Muito da Revolução Francesa passou pelos salões parisienses. Os nobres, para parecerem muito inteligentes, convidavam os philosophes iluministas para saraus literários e com isso se encharcaram de suas ideias. Mais tarde, esses mesmos nobres, os mais importantes, perderam suas cabeças ocas na guilhotina.
Mas, no século XIX, uma figura, com seu famoso salão, tem um papel importante na revolução que o liberalismo católico estava operando na Igreja. Foi a famosa Madame Swetchine. De origem russa, filha de general, mudou-se para Paris e estabeleceu seu salão.
"No meio do salão, ela fez construir uma saleta separada, em madeira, onde ela falava, particularmente, com os que queriam consultá-la. Era o chamado ‘Confessionário" de Madame Swetchine, onde ela fazia "direção espiritual" para seus discípulos e seguidores no esoterismo maistriano e martinista. Até mesmo padres a tinham como "diretora espiritual". Dois desses padres foram amigos. Ambos haviam sido discípulos de Lamennais: Dom Guéranger e o Padre Lacordaire O.P. Dom Guéranger ficou "direitista". Lacordaire, esquerdista. Ambos eram dirigidos por Madame Swetchine que, assim, segurava em suas mãos espirituais a direita e a esquerda religiosa francesa dos tempos do romantismo." ("A Vida da Liturgia... em agonia", Orlando Fedeli, Montfort)
Sim, o modelo dos philosophes continuou a ser usado para a revolução na Igreja. A preparação foi longa, como foi a Revolução Francesa, e atingiu seu apogeu no Concílio Vaticano II.
Muito disso tudo devemos aos salões parisienses, com seus saraus demoníacos.
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