Depois do Concílio Vaticano II, com seus documentos escritos
em linguagem dúbia, com afirmações inaceitáveis segundo a Tradição da Igreja,
com todos os hoje conhecidos golpes políticos durante o desenrolar das reuniões
conciliares, golpes de corte marxista e que eram e são comuns em qualquer
congressozinho de agremiações de esquerda mundo afora, o que os católicos
esperávamos do Sínodo da Família, sob o reinado do Papa Francisco?
O CVII mudou a Missa e, portanto, a prática católica
tradicional. Foi a destruição do principal Sacramento: a Eucaristia. A Confissão,
nos anos posteriores, foi destruída e se transformou num bate-papo entre um
padre de camiseta e o fiel, isso quando os padres aceitam ouvir confissões. O
Sacramento da Ordem foi destruído
por meio da destruição dos Seminários, que se tornaram antro de esquerdismos,
filosofismos e, dolorosamente, de homossexualismos. O Sacramento da Crisma, bem, que conhece, hoje, este
Sacramento? Qual moribundo católico sente a necessidade de solicitar a presença
de um padre no momento mais crítico de sua vida, de pedir a Extrema-Unção? Todo o rito do
Sacramento do Batismo foi mudado
depois do CVII, amenizando a linguagem e despachando o Demônio para o
confortável lugar da inexistência. Por que algo diferente aconteceria ao
Sacramento do Matrimônio? Que
esperávamos nós católicos?
A vida de Nosso Senhor Jesus Cristo jorra em sua Igreja
através dos Sacramentos. Somos uma Igreja Sacramental porque Igreja de Cristo.
Não apenas seguimos Seus amargos e doloridos passos, mas recebemos Sua Vida.
Sem isso não há Graça e não há vida eterna. Acabem com isso, e iremos todos
para o Inferno. A corrupção prática dos Sacramentos é um movimento contra a
salvação das almas, contra a obra de Nosso Senhor; uma obra a favor de Satã,
que quer fazer perder todas as almas. Esta obra satânica está em operação
vigorosa no interior da Igreja, que sangra como Nosso Senhor na Cruz.
Somos, na expressão do grande criador da Fraternidade São
Pio X, os católicos perplexos. Embora eu creia que hoje há muito menos
perplexidade entre os católicos já anestesiados, já divorciados da Vida Sacramental,
já sem acesso a esse prenúncio de Vida Eterna. Aos que ainda conseguem ver a
realidade, um conselho: voltem os olhos para Fátima. Nossa Senhora deu a
receita para os fiéis, embora também tenha dado à hierarquia da Igreja, que não
deu bola para o que Nossa Mãe disse. Mas nós, fiéis, não podemos desconhecer os
conselhos de tão boa Mãe: a reza do
Rosário e a Devoção dos cinco primeiros sábados. Se há alguma tábua de
salvação nesse naufrágio, Deus, por meio de Sua Mãe, está nos oferecendo esta.
Não somos hierarquia da Igreja, mas somos seus fiéis e temos de dar um
testemunho que há ainda Fé neste mundo e responder àquela dolorosa pergunta de
Nosso Senhor, que duvidava que em Sua volta encontraria alguém com alguma fé.