Foi dia 17 de outubro, sábado passado, que Santo Tomás
esteve entre nós. Estávamos sob a proteção de Santa Margarida Maria Alacoque, a
santa do Sagrado Coração, a quem Nosso Senhor permitiu que recostasse em Seu
Sagrado Peito e sentisse o fogo de Seu Divino Amor, como fez tantas vezes São
João Apóstolo. Estávamos sob a proteção de uma santa do século XVII, mas sob a
ação do Doutor Comum do século XIII.
Estávamos sob a ação das definições escolásticas precisas,
das intuições santíssimas de Santo Tomás. Pudemos sentir em nosso coração a
sutilíssima tese da primeira questão da Suma: a filosofia é serva da teologia.
E se unimos a teologia com a devoção, experimentamos um pedacinho do Céu. Não é
exagero dizer que estivemos na antessala do Paraíso.
Estava muito calor, éramos quase cinquenta pessoas numa sala
não muito grande. Quem nos conduzia era o prof. Sidney Silveira. E ficamos
sabendo sobre as quatro virtudes cardeais: Prudência, Temperança, Justiça e
Fortaleza. Sem elas não há vida feliz, não há vida que viver, não há razão de
viver. São virtudes que o paganismo conheceu e o alto paganismo viveu. São
virtudes que foram abrasadas pelo amor de Nosso Senhor e com o cristianismo
ganhou a dimensão certa quando conjugadas com as virtudes teologais: Fé,
Esperança e Caridade. Sem estas três, o máximo que o homem atingiria, o ponto mais
elevado possível, seria o estoicismo. Mas com a Encarnação, tudo se divinizou,
inclusive as virtudes cardeais.
Neste sábado calorento de Belo Horizonte, o que sentimos foi
o fogo do amor de Santo Tomás, do amor de Nosso Senhor, tudo sob a proteção de
Santa Margarida Maria Alacoque.
Deus lhe pague, meu amigo e irmão Sidney Silveira, por
trazer Santo Tomás a Belo Horizonte.
Santo Tomás, rogai por nós.
Santa Margarida Maria Alacoque, rogai por nós.
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