Recebo no post Pensamentos esparsos de um católico perplexo II: a convidada de Bento XVI. um comentário, que não será publicado, dizendo uma série de tolices que passam pela cabeça de muitos católicos e que talvez seja bom esclarecer. Ele começa assim (sic): “Leigos com capacidade de condenar um PAPA, justamente aquele teve peito, por exemplo, a lançar uma Carta Apóstolica colocando acesso dos fiéis a Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano.” O post em tela critica e discorda de uma ação do Papa Bento XVI, apenas isso. A frase faz menção, inexplicavelmente, ao Motu Proprio Summorum Pontificum. Meu post não se relaciona ao Motu Proprio e nada afirma sobre a Missa. Mas o leitor quer mostrar quão bonzinho foi o Papa e porque não devemos criticá-lo. Nisto ele desconhece toda a história recente da Igreja e o quanto devemos este “movimento próprio” do Papa ao excomungado Dom Lefebvre e à Fraternidade São Pio X. Não houvesse a resistência heróica de Dom Lefebvre e a contínua luta da FSSPX, não haveria o Summorum Pontificum. Tudo para ser movido precisa de um movedor, dizia Aristóteles; se quiserem descobrir o movedor do “movimento próprio” do Papa Bento XVI, olhem para Dom Lefebvre.
O leitor segue em seu comentário dizendo: “Não vi ninguém neste BLOG contactar (de coração aberto) o vaticano e pedir explicações como cristãos, e enfim podermos entender as suas ações. Acho que assim este BLOG pretaria uma ação coerente.” Deixemos o português de lado e concentremos no essencial. Aqui, neste modestíssimo blog, só há o blogueiro, que conta com a ajuda eventual de seus dois filhos. Não somos uma multidão. Não contatei o Vaticano para pedir explicações sobre Assis e particularmente sobre Kristeva, porque não me ocorreu nenhuma dúvida a este respeito. Eu não tenho dúvida que foi pelo espírito de ecumenismo do CVII que Bento XVI convidou Kristeva; este mesmo espírito ao qual todo verdadeiro católico tem o dever de se opor. O leitor fala ainda de um conceito de obediência e respeito que é completamente equivocado. Nosso respeito e dever de obediência não devem ultrapassar o limite das leis de Deus e da Igreja. Veja o que Dom Antônio Castro Mayer dizia sobre isso; os negritos são meus.
“‘O que pode dar-se, é normal que, por vezes, aconteça’, comentava Santo Tomás. O Vaticano II exemplifica o aforismo. Concílio ecumênico, sem dúvida, mas que, por determinação de seus próprios autores, exclui de seus decretos qualquer definição nova, qualquer dogma novo. Por isso seu magistério – como o de todos os concílios ecumênicos – é oficial, não, porém, infalível. Prestou-se à possibilidade de carrear, para os fiéis, declarações ou afirmações destoantes do conteúdo revelado tradicional.
“E assim se passou. Ninguém, com efeito, que tenha cabeça no lugar, poderá dizer que a liberdade assegurada pelo Concílio, de cada qual seguir sua religião, não contradiz o dogma de que fora da Igreja não há salvação. Com efeito, este dogma, sancionado pelo IV Concílio de Latrão, obriga-se a ser Católico Romano e isso sob pena de condenação eterna nas chamas do inferno. Conclui-se que, quem segue conscientemente tudo quanto o Vaticano II propugna, desconhece dogmas revelados, colocando-se fora da Igreja de Cristo, pois basta recusar pertinazmente uma só verdade revelada para se perder a fé.”
Então, caro leitor, se for para respeitar um bispo da Igreja nesta matéria, prefiro respeitar Dom Mayer. Suas críticas, tais como as de Dom Lefebvre, nestas e noutras questões acerca do Concílio Vaticano II nunca, repito nunca, foram respondidas pelo Vaticano, apesar das várias comunicações que foram feitas entre eles e os vários Papas. Seria inútil o modesto blogueiro perguntar algo ao Vaticano sobre isso.
Mas o leitor fala de obediência e respeito (certamente respeito humano, que é condenado por todos os santos da Igreja) para com padres, bispos e Papa. Este leitor certamente seria ariano no tempo do arianismo e teria enlouquecido no tempo do grande Cisma do Ocidente. No arianismo, ele teria aderido às idéias de quase todos os bispos que se tornaram hereges juntamente com Ário; por obediência, é claro. Ele teria apoiado os vários exílios a que foi submetido Santo Atanásio, quase o único bispo que se opunha ao arianismo. No grande Cisma ele teria enlouquecido ao ver, de um lado Santa Catarina de Sena apoiando Urbano VI, e de outro São Vicente Ferrer apoiando Clemente VII. De fato, muita gente enlouqueceu, figurativamente, e este cisma preparou, juntamente com outras circunstâncias, a Reforma Protestante do século XVI. Santa Catarina chama Clemente VII de anticristo e seus seguidores – padres, bispos, cardeais – de hereges. Veja o que ela fala a três cardeais italianos: “Essa heresia não é cegueira de ignorância, ou seja, efeito da falta de conhecimento. Convosco não aconteceu que outras pessoas vos dissessem algo de diferente. Não. Vós conheceis a verdade, vós a tínheis anunciado a nós. Não fomos nós que comunicamos a vós a fé. Como sois loucos! Destes a nós a verdade e ficastes com a mentira.”
Você cita, caro leitor, justamente Santa Catarina como um exemplo de obediência cega a todo padre. Veja o quanto está enganado.
Você diz ainda, muito equivocadamente: “Não estou discutindo se o que é certo é certo, ou o que se o que está errado, se é errado? Trata-se de ocupar nosso lugar como leigos, com HUMILDADE?” O quanto seu conceito acerca da humildade e do papel dos fiéis leigos está errado! Se o ser humano não está sempre preocupado com o certo e o errado, ou seja, com a verdade, ele abre mão justamente daquilo que o torna humano. Eu estou preocupado, preocupadíssimo, com o que está certo e errado, sempre; rezo por isso, peço a Deus que eu não perca nunca a capacidade de discernimento.
Você ainda mostra todo o seu equívoco quando lembra a aceitação de Nossa Senhora da suprema graça de ser Mãe de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor”. E você pergunta: “um ESCRAVO tem direito a opinião????” Meus Deus, quanta ignorância! O ato da Virgem Santíssima só teve mérito porque ela poderia ter dito não, porque ela poderia ter exercido seu livre arbítrio. O que ela fez foi entregar sua vontade, sua opinião, todo o seu ser aos desígnios de Deus! E só faz isso quem tem vontade, opinião e possibilidade de exercê-las.
Termino esse post contando ao leitor indignado um caso que ilustra bem o que os leigos católicos têm feito ao longo da história da Igreja. Quando Santo Atanásio foi exilado pela segunda vez (de um total de cinco), Gregório da Capadócia assumiu a diocese de Alexandria, a diocese do santo. Gregório se comportou mais como gangster do que como bispo. Ele assistia passivamente a monges serem martirizados, virgens serem violentadas, tudo pela implantação do arianismo em sua diocese. Os leigos, estes que o leitor acha que não têm direito a opinião, que devem ser humildes, vendo que o Imperador não ia tomar nenhuma providência, simplesmente assassinaram Gregório! Logo depois, por várias pressões, o Imperador permite que Atanásio reassuma triunfalmente sua diocese. Isto deve horrorizar meu pobre leitor.
15 comentários:
Sr. Angueth, continue firma trilhando os caminhos do Senhor, seu trabalho neste Blog é maravilhoso e com certeza inspirado pelo Divino Espírito Santo.
Gostaria de dizer que sempre dispensei algum tempo em acessar frequentemente o referido BLOG pelo fato de me identificar com boa parte dos assuntos, que utilizo como fonte de informação.
O Sr. angueth comete o erro primário ao expor tal assunto, antes de procurar privadamente esclarecer meus questionamentos, talvez mal entendidos. Pois, participo de vários grupos de discussões respeitáveis e nunca enfrentei tal problema, esta é a primeira vez.
Acredito que devido as minhas opiniões (pobres em correções vernaculares e sem hermeneutica - conforme o veredito já despachado) o mesmo tenha se sentido ofendido em ter de responder a um pobre leigo impertinente e sem importância cultural.
Porém, sempre achei que todo Cristão que emite opiniões de forma generalizada e sobre tudo (tal qual um mero Raul Seixas) pode ao menos faltar com a virtude da caridosa prudência, principalmente quando condena ações papais que somente aos santos e santas (ao menos foi excelentemente descrito pelo autor do blog) foram revelados por divina providencia, o que mesmo assim nos deixa perplexos com os equivocos e contrariedades acontecidos na história da igreja.
Portanto, so me resta abandonar a oportunidade de expressar minhas opiniões neste blog que havia me identificado, onde não intencionei parecer arrogante quando descordava das opiniões aqui expressas). Me expressei de forma plena e sem medo de aprender.
Que o Sr. grave bem o meu nome, pois o vosso é dificil esquecer. Pois, podemos nos cruzar no meio religioso brasileiro. Mas, já passei da fase que parcialmmente hj em vós impera a da arrogância (já fui como V. Sa.). Pois, nem Shalom, nem Canção Nova e nem FSSPV, apenas vivo e convivo com aqueles que fizeram a verdadeira história silenciosa e sofredora nos bastidores brasileiros, que hj se revela na força plena do Motu Proprio SUMMORUM PONTIFICUM.
Prof.Angueth,
Salve Maria!
O impressionante é que depois do CVII os leigos podem fazer de tudo: "celebrações da Palavra", ser "ministros da Eucaristia", tocar os vasos sagrados, levar a Sagrada Comunhão pra lá e pra cá, podem ficar sobre o altar durante a Santa Missa, podem até mandar nos padres das paróquias. Hoje em dia os leigos podem tudo, só não podem tocar na ferida do clero dizendo que estão, em muitas ocasiões, ensinando heresia e o contrário que a Igreja sempre ensinou. Quanta contradição hein professor!
Caro Swytz,
Salve Maria!
Só omiti seu comentário e seu nome para lhe preservar. Creia que se eu te respondo no blog é porque respeito o senhor como um interlocutor. Não considero que lhe humilhei, apenas observei que o senhor tira suas conclusões baseado, talvez, em um desconhecimento de algumas coisas importantes da Igreja.
Não quis ofendê-lo em nenhum momento. Ofensa é uma coisa subjetiva e se o senhor se sentiu ofendido com o que eu disse, peço que me desculpe.
Eu não procurei um contato privado porque o senhor colocou um comentário num post, que teoricamente é algo público. Mas veja que não divulguei suas dúvidas por aí e só publico agora seus comentários para não parecer que haja algum veto a eles.
Acho que o senhor de novo confunde as coisas; certeza com arrogância. Eu tenho algumas certezas que disponho-me a discutir, inclusive publicamente. Afirmar alguma coisa e tentar prová-la não é arrogância, senhor Twytz.
Não compreendi sua frase "grave bem meu nome...". Isto é alguma ameaça? Se for, é completamente inútil, pois se cruzarmos em algum lugar e eu lhe reconhecer vou lhe cumprimentar e lhe sapecar um Salve Maria! Espero até que nos encontremos um dia.
Espero sinceramente que o senhor continue frequentando meu modesto blog e me enviando seus comentários. Gostei do seu bolg e o considero um homem bem intensionado e um amante da Igreja.
Em JMJ.
Caro senhor Baldi,
Deus lhe pague por suas palavras. Reze por mim.
Em JMJ.
Prezado Professor Angueth,
Gostaria de adicionar um ensinamento confuciano que li sobre a diferença entre obediência e lealdade. Ser leal é seguir as determinações, mas não cegamente. Sou leitor recente deste blog e estou impressionado com a riqueza da sua argumentação e informações. um grande abraço.Carlos Soares
Caríssimo prof. Angueth
Salva Maria Santíssima!
A grande dificuldade hoje é que não há uma divisão clara entre os hereges e os católicos. Me parece que cada fiel, cada teólogo, cada sacerdote ou bispo, tem sua fé particular, diferindo em poucos ou muitos pontos. Mesmo entre os que defendem a Tradição, é difícil achar dois que concordem em tudo.
Essa é a grande aflição aos pobres e miseráveis leigos menos instruídos como eu. A quem recorrer? Há quem diga que a missa nova é inválida; outros que é apenas ilícita; outros que é uma forma diferente do rito romano.
Alguns dizem que o Papa se engana; Outros que ele é um herege; outros ainda que ele nem é Papa!
Há quem acredite que a nova fórmula dos sacramentos é inválida. Outros creem o Papa tem autoridade e poder na Terra para validar qualquer forma. E, novamente, há aqueles que acham que o Papa não pode mudar nada porque ele é um herege e não deveria estar no trono de São Pedro.
Não sou conhecedor de História, mas imagino que na primeira grande crise da Igreja, ou você estava com os arianos, ou com Santo Atanásio e os católicos, ainda que esses fossem minoria.
E hoje, o que devem fazer os pequenos e humildes? Ficamos com o Papa, Vigário de Cristo? Ou com a FSSPX? Ou com Padre da minha paróquia? Ou então com o Emílio, com o Sydney, com o Orlando, ou com o Gustavo? Com o Pe. Fábio de Melo ou com o Padre Marcelo Tenório? Com Dom Fellay ou com Dom Rifan? Sinceramente, não sei!
O inimigo semeeou a divisão, a confusão, e a discórdia em toda a Igreja. Na dúvida, é claro, fico com os santos, com os doutores da Igreja, e com os Dogmas católicos. Mas isso não resolve os problemas modernos, posteriores aos santos. Uma simples pergunta teria dezenas de respostas diferentes hoje: um pobre e humilde leigo católico pode assistir a Missa Nova com a consciencia tranquila? E outra: quem ele deveria ouvir/seguir para não perder sua alma?
Creio que muitos católicos defendem e seguem o Papa cegamente devido a falta de uma referência e de uma autoridade que sirvam de luz na confusão. Aí quando o Papa faz coisas contrárias a Tradição, o resultado só pode ser a dispersão das ovelhas.
Só me resta a entrega total nos braços de nossa Santa Mãe. E que ela nos socorra a todos!
Caro Israel,
Salve Maria!
Entendo bem sua angústia e dela compartilho. Vou escrever algo sobre a autoridade do Papa brevemente.
Sobre a Missa Nova: se você estiver em perigo de perder a Fé, você não deve assisti-la, é claro. A Missa Nova é protestantizante e, a longo prazo e sem esforço consciente de nossa parte, ela nos leva para longe da Igreja de Sempre.
Fique mesmo com os santos e os dogmas e sob o Manto da Virgem Santíssima. É onde eu tento ficar.
Em JMJ.
Sr. Angueth,
Estou retornando faz muito pouco tempo à Igreja Católica. Durante aproximadamente 20 anos não rezei e fui a igreja apenas em casamentos, infelizmente. Seu blog me é de muita valia e sou muito grato a Deus por ele.
No entanto, são minhas também as mesmas angústias do Sr. Israel TL. Vou de site em site, texto em texto, e é só divisão.
Sobre a missa, estou pensando em seguir seu conselho de não assistí-las, principalmente às de domingo (são barulhentas demais...). Comecei a ir a missas com regularidade faz uns quatro meses, e muitas coisas me perturbam, a principal delas o seu final, que talvez seja um reflexo da excessiva descontração e quase adulação(não há uma palavra realmente severa, uma repreensão veemente) durante a celebração: saímos estupidamente alegres da igreja, como se saíssemos de um confraternização qualquer. A cerimônia não deveria nos infundir, em razão do sacrifício, um sentimento misto de esperança e culpa?
Atenciosamente,
Alessandro.
Graças a Nossa Boa Mãe, tenho a Santa Missa Tridentina disponível para assistir aos Domingos, desde o começo deste ano.
No entanto, quando não tenho a possibilidade de ir até ela (fica a 50km de distância), não consigo deixar de assistir a missa nova na minha paróquia para cumprir o preceito de Domingo.
É claro que, se a missa nova coloca minha Fé em risco, não devo assistí-la. Mas isso vale também para a Missa Tradicional, embora nesta o risco esteja apenas no sermão do padre.
Em alguns sentidos, vejo a missa nova de forma muito mais parecida com o calvário do que a Missa Tridentina. Pois no calvário Nosso Senhor também estava entre zombadores e blasfemos, entre algozes e inimigos. Os que padeciam com Ele eram poucos, entre eles sua Santa Mãe e o discípulo que Jesus amava.
Imagino Cristo olhando do alto da cruz e não encontrando nem os poucos que eram por Ele para lhe dar algum consolo. Penso que assim é a missa nova quando deixam de ir os poucos que hoje que realmente o amam, e amam a Santa Igreja que é o seu corpo místico.
Assim, quando tenho de ir à missa nova, procuro me colocar ao lado de Maria e de São João, e ignorar os que ofendem e zombam de Nosso Senhor. Suplico que, por imensa graça de Deus, essa pobre e miserável alma possa dar algum consolo a Cristo em meio a todas as ofensas, irreverências, e profanações que hoje vemos em nossas igrejas!
No entanto, o problema que mencionei antes persiste. Eu não tenho autoridade para guiar ninguém nessa confusão, e muito menos a sabedoria que têm muitos leigos, como o prof. Angueth. Assim, só posso aconselhar a evitar as heresias, e se colocar nas Mãos de Nossa Senhora.
Que os Santos nos protejam e Nossa Boa Mãe nos guie no caminho da Verdade, que é seu Filho Amado.
Israel T. L.
Caríssimo prof. Angueth, perdão por lhe importunar tanto, mas talvez o senhor possa me ajudar com uma informação.
Exite algum milagre eucarístico ocorrido em uma celebração na Missa de Paulo VI?
Sei que há relatos de milagres em Stich (Alemanha - 1970), e em Naju (Coréia do Sul - 1985 - 95), nessa última quando se recebeu a comunhão do próprio Papa João Paulo II, no Vaticano.
Não sei se são verdadeiros esses relatos, e não sei se eram em missas celebradas no rito novo.
Caso sejam, seria uma prova da validade do Rito do Novus Ordo?
Caro Israel,
Salve Maria!
Ninguém, que eu saiba, nega que haja Consagração verdadeira na Missa Nova. A Consagração não depende do Rito. Se houve milagres eucarísticos durante a Missa de Paulo VI eu não sei, mas não me admiraria em nada.
A questão do Rito é completamente outra. Vou escrever algo sobre isso futuramente. Por enquanto, se você quiser entender a problemática da Missa Nova e, sobretudo, porque ele é um rito infinitamente inferior ao da Missa de Pio V, leia este relato.
Em JMJ.
Muito obrigado professor!
Sei que a Missa de São Pio V é imensamente superior a missa nova, e não apenas em beleza, mas em todo o significado teológico por trás de cada gesto, de cada palavra, de cada sinal. Por isso eu sempre defenderei a Missa Tridentina.
Minha pergunta foi feita especialmente em nome dos que não têm a Missa Gregoriana disponível para cumprir o preceito dominical. Nesse caso, se a Missa Nova é válida, não seria nenhum sacrilégio assistí-la (sem participar da irreverência que abunda em nossas igrejas, claro), e, se não oferecer perigo para a Fé, é inclusive obrigação estar presente todos os Domingos.
Isso vai um pouco contra o que muitos tradicionalistas ensinam, que é melhor ficar em casa rezando o terço do que assistir a Missa nova.
Deus lhe pague pelo excelente trabalho desenvolvido no blog, professor. Aguardarei ansiosamente os posts sobre o Papa e sobre o Rito.
Senhor Israel TL,
Primeiramente, o problema da Missa Nova é essencialmente teológico, como já se foi provado e devidamente e extensamente comentado por doutos especialistas legalizados (Ottaviani, Bacci,Cardeal Ratzinger, Stickler etc) e confirmado por outros, não tão doutos, talvez por serem "clandestinos" (Padres de Campos, FSSPX etc)
Nisto se inclui, evidentemente, o peso do seu contexto histórico, a cirscunstância na qual (a missa nova) foi concebida. Exem. Uma missa confeccionada por uma comissão litúrgia péssima, formada por seis hereges e liderada por um cardeal maçon.
Meu caro Israel, é evidente que é um grave problema para "quem tem" consciência do que seja a missa dita ordinária.
Entretanto, e portanto,não é somente um grave problema que subsiste apenas na consciência de alguns tradicionalistas, mas é um problema universal, pois afeta ou pode afetar, todo o mundo, ou seja, ele, o problema, existe "extra conscientia". Pense nisso.
Caro Rick
Obrigado pelos seus esclarecimentos. Tambem concordo que a missa nova é má por ser protestantizada e protestantizante, e possuir graves falahs teológicas, além de um ofertório praticamente judaico e sem ideia de sacrificio.
Meu questionamento foi feito pensando em quem não tem outra alternativa para cumprir a obrigação de assistir a missa. Como reponder a questão: é melhor ir a missa nova, ou faltar à missa?
Quanto a Missa Tridentina, reconheço e sei que é a verdadeira missa católica, que nunca deveria ter sido posta em segundo plano. No que puder ajudar, lutarei sempre pelo seu pleno retorno, pois sei que a solução da crise de Fé que vivemos começa pela Santa Missa.
Abraço!
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