08/03/2012

Dia 8 de março: o que comemorar?

Os pagãos de todas as estirpes estão comemorando hoje o dia da mulher. Festa pagã, tanto na antiguidade quanto agora, tem sempre dois ingredientes principais: luxúria e crueldade. A festa pagã de hoje não foge ao molde.

Comemora-se a mulher que foi planejada há uns duzentos, trezentos anos. Quem quiser saber por quem e por que, leia Libido Dominandi: Sexual Liberation & Political Control. Os atuais donos do mundo, a serviço do príncipe deste mundo, sabem muito bem o quão importante é esta data e o que eles comemoram hoje. O resto ― os pagãos que se acham moderninhos, sofisticados, ilustrados e vencedores do atraso e do primitivismo ― pensa que está comemorando a libertação da mulher do jugo da sociedade patriarcal, pensa que está comemorando um conjunto de liberdades que a mulher ganhou por lutas das chamadas feministas. A propósito, a matriarca das feministas é Margareth Sanger, literalmente o mal encarnado. Os valores desta devassa são os valores vitoriosos e sofisticados da sociedade de hoje.

Hoje, a mulher tem a liberdade de decidir se vai ou não esvaziar seu útero antes do tempo, tem a liberdade de abandonar seus filhos aos cuidados de estranhos e trabalhar, tem a liberdade de se vestir como quer. Isto apenas significa: liberdade de matar, liberdade de destruir a família e liberdade de andar nua por aí. Luxúria e crueldade são o que se comemora neste dia, na festa pagã.

É claro que para conseguir tudo isto foi preciso muito planejamento e muita conspiração, pois as sociedades eram cristãs e não aceitariam isto de bom grado. Por isso, a destruição do cristianismo, da Igreja de Cristo, é assunto de primeiro interesse para os donos do mundo. A Igreja já venceu certa vez, na Idade Média, uma gangue precursora da raça atual de víboras, que seria considerada muito moderna pelos modernos e que implantaria a liberdade da mulher aos moldes atuais, e que certamente implantaria o aborto generalizado muito antes que a ONU. A Igreja, naquela época, travou uma guerra mortal contra os cátaros, e os venceu. A atual guerra não acabou e a Igreja poderá ainda vencê-la, é o que esperamos e o que pedimos a Deus.

Quanto ao dia de hoje, em que a Igreja comemora o dia de São João de Deus, as mulheres conscientes e católicas vão rezar em reparação às ofensas dirigidas ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria. Maria, a mais elevada criatura de Deus, uma mulher; tal é a nossa veneração pela mulher! Mulher pura, mulher casta, mulher santa!

São João de Deus, rogai por nós!

11 comentários:

Guilherme disse...

Parabéns pelo excelente texto, Angueth!

Uma dica: no Real Catholic TV há uma entrevista com E. Michael Jones, no programa Roman Forum. Está muito boa. Recomendo!

Que a Santíssima Virgem tenha piedade e interceda pelas não poucas mulheres que se tornaram presas da investida satânica contra o Evangelho da Vida.

Anônimo disse...

Quem é o Michael Jones ? Não o conhecia. Ele é uma fonte confiável ?

Att, Alex

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Alex,
Salve Maria!

Eugene Michael Jones é editor da revista Culture Wars (antigamente, Fidelity Magazine) e autor de muitos livros. Ele é católico, se opõe ferozmente aos neocons e é um crítico feroz dos bispos e padres modernistas americanos, que prescrevem a heresia do americanismo, heresia esta definida e atacada por Leão XIII. Na obra que citei, ele historia os fundamentos  e a consecução da revolução sexual, a que e a quem ela serve e como ela se efetivou. Fala também da participação da Igreja nesta história.

Ad Iesum per Mariam.

Captare disse...

Caríssimo Angueth, Laudetur Dominus!

O texto é incisivo e pertinente. Parabéns!

Se há alguma emenda a fazer ao texto, é só a sujestão que a expressão "os donos do mundo" seja escrita assim, entre aspas.

Primeiro porque, dono do mundo, só Deus. Foi Ele quem o criou e é quem o governa, apesar de o diabo - que realmente é princípe deste mundo, mas um príncipe usurpador - viva bagunçando aquilo que Deus, pela sua providência, põe em ordem.

Segundo porque, do jeito que está, parece que você subscreve a teoria de que o mundo é controlado de maneira absoluta por um único e pequeno grupo. Sabe-se que não há um grupo que manda no mundo. O que há é que alguns esquemas de poder global disputam esse controle e se servem da aplicação do planejamento dos engenheiros sociais - como o planejamento descrito no livro citado - para alcançar este poder. Não há apenas um grupo que controle todo o mundo, embora haja alguns que vivam tentando, com uma certa margem de sucessos perticulares, fazer isso.

Pax et Salutis

Anônimo disse...

Quando visito seu blog e leio alguns posts, sinto mitigada minha solidão, acredito que não estou só. Um abraço e que Deus o abençoe.

Anônimo disse...

Quem são os neocons , professor ? eles não são religiosos?

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Uai, anônimo! Vamos fazer um trato. Primeiro você se identifica, depois você me define o que é ser religioso. Se você fizer isto, eu te conto que são os neocons! Será que você é um deles?

Anônimo disse...

Oi professor. meu nome é alexandre. frequento as aulas da associação montfort. pensei q os neocons fossem religiosos como o santorum ou o rommey. pelo menos essa e a imagem q tenho dos republicanos. republicanos seriam religiosos e democratas seriam agnósticos. essa e a refrencia q tenho

nao entendo muito de micro e como nao entendo o q sao as opções conta do google, open id e nome/url aacabo enviando as mensagens como anonimo mesmo

vi um site com livros do michael jones. os temas sao muito interessantes, mmasfioquei com receio dele ser uma fonte confiavel, por isso eu questiona-lo tanto sobre ele

attr, alexandre

Antonio Emilio Angueth de Araujo disse...

Caro Alexandre,
Salve Maria!

Se você é o anônimo a quem respondi acima, desculpe-me. É que me aparece cada anônimo por aqui que você nem queira saber!

Neocon, no contexto que usei o termo, é uma mistura sui generis de liberal e católico; este ser que já Dom Sarda denunciava em seu extraordinário "Liberalismo és Pecado". Michael Jones ataca esta gente; gente do tipo de Michael Novak que quer provar que católico é capitalista e que capitalismo é completamente compatível com o catolicismo.

Quanto ao próprio Jones, o que sei dele é o que dele li; li e gostei. Quanto à solidez de sua doutrina, disto não posso dizer nada. Se você der uma olhadinha na revista que ele edita, você também gostará do que lá encontrar.

É o que posso afirmar.

Ad Iesum per Mariam.

Anacoreta, o Penitente disse...

Realmente, o paganismo diz que o trem anda para frente mas são poucos os que percebem que ele anda mesmo é de marcha a ré (algumas teses "modernas" remontam à época babilônica).

Que as mulheres comemorem também a conquista de obrigações: de trabalhar (já que a oferta de mão-de-obra feminina fez os salários caírem - inclusive de seus pais e maridos) e sustentar a casa (às vezes, sozinha), a de aguentar o assédio de toda espécie de cafajeste embasbacado com seus corpos (semi-) nus, de pagar escolinhas disto e daquilo (enquanto seria menos dispendioso ou estressante ficar em casa com as crianças), de se tornarem consumidoras de produtos e serviços psiquiátricos devido à vida "maravilhosa" moderna, etc.

Anônimo disse...

Parabéns pelo texto Antônio Emilio!