Graças à Sra.
Chesterton, tivemos acesso a algumas observações do gênio inglês sobre o Natal,
escritas aqui e ali e coletadas por sua secretária, Dorothy Collins. O Sr.
Chesterton está muito ocupado para dar qualquer declaração no momento. A Sra.
Chesterton nos enviou os pequenos textos, quatro no total, a tempo de os
publicarmos durante o Advento de 2012. Agradecemos a gentileza e a confiança.
Com este texto,
o blog aproveita para desejar a todos os seus leitores um feliz e santo Natal.
Que celebrando a primeira vinda de Salvador não esqueçamos de Sua segunda vinda
e nos preparemos para ela!
Há por aí algumas contradições sobre o Natal – e, de fato,
sobre as tradições cristãs em geral. Elas são aparentes em indivíduos que nos afirmam,
em jornais e outros lugares, que se emanciparam de dogmas, e agora se propõem a
viver o espírito do cristianismo. A que eu respondo: “Ok. Vá em frente,” ou palavras
similares. Mas então sempre me encontro confrontado com este fato
extraordinário. Eles começam a viver o espírito do cristianismo, e lançam-se
freneticamente a impedir as pessoas pobres de beberem cerveja, impedir as
nações oprimidas de se defenderem contra os tiranos (porque isso pode levar à
guerra), a tirar crianças deficientes de seus pais e trancá-las em algum tipo
de sanatório materialista, etc. E então eles ficam surpresos quanto digo-lhes
que eles tem muito menos o espírito do que a letra do cristianismo, do que suas
palavras, do que a terminologia de seus
dogmas. De fato, eles mantiveram algumas das palavras e terminologia, palavras
como paz, justiça e amor; mas fazem essas palavras significarem uma atmosfera
completamente estranha ao cristianismo; eles mantiveram a letra e perderam o
espírito.
E tal como acontece com o cristianismo, assim também com o
Natal. Se os homens soubessem exatamente o que querem dizer com Natal, e então
começassem a criar novos símbolos, novas cerimônias, novas brincadeiras, isso
poderia ser uma coisa boa. Algo do tipo pode acontecer, muito provavelmente,
naquele mundo dos homens modernos que sabem o que o Natal significa. Mas a
maior parte das modificações que são discutidas nas revistas e em outros
lugares são o exato reverso disso. Elas são realmente modos por meio dos quais
os homens podem manter o nome de Natal, e uns poucos esmaecidos símbolos
natalinos, enquanto fazem algo totalmente diferente.
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