08/03/2018

Lições das missas dominicais pós-Vaticano II– Parte XXXI


Comento aqui, principalmente, os artigos finais d’O DOMINGO de 04/03/2018. Um deles é do Pe. Paulo Bazaglia, o outro de Izalene Tiene, nossa “leiga missionária na Amazônia”, que já conhecemos do comentário anterior.

O Evangelho dessa Missa Nova, no terceiro domingo da Quaresma, é o da expulsão dos vendilhões do Templo. Na Missa de Sempre é o do Demônio Mudo. Sobre este, veja o comentário do Padre Élcio, do qual eu destaco:

Quero, no entanto, salientar a obrigação dos Eclesiásticos. Na verdade, é o respeito e os interesses humanos que impedem que os superiores eclesiásticos se declarem publicamente por Deus, por Jesus realmente presente na Hóstia Consagrada. Lamentam talvez internamente os sacrilégios, mas não falam contra eles. Mantêm a verdade cativa, e não ousam confessar publicamente a sua fé, ainda mesmo quando o silêncio é uma espécie de apostasia. Os estragos do demônio mudo nunca são tão deploráveis como quando exerce a sua tirania sobre os mesmos Pastores. O maior triunfo deste demônio terrível é encadear a palavra sacerdotal. Ou fecha a boca aos ministros do Senhor, ou não lhes permite que falem senão com timidez, quando deviam falar com energia. (Negritos são meus)

Quanto ao Evangelho da Missa Nova, o Pe. Bazaglia dá sua interpretação no artigo O Novo Santuário. Para esse padre o que Jesus fez foi lutar contra a exploração a exploração dos pobres, contra “as práticas de injustiça”. Nisso o Pe. Bazaglia está de acordo com o comentário que encontramos na Bíblia Sagrada, edição pastoral da Paulus. Lê-se o seguinte comentário, na página 1356 dessa publicação, referente aos versículos 13-22, do segundo capítulo do Evangelho de São João: “Expulsando os comerciantes, Jesus denuncia a opressão e a exploração dos pobres pelas autoridades religiosas”.

Bem, o que Pe. Bazaglia deveria ter dito e não disse? Os leitores podem ir, por exemplo, à Catena Aurea para examinar o que disseram os Padres da Igreja sobre esse Evangelho. Cito aqui um trecho do comentário do bispo Frederick Justus Knecht, na sua obra Um Comentário Prático da Sagrada Escritura:

Seu corpo é também um templo do Espírito Santo. Você já o profanou com ocupações indignas? Tome uma firme resolução de honrar seu corpo como o templo do Espírito Santo, e nunca o profane!

Muitos cristãos se comportam irreverentemente na Igreja, na presença do Santíssimo Sacramento. Essas pessoas merecem ser expulsas do templo com chicote. Nosso Senhor não quer, é verdade, expulsá-las agora, mas no Dia do Julgamento, Ele as tratará mais severamente do que tratou os vendilhões do Templo de Jesusalém.

Você agradece a Deus todos os dias por seu Batismo, e por todas as graças que por ele, sem nenhum mérito seu, você recebe? Você ama a Deus, que é infinitamente bom, com todo o seu coração? Como você demonstra esse amor?

Vê-se que Pe. Bazaglia, com sua lenga-lenga comunista, deixou de nos ensinar coisas muito importantes.

Vamos agora à nossa missionária da Amazônia, que assina a coluna devotada à Campanha da Fraternidade. Ela continua a falar da violência contra a mulher e divulga um calendário de manifestações que inclui até o dia nacional da consciência negra. Esse é o terceiro artigo a ex-prefeita de Campinas pelo PT, cheia de processos por corrupção, falando a violência. O que impressiona é a ausência da temática do aborto, que é, digamos, uma violência que clama aos Céus. Mas é compreensível que ela disto não fale, pois ela é favorável ao aborto. Nossa missionária, porta-voz da Campanha da Fraternidade, é militante abortista. Não é um caso curioso que a CNBB escolha como porta-voz da Campanha da Fraternidade uma abortista? Vocês acham que o blogueiro enlouqueceu? Vejam só esta marcha das mulheres, em 2010. Na reportagem há uma foto da nossa missionária e também uma citação de suas palavras: “O aborto é uma questão de saúde pública”.

Não posso acreditar que a CNBB desconheça as ideias de sua porta-voz. Única conclusão possível é que esse sindicato de bispos é favorável ao aborto. Não estou dizendo que todos os bispos brasileiros sejam favoráveis ao aborto, mas seu sindicato o é, indubitavelmente. Ou isto, ou essa missionária já estaria excomungada.



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