30/04/2018

Lições das missas dominicais pós-Vaticano II– Parte XXXV


Comento aqui o artigo final d’O DOMINGO de 29/04/2018, 5º. Domingo de Páscoa, do Pe. Paulo Bazaglia.

O Evangelho que merece seu comentário é Jo 15, 1-8. Jesus diz: Ego sum vitis vera, et Pater meus agricola est (Eu sou a verdadeira videira, e meu Pai é o agricultor). Este evangelho é prenhe de significado, pois a metáfora é aqui portentosa. É um evangelho também terrível para padres como Pe. Bazaglia. Padres modernistas não gostam do, na melhor das hipóteses, ou não acreditam no Inferno. Mas vamos ver como se sai o nosso padre no comentário que ele faz.

No primeiro parágrafo de seu comentário (intitulado Permanecer em Jesus) ele denomina os profetas do Antigo Testamento de trabalhadores. Ele coloca a palavra entre aspas, como que acanhado... As aspas talvez denotem um objetivo oculto. Chamar os profetas de trabalhadores não é incorreto, na sã perspectiva de que eles eram trabalhadores da vinha do Senhor. Penso que nenhum deles se furtaria a se definir como tal. Mas as aspas traem uma significação bem malandra do padre, uma ligação com tal partido atual do nosso triste Brasil. Será que o padre está querendo ligar os profetas, digamos Daniel, Isaias, com Dilma, Lula, Dirceu, etc? Sei não!

Ah!, mas tem coisa mais interessante. O padre, a certa altura, desfigura vergonhosamente a palavra do Senhor. Ele diz: “Permanecer unidos a ele não para cortar pessoas de nossa vida, como se fôssemos os ramos bons e os outros fossem os ramos destinados ao fogo.” Que história é essa? Quem interpretaria assim a palavra de Nosso Senhor? Nosso Senhor está dizendo que ele é a videira, e nós os ramos. Ele diz que enquanto permanecermos ligados à videira, não seremos cortados. Mas se nós nos desligarmos da videira, morreremos. Um ramo da videira (cada um de nós) não tem o poder de cortar outros ramos e Deus não cortará os ramos vivificados com a seiva do Senhor. Jesus está dizendo que os ramos destinados ao fogo (do Inferno) serão aqueles que optarem por se desligar. O Inferno é opção nossa. Deus apenas aceita essa opção. Que conversinha fiada é essa de nós cortarmos os ramos? Isso só pode passar pela cabeça de Pe. Bazaglia.

Outra coisinha que o padre se esqueceu, muito convenientemente, de mencionar. Estar ligado à videira é também, e principalmente, estar ligado à Cruz de Nosso Senhor, pois Sua seiva é alimento de vida eterna, que não existe senão aos pés da Cruz. Muito bonitinho falar em “permanecer firmes no testemunho da misericórdia e do amor incondicional”, como faz o padre Bazaglia. Mas que tal lembrar que esse amor incondicional é exatamente o amor à Cruz de Nosso Senhor? A Igreja desse padre é a Igreja do amor e da misericórdia sem a Cruz e o sofrimento. Mas isso só significa o caminho fácil para o Inferno. Amor e misericórdia sem a Cruz é o lema de uma igreja sem Deus, ou melhor, uma igreja com um deus imanente, um deus panteísta, um deus do “faça amor, não faça a guerra”.

Para terminar, lembremos-nos de um diálogo entre a alma e Jesus, na Imitação de Cristo. A alma está tentando entender o que significa o “renuncia-te a ti mesmo” e pergunta a Jesus: “Senhor, em que devo renunciar-me, e quantas vezes?” Jesus responde: “Sempre e a toda hora, tanto no muito como no pouco. Nada excetuo, mas quero te achar despojado de tudo”. Ele ainda diz: tu deves renunciar a ti mesmo “oferecendo-se em cotidiano sacrifício a Deus, sem o que não há nem pode haver união deliciosa comigo”.

Aí está! Estar ligado ao tronco da videira, estar em “união deliciosa” com Ele significa renunciar-se a si mesmo. Nada mais, nada menos, viu padre Bazaglia?


20/04/2018

Rosário para salvar a França: 28 de abril de 2018


Quando Nossa Senhora nos ensinou a rezar o terço, ficou claro que ele era uma arma de guerra. A revelação feita a São Domingos foi durante a grande ameaça dos cátaros, ou albigenses, que tomaram de assalto grande parte da Igreja ao sul da França com essa heresia maniqueísta, pacifista, ecologista e abortista. E isso nos séculos X e XI e XII.

Nossa Mãe sempre considerou o terço como uma arma contra o demônio; tanto arma pessoal de luta contra as tentações, quanto arma da comunidade, contra os ataques organizados contra a fé. Recentemente, em maio 1955 (mês de Maria), Pe. Petrus Pavlicek conseguiu, numa extraordinária cruzada do Rosário, a desocupação da Áustria pelas tropas soviéticas. Segundo o historiador Siegfried Berr "a questão do motivo de os soviéticos finalmente decidirem abandonar a posição militar no leste austríaco, na primavera de 1955, e de concordarem com a desocupação negociada, tem preocupado os historiadores desde então". E é bom que fiquem mesmo preocupados, pois isso foi obra de Nossa Senhora. (Ver Revista Permanência, no.272, páginas 115-119)

Agora, "la fille aînée de l'Eglise Catholic" (a filha primogênita da Igreja Católica) irá recorrer a essa arma poderosa para salvar-se de seus inúmeros inimigos: os intelectuais, decendentes dos revolucionários de 1789, a invasão islâmica, os poderes globalistas representados por Emmanuel Macron, etc.

Seguindo o exemplo da Polônia, haverá a reza do Rosário nas fronteiras da França. Várias cidades já confirmaram a participação.



Que "la fille aînée de l'Eglise Catholic" obtenha os favores de Nossa Senhora em sua luta contra o príncipe deste mundo.

Saint Denis et Sainte Jeanne d'Arc, priez pour votre France!


17/04/2018

Somos todos comunistas!




Vejam vocês, a nata da direita americana, incluindo Donald Trump, está usando regularmente o termo "mccartismo". Esse termo foi cunhado pela KGB para desmoralizar Joseph McCarthy, bravo senador americano que identificou pelo menos 50 agentes comunistas dentro da administração americana no pós-guerra. 

Na época, o termo foi usado para calar tanto o senador quanto seus apoiadores. Quem quiser saber mais quem foi Joe McCarthy deve consultar a obra prima de M. Stanton Evans: Blacklisted by History.

Sobre a atual direita usando o termo cunhado pela KGB, leiam o artigo de Diana West: A Short, Communist History of "McCarthyism"

Sobre a infiltração comunista nos altos escalões do governo americano desde a década de 1930 (até hoje) leia o livro de Diana West: American Betrayal.

Agora, os últimos parágrafos do artigo de Diane West.

O "mccartismo", não a subversão comunista, foi vencido.

Assim, hoje, em todo o espectro político, continuamos a condenar o velho e mal "mccartismo", tendo esquecido tudo sobre a subversão comunista.

Imagino se virá o dia em que os conservadores, pelo menos, perceberão que quando condenam o "mccartismo", eles estão colocando em Stalin um rosto grande e feliz, onde quer que ele esteja queimando.

14/04/2018

Uma “palavra difícil” anunciada na Praça de São Pedro



 Artigo publicado pelo OnePeterFive, escrito por Paul Badde


O credo cristão é um desafio que começa com a alegação de que Deus se tornou Homem e prossegue com a crença no fato de Sua Ressurreição dos mortos no sepulcro. Não surpreende que os hereges eclesiásticos, desde o princípio, tentaram suavizar esta afirmação e atenuá-la.

Não foram os hereges, contudo, mas sim alguns equivocados teólogos modernos que finalmente tiveram sucesso em adaptar a completa imposição do Credo às nossas mentes limitadas. A noção grega de Kerygma – é, de fato, uma palavra difícil – tem um papel chave que tem, contudo, permanecido, em grande parte, desconhecido dos fiéis. Kerygma significa “proclamação”, “anúncio” e também “homilia”. Foi essa noção que essencialmente ajudou alguns a reinterpretarem a antiga Fé Pascal de modo a fazer crer que afinal Cristo não ressurgiu dos mortos num corpo físico, mas, ao invés, Ele ressurgiu na proclamação da Ressurreição, feita e difundida por Seus discípulos. A Ressurreição dos mortos pelo Filho de Deus Encarnado se torna, então, de fato, uma ressurreição na, e através da, homilia. A diferença é extremamente tênue e diáfana, e certamente essa especulação não era somente uma ideia idiota incomum. Não se deve esquecer que aqueles mesmos medrosos apóstolos – todos eles (exceto São João) fugiram antes da morte de Jesus – começaram, três dias depois de Sua morte, a falar, inesperada e subitamente, com muita coragem, sobre Jesus como o Messias ressurreto.

Portanto, caso alguém venha a encontrar os “ossos de Jesus” em algum lugar em Jerusalém, isso não abalaria minimamente a “Fé Pascal” do grande teólogo protestante Rudolf Bultmann, como ele próprio disse certa vez. Mais tarde, o Kerygma se tornou o núcleo do dogma da teologia moderna, tanto protestante quanto católica, numa espécie de realização ecumênica. Não adiantou que Romano Guardini, já em 1937, em sua obra maior O Senhor, tenha rejeitado clara e decididamente essa alegação. Hoje, todavia, não há quase nenhum padre ou bispo que não tenha sido infectado levemente por essa grave alegação, para não ser ridicularizado por seus irmãos por causa de sua suposta fé infantil e ignorante.

Essa alegação kerygmática dominante levou, especialmente na Alemanha, a uma situação tal que os poucos fiéis que ainda vão à Igreja têm dificuldade de entender que padres e bispos, de fato, não acreditam mais, de forma integral, no que a profissão de Fé de Nicéia afirmou explicitamente no ano de 325. São Paulo, contudo, muito provavelmente consideraria essa negação a maior heresia de todas, não desde fora, mas desde dentro da Igreja. E agora ela aparece na Praça de São Pedro.

Como assim? Ora, na quarta-feira, 28 de março de 2018, o Papa Francisco numa introdução ao Triduum Pascal, com suas celebrações, quando ele casualmente instruía os peregrinos de todos os cantos da terra, falando de improviso, afirmou que a Páscoa “não termina” com os habituais rituais daquele particular domingo. Pois, “ele é onde a jornada começa, a jornada da missão, do anúncio: Cristo ressurgiu. E esse anúncio (proclamação), a que o Triduum leva, nos preparando para acolhê-lo, é o centro de nossa fé e de nossa esperança; é o núcleo, é a mensagem, é – aqui a palavra difícil, que diz tudo – o kerygma que continuamente evangeliza a Igreja e com o qual ela, por sua vez, é convidada a evangelizar.”

Assim falou o papa. Deus o abençoe. Mas não temos de acreditar nisso. Graças a Deus. Podemos ainda confiantemente acreditar, como criancinhas, que não é a proclamação verbal, mas o fato da própria Ressurreição corporal de Jesus que é realmente o centro e o núcleo de nossa Fé e de nossa esperança.

12/04/2018

Gaudete et Exsultate: outro escândalo do Papa Francisco


Na mais recente Exortação Apostólica, o Papa Francisco afirma, entre outras coisas, o seguinte.

1. Ordens contemplativas afastadas do mundo são insalubres;

2. A Igreja nem sempre tem todas as resposta e não deve dizer às pessoas como viver suas vidas;

3. A doutrina católica está sujeita a diferentes interpretações dependendo das circunstâncias;

4. A doutrina católica não é monolítica, mas aberta a dúvidas;

5. Forte adesão à doutrina e à disciplia católica é pelagianismo, ou seja heresia;

6. Aqueles que resitem, i.e, àquilo que Francisco quer, sucumbiram às forças do mal;

7. Aqueles que dizem que tudo é possível com o auxílio da graça são realmente pelagianos;

8. Mesmo com o auxílio da graça é impossível "para o fraco" respeitar a lei moral dados seus limites "concretos"; somente um progresso gradual é possível. Isso, além de luteranismo claro, é também o pelagianismo que o Papa condena;

9. Adesão à doutrina e disciplina católica é aridez pelagiana que rejeita o "espírito";

10. Católicos tradicionais são crueis pelagianos curadores de um museu religioso que rejeita o "espírito";

11. Tentativas de limitar a imigração mulçulmana é equivalente ao aborto;

12. E mais.

Ferrara ainda cita dois autores: Roberto de Mattei e São Roberto Belarmino. De Mattei ela lembra o seguinte: "Precisamos ter coragem de dizer: Santo Padre, o senhor é o primeiro responsável pela confusão que existe hoje na Igreja. Santo Padre, o senhor é o primeiro responsável pelas heresias que circulam hoje na Igreja."

De São Roberto Belarmino ela cita o De Controversiis: sobre o Pontífice Romano. São Belarmino diz: "Portanto, tal como é legítimo resistir a um Pontífice que invade um corpo, é também legítimo resistir-lhe quando invande as almas ou perturba um estado, e ainda mais se ele tentar destruir a Igreja. Digo que é legítimo resistir-lhe, não fazendo o que ele ordena e impedindo-o para frustrar seu intento."

Paro por aqui, sugerindo a leitura do artigo do Ferrara.

08/04/2018

Bispo emérito escolhe Barrabás!


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Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau, escolheu ontem Barrabás! Repete-se a escolha de dois milênios atrás, ainda durante a oitava da Páscoa. As faixas dizem bem a quem o bispo respeita: o comunismo (CUT) e as abortistas (Marcha Mundial das Mulheres). Se há ainda algum bispo católico no Brasil, agora é a hora de se levantar contra essa blasfêmia. Se ninguém aparecer, devemos chegar à conclusão de que o catolicismo desapareceu do episcopado brasileiro. Nenhuma consideração fraternal, doutrinária ou teológica pode impedir um bispo, um sucessor dos apóstolos, de corrigir publicamente esse bispo escandaloso. Não fazer essa correção é falta gravíssima! 

Se os senhores querem defender Nosso Senhor Jesus Cristo, agora é o momento, senhores Bispos do Brasil!



Apostolado Católico Atualmente

06/04/2018

Blog discorda, respeitosamente, do Cardeal Burke

Num post do Fratres, ficamos sabendo a posição do Cardeal Burke sobre a "situação intolerável" da Igreja sob o papado de Francisco. Palavras fortes, consoante com a situação gravíssima da Igreja perante afirmações do pontífice sobre a imortalidade da alma e sobre a existência do Inferno. Aqui não há nenhuma questão delicada de teologia, não há aquele embate de ideias que deixa perplexo o fiel. Não há que se consultar a Suma Teológica, nem Santo Afonso, nem aquelas discussões medievais infindáveis. 

As afirmações do papa atacam o centro de nossa fé. Se a alma desaparece depois da morte, se não há o Inferno, duas coisas podem ser deduzidas: a Redenção não existe e Nosso Senhor é o maior mentiroso da história. O papa não diz só que Jesus não é Deus, como os arianos, mas que Ele é mentiroso, um charlatão!

Mas o que o blog discorda do Cardeal Burke é o seguinte (palavras do Cardeal): "Primeiro, o fiel ou pastor deve expressar a sua crítica em privado, para que o Pontífice possa se emendar. Se o Papa se nega a corrigir o seu modo gravemente deficiente de ensinar e agir, a crítica deve ser feita pública, porque dela depende o bem da Igreja e do mundo." Ora, Cardeal, não esperava ouvir isso, logo do senhor, que enviou ao Papa, junto a outros três cardeais, os Dubia, e ficou sem nenhuma resposta. O senhor também viu um grupo de fiéis e prelados enviar aquele documento sobre as ideias heréticas do papa, expressas na Amoris Leticia. Ambas as correções em privado ficaram sem respostas. Por isso mesmo, tais documentos foram divulgados. Isso devia convencê-lo da inutilidade desse modo de ação, para com o atual pontífice. 

Agora é preciso afirmações públicas de prelados que ainda não perderam a fé para que o rebanho não seja entregue aos lobos. A situação agora é de uma crise sem precedentes e é preciso salvar o que ainda pode ser salvo.

A situação é grave e comportará muitos riscos. Mas estamos num naufrágio e precisamos salvar quem está afogando. Qualquer coisa é melhor que nada.

Que Nossa Senhora nos ilumine, Ela que nunca nos abandonou em situações de crise!

05/04/2018

Edição Extra das Lições

Comento aqui uma afirmação que poderia estar num artigo final d’O DOMINGO, panfleto revolucionário distribuídos nas Missas de Paulo VI. Ela poderia ter sido dita pelos padres Nilo Luza, Paulo Bazaglia, ou mesmo pela nossa missionária da Amazônia, ex-prefeita de Campinas pelo PT, a Sra. Izalene Tiene. Poderia ter sido escrita em qualquer domingo, mas principalmente na Semana Santa.

Eis a frase: “Quem se aglomerava em torno de Jesus para ouvir as suas palavras? O povo. E quem O crucificou? Os escribas, os fariseus, os doutores da lei, o governo romano, os príncipes dos sacerdotes”.

Podemos imaginar uma sequência de um dos padres mencionados, ou outros: “Pois Jesus veio com um projeto para os pobres, para os desvalidos, e não para os poderosos. Veio para desafiar a ordem estabelecida, veio para fundar um reino de justiça e de paz social, fundamentado na dignidade da pessoa humana”. Esta frase imaginária seria um bom complemento da frase inicial, que é verdadeira. Já-já revelo o seu indigitado autor.

Eu responderia à frase real perguntando o seguinte: e o povo todo gritando “Barrabás, Barrabás”? Houve uma consulta popular feita por Pilatos; houve a expressão da democracia direta. Sim, Pilatos poderia ter salvado Jesus. Mas ele era um democrata (como o são todos os padres modernistas) avant la lettre: afinal, a voz do povo é a voz de Deus, ou não é? E o que dizer de Iscarites, que vendeu Jesus por trinta dinheiros. Era também príncipe, era também poderoso, era doutor da lei? O que dizer de José de Arimatéia, que ouvia Jesus, era um dos seus discípulos, mas não era do povo? Esse padre está tentando nos enganar, como fazem os Luzas e Bazaglias da vida! É tão asqueroso quanto estes.

Hugues Felicité Robert de Lamennais.PNG
Mas a surpresa toda vem agora. Esse padre, esse revolucionário, falou isso em 1834, antes do manifesto comunista, antes do apogeu de Marx, pouco mais de trinta anos depois da Revolução Francesa. Seu nome? Esse infeliz é Felicité de Lamennais, o fundador do catolicismo liberal. Ele publicou essa frase em seu livro, estrondoso sucesso, e referência de todos os modernistas, Paroles d’un Croyant. Sim de um croyant, crente, não de um católico. Crente num deus que não existe, num deus construído conforme suas convicções, como o deus de Lutero.

Lamennais era também homossexual e, aos 33 anos, teve uma relação amorosa com um jovem, Harry Moorman, estudante de 13 anos, em Londres. Hoje, isso seria considerado pedofilia! A relação foi tão tórrida que Lamennais queria levar Harry, à força, para Paris, mas desistiu do intento por aconselhamento do Padre Carron. Será que existe uma relação mais estreita entre catolicismo liberal e homossexualismo? Será que Lamennais foi precursor de outros “movimentos” que também hoje infestam a Igreja? Não sei. Mas fica a observação.

O mal não é definitivamente o comunismo, mas o liberalismo. Eis a minha modesta opinião.

03/04/2018

Lições das missas dominicais pós-Vaticano II– Parte XXXIV


Comento aqui o artigo final d’O DOMINGO de 01/04/2018, Domingo de Páscoa, do Pe. Paulo Bazaglia. Pe. Bazaglia é já nosso conhecido nestes comentários. Está sempre presente com suas ideias distorcidas.

O Evangelho que merece seu comentário é Jo 20, 1-9. Maria Madalena vai avisar os apóstolos João e Pedro que o sepulcro está vazio. Eles correm, para verificar.

O artigo do Pe. Bazaglia é intitulado Sinais da Ressurreição, título muito apropriado! Além de platitudes, ele insiste numa ideia antiga, que ele não cansa de repetir. Desta vez, ele a expressa da seguinte forma: “A corrida dos dois discípulos ao sepulcro é a corrida simbólica da fé, e quem chega primeiro é o Discípulo Amado. Chega antes quem ama e vive a relação do amor e da amizade com Jesus. É o último a ver os sinais, mas o primeiro a acreditar.” É impressionante como num trecho tão curto cabe tanta besteira!

Primeiro, parece que João e Pedro apostam uma corrida até o sepulcro, cada um tentando ganhar. Um novo, o outro velho e o novo ganha a corrida. Mas não ganha porque é mais novo, mas porque ama. De quebra, insinua-se aqui que Pedro, o primeiro papa, não amava Jesus, não vivia a relação do amor e da amizade com Jesus. Depois, o padre denomina essa corrida a “corrida simbólica da fé”. Eu a denominaria a corrida simbólica da dúvida, da estupefação, da surpresa, mas não da fé. Só depois, no final da passagem é que se informa: “ele viu e acreditou”. Além disso, o evangelista nos diz: “eles não haviam compreendido a escritura”.

Mas como essa ideia distorcida do Pe. Bazaglia é antiga, eu já a comentei aqui, no Domingo da Páscoa de 2009, na parte XVII destes comentários. Quem se interessar pode ler o antigo comentário aqui.