nos e anima-nos aqui neste mundo, a esperança da consumação da Redenção, e o desejo do céu, da visão de Deus. "Vinde, Senhor Jesus", é a aspiração da alma cristã. 
 
Este tempo se distingue pela celebração de muitas festas de Santos, que são frutos dos Mistérios até agora celebrados, exemplo para também nós conseguirmos a glória eterna.
 
Nas Missas dos domingos depois de Pentecostes, diz-se o Glória e o Credo. Repetindo-se, porém, a Missa do domingo durante a semana, quando não se celebra alguma festa de Santo ou dia que tenha Missa própria, não se diz o Glória nem o Credo. 
 
Domingo de Pentecostes
 
A festa de hoje é uma justa homenagem a SSma. Trindade, uma ação de graças ao Padre e à Sabedoria de Deus e ao Divino Amor, o qual durante o Ano eclesiástico se manifestou de um modo tão admirável na obra da Redenção. Por este motivo se celebra esta solenidade no final da primeira parte do Ano eclesiástico. Não somente neste dia como também em todas as Missas. Devemo-nos lembrar de render graças à SSma. Trindade. Sejam nossos cânticos de louvor o prelúdio do cântico perene: Santo, Santo, Santo é o Senhor, Deus dos exércitos, que os Eleitos em união com os Serafins cantam cheios de profunda reverência a Majestade de Deus. 
 
À glória da SSma. Trindade é oferecido o Santo Sacrifício. Unamo-nos à imolação da Vítima imaculada. Notemos na Santa Missa o Gloria Patri, o Gloria in excelsis Deo, o final das Orações, o Credo, o Suscipe, Sancta Trinitas, o Prefácio e o Placeat tibi, Sancta Trinitas.
 
In Missal Quotidiano, D. Beda Keckeisen, O.S.B., Tipografia Beneditina, LTDA, Bahia, junho de 1957.

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