Nota do blog: Com esta historinha linda, o blog deseja aos seus leitores um ano totalmente nas mãos de Deus. Que Ele seja providencial para vocês com têm sido para mim. Que Ele nos ensine Seus caminhos, com o fez para este mendigo feliz, que já participava da realeza de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Vivia um monge no silêncio de seu mosteiro. Era sábio e santo. Permitiu Deus que uma curiosidade perturbasse a paz de sua alma: "Qual será atualmente no mundo - perguntava-se - das almas a mais santa?" "E a mais sábia e mais feliz, qual será?"
Estava no coro, às primeiras horas da manhã, orava e dirigia a Deus a mesma pergunta: "Senhor, das almas que vivem agora neste mundo, qual será a mais santa, mais sábia e mais feliz?" Ouviu uma voz que lhe dizia: "Vai ao pórtico da igreja e ali te dirão qual é".
O monge pôs o capuz na cabeça, meteu as mãos nas largas mangas do hábito e atravessou os claustros silenciosos. Chegou ao pórtico. Um pobre ali estava. Passara a noite estendido num banco de pedra e naquele momento espreguiçava-se, benzia-se.
- Bom dia, irmão disse-lhe o monge.
- Bom dia, respondeu o mendigo com rosto alegre e em tom de entusiasmo.
- Irmão, replicou o monge, pelo que vejo estás contente.
- Sempre estou contente.
- Sempre? Então és um homem feliz?
- Muito feliz respondeu o humilde mendigo.
- Feliz?... não creio. Dize-me: Quando tens fome e pedes esmola e não recebes... és feliz?
- Sim, padre, sou feliz, porque penso que Deus, meu Pai, quer que eu passe um pouco de fome. Ele também passou. Mas Deus é muito bom para mim; nunca me falta um pedaço de pão.
- Dize-me - prosseguiu o monge - quando está nevando no inverno e tu, tremendo de frio, vais de porta em porta, como um passarinho que salta de um galho para outro, és feliz?
- Sim, padre, muito feliz, porque penso: é Deus, meu Pai, que quer que passe um pouco de frio, pois também ele passou frio. Aliás, nunca me falta um palheiro, onde passar a noite.
Estava o monge admirado... contemplando-o de alto a baixo, disse:
- Tu me enganas... não és pobre.
Sorriu o mendigo e respondeu: Não, Padre, eu não sou um pobre.
- Logo vi. . . Então, quem és?
- Padre, disse o outro, sou um rei que viajo incógnito por este mundo.
- Um rei?... Um rei?... E qual é o teu reino?
- Meu reino é o meu coração, onde mando sobre minhas paixões! Tenho, porém, um reino muito maior. Vê o senhor esse céu imenso, tem visto o sol, as estrelas, o firmamento? Tudo isso é de Deus, meu Pai. Todos os dias ponho-me de joelhos muitas vezes e digo: "Pai nosso que estais nos céus, como sois grande, como sois sábio, como sois poderoso! Não vos esqueçais deste pobre filho que anda por este mundo. Creia-me: Quando chegar a morte, despirei estes andrajos e voarei para o céu, onde verei a Deus, meu Pai, e com Ele reinarei pelos séculos dos séculos".
O monge não perguntou mais. Baixou a cabeça e voltou ao coro; estava convencido de ter encontrado o homem mais santo, mais sábio e mais feliz neste mundo.
5 comentários:
Sim, Prof Angueth,
Quem conhece a si mesmo como filho adotivo de Deus, é sábio, santo e rico!
Um Santo 2011 a ti,Antonio,e aos amigos que frequentam o blog.
Flavio DG
Nada melhor do que começar o ano com a inspiração de uma imitação de Cristo.
Aproveitando o espaço dos comentários, gostaria de fazer uma pergunta sobre a santa doutrina católica./ Jesus Cristo morreu por muitos, isso ja é de conhecimento, mas infelizmente trocaram o "por muitos", e colocaram o "por todos" ,mas porque no Catecismo maior de São PIO X na pergunta: " 112) Se Jesus Cristo morreu pela salvação de todos, por que nem todos se salvam?
Jesus Cristo morreu por todos, mas nem todos se salvam, porque nem todos O reconhecem, nem todos seguem a sua lei, nem todos se servem dos meios de santificação
que nos deixou." Gostaria de entender porque essa aparente contradiçao no catecismo maior. respondam nos comentarios ,por favor.
Obrigado Professor, estou aprendendo muito no blog.
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