Dizem por aí que uma filha do Olavo anda dizendo que ele apontou uma arma para ela, e outras coisas mais.
Para mim, ele apontou não uma, mas várias, durante anos, desde 1999. A primeira bala que me atingiu foi um livrinho sobre erística, que naquela época era palavrão para mim. Feriu-me profundamente; feriu minha enorme ignorância. Depois, esse atirador de elite, um verdadeiro snipper, me feriu com o Imbecil Coletivo. Como eu era professor universitário, me senti incluído no coletivo e me achei bastante imbecil. Meu amor próprio, a tal auto-estima, foi para o hospital. Outro petardo veio com o Jardim das Aflições, que me causou várias aflições. Com mais de quarenta anos e com dois filhos para criar, eu não podia ficar muito tempo no hospital e esperava que o Olavo tivesse pena e parasse de me atirar. Mas não. Ele continuava semanalmente com seus artigos em vários jornais nacionais e com vários livros: sobre o futuro da inteligência brasileira, sobre os quatro discursos de Aristóteles, etc. Tudo parecia se destruir frente a chuva de balas que me atingia. Esse cara é, na verdade, um exército em posição de ataque.
Como não conseguia sair do hospital, levei meus filhos para lá e eles começaram a levar balas. Com o tempo, com os cursos e os vários livros que lemos, descobrimos que estávamos no Brasil e não no hospital. A percepção do Brasil como hospital foi nossa maior descoberta. Descobrimos também que não havia médicos nesse hospital, exceto o Olavo. Aquelas balas, que sentíamos como balas, eram os remédios amargos que ele nos fazia tomar, para nos curar.
Pouco a pouco, começamos a melhorar. Não saímos do hospital, pois ele é muito grande, mas agora tomamos as balas, ou melhor, os remédios, com gratidão, com afeto. Um dia, quem sabe, seremos também bons snippers.
Que Deus abençoe o grande Olavo!
5 comentários:
Aos poucos estamos sendo atingidos por esses petardos
Essa chocarrisse está sendo bastante divulgada no blog PrometheuLiberto de um tal Velasco com sede em Portugal e que só existe para caluniar o Olavo de Carvalho.
O autor do blog é uma pessoa venal, um metidinho escroto e recalcado com o Olavo porque lhe falta altivez, competência e a influência que ele tem.
Olavo ajudou milhares de brasileiros a conhecer melhor a podridão esquerdume, enquanto ele fica do outro lado do mundo a se chafurdar na lama, a publicar parolagens.
Velasco prefere viver na sombra alheia ao invés de ter decência.
O ara faz bem o papel de Fausto.
Eduardo
Antes de entrar para o meu segundo curso universitário (história) tive contato com o mínimo (...), livro do Olavo, passei 4 anos acompanhando o autor, por vezes achava suas teorias radicais, mas lhe concedia o benefício da dúvida. Não me arrependo, nesses primeiros anos de faculdade posso atestar o baixo nível dos debates de lá, quando os "mestres" resolvem fazer pregação política, o que não é raro, é uma chuva de idéias rasas e pré formatadas, impostas como a suprema revelação da atualidade, pouco importa se é um aluno de esquerda adolescente ou um mestre, doutor, etc, a forma como costroem seus argumentos é a mesma, de um adolescente militante a um professor com doutorado não há evolução no pensamento, há apenas maior habilidade em fugir das nossas refutações (que os aniquilam) desses últimos. Obrigado professor, saúde e paz para o senhor e sua família.
Pensei que os Beatles tinham mudado minha vida, inspirando-me a aprender violão e inglês. Aí conheci o prof. Olavo. Soube então o que era, de fato, mudança de vida. Hoje não consigo ler uma bula de remédio sem procurar a paralaxe cognitiva, o horizonte de consciência do autor e o quanto o laboratório lucra com a redução, a cada ano, da taxa de colesterol no sangue para que o indivíduo seja considerado saudável.
Professor Olavo, é só porque você é grande, muito grande e influencia muito mais que os Beatles, que você recebe esse chumbo grosso, com a clara intenção de matar sua reputação. O desespero é tal porque eles sabem que não vão conseguir. Sou eternamente grata por tudo o que fez e faz na minha vida e na vida do meu marido. Aguenta firme! Um beijão.
Professor, o Olavo também atirou em mim. Mas agora não está sozinho, conta com atiradores de elite como o senhor. Estou ainda na UTI, mas sinto que pouco a pouco começo a respirar, graças à vocês e a verdade que nos apresenta. Obrigado por tudo!
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