Falo de uma nova editora, a Castela Editorial, de Gabriel
Galeffi Barreiro, que além de editor é um excelente tradutor. A editora lançou
três livros muito bons. Na ordem de lançamento temos: Sete
mentiras sobre a Igreja Católica (já na 2a. edição), Dez
datas que todo católico deveria conhecer e A
Confissão.
Os três livros são traduzidos, e muito bem, por Gabriel
Galeffi. Os dois primeiros são de Diane Moczar, professora de História da Northern Virginia Community College, nos
EUA. Sim pessoal, existem professores de História católicos; o espécime é raro,
mas com paciência conseguimos achar alguns.
Quais são as sete mentiras? Os títulos dos capítulos já
dizem o essencial: Idade Média, “idade das trevas”; Igreja Católica, inimiga do
progresso; Uma cruzada contra a verdade; A sinistra Inquisição; A ciência no
tribunal, a Igreja Católica versus Galileu; Uma Igreja corrompida até o topo; e
A oportuna Lenda Negra. Há muito mais mentiras que estas, mas a escolha de
Moczar é muito boa. Seu texto é simples, direto e muito claro. A historiadora é
porém muito compreensiva com nossos inimigos; senti falta de um espírito mais
belloquiano, por assim dizer. Senti falta de um ataque mais direto na jugular
de nossos inimigos. Contudo, é um livro para se ler com prazer e proveito.
As dez datas foram, do mesmo modo, muito bem escolhidas: 313
d.C., O Edito de Milão; 452 d.C., São Leão Magno impede a invasão dos hunos;
496 d.C., O batismo de Clóvis e o nascimento da França católica; 800 d.C., A
coroação de Carlos Magno, pai da cristandade; 910 d.C., A fundação da Abadia de
Cluny e o renascimento da vida religiosa; 1000 d.C., Início da era mais
gloriosa da Igreja; 1517 d.C., A catástrofe protestante; 1571 d.C., A Batalha
de Lepanto, a vitória naval de Nossa Senhora; 1789 d.C., A era da Revolução;
1917 d.C., Fátima e o século XX. Peço a atenção dos leitores para três
capítulos em especial: sobre o protestantismo, sobre a Revolução Francesa e
sobre Fátima; eles são muito bons. Todo católico tem obrigação de conhecer
estas datas escolhidas por Moczar.
O terceiro livro da Editorial Castela é um clássico da
literatura católica: A Confissão, de Mons. de Ségur. O livrinho desse grande
apologista do século XIX é tão essencial quanto o que ele escreveu sobre o Inferno,
também lançado recentemente no Brasil, pela Editora Ecclesiae. Quem tem alguma
dúvida sobre o Sacramento da Penitência ou deseja algumas ideias de como
abordar o assunto de modo apologético, não pode deixar de ler esta pérola. Chamo
a atenção dos leitores para duas coisas no livro. Primeiramente, destaco o
prefácio da edição do livro; é um prefácio muito esclarecedor, assinado por um “sacerdote católico”. Esse padre, que não quis se identificar, comenta a
calamidade em que se transformou a Confissão hoje no Brasil, com os padres
transformando este Sacramento em verdadeiras “salas de terapia”. Há exceções, é
claro, e o padre ensina como identifica-las, como encontrar os padres piedosos
que nos possam confessar. Em segundo lugar, destaco a deliciosa história ouvida
por Mons. de Ségur, narrada diretamente por ninguém menos que São João Maria
Vianney, sobre um importante cavalheiro que foi procurá-lo para “uma conversa”
em sua paróquia. O cavalheiro não queria se confessar, só conversar. O que
Santo Cura d’Ars faz com esse homem é espetacular e eu não vou atrapalhar a
surpresa do final do livro.
3 comentários:
Obrigado pela dica, professor. Acabei de encomendar o livro sobre Confissões (e aprovetei e comprei o livro sobre o Inferno do mesmo Mon. Ségur). Espero que seja os primeiros de muitos livros realmente católicos vindos da editora, pois depender de Paulus, Vozes e Edições Loyola é dose!
Junior Ribeiro
Obrigado pela dica está tão difícil conseguir livros da tradição católica, mas agora já podemos achar aqui na internet, estou começando a caminhar há um ano quando comecei a assistir a Missa tridentina aqui no ES. Obrigado pela dica.
Esses livros são excelentes! Mons. de Ségur escreveu de maneira que a leitura é fácil e o entendimento preciso. Todos os livros do autor são muito bons. Destaco também os livros de sua parente Condessa de Ségur. São livros infantis e católicos, uma raridade nos dias de hoje.
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