Assinei, semana passada, um contrato de tradução de dois livros de Chesterton. O que deve ser publicado primeiro é uma coletânea de ensaios escritos logo após a conversão do escritor, em 1922. O título provisório é "Aonde Levam Todos os Caminhos". Seguem dois pequenos trechos dele para o deleite dos leitores do blog.
"Quanto às razões fundamentais para um homem fazê-lo [se converter], há apenas duas que são realmente fundamentais. Uma é que ele acredite que a Igreja seja a verdade sólida e irremovível ― que é verdade, quer ele queira, quer ele não queira; a outra, que ele busque o perdão de seus pecados. Se houver um homem para quem estes não sejam os principais motivos, é ocioso investigar quais foram suas razões filosóficas, históricas ou emocionais para ingressar na antiga religião; pois ele nela não ingressou em absoluto."
"E, enquanto isso, qualquer camponês católico, ao segurar uma pequena conta do Rosário em seus dedos, pode estar consciente, não de uma eternidade, mas de um complexo, quase um conflito, de eternidades; como, por exemplo, nas relações de Nosso Senhor e Nossa Senhora, da paternidade e da infância de Deus, da maternidade e da infância de Maria. Pensamentos desse tipo têm, num sentido sobrenatural, algo análogo ao sexo; eles dão cria. São férteis e se multiplicam; e não há fim para eles."
O segundo é "A Coisa", que de acordo com Hilaire Belloc é um dos livros mais importantes de Chesterton. A tal Coisa é a Igreja que, por ser católica, tem relação com todas as outras coisas. Este livro será publicado ano que vem, segundo me informaram.
Peço a oração de todos, para o bom andamento do trabalho.
11 comentários:
Deo gratias!
Parabéns!
Grande notícia!
Continue com o belo trabalho.
Alvaro
Vamos orar, sim. Deus te abençoe e te ajude.
Wendy você é bobo assim mesmo, ou faz de propósito. (creio que seja a segunda opção)
Prezado Angueth,
A paz de Cristo,
Que boa notícia! Espero que o senhor faça também, pelo menos, o lançamento com noite de autógrafos de "A Coisa" aqui em São Paulo. Não esqueça de seus leitores da terra da garoa!
Adicionalmente, gostaria de me dirigir aos demais irmão de fé católica que o lêem, tendo como assunto as discussões com o Wendy.
Caros irmão de fé católica: recebamos e tratemos o Wendy bem. Se ele não é católico ainda, é porque talvez lhe falte um "irmão mais velho" para lhe ajudar. O Wendy lê muito - até sobre meus comentários anteriores ele já fez críticas que não repliquei por falta de tempo em escrever -, mas seus estudos o tem levado à fé católica cada vez mais. Só o fato de ele tirar a trave dos olhos e enxergar os erros do protestantismo que ele antes professara já é um grande passo.
Posso falar por mim, pois fui levado à voltar à fé católica pelos estudos, pela razão lógica que nossa fé possui, pela totalidade de sua coerência doutrinal (não há isso em qualquer denominação protestante). O saudoso prof. Orlando foi um grande instrumento usado por Deus para minha volta à fé que sempre tive, mas não compreendia. Eu sou craddle catholic e somente adulto entendi minha fé, embora nunca a tenha abandonado!
E sei como é difícil quando você, possuindo convicções arraigadas, as vê destronadas e destruídas quando a Verdade nua e crua lhe aparece à frente. A primeira atitude é negar-lhe a autenticidade e ataca-la ferozmente. Mas quando você tem um espírito receptivo, guiado pela razão, acaba inescapavelmente cedendo à Verdade eterna.
Não sejamos como o irmão mais velho na parábola do filho pródigo. Com aqueles que querem aprender nós devemos discutir. Devemos polemizar somente com aqueles nada querem aprender, que "do alto de suas cátedras individuais" acham que só as suas verdades pessoais são "verdades".
Ad Madjorem Dei Gloriam
Luiz
Professor, por qual editora sairão estes livros? Gostaria de saber também se o senhor ainda tem a intenção de traduzir algum dia o "The Servile State", do Hilaire Belloc?
Fique com Deus e boa sorte nestes projetos!
Caro Rodrigo,
Prefiro não revelar a editora, por enquanto. Quanto ao Servile State, pretendo sim traduzi-lo um dia.
Um abraço.
Wendy, se você é admirador o Olavo de Carvalho, não vai se importar de eu usar o mesmo jeito dele.
Deixe de ser fresco rapaz!
Cristão pré-reforma!
Isso é coisa de afrescalhado.
Renato
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