O Sr. Barros, do
post anterior, não gostou da resposta do blog e enviou outro comentário que
comento abaixo. O texto em si é cheio de chavões, mas sua análise vale como uma
excursão na mente de um católico (será?) modernista sem muitas ferramentas
intelectuais.
O Sr. Barros diz que uso “retórica tosca” quando argumento
que ele não sabe ler – vocês verão abaixo que ele não sabe escrever –, pois no
post sobre o livro de Belloc, ele atribui a autoria do livro a mim. Ora o post
tem poucas linhas em que falo de um livro que traduzi e dou uma pálida ideia do
que o livro contém. O Sr. Barros se confunde com um texto elementar; como
podemos esperar que ele possa interpretar textos bíblicos, infinitamente mais
complexos? Ele diz que não está preocupado com a autoria do livro: “o assunto em questão é o uso da violência
como meio de imposição para aceitação de ideologias insanas e é por isso que a
cada dia as pessoas se afastam das instituições ditas “cristãs”, exatamente por
esse tipo de conceito.” Quanta bobagem compactada em pouquíssimas palavras!
A questão original não era essa, Sr. Barros. A questão original era a frase que
escrevi, no post sobre o livro de Belloc: “Lutamos contra os cátaros que
desejavam destruir a humanidade.” Mas agora eu entendi melhor sua posição. Você
está contra a Igreja e a favor dos cátaros. Aliás, devo-lhe dizer que os
cátaros, como o senhor, eram pacifistas. Eles eram abortistas, condenavam o
casamento e a propagação da espécie humana, eram contra a pena capital, como o
senhor deve ser, e consideravam o ato supremo da vida o suicídio. Estes foram
os homens que tomaram as igrejas do sul da França e ameaçavam criar uma
religião, que eles ainda chamavam de católica, sem sacramentos e que propunham
a extinção da espécie humana. Sim, claro, o senhor acha que devemos ser
compreensivos com monstros como estes. Mas felizmente a Igreja lançou sobre
eles uma Cruzada que os dizimou, que os varreu da face da terra; não por muito
tempo infelizmente, pois a Reforma é filha dos cátaros.
O senhor diz que tenho preguiça de raciocinar. Vou fazer um
esforço sobre-humano e vou tentar raciocinar. O senhor seja condescendente
comigo. “Em 1207, o Papa (Celestino III) pediu ao rei da França, como soberano
e senhor de Toulouse, o uso da força”, nos conta Belloc em seu livro (não meu,
Sr. Barros, não meu!). Veja que o Papa pediu o uso da força para defender a
Igreja dos ataques dos cátaros que já duravam pelo menos cem anos! Mas vejamos
com que violência a coisa se deu. O
Sr. Barros deve imaginar que éramos 200.000 católicos contra cem cátaros
maltrapilhos e famintos, cuja conversão queríamos forçar. Tenho certeza que tal
imagem é viva na mente do Sr. Barros. Bem, sigamos a descrição de Belloc. “Era
manhã de 13 de setembro de 1213. Os mil homens do lado católico, divididos em
pelotões, com Simon à frente, assistiram à Missa montados em seus cavalos. A
Missa foi celebrada pelo próprio São Domingos. Somente os líderes e algumas
outras pessoas puderam estar presentes dentro da Igreja, mas através das portas
abertas o resto da força pôde assistir o Sacrifício. Acabada a Missa, Simon
cavalgou para fora com seu pequeno grupo, tomou a direção oeste e então atacou
repentinamente as forças de Pedro, que ainda não estavam preparadas para o
ataque.” A situação agora está mais clara na mente do Sr. Barros: são mil
homens do lado católico, eles assistem à Missa celebrada por São Domingos. Epa!
O que um santo tão grande da Igreja está fazendo celebrando Missa para
cavaleiros tão violentos? Mas São Domingos não é aquele santo que recebeu
diretamente de Nossa Senhora o Rosário? Não foi justamente quando pregava para
os hereges cátaros que ele teve aquela visão da Santa Virgem? A coisa está
complicando para o Sr. Barros. Mas, espere! O que São Domingos pregou para
esses cavaleiros? Será que pregou o pacifismo do Sr. Barros? Pelo que aconteceu
depois, podemos ter uma ideia do que foi pregado. Continuemos com Belloc: “Os
mil cavaleiros nortistas de Simon destruíram seus inimigos totalmente. A força
aragonesa se tornou uma mera nuvem de homens em fuga, completamente vencidos. O
próprio Pedro foi morto.” Viram que maldade os mil homens de Simon de Monfort
fizeram com a força cátara? Que maldade, católicos impiedosos! Mas quantos eram
os homens de Pedro de Aragão? A força cátara era de CEM MIL HOMENS! Viram que
maldade!
Pois é! Mais um castelo de areia da mentira histórica que
povoa a mente do Sr. Barros foi desfeito. Mil católicos, depois de assistirem
ao Sacrifício incruento de Nosso Senhor, com a proteção da Virgem Santíssima,
que certamente foi-lhes transmitida por São Domingos, venceram cem mil inimigos
da Igreja e da humanidade. Puxa! cansei de raciocinar!
O Sr. Barros diz que por causa dessas violências cometidas
pela Igreja é que “os centros urbanos
vivem cheios de violência, pois se um ser humano, dito cristão corrobora com o
uso da violência, imagine aqueles que não querem nem ouvir falar de Cristo”.
Isto é que é exemplo de raciocínio. O Sr. Barros claramente não tem preguiça de
raciocinar!
Mas o ponto alto do raciocínio do Sr. Barros é quando ele
diz: “pára de querer justificar tua
vontade de ganhar dinheiro com uma ignóbil interpretação do Evangelho do Cristo.”
Então, viram só? Eu estou ganhando dinheiro interpretando o Evangelho de Cristo
ao meu bel prazer. Sr. Barros, o senhor é um sujeito muito insolente, além de
ignorante! Quem ganha dinheiro interpretando o Evangelho são os pastores
protestantes.
O Sr. Barros insiste em demonstrar toda sua falta de
capacidade de interpretar qualquer tipo de texto, mesmo o meu, que tenho
preguiça de raciocinar. Ele pergunta: “Tú
achas mesmo que o Nazareno nos incita ao uso da violência com esta frase?”
A frase a que ele se refere é: “Quem não tem uma espada, que venda seu manto e
compre uma” Não acho, claro, que Nosso Senhor está nos incitando à violência.
Mas é inequívoco que ele está dizendo que nos apetrechos de todos os Seus
seguidores, deve haver uma espada. Mas isso é tão simples, que é embaraçoso ter
de explicar seu significado a um católico. É que quem ama o Bem, Sr. Barros,
deve, necessariamente, odiar o mal! É simples assim. Quando Nosso Senhor
enfrentou fisicamente os vendilhões do templo, ele estava usando a “espada”
contra o mal. Usar a espada contra o mal pode tomar várias formas, algumas
aparentemente contraditórias. Pode tomar a forma da guerra, como foram as
Cruzadas, incluindo esta contra os cátaros. Pode tomar a forma da Santa
Inquisição, que nasceu justamente com o evento cátaro (fico imaginando o que
está se passando na cabeça do Sr. Barros!). Pode tomar a forma de martírio, que
a Igreja sofreu, sofre e sofrerá enquanto o mundo existir. Pode tomar a forma
da condenação dos erros do mundo, que a Igreja sempre fez, até o Vaticano II.
Sr. Barros! deixa de ser orgulhoso, desça de sua empáfia
ignorante (veja abaixo o tamanho da ignorância) e tente estudar um pouco a
história da Igreja, dos Papas e dos santos, se o senhor quer continuar a
discutir esses assuntos. Isso lhe fará bem.
Mas isto é o que diríamos para um sujeito minimamente
alfabetizado; um católico minimamente de boa vontade. Mas o analfabeto Airton Barros,
que nem católico deve ser, escreve textos como este: “Leia algumas Obras de
Huberto Rhoden: Dica ‘O homem’ e ‘A Nova Humanidade’, lendo estes 02 volumes voçê vai começar a entender quem
realmente é voçê.”
Viram só? O analfabeto escreve voÇê, lê Huberto Rhoden, um
gnóstico dos mais chinfrins, e é admirador de Chardin, de quem escreve: “Depois
leia ‘Fenomeno Humano’ de Theilard Chardin, lendo este exemplar fenomenal voçê vai conseguir retirar o véu e
entender realmente o que Moisés deixou oculto no Gênesis.” O véu que precisamos
tirar do Sr. Barros é o véu da ignorância!
Ele ainda continua dizendo: “E por último voçê vai terminar amando o ‘Cristo
Universal’, aquele que há 2 mil anos esteve presente entre nós na pessoa de
Jesus de nazaré.”
O que fazer com o Sr. Barros? Bem, ele deve entrar numa boa
escola do ensino fundamental para aprender a ler e a escrever e depois se
atrever a ficar comentando em blogs alheios.
Não publicarei o comentário do analfabeto para poupar dissabores aos leitores do blog.
2 comentários:
Caro blogueiro, recomendo não afagar ignorantes e gente confusa como esse sr. Barros.
Contrasta o nível de conhecimento do ilustre às contradições mórbidas do comentarista.
Vamos avante!
Eduardo
Aiai me divirto! O cara com certeza está catando cavaco até agora kkkkkkkkkkkkkk
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