09/01/2013

Ano novo, erros antigos. Leitor insiste.


O Sr. Barros, do post anterior, não gostou da resposta do blog e enviou outro comentário que comento abaixo. O texto em si é cheio de chavões, mas sua análise vale como uma excursão na mente de um católico (será?) modernista sem muitas ferramentas intelectuais.

O Sr. Barros diz que uso “retórica tosca” quando argumento que ele não sabe ler – vocês verão abaixo que ele não sabe escrever –, pois no post sobre o livro de Belloc, ele atribui a autoria do livro a mim. Ora o post tem poucas linhas em que falo de um livro que traduzi e dou uma pálida ideia do que o livro contém. O Sr. Barros se confunde com um texto elementar; como podemos esperar que ele possa interpretar textos bíblicos, infinitamente mais complexos? Ele diz que não está preocupado com a autoria do livro: “o assunto em questão é o uso da violência como meio de imposição para aceitação de ideologias insanas e é por isso que a cada dia as pessoas se afastam das instituições ditas “cristãs”, exatamente por esse tipo de conceito.” Quanta bobagem compactada em pouquíssimas palavras! A questão original não era essa, Sr. Barros. A questão original era a frase que escrevi, no post sobre o livro de Belloc: “Lutamos contra os cátaros que desejavam destruir a humanidade.” Mas agora eu entendi melhor sua posição. Você está contra a Igreja e a favor dos cátaros. Aliás, devo-lhe dizer que os cátaros, como o senhor, eram pacifistas. Eles eram abortistas, condenavam o casamento e a propagação da espécie humana, eram contra a pena capital, como o senhor deve ser, e consideravam o ato supremo da vida o suicídio. Estes foram os homens que tomaram as igrejas do sul da França e ameaçavam criar uma religião, que eles ainda chamavam de católica, sem sacramentos e que propunham a extinção da espécie humana. Sim, claro, o senhor acha que devemos ser compreensivos com monstros como estes. Mas felizmente a Igreja lançou sobre eles uma Cruzada que os dizimou, que os varreu da face da terra; não por muito tempo infelizmente, pois a Reforma é filha dos cátaros.

O senhor diz que tenho preguiça de raciocinar. Vou fazer um esforço sobre-humano e vou tentar raciocinar. O senhor seja condescendente comigo. “Em 1207, o Papa (Celestino III) pediu ao rei da França, como soberano e senhor de Toulouse, o uso da força”, nos conta Belloc em seu livro (não meu, Sr. Barros, não meu!). Veja que o Papa pediu o uso da força para defender a Igreja dos ataques dos cátaros que já duravam pelo menos cem anos! Mas vejamos com que violência a coisa se deu. O Sr. Barros deve imaginar que éramos 200.000 católicos contra cem cátaros maltrapilhos e famintos, cuja conversão queríamos forçar. Tenho certeza que tal imagem é viva na mente do Sr. Barros. Bem, sigamos a descrição de Belloc. “Era manhã de 13 de setembro de 1213. Os mil homens do lado católico, divididos em pelotões, com Simon à frente, assistiram à Missa montados em seus cavalos. A Missa foi celebrada pelo próprio São Domingos. Somente os líderes e algumas outras pessoas puderam estar presentes dentro da Igreja, mas através das portas abertas o resto da força pôde assistir o Sacrifício. Acabada a Missa, Simon cavalgou para fora com seu pequeno grupo, tomou a direção oeste e então atacou repentinamente as forças de Pedro, que ainda não estavam preparadas para o ataque.” A situação agora está mais clara na mente do Sr. Barros: são mil homens do lado católico, eles assistem à Missa celebrada por São Domingos. Epa! O que um santo tão grande da Igreja está fazendo celebrando Missa para cavaleiros tão violentos? Mas São Domingos não é aquele santo que recebeu diretamente de Nossa Senhora o Rosário? Não foi justamente quando pregava para os hereges cátaros que ele teve aquela visão da Santa Virgem? A coisa está complicando para o Sr. Barros. Mas, espere! O que São Domingos pregou para esses cavaleiros? Será que pregou o pacifismo do Sr. Barros? Pelo que aconteceu depois, podemos ter uma ideia do que foi pregado. Continuemos com Belloc: “Os mil cavaleiros nortistas de Simon destruíram seus inimigos totalmente. A força aragonesa se tornou uma mera nuvem de homens em fuga, completamente vencidos. O próprio Pedro foi morto.” Viram que maldade os mil homens de Simon de Monfort fizeram com a força cátara? Que maldade, católicos impiedosos! Mas quantos eram os homens de Pedro de Aragão? A força cátara era de CEM MIL HOMENS! Viram que maldade!

Pois é! Mais um castelo de areia da mentira histórica que povoa a mente do Sr. Barros foi desfeito. Mil católicos, depois de assistirem ao Sacrifício incruento de Nosso Senhor, com a proteção da Virgem Santíssima, que certamente foi-lhes transmitida por São Domingos, venceram cem mil inimigos da Igreja e da humanidade. Puxa! cansei de raciocinar!

O Sr. Barros diz que por causa dessas violências cometidas pela Igreja é que “os centros urbanos vivem cheios de violência, pois se um ser humano, dito cristão corrobora com o uso da violência, imagine aqueles que não querem nem ouvir falar de Cristo”. Isto é que é exemplo de raciocínio. O Sr. Barros claramente não tem preguiça de raciocinar!

Mas o ponto alto do raciocínio do Sr. Barros é quando ele diz: “pára de querer justificar tua vontade de ganhar dinheiro com uma ignóbil interpretação do Evangelho do Cristo.” Então, viram só? Eu estou ganhando dinheiro interpretando o Evangelho de Cristo ao meu bel prazer. Sr. Barros, o senhor é um sujeito muito insolente, além de ignorante! Quem ganha dinheiro interpretando o Evangelho são os pastores protestantes.

O Sr. Barros insiste em demonstrar toda sua falta de capacidade de interpretar qualquer tipo de texto, mesmo o meu, que tenho preguiça de raciocinar. Ele pergunta: “Tú achas mesmo que o Nazareno nos incita ao uso da violência com esta frase?” A frase a que ele se refere é: “Quem não tem uma espada, que venda seu manto e compre uma” Não acho, claro, que Nosso Senhor está nos incitando à violência. Mas é inequívoco que ele está dizendo que nos apetrechos de todos os Seus seguidores, deve haver uma espada. Mas isso é tão simples, que é embaraçoso ter de explicar seu significado a um católico. É que quem ama o Bem, Sr. Barros, deve, necessariamente, odiar o mal! É simples assim. Quando Nosso Senhor enfrentou fisicamente os vendilhões do templo, ele estava usando a “espada” contra o mal. Usar a espada contra o mal pode tomar várias formas, algumas aparentemente contraditórias. Pode tomar a forma da guerra, como foram as Cruzadas, incluindo esta contra os cátaros. Pode tomar a forma da Santa Inquisição, que nasceu justamente com o evento cátaro (fico imaginando o que está se passando na cabeça do Sr. Barros!). Pode tomar a forma de martírio, que a Igreja sofreu, sofre e sofrerá enquanto o mundo existir. Pode tomar a forma da condenação dos erros do mundo, que a Igreja sempre fez, até o Vaticano II.

Sr. Barros! deixa de ser orgulhoso, desça de sua empáfia ignorante (veja abaixo o tamanho da ignorância) e tente estudar um pouco a história da Igreja, dos Papas e dos santos, se o senhor quer continuar a discutir esses assuntos. Isso lhe fará bem.

Mas isto é o que diríamos para um sujeito minimamente alfabetizado; um católico minimamente de boa vontade. Mas o analfabeto Airton Barros, que nem católico deve ser, escreve textos como este: “Leia algumas Obras de Huberto Rhoden: Dica ‘O homem’ e ‘A Nova Humanidade’, lendo estes 02 volumes voçê vai começar a entender quem realmente é voçê.”

Viram só? O analfabeto escreve voÇê, lê Huberto Rhoden, um gnóstico dos mais chinfrins, e é admirador de Chardin, de quem escreve: “Depois leia ‘Fenomeno Humano’ de Theilard Chardin, lendo este exemplar fenomenal voçê vai conseguir retirar o véu e entender realmente o que Moisés deixou oculto no Gênesis.” O véu que precisamos tirar do Sr. Barros é o véu da ignorância!

Ele ainda continua dizendo: “E por último voçê vai terminar amando o ‘Cristo Universal’, aquele que há 2 mil anos esteve presente entre nós na pessoa de Jesus de nazaré.”

O que fazer com o Sr. Barros? Bem, ele deve entrar numa boa escola do ensino fundamental para aprender a ler e a escrever e depois se atrever a ficar comentando em blogs alheios.

Não publicarei o comentário do analfabeto para poupar dissabores aos leitores do blog.

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro blogueiro, recomendo não afagar ignorantes e gente confusa como esse sr. Barros.
Contrasta o nível de conhecimento do ilustre às contradições mórbidas do comentarista.
Vamos avante!

Eduardo

Ana Maria Nunes disse...

Aiai me divirto! O cara com certeza está catando cavaco até agora kkkkkkkkkkkkkk