03/04/2018

Lições das missas dominicais pós-Vaticano II– Parte XXXIV


Comento aqui o artigo final d’O DOMINGO de 01/04/2018, Domingo de Páscoa, do Pe. Paulo Bazaglia. Pe. Bazaglia é já nosso conhecido nestes comentários. Está sempre presente com suas ideias distorcidas.

O Evangelho que merece seu comentário é Jo 20, 1-9. Maria Madalena vai avisar os apóstolos João e Pedro que o sepulcro está vazio. Eles correm, para verificar.

O artigo do Pe. Bazaglia é intitulado Sinais da Ressurreição, título muito apropriado! Além de platitudes, ele insiste numa ideia antiga, que ele não cansa de repetir. Desta vez, ele a expressa da seguinte forma: “A corrida dos dois discípulos ao sepulcro é a corrida simbólica da fé, e quem chega primeiro é o Discípulo Amado. Chega antes quem ama e vive a relação do amor e da amizade com Jesus. É o último a ver os sinais, mas o primeiro a acreditar.” É impressionante como num trecho tão curto cabe tanta besteira!

Primeiro, parece que João e Pedro apostam uma corrida até o sepulcro, cada um tentando ganhar. Um novo, o outro velho e o novo ganha a corrida. Mas não ganha porque é mais novo, mas porque ama. De quebra, insinua-se aqui que Pedro, o primeiro papa, não amava Jesus, não vivia a relação do amor e da amizade com Jesus. Depois, o padre denomina essa corrida a “corrida simbólica da fé”. Eu a denominaria a corrida simbólica da dúvida, da estupefação, da surpresa, mas não da fé. Só depois, no final da passagem é que se informa: “ele viu e acreditou”. Além disso, o evangelista nos diz: “eles não haviam compreendido a escritura”.

Mas como essa ideia distorcida do Pe. Bazaglia é antiga, eu já a comentei aqui, no Domingo da Páscoa de 2009, na parte XVII destes comentários. Quem se interessar pode ler o antigo comentário aqui.

2 comentários:

Anônimo disse...

Professor,

O Senhor teria materiais ou textos sobre São Bruno e a Ordem dos Cartuxos?

Um abraço.
Bruno L.S. (Porto Alegre / RS)

Antônio Emílio Angueth de Araújo disse...

Não tenho, caro Bruno, além daquelas mais comuns, que aparecem nas Histórias da Igreja, ou da história mesma de São Bruno, seu xará.
Com Deus!