Este é o exemplo de sacerdócio que o Papa Bento XVI quer dar aos padres do mundo inteiro. Este é, segundo Bento XVI, o ideal que todo padre deve almejar em sua vida. Penitência, oração, instrução, sacramento e ... santidade.
São João Maria Vianney
Nasceu de família humilde numa pequena aldeia da França, em 1785. Aos oito anos guardava um pequeno rebanho e, levando consigo uma imagenzinha de Nossa-Senhora reunia os companheiros da sua idade e diante da imagem rezavam o rosário. Outras vezes, confiava à sua irmãzinha a guarda das ovelhas e procurava um lugar solitário para rezar.
Aos treze anos deixou o rebanho e começou a trabalhar na roça.
"Quando estava na roça - conta ele mesmo - rezava em voz alta, se não havia ninguém perto; e em voz baixa, quando havia ali algum companheiro. Ao manejar a enxada, costumava dizer: É preciso arrancar da alma as más ervas. Quando, depois de comer, os outros dormiam a sesta, eu aparentava dormir, mas continuava conversando com Deus em meu coração. Quando ouvia o relógio, dizia: Coragem, minha alma; o tempo passa; a eternidade chega; vivamos como condenados a morrer. E rezava uma Ave-Maria".
Estudou para padre. Muito lhe custou passar nos exames; mas, à força de trabalho, penitência e oração, conseguiu chegar a bom termo. Seus superiores mostraram-se benévolos com ele, porque reconheciam sua virtude e seu zelo.
Foi destinado a reger a pequenina paróquia de Ars. Os moradores de Ars eram indiferentes; não iam à igreja. João Maria recorreu a suas armas favoritas: passava horas inteiras, em oração, diante do sacrário; mortificava-se, disciplinava-se e tudo oferecia a Deus para que tocasse os corações de seus paroquianos. Ao mesmo tempo, esmerava-se em tratá-los com amor e prodigalizar-lhes conselhos e esmolas.
Pouco a pouco fez-se o milagre, e Ars começou a ser uma paróquia exemplar. A fama da santidade do cura de Ars transpôs fronteiras não só daquela aldeia, mas até da França. Milhares e milhares de pessoas chegavam de toda a parte para confessar-se com o Santo, ouvir os seus sermões, solicitar seus milagres. Em 1840, contaram-se mais de 20.000 peregrinos, e esse número continuou aumentando.
Levantava-se, invariavelmente, à meia-noite para dirigir-se à igreja e sentar-se no confessionário. Os penitentes sucediam-se sem interrupção até as sete, hora em que o vigário celebrava. Terminada a missa, outra vez confissão até as onze. Subia, então, ao púlpito e fazia a sua instrução catequética. Saía da igreja ao meio-dia. Dois guardas precisavam defendê-lo dos empurrões do povo, pois todos queriam vê-lo, falar-lhe, tocá-lo, receber sua bênção, guardar alguma palavra sua. Às 13 horas, novamente confessar até à reza da noite.
Perguntaram-lhe uma vez:
- Se Deus vos permitisse escolher entre estas duas coisas: ir para o céu, agora mesmo, ou ficar na terra, até o fim do mundo, trabalhando na conversão dos pecadores, que faríeis?
- Ficaria na terra.
- Até o fim do mundo?
- Sim, até o fim do mundo.
- Mas, com tanto tempo ainda, não vos levantaríeis tão de madrugada... não é?
- Ah! meu amigo; levantar-me-ia como agora, à meia noite, e seria o mais feliz dos servidores de Deus.
Gozava do dom da profecia e de penetrar no mais secreto das vidas e das consciências. Gente não disposta a confessar-se, resolvida a fazê-lo mal, ficava surpreendida quando o Santo recordava pecados ocultos, e saía chorando do confessionário. Dissipava as dúvidas com muita facilidade.
Fez grandes e inúmeros milagres tanto em vida como depois de sua morte, cuja data ele mesmo anunciou com exatidão. A 9 de agosto de 1859, aos setenta e três anos de idade, sua alma voou para o céu, onde goza e gozará do prêmio eterno de seus trabalhos e penitências.
Festa: 9 de agosto.
Ver Quando a Vozes ainda era uma editora católica
2 comentários:
Peço informações quanto aos milagres que Deus fez usando o Santo de Ars.
Peço saber também onde fica exposto o seu corpo incorrupto para veneração. Em qual lugar da França?
Caro Marcelo,
Veja aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Maria_Batista_Vianney. Acho que você encontrará as informações que procura.
Um abraço. Antônio Emílio Angueth de Araújo.
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