07/06/2012

Carta aberta aos bispos Fellay, de Galaretta, Tissier de Mallerais e Williamson


The Remnant Newspaper - 31/05/2012
Tradução autorizada

Roma, 15 de maio de 2012: Vossas Excelências: como leigo católico, humildemente vos escrevo neste momento crítico da história de nossa Igreja, que pode parecer, em retrospecto, ter sido o maior dos desafios ao trabalho do grande Arcebispo Lefebvre. O bem-estar de minha família se encontra nas mãos dos padres de vossa Fraternidade, e me dirijo a vós como um filho deve se dirigir ao pai – com devoção e súplica urgente.

Até agora não escrevi publicamente sobre as negociações em andamento entre a FSSPX e o Vaticano. Acredito ser prudente seguir o princípio de dizer pouco sobre questões sobre as quais se sabe menos ainda. Embora Vossas Excelências divulgassem, em termos gerais, a essência das discussões doutrinais e as propostas práticas da Santa Sé ao longo dos últimos oito meses, os detalhes permanecem todavia desconhecidos. O que foi tornado público recentemente, lamentavelmente, foi uma séria divisão entre os senhores acerca da resposta oficial da Fraternidade às propostas apresentadas pelas autoridades romanas. Escrevo, portanto, estas palavras para implorar a cada um de vós para que use todos os vossos dons naturais e espirituais para evitar qualquer desacordo pessoal que possa causar uma divisão pública da FSSPX.

A Fraternidade e seus fiéis têm sofrido muita perseguição injusta e traição interna nas últimas quatro décadas. Ainda assim, apesar disto tudo, ela tem sempre dado bons frutos e permanecido na vinha do Senhor. Quando Deus me colocou em circunstâncias que me demandaram uma decisão pública e firme acerca da relação entre a Fraternidade e o Vaticano – não obstante todos os argumentos legais, teológicos e filosóficos – foi precisamente o teste dado por Nosso Senhor que importava: Por seus frutos os conhecerão. Por mais de quarenta anos os frutos têm sido bons. Para minha família, os frutos têm sido superabundantes.

A unidade da Fraternidade fundada pelo Arcebispo Marcel Lefebvre foi confiada não só a um conselho geral similar aos de outras sociedades religiosas, mas, depois de 1988, também aos senhores quatro, como bispos da Igreja. Permitir que essa unidade seja rompida neste momento crítico da história seria um mal inimaginável à confiança dos fiéis e ao elemento humano da Santa Madre Igreja em geral, ela que sofre agora de uma desunião escandalosa e jamais vista em todo o mundo.

Lendo por entre as linhas, parece que a estratégia dos inimigos da Fraternidade (inclusive do Inimigo) tem sido cinzelar sua unidade fraternal, de corte em corte, começando pela Sociedade de São Pedro, vindo depois os padres de Campos, os Redentoristas, o Instituto Bom Pastor, etc. Contudo, a perda desse pequeno número de padres, embora doloroso, não seria nada comparado à divisão entre os senhores. Uma guerra civil fratricida dentro da Fraternidade fará um mal incalculável às almas e servirá aos objetivos daqueles que procuram a total aniquilação da Fraternidade.

Pode ser que a vazada correspondência pessoal entre os senhores represente apenas a troca de francas opiniões sobre a decisão a seguir, parecida com aquela ocorrida no encontro que o próprio arcebispo convocou antes das consagrações episcopais em 1988. Mas o resultado infeliz dessas cartas se tornarem públicas é que o laicato, e mesmo padres da Fraternidade, começam a usá-las para proclamar a necessidade geral de todos “escolherem um partido”.

Portanto, pelo bem da Fraternidade e de seus fiéis, eu vos imploro que os senhores se encontrem pessoalmente, bispo a bispo, cara a cara, e usem todas as vossas forças para encontrar um modo de permanecerem unidos. Se vossas diferenças envolverem escolhas prudenciais de ações contingentes, eu suplico que os senhores encontrem princípios católicos por meio dos quais possam alcançar um consenso. Não posso, obviamente, oferecer nenhuma assistência a este respeito, exceto minhas mais fervorosas orações, uma vez que não conheço os detalhes da decisão que os senhores devem enfrentar. Mas o simples anúncio público de que os senhores de fato se encontrarão como irmãos bispos – com o pedido de que os fiéis e padres rezem e cessem as agitações adicionais no ínterim – terá, sem dúvida, um grande efeito calmante nos fiéis que vos olham à procura de guiamento, de esperança e perseverança, durante esses dias de grande apostasia.

Peço perdão pela ousadia de me dirigir a vós deste modo, mas eu suplico que aceitem minhas palavras como o cri de cœur de uma criança ao seu pai, pois elas assim o são. Os fiéis seguirão o caminho da Verdade; mas se até os pastores tradicionalistas são atingidos, a confusão subsequente confundirá as ovelhas e, eu temo, as deixará ainda mais indefesas frente aos lobos.

De joelhos, eu suplico-vos que façam as pazes. O bem da Fraternidade, das almas e da própria Igreja parecem não demandar nada menos que isto. Que Deus esteja convosco e que Maria guie vossas decisões.

In Christo per Mariam.

Professor Brian M. McCall.

Um comentário:

MANOEL CARLOS disse...

O 10º Cursilho Feminino da BR 232, no Arcediagado Centro, foi encerrado no Domingo da Trindade (03/06/2012). O abençoador evento envolveu as Paróquias Anglicanas: do Advento (Caruaru – Rev. Fábio Rego), Cristo Redentor (Gravatá – Rev. Fábio Rego e Rev. Maurício Coelho) e Ressurreição (Vitória de Santo Antão – Rev. Márcio Simões) que, numa saudável e frutífera parceria, realizaram o Cursilho para sessenta e seis mulheres e, juntamente com uma dedicada e competente equipe de trabalho, somaram mais de cem mulheres reunidas nas instalações do Convento das Carmelitanas, em Camocim de São Félix (PE). O Cursilho tem sido, ao longo dos anos de existência da Diocese do Recife, uma das mais fortes ferramentas evangelísticas utilizadas para ganhar almas para Jesus Cristo. Oremos para que essas mulheres sejam como o 4º tipo de terreno da Parábola do Semeador, que gera frutos a trinta, sessenta e cem por um!!!

Angheth novamente oa angicanso em convnetos pernambucanos...