04/08/2011

Há 80 anos, Chesterton “picava” Clarence Darrow em mil pedaços num debate atualíssimo.

O debate que vocês assistirão abaixo é a reconstrução de um que realmente aconteceu em Nova York, em 1931. A reconstrução foi feita por Dale Ahlquist a partir de relatos do mesmo (não há dele transcrição conhecida) e de textos de Chesterton que tratam dos mesmos assuntos que animaram o debate. Ele é atual porque o agnosticismo é o mesmo – e tem muitos representantes na intelectualidade atual – a doutrina católica é a mesma e, sobretudo, porque “o elo perdido de Darwin continua perdido”, como nos lembra o grande escritor inglês.

Clarence Seward Darrow (1857 – 1938) foi um advogado americano, eminente membro a ACLU (American Civil Liberty Union) – organização esquerdista, pró-gaysista, anti-religiosa e principalmente anti-católica – conhecido por sua espirituosidade e agnosticismo. Darrow era, então, muito famoso por ter sido o advogado de defesa de John Thomas Scopes, um professor secundário de biologia do estado de Tennessee, estado que o processou, em 1925, por ensinar a Teoria da Evolução, violando a Lei Butler, válida para aquele estado. O caso foi um evento rumoroso, pois proporcionou uma discussão pública sobre os limites da ciência na controvérsia criação-evolução. O julgamento ocorreu numa pequena cidade, Dayton, que teve seus 15 minutos de glória. Scopes foi considerado culpado, mas o veredito foi derrubado baseado em questões técnicas. Darrow estava então na crista da onda!

Chesterton, em seus vários textos jornalísticos e em seus ensaios, fala muito sobre os eventos de Dayton. Veja, por exemplo, Por que sou católico, QUEM SÃO OS CONSPIRADORES?, O objetivo religioso da educação.

Hoje, podemos imaginar um debate destes entre Chesterton e um Richard Dawkins, um Daniel Dennet (estes são de nível intelectual muito inferior ao de Darrow). O picadinho seria o mesmo.






Vejam outros vídeos legendados de Chesterton aqui.

3 comentários:

Wendy A. Carvalho disse...

Se Darrow foi picado como uma cartolina, Dawkins e outros desse tipo seriam pinicados como papel seda. :P

Anônimo disse...

Honraria mais Chesterton (e ele merece) se confrontado com Nietzsche, por exemplo.Melhoria o "nível" do debate. Fica a respeitosa sugestão.

Jorge Bento Monteiro disse...

Caríssimo Anguet:

1. Conheci seu blog e tenho lido seus textos com muito interesse. 2. Ontem fiz um comentário e acho que não foi aceito. 3. Peço desculpas; talvez tenha me expressado mal. 4. É que, sem favor nenhum, o nível intelectual de seu blog é altíssimo. Achei que pudesse contribuir, sugerindo o cenário de como seria um debate de Chesterton com alguém mais próximo do seu nível intelectual, como, por exemplo, o filósofo "anti-cristo" Nietzsche, que tem seduzido alguns com suas teorias morais contrarias à tradição judaico-cristã. 5. Agradeço a atenção. Parabéns pelo trabalho. Jorge Bento Monteiro (Aparecida-SP) - jbentomonteiro@bol.com