The Remnant Newspaper - 31/05/2012
Tradução autorizada
Roma, 15 de maio de 2012: Vossas Excelências: como leigo
católico, humildemente vos escrevo neste momento crítico da história de nossa
Igreja, que pode parecer, em retrospecto, ter sido o maior dos desafios ao
trabalho do grande Arcebispo Lefebvre. O bem-estar de minha família se encontra
nas mãos dos padres de vossa Fraternidade, e me dirijo a vós como um filho deve
se dirigir ao pai – com devoção e súplica urgente.
Até agora não escrevi publicamente sobre as negociações em
andamento entre a FSSPX e o Vaticano. Acredito ser prudente seguir o princípio
de dizer pouco sobre questões sobre as quais se sabe menos ainda. Embora Vossas
Excelências divulgassem, em termos gerais, a essência das discussões doutrinais
e as propostas práticas da Santa Sé ao longo dos últimos oito meses, os
detalhes permanecem todavia desconhecidos. O que foi tornado público
recentemente, lamentavelmente, foi uma séria divisão entre os senhores acerca
da resposta oficial da Fraternidade às propostas apresentadas pelas autoridades
romanas. Escrevo, portanto, estas palavras para implorar a cada um de vós para
que use todos os vossos dons naturais e espirituais para evitar qualquer
desacordo pessoal que possa causar uma divisão pública da FSSPX.
A Fraternidade e seus fiéis têm sofrido muita perseguição
injusta e traição interna nas últimas quatro décadas. Ainda assim, apesar disto
tudo, ela tem sempre dado bons frutos e permanecido na vinha do Senhor. Quando
Deus me colocou em circunstâncias que me demandaram uma decisão pública e firme
acerca da relação entre a Fraternidade e o Vaticano – não obstante todos os
argumentos legais, teológicos e filosóficos – foi precisamente o teste dado por
Nosso Senhor que importava: Por seus
frutos os conhecerão. Por mais de quarenta anos os frutos têm sido bons.
Para minha família, os frutos têm sido superabundantes.
A unidade da Fraternidade fundada pelo Arcebispo Marcel
Lefebvre foi confiada não só a um conselho geral similar aos de outras
sociedades religiosas, mas, depois de 1988, também aos senhores quatro, como
bispos da Igreja. Permitir que essa unidade seja rompida neste momento crítico
da história seria um mal inimaginável à confiança dos fiéis e ao elemento
humano da Santa Madre Igreja em geral, ela que sofre agora de uma desunião
escandalosa e jamais vista em todo o mundo.
Lendo por entre as linhas, parece que a estratégia dos inimigos
da Fraternidade (inclusive do Inimigo) tem sido cinzelar sua unidade fraternal,
de corte em corte, começando pela Sociedade de São Pedro, vindo depois os
padres de Campos, os Redentoristas, o Instituto Bom Pastor, etc. Contudo, a
perda desse pequeno número de padres, embora doloroso, não seria nada comparado
à divisão entre os senhores. Uma guerra civil fratricida dentro da Fraternidade
fará um mal incalculável às almas e servirá aos objetivos daqueles que procuram
a total aniquilação da Fraternidade.
Pode ser que a vazada correspondência pessoal entre os
senhores represente apenas a troca de francas opiniões sobre a decisão a
seguir, parecida com aquela ocorrida no encontro que o próprio arcebispo
convocou antes das consagrações episcopais em 1988. Mas o resultado infeliz
dessas cartas se tornarem públicas é que o laicato, e mesmo padres da
Fraternidade, começam a usá-las para proclamar a necessidade geral de todos
“escolherem um partido”.
Portanto, pelo bem da Fraternidade e de seus fiéis, eu vos imploro
que os senhores se encontrem pessoalmente, bispo a bispo, cara a cara, e usem
todas as vossas forças para encontrar um modo de permanecerem unidos. Se vossas
diferenças envolverem escolhas prudenciais de ações contingentes, eu suplico
que os senhores encontrem princípios católicos por meio dos quais possam alcançar
um consenso. Não posso, obviamente, oferecer nenhuma assistência a este
respeito, exceto minhas mais fervorosas orações, uma vez que não conheço os
detalhes da decisão que os senhores devem enfrentar. Mas o simples anúncio
público de que os senhores de fato se encontrarão como irmãos bispos – com o
pedido de que os fiéis e padres rezem e cessem as agitações adicionais no
ínterim – terá, sem dúvida, um grande efeito calmante nos fiéis que vos olham à
procura de guiamento, de esperança e perseverança, durante esses dias de grande
apostasia.
Peço perdão pela ousadia de me dirigir a vós deste modo, mas
eu suplico que aceitem minhas palavras como o cri de cœur de uma
criança ao seu pai, pois elas assim o são. Os fiéis seguirão o caminho da
Verdade; mas se até os pastores tradicionalistas são atingidos, a confusão
subsequente confundirá as ovelhas e, eu temo, as deixará ainda mais indefesas
frente aos lobos.
De joelhos, eu suplico-vos que façam as pazes. O bem da
Fraternidade, das almas e da própria Igreja parecem não demandar nada menos que
isto. Que Deus esteja convosco e que Maria guie vossas decisões.
In Christo per Mariam.
Professor Brian M. McCall.
Um comentário:
O 10º Cursilho Feminino da BR 232, no Arcediagado Centro, foi encerrado no Domingo da Trindade (03/06/2012). O abençoador evento envolveu as Paróquias Anglicanas: do Advento (Caruaru – Rev. Fábio Rego), Cristo Redentor (Gravatá – Rev. Fábio Rego e Rev. Maurício Coelho) e Ressurreição (Vitória de Santo Antão – Rev. Márcio Simões) que, numa saudável e frutífera parceria, realizaram o Cursilho para sessenta e seis mulheres e, juntamente com uma dedicada e competente equipe de trabalho, somaram mais de cem mulheres reunidas nas instalações do Convento das Carmelitanas, em Camocim de São Félix (PE). O Cursilho tem sido, ao longo dos anos de existência da Diocese do Recife, uma das mais fortes ferramentas evangelísticas utilizadas para ganhar almas para Jesus Cristo. Oremos para que essas mulheres sejam como o 4º tipo de terreno da Parábola do Semeador, que gera frutos a trinta, sessenta e cem por um!!!
Angheth novamente oa angicanso em convnetos pernambucanos...
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