Recebo um e-mail sobre uma palestra acerca do mistério do
Gólgota, enviado para destinatários desconhecidos. Considerei que era uma
concentração incomum de coisas desconhecidas e resolvi ler o texto no corpo do
e-mail.
Aparentemente, uma senhora de sobrenome Bomfim (que ela o
tenha realmente!), nos informa que: “Na evolução da humanidade houveram
acontecimentos que determinaram a vinda do Cristo, porém o que estava ocorrendo
no macrocosmo?” (Grifo meu.) Minha primeira pergunta é: o que estava ocorrendo
com a gramática da Sra. Bomfim?
Ela continua impassível sua sequencia de perguntas: “Como
Adão e Eva contribuiram para esse acontecimento? Que participação tiveram
os Elohins? (Ai, que falta faz uma gramática!) Quem era o Elohim Jehová? Que
relação existe entre a alma da consciência, o nascimento do Eu do ser humano e
o nascimento cósmico do ‘Ser Solar’?”
É claro que isto é pura cacofonia gnóstica do mais baixo
nível, mas prova uma afirmação que muitos atribuem a Chesterton, mas que é na
verdade de Émile Leon Cammaerts (1878 – 1953), poeta belga que se tornou
professor de Estudos Belgas na Universidade de Londres em 1933. A frase aparece
em The Laughing Prophet: The Seven
Virtues and G. K. Chesterton, de 1937, e diz o seguinte: “quando os homens
escolhem não acreditar em Deus, eles não passam a acreditar em nada. Eles se
tornam então capazes de acreditar em qualquer coisa.” Acreditam até em elohins,
alma da consciência, em ‘ser solar’, etc.
Um comentário:
Postar um comentário