Nota do tradutor: Na volta de uma viagem à Terra Santa, Chesterton teve uma espécie de revelação, frente a uma imagem de Nossa Senhora, dois anos antes de sua conversão nominal ao catolicismo. Seu registro deste episódio é o pequeno trecho abaixo.
Os homens precisam de uma imagem, única, colorida e de claros contornos, uma imagem a ser trazida instantaneamente à imaginação, quando o que é católico precisa ser distinguido do que alega ser cristão ou mesmo do que é, em certo sentido, cristão. Dificilmente consigo lembrar uma ocasião em que a imagem de Nossa Senhora não se impusesse à minha imaginação de forma definitiva, à simples menção ou pensamento sobre essas coisas. Eu estava muito distante dessas coisas, e então com dúvidas sobre elas; e por isso, discutindo com o mundo sobre elas, e comigo mesmo contra elas; pois esta é a condição antes da conversão. Mas mesmo que a figura estivesse distante, ou fosse obscura e misteriosa, ou fosse um escândalo para meus contemporâneos, ou fosse um desafio para mim – nunca duvidei que esta figura fosse o símbolo da Fé; que ela incorporava, como um ser humano ainda somente humano, tudo o que A Coisa tinha a dizer para a humanidade. No momento em que me lembrava da Igreja Católica, lembrava-me dela; quando tentava esquecer a Igreja Católica, eu tentava esquecê-la; quando finalmente percebi que o que era mais nobre que meu destino, o mais livre e o mais difícil de meus atos de liberdade, foi em frente à pequena imagem dela, dourada e muito brilhante, no porto de Brindisi, que eu prometi a coisa que eu iria fazer, se eu retornasse ao meu próprio país.
2 comentários:
Prof.Angueth,
Fantástica sua palestra, ontem, em razao do lançamento do livro Hereges. Foi uma delicia saber tanta coisa do Chesterton.
Muito sucesso ao Sr.
Vera Lucia Kirdeiko
Sra. Vera,
Muito obrigado. Fico feliz que eu tenha tido sucesso na palestra e acrescentado algo sobre escritor extraordinário.
Espero que Deus me ajude a continuar a traduzindo o grande inglês.
Fique com Deus.
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