Hilaire Belloc
TRADUÇÃO: Guilherme Ferreira Araújo.
Nota do blogueiro: Começamos o projeto de tradução d’O Estado Servil, de Hilaire Belloc. Que Nossa Senhora nos ilumine e seu casto esposo, São José, nos proteja.
“...Se não restaurarmos a Instituição da Propriedade, não poderemos escapar de restaurar a Instituição da Escravidão; não há terceira via.”
Sumário
INTRODUÇÃO
O TEMA DESTE LIVRO: — Ele foi escrito para sustentar a tese de que a sociedade industrial tal como a conhecemos tenderá ao restabelecimento da escravidão — As seções nas quais o livro será dividido.
SEÇÃO I
DEFINIÇÕES: — O que é a riqueza e por que ela é necessária ao homem — Como é produzida — O significado das palavras Capital, Proletariado, Propriedade, Meios de Produção — A definição de Estado Capitalista — A definição de ESTADO SERVIL — O que ele é e o que não é — O restabelecimento do status em lugar do contrato — A servidão não é uma questão de grau, mas de estado. — Resumo dessas definições.
SEÇÃO II
NOSSA CIVILICAÇÃO FOI ORIGINALMENTE SERVIL: — a instituição servil na antiguidade pagã — Sua característica fundamental — Uma sociedade pagã a tomou por certa — A instituição é desarranjada pelo advento da Igreja de Cristo.
SEÇÃO III
COMO A INSTITUIÇÃO SERVIL FOI DISSOLVIDA DURANTE UM CERTO TEMPO: — O efeito subconsciente da Fé nessa questão — Os principais elementos da economia da sociedade pagã — A Vila — A transformação do escravo agrícola no servo cristão — Próximo ao camponês cristão — A construção correspondente do ESTADO DISTRIBUTIVO por toda a Cristandade — Ela está quase completa no fim da Idade Média — “Não foram as máquinas que tiraram nossa liberdade, mas a perda do intelecto livre”.
SEÇÃO IV
COMO O ESTADO DISTRIBUTIVO DEFINHOU: — Esse malogro tem origem na Inglaterra — A história do declínio desde a propriedade Distributiva até o Capitalismo — A revolução econômica do século XVI — O confisco das terras monásticas — O que poderia ter acontecido se o Estado as tivesse retido — O fato é que aquelas terras foram capturadas por uma oligarquia — A Inglaterra era capitalista antes do advento da revolução industrial — Portanto, a indústria moderna, proveniente da Inglaterra, cresceu num molde capitalista.
SEÇÃO V
O ESTADO CAPITALISTA TORNA-SE INSTÁVEL À PROPORÇÃO QUE SE APERFEIÇOA: — Ele pode, por sua natureza, ser não mais que uma fase transitória entre uma primitiva ou tardia situação estável da sociedade — As duas forças externas que o tornam instável — (a) O conflito entre suas realidades sociais e suas bases morais e legais — (b) A insegurança e a insuficiência as quais ele condena os cidadãos livres — Os poucos proprietários podem conceder ou reter os meios de sustento dos não-proprietários — O capitalismo é tão instável que ele ousa não proceder à sua própria conclusão lógica, mas tende a restringir a competição aos proprietários e a insegurança e a insuficiência aos não-proprietários.
SEÇÃO VI
AS SOLUÇÕES ESTÁVEIS PARA ESSA INSTABILIDADE: — Os três arranjos sociais estáveis que sozinhos podem ocupar o lugar do instável Capitalismo — A solução Distributiva, a solução Coletivista, a solução Servil — Restam apenas a solução Distributiva e a Coletivista.
SEÇÃO VII
O SOCIALISMO É A SOLUÇÃO APARENTE MAIS FÁCIL PARA O PROBLEMA CAPITALISTA: — Um contraste entre o reformador que promove a Distribuição e o reformador que promove o Socialismo (ou Coletivismo) — As dificuldades encontradas pelo primeiro tipo — Ele está trabalhando contra a natureza — O segundo está trabalhando no “sentido dos veios” — O coletivismo é um desenvolvimento natural do capitalismo — Ele atrai tanto o capitalista quanto o proletário — Todavia, veremos que o empreendimento coletivista está fadado ao fracasso e a produzir algo muito diferente de seu objeto — a saber, o Estado Servil.
SEÇÃO VIII
TANTO OS REFORMADORES QUANTO OS REFORMADOS ESTÃO PROMOVENDO O ESTADO SERVIL: — Há dois tipos de reformadores trabalhando junto à linha de menor resistência — Estes são o Socialista e o Homem Prático — Porém, há dois tipos de Socialista: o Humanista e o Estatístico — O Humanista gostaria tanto de confiscar dos proprietários quanto de instituir segurança e suficiência para os não-proprietários — É-lhe permitido fazer a segunda coisa por via do estabelecimento de condições servis — Ele está proibido de fazer a primeira — O Estatístico fica satisfeito desde que ele possa conduzir e organizar os pobres — Ambos são canalizados em direção ao Estado Servil e ambos são distanciados de seu Estado Coletivista ideal — Nesse ínterim, a grande massa – o proletariado – sobre a qual os reformadores estão trabalhando, ainda que retendo o instinto da posse, perdeu qualquer experiência dele e está muito mais sujeita à lei privada do que à dos tribunais — Foi exatamente isso o que aconteceu no passado, durante a mudança oposta da Escravidão para a Liberdade — A lei privada tornou-se mais forte que a pública no início da Idade Média — Os proprietários saudaram as mudanças que os mantiveram em posse da propriedade e ainda ampliaram a segurança de seus rendimentos — Hoje os não-proprietários darão as boas-vindas ao que quer que os conserve como uma classe assalariada, mas aumente seus salários e sua segurança sem insistir na expropriação dos proprietários.
Um apêndice que demonstra que é vã a proposta Coletivista de resgatar o Capitalista em lugar de expropriá-lo.
SEÇÃO IX
O ESTADO SERVIL COMEÇOU: — A manifestação do Estado Servil na lei ou em propostas de lei consistirá em dois tipos — (a) Leis ou propostas de lei que obriguem o proletariado a trabalhar — (b) Operações financeiras que firmem o domínio dos capitalistas sobre a sociedade de forma mais intensa — No que diz respeito a (a), nós encontramos isso JÁ em atividade em medidas tais como a Lei de Seguro e em propostas tais como a Arbitragem Compulsória, o reforço das barganhas dos Sindicatos e a construção de “Colônias de Trabalho”, etc., para os “que não conseguem trabalho” — No que diz respeito ao segundo tipo, nós vemos que os assim chamados experimentos “Municipal” ou “Socialista” para a obtenção dos meios de produção JÁ ampliaram e continuam ampliando a dependência da sociedade em relação ao Capitalista.
CONCLUSÃO
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INTRODUÇÃO
O TEMA DESTE LIVRO
ESTE LIVRO FOI ESCRITO PARA SUSTENTAR e provar a seguinte verdade: —
Que nossa sociedade moderna e livre, na qual os meios de produção são detidos por poucos que estão necessariamente em equilíbrio instável, tende a alcançar uma condição de equilíbrio estável POR MEIO DO ESTABELECIMENTO DO TRABALHO COMPULSÓRIO LEGALMENTE OBRIGATÓRIO SOBRE AQUELES QUE NÃO DETÊM OS MEIOS DE PRODUÇÃO, PARA A VANTAGEM DAQUELES QUE OS POSSUEM. Com este princípio de coerção aplicado contra os não-proprietários deve também advir uma diferença em seu status; e aos olhos da sociedade e de suas leis positivas os homens serão divididos em dois grupos: o primeiro, política e economicamente livre, dotado dos meios de produção e firmado nesse domínio com segurança; o segundo, econômica e politicamente dependente, mas inicialmente firmado, por sua própria falta de liberdade, em algumas coisas necessárias para a vida e em um mínimo de bem-estar abaixo do qual ele não deve cair.
A sociedade que tivesse alcançado tal condição seria libertada de suas atuais tensões internas e teria tomado uma forma estável: quer dizer, capaz de ser indefinidamente prolongada sem mudança. Nela seriam resolvidos os vários fatores de instabilidade que perturbam aquela forma de sociedade chamada Capitalista, e os homens estariam satisfeitos em aceitar – e a continuar em – tal arranjo.
A tal sociedade estável darei, por razões que serão descritas na próxima seção, o título de O ESTADO SERVIL.
Não vou me comprometer a julgar se essa vindoura organização da nossa sociedade moderna é boa ou má. Preocuparei-me apenas em mostrar a tendência necessária em direção a ela que existe há tempo e as recentes disposições sociais que mostram que ela já teve início efetivamente.
Essa nova condição será aceitável para aqueles que desejam conscientemente ou por insinuação o restabelecimento entre nós de uma diferença de status entre proprietário e não-proprietário: ela será desagradável para aqueles que julgam tal distinção com má vontade ou com receio.
Meu trabalho não será penetrar na discussão entre esses dois tipos de pensadores modernos, mas mostrar para cada e para ambos que aquilo que um favorece e de que o outro foge está sobre eles.
Eu provarei minha tese especialmente a partir do caso da sociedade industrial da Grã Bretanha, incluindo aquela pequena, estranha e excepcional região da Irlanda, que sofre ou desfruta das condições industriais de hoje.
Eu dividirei o assunto da seguinte maneira: —
(1) Formularei certas definições.
(2) Em seguida, descreverei a instituição da escravidão e o ESTADO SERVIL do qual ela é a base, como no caso do mundo antigo.
(3) Esboçarei muito rapidamente o processo por meio do qual aquela antiga instituição da escravidão foi lentamente dissolvida durante os séculos cristãos, e por meio do qual o sistema medieval resultante, baseado na propriedade grandemente dividida nos meios de produção, foi
(4) destruído em certas áreas da Europa no momento em que atingiu um acabamento, e colocou no lugar dele, na prática ainda que não em legítima teoria, uma sociedade baseada no CAPITALISMO.
(5) Em seguida, mostrarei como o Capitalismo era instável por natureza, porque suas realidades sociais estavam em conflito com todos os sistemas legais possíveis ou existentes, e porque seus efeitos – ao negar a suficiência e a segurança – eram intoleráveis para os homens; como, então, sendo instável, ele consequentemente introduziu um problema que demandava uma solução: isto é, o estabelecimento de alguma forma estável de sociedade cuja lei e prática social deveriam estar em harmonia, e cujos resultados econômicos, por proporcionarem suficiência e segurança, deveriam ser toleráveis para a natureza humana.
(6) Mostrarei, em seguida, as três únicas soluções possíveis: —
(a) Coletivismo, ou o depositar os meios de produção nas mãos dos administradores políticos da comunidade.
(b) Propriedade, ou o restabelecimento do Estado Distributivo, no qual a massa de cidadãos deveria possuir individualmente os meios de produção.
(c) Escravidão ou o Estado Servil, no qual aqueles que não possuem os meios de produção serão legalmente forçados a trabalhar para aqueles que os possuem, e receberão em troca a segurança do sustento.
Ora, vendo o desgosto que os resíduos de nossa longa tradição cristã semeou em nós por advogarem diretamente a favor da terceira solução e por apoiarem audaciosamente o restabelecimento da escravidão, as duas primeiras, exclusivamente, estão expostas aos reformadores: (1) a reação em direção a uma condição da propriedade bem-dividida ou do Estado Distributivo; (2) uma tentativa de alcançar o Estado Coletivista ideal.
Pode ser facilmente demonstrado que a segunda solução interessa mais natural e facilmente a uma sociedade já capitalista, por causa da dificuldade que tal sociedade tem em descobrir a energia, a vontade e a visão requeridas para a primeira solução.
(7) Procederei, em seguida, a mostrar como a busca por esse Estado Coletivista ideal, que é nascido do capitalismo, leva os homens que atuam numa sociedade capitalista não em direção ao Estado Coletivista nem a nada parecido com ele, mas em direção àquela terceira coisa totalmente diferente — o Estado Servil.
(8) Reconhecendo que um argumento teórico desse tipo, apesar de intelectualmente convincente, não é suficiente para o estabelecimento da minha tese, eu concluirei dando exemplos da legislação inglesa moderna, os quais provam que o Estado Servil está de fato sobre nós.
Tal é o esquema que eu projeto para este livro.
22 comentários:
Muito interessante!
Boa sorte na conclusão da tradução.
Pax et bonum
Você corrobora as ideias deste livro? Ele não parece negar suas convicções?
Caro Robson,
Se você descontar a época que este livro foi escrito, do estágio do capitalismo e do comunismo então, a análise de Belloc é preciosa. É uma visão verdadeiramente católica da economia.
Considero este livro, juntamente com "Outline of Sanity", de Chesterton, um dos poucos livros de economia católica que se escreveu no século XX.
Note bem que, quando se fala de economia católica, está se falando como Cristo quer que nós vivamos neste mundo, não só no mais íntimo rincão de nossa alma, mas também nas nossas mais externas relações com nossos irmãos. Dentre estas, estão as relações econômicas.
Um abraço.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Sr. Angueth,
Vi que você traduziu outros textos de Belloc sobre o islam (que ele vê como heresia do cristianismo). Gostaria de saber se o sr. aceitaria um debate comigo sobre cristianismo x islam.
Salam
Sr. Salam,
Traduzi AS GRANDES HERESIAS de Hilaire Belloc. Há neste livro um capítulo que trata longamente do Islam. Ao contrário de muitos intelectuais judeus, Belloc de fato considera o islamismo como uma heresia do catolicismo.
Contudo, agradeço o convite mas não posso aceitá-lo, pelos meus poucos conhecimentos sobre Islam, que é um assunto tão complexo que conheço apenas um intelectual brasileiro (Olavo de Carvalho) que consegue enfrentar o assunto com desenvoltura. Isso porque ele já frequentou a tarica de Frithjof Schuon e para isso teve de estudar o Islam profundamente.
Aliás, uma coisa que complica muito o entendimento sobre o Islam é a estrutura das taricas, que é, por sua própria natureza, secreta.
Um debate sobre o Islam sem levar em conta essa estrutura secreta, da qual não tenho nenhum conhecimento, exceto o que está nos escrito de Olavo de Carvalho, não teria o menor sentido.
Assim, não tenho como debater com o senhor.
Atenciosamente,
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Perguntei mais porque, lendo o sumário que você disponibilizou, o livro parece adotar o modo de pensar marxista, explícito no resumo da Seção V. Apesar de ele dizer que o Socialismo também não é solução, ele adota pressupostos marxistas.
Caro Angueth: Muito aprecio e aprendo com seus textos e com o espírito antimodernista desse espaço católico. Daí não entender a sua simpatia por Olavo de Carvalho e suas estranhas matrizes ideológicas. Trata-se de um homem que já foi (ou ainda é, não se sabe) comunista, rosacruz, alquimista, astrólogo, muçulmano seguidor de Guenon e de Schuon. Já foi tudo, menos católico! Cercou-se de liberais, protestantes e "conservadores" que lhes prestam culto e agora faz parte do lobby de Israel nos EUA. O que Olavo de Carvalho pode trazer de bom aos católicos? A meu ver, não apenas nada traz de bom, como é influência perigosa e danosa para a inteligêncioa e para a fé. Grato, Pedro.
Caro Robson,
Foi apenas impressão sua, que será dissipada à medida que continuarmos a tradução do livro, de que Belloc defenda posições marxistas, comunistas. Você verá que é duríssimo com os estados totalitários comunistas. Mesmo porque, como católico, ele não poderia ser simpático a essa ideologia que é condenada expressamente pela Igreja.
Aguarde um pouco mais.
Um grande abraço e obrigado pelo interesse.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Caro Pedro,
Obrigado pelas suas palavras sobre o blog.
Você me questiona sobre Olavo de Carvalho. Bem, ele me salvou do esquerdismo. O IMBECIL COLETIVO é obra de saneamento mental pelo que todo o país deveria agradecê-lo.
Ele é também um grande professor de filosofia. Como analista político, não vi nenhum igual. Suas previsões têm teimado em acontecer cotidianamente. Para verificar isso é só pegar artigos de uma década atrás e ler o que ele previu para a situação política brasileira. Sua denúncia pioneira do Forum de São Paulo, sobre a ascensão do PT, da similaridade entre PT e PSDB, etc.
Quanto aos aspectos religiosos, sei que embora o Olavo se declare católico, às vezes ele assume posições que o aproximam do protestantismo e mesmo do islamismo. Ele é, de fato, uma personalidade complexa, mas com o tempo ele tem feito um esforço para explicar suas ligações e suas idéias sobre Guenon, Schuon, etc. Ele também faz, às vezes, críticas ácidas ao liberalismo. Contudo, falta muito para que ele se aproxime de uma posição de, digamos, Leão XIII ou São Pio X.
Acho, para resumir, que hoje, no Brasil, só ele pode nos salvar do esquerdismo que permeia a sociedade. Só ele pode desmascarar os falsos intelectuais que vicejam por aqui. Só ele pode nos tornar sãos para que, então, possamos pensar em algo como a religião verdadeira que é, claro, a católica.
Um abraço.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Caro Angueth,
Compreendo a sua posição em relação ao Olavo de Carvalho, mas não fiquei convencido por seus argumentos. Só por me desviar de um caminho errado não quer dizer que o guia me conduzirá ao bom caminho. Posso estar apenas trocando um erro por outro.
Ninguém nega que Olavo de Carvalho seja inteligente e erudito. Reconheço, ademais, que algumas de suas análises são procedentes. Daí a atribuir o valor salvacionista que você confere à obra dele vai uma grande distância.
Percorri um caminho intelectual e espiritual semelhante ao seu, Angueth: do esquerdismo, passando pelo liberalismo, ao catolicismo (catolicismo "tradicionalista", adjetivo outrora dispensável, mas que hoje denomina o que antes se chamava simplesmente católico). Na minha ótica, Olavo de Carvalho pode até ajudar muita gente a escapar do esquerdismo, mas está longe de conduzi-los à boa doutrina. Muito pelo contrário.
Em filosofia, ele conduz seus alunos aos erros de gnósticos como Leibniz e Schelling. Como analista político, ele realmente acertou em muita coisa, mas era tudo óbvio: estava na cara que a esquerda era hegemônica cultural e politicamente. A perspicácia do Olavo só tem destaque pelo contraste, vez que somente havia esquerdistas e uns poucos liberais comentando política e cultura.
Como ativista político ele não propõe o Reinado Social de Jesus Cristo, obrigação com que nenhum católico tem o direito de transigir. Sua liderança política conduz ao "conservadorismo" maçônico e revolucionário de Bush e seus neocons. Grande diferença para o esquerdismo dos democratas! Ambos são essencialmente progressistas e, por conseguinte, anticatólicos.
Como "guru" religioso ele é ainda pior, eis que propõe a "unidade transcendente" de todas as religiões, o que é gnose pura.
Para mim é novidade o que você diz, que Olavo de Carvalho teria se declarado católico. Nunca soube disso, que eu me lembre ele se declarou vaga e ambiguamente "cristão", o que não quer dizer nada. Leonardo Boff e o Bispo Macedo também se dizem cristãos.
Dizendo-se "cristão" o Olavo de Carvalho "transcende" o catolicismo e o protestantismo, fazendo a "unidade transcedente" do cristianismo e encontrando, ele e somente ele, a luz do verdadeiro Cristo. Não parece coisa do Teilhard de Chardin?
Eu já vi até propaganda de uma loja maçônica no site dele. O Olavo sabe que Bush é maçom,que toda a elite americana é maçônica e mesmo assim está lá nos EUA militando na ala "neoconservadora" do Partido Republicano, que, além de maçônica, é instrumento do sionismo. Como se pode ser católico e transigir com a maçonaria? "Cristão" tipo Bush até pode, não é? Mas católico não pode transigir com a maçonaria, nem com "cristãos" que transigem com a maçonaria. Está na Humanum Genus, de Leão XIII.
Enfim, desculpe-me por incomodá-lo com esse assunto, que foge ao tema do seu blog. Cada um sabe de si. Mas uma coisa é certa: é impossível ser católico e "olaviano" ao mesmo tempo. Tenho certeza de que você acabará se dando conta disso.
Um abraço,
Pedro
Olá Angueth,
Fugindo do escopo do assunto, gostaria de saber do senhor qual a sua opinião a respeito Associação Montfort e em particular do Professor Orlando Fedeli.
Professor, em algum post, que não me lembro qual, o senhor disse que colaboraria com a editora Sétimo Selo na tradução de um livro. Porém, nunca mais tocou no assunto. Seria o "Outline of Sanity" do Chersterton? Se a resposta for negativa, qual seria este livro então?
Caro Pedro,
Resolvi escrever um post para lhe responder. Desculpe a demora da resposta. Veja aqui (Olavo de Carvalho e eu ) sua resposta.
Um abraço. Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Caro Marcelo,
Considero o site Montfort um dos principais sites católicos do Brasil. Conheço pessoalmente o prof. Orlando e o aprecio profundamente.
Um abraço.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Caro Rodrigo,
O livro é Hereges. Infelizmente ele não sairá pela Sétimo Selo, por problemas alheios à vontade de Sidney Silveira. Ainda tenho a esperança de que a Sétimo Selo publique uma de minhas traduções.
De qualquer forma, já estou negociando a publicação com outra editora católica. A coisa está bem encaminhada. Reze por mim.
Obrigado pelo interesse.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Professor, é claro que eu rezarei pelo senhor! Agora, porque a parceria com a Sétimo Selo não deu certo, se o próprio Sidney Silveira anunciou esta parceria no "Contra Impugnantes"?
Caro Rodrigo,
Problemas de uma pequena editora católica que não tem às vezes autonomia financeira para concretizar tudo que seus donos planejam. Mas no futuro ainda publicarei um livro lá. Quem sabe A COISA, livro com que tenho me ocupado atualmente?
Um abraço.
Antônio Emílio Angueth de Araújo.
Prezado professor
Salve Maria
Parabenizo o senhor e o Guilherme pela iniciativa, que ela seja benéfica e que inspire outros capazes de tanto. (Ou mais diretamente: quem puder traduzir coisas boas que o faça)
Quanto ao Yahya, que leia o seguinte texto
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=cadernos&subsecao=apologetica&artigo=maome&lang=bra
Abs
Augusto
[...]para que vocês possam conferir um pouco da genialidade de Mr Belloc, recomendo o começo da tradução de um outro livro seu: “O Estado Servil”, que trata de um sistema econômico baseado em verdadeiros valores cristãos e alternativo tanto ao capitalismo quanto ao socialismo[...]
Quando ficará pronta a tradução do "O Estado Servil?"
Caro prof. Luis,
Já fechei um contrato de tradução. Ainda este ano o livro será traduzido. Obrigado pelo interesse.
AD Iesum per Mariam.
Boa noite, Sr. Angueth! Gostei muito de seu trabalho, achei seus textos interessantíssimos. Parabéns por este trabalho que mostra que a blogosfera ainda é um local fantástico para pesquisas. Possuo um blogue também, o Construindo História Hoje: https://construindohistoriahoje.blogspot.com/
Dê uma passadinha lá e conheça meu trabalho, e gostaria de aproveitar o ensejo e convidá-lo para fazermos uma parceria de divulgação, pois tenho um espaço em meu blogue para colocar links de blogues parceiros.
Em meu blogue encontrará um formulário de contato se desejar fazer parcerias.
Possuo CHH há 10 anos na rede, e na questão de parcerias estou recomeçando agora depois de algum tempo.
Abraços historiográficos,
Leandro
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