A palavra fariseu
não significava então o que significou depois de Cristo, assim como a palavra sofista não significava no século de
Platão o mesmo que depois – e por obra – de Platão. Os fariseus eram os separados – é isso que significa a
palavra em aramaico – os puros, os distinguidos. Não existe hoje um grupo
social inteiramente idêntico aos fariseus – ainda que exista muito farisaísmo.
(...) Eram, ao mesmo tempo, uma espécie de confraria religiosa, de grupo social
e de poder político.
(...)
Dizia Dom Benjamin Benavides que o farisaísmo, tal como está
escrito nos Evangelhos, tem sete graus: 1)
a religião se torna exterior e ostentadora; 2) a religião se torna rotina e
ofício; 3) a religião se torna negócio ou “lucro”, 4) a religião se torna poder
ou influência, meio de dominar o próximo; 5) aversão aos que são autenticamente
religiosos; 6) perseguição aos que são religiosos de verdade; 7) sacrilégio e
homicídio. Em suma, o farisaísmo abarca desde a simples exterioridade até a
crueldade, passando por todos os escalões de fanatismo e hipocrisia. Este é o
pecado contra o Espírito Santo, para o qual não tem remédio. Aquele que não vê
a extrema maldade do farisaísmo – que realmente é fácil de ver – que considere
somente isto: a religião suprimindo a
misericórdia e a justiça. Pode dar-se algo mais monstruoso?
(...)
Toda a biografia de Jesus de Nazaré como homem se pode
resumir nesta fórmula: foi o Messias e
lutou contra o farisaísmo; o quiçá mais brevemente: lutou contra os fariseus. Este foi o trabalho que pessoalmente
Cristo se determinou como homem: sua Empresa.
A vida de Cristo não foi um idílio nem um conto de fadas nem
uma elegia, mas um drama. Não há drama sem antagonista. O antagonista de Cristo
foi o farisaísmo, vencedor em aparência, derrotado em realidade.
(...)
Há pois profecias no Evangelho que parecem irreconciliáveis:
uma é que “as portas do Inferno não
prevalecerão contra ela”; outra é que quando Cristo voltar “apenas encontrará fé sobre a terra”. E a
conciliação deve estar no princípio ou norma que deu Cristo aos seus a respeito
da Sinagoga já desolada e contaminada: “Na cátedra de Moisés se sentarão e
ensinarão os Escribas e Fariseus: façais tudo o que disserem; mas não conforme
suas obras”. A Igreja não falhará nunca porque nunca ensinará a mentira; mas a Igreja será um dia desolada, porque o que
ensinam nela falarão e não farão, mandarão e não servirão; e mesclando
ensinamentos santos e sacros com exemplos maus ou nulos, farão a Igreja
repugnante ao mundo inteiro, exceto aos
pouquíssimos heroicamente constantes.
3 comentários:
A turminha da FAJE-BH tem um elenco maravilhoso, a começar dos relativista Pe João B Libanio que escrevia em "O DOMINGO" da (socialista) Editora Paulus "OS CAMINHOS DA EXISTENCIA", e no nº 14 por ex., faz elogios a D Hélder e L Boff!
Aliás, na FAJE-BH ano passado esteve, dentre mais "celebridades esquerdistas", ele mesmo, L Boff!
Nesse ano foi o idem Pe Vigil e a prof.ª Roseli Fischman do GEA, versando sobre a "laicidade" do Estado.
Só nunca falam do MARXISMO CULTURAL que apregoam, da DITADURA DO RELATIVISMO dessa imposição e DO POLITICAMENTE CORRETO para todos se enquadrarem...
Isso é que é demoniocracia!
Interessante mesmo foi ouvir uma menina aluna do Santo Agostinho, mimada de dar dó, daquelas que só falta bater no pai e na mãe, dizer orgulhosa que participou na PUC de uma...Mini ONU!!! O objetivo? Mudar o mundo!!! Qual a chance dessa pequena pessoinha cheia de razão e arrogância mudar, ao menos, ela mesma durante a vida?
Desconfio que a Arquidiocese de BH tem uma vocação para o socialismo relativista: aceitar na paroquia do Carmo 2 que parecem marxistas, os padres van Balen e o famoso frei Gilvander das CEB-PT.
Tem o (d)emérito D José Maria Pires - um bastião comunista - que comemorou 50 anos de "episcopado" também com o PC do B em Contagem-MG.
O Congresso recente da FAJE patrocinado pelos jesuítas, mas todos palestrantes são declarados marxistas.
Tem o QUESTÕES DE FÉ doando livros e CD do relativismo em pessoa, como dos Pes. Fabio de Melo, Marcelo Rossi e outros iguais; agora, a futura catedral com as digitais de Niemayer, o visceral stalinista.
Nas varias missas a que compareci nessa cidade, nunca ouvi um sacerdote sequer mencionar que somos católicos(?) mas estamos sendo governados por comunistas do PT, que odeiam a Deus e a Igreja com nossos apoio e voto...
Tá danado, né professor Angueth?
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